Foda-se que ele é meu irmão - Cap. 2

Um conto erótico de Rafael Duarte
Categoria: Homossexual
Contém 4111 palavras
Data: 14/04/2017 17:38:55
Última revisão: 14/02/2018 16:52:54

Acordei sobre o peito de meu irmão, como nos velhos tempos, embora houvesse músculos ali que eu não sentia naquela época. Não que Dan fizesse o estilo fisiculturista, pois apesar de ser personal trainer, ele nunca gostou de malhar além da conta, mas seu corpo ainda era muito belo e bem definido. E quente, ao menos para mim.

O quarto estava tão silencioso que eu podia ouvir a respiração dele perfeitamente, enquanto eu sentia seu corpo subir e descer abaixo de mim. Meu irmão nunca foi muito de usar perfume, então o cheiro que dominava meus sentidos era o seu cheiro natural misturado com o do desodorante de sempre. Instintivamente, me veio uma vontade imensa de tocá-lo, mas eu me segurei porque não havia nenhum motivo para eu fazer isso. Na verdade, não havia motivo nem para eu ainda estar deitado sobre Dan, por isso me forcei a me afastar um pouco para me deitar ao seu lado.

Eu adorava vê-lo dormir, porque isso tornava mais leve suas feições duras, e eu gostava de vê-lo tranquilo e relaxado, como se não tivesse carregado uma montanha nas costas durante tanto tempo. Ele estava sem seus óculos, da forma como a maioria das pessoas poderia achar mais estranho - mas eu não. Se Dan estivesse acordado eu poderia ver seus lindos olhos pretos e penetrantes, e eu gostava disso. A barba curta dele precisava ser feita, mas seu cabelo, também preto, cacheado e igualmente curto, estava bem cortado como sempre. Ele era bem alto, por isso seus pés tamanho 42 ficavam muito próximos do limite da cama. Ele tinha pelos ralos por todo o corpo, mas nada exagerado, o que tornava-o ainda mais charmoso - para as mulheres, é claro. Tinha pelos em suas coxas grossas, alguns sobre o peitoral e uma quantidade suficiente na barriga trincada para formar um caminho da felicidade perfeito. É, definitivamente ele fazia muito sucesso com as mulheres.

Eu já estava há muito tempo o observando quando ele começou a acordar. Por algum motivo - talvez por vergonha de ter acordado assustado como uma criança no meio da madrugada - eu fechei meus olhos e fingi que estava dormindo, então só soube que ele havia despertado por completo quando senti seus dedos acariciando meus cabelos, seus lábios tocando minha bochecha e sua barba roçando em meu rosto. Dan se levantou, despiu sua cueca rapidamente, e então eu abri meus olhos apenas a tempo de vê-lo entrar nu no banheiro de nosso quarto, provavelmente para tomar banho. Alguns minutos depois, meu celular vibrou com uma mensagem de William dizendo que estava na porta de minha casa. Vesti um shorts estilo jogador de futebol, ainda sonolento, e me levantei meio contrariado para receber meu vizinho e amigo de infância.

- Você nunca vai avisar antes de vir, não é, Will? - eu disse, ao abrir a porta.

- Você sabe como é, Edu. Se eu vir de surpresa eu tenho mais chances de te pegar nu - ele respondeu, me dando uma piscadela.

- Como se tivesse algo aqui que você já não tenha visto antes - eu o lembrei, visto que já havíamos trocado de roupas na frente um do outro várias vezes.

- Claro que já vi, e por isso mesmo sei que é incrível.

- Cala a boca e entra logo, seu idiota - falei, saindo da porta, e já totalmente sem graça.

Will sempre foi brincalhão, zoava o tempo todo e nunca perdia uma chance de me deixar constrangido, mas preciso confessar que sempre tive apreço pelo senso de humor dele. Assim que ele entrou, meu irmão apareceu na sala meio molhado e completamente nu, exibindo seu pau de 19 cm, e começou a falar antes de perceber que tínhamos visita:

- Dudu, você viu onde eu coloquei... Ah, William, você já está aqui tão cedo. Desculpa, eu não ouvi a campanhia tocar - disse Dan acusadoramente, se cobrindo de forma rápida com a toalha que trazia no ombro.

Só uma pessoa que já sabia que Will era gay (ou seja, apenas eu, já que ele definitivamente não era nem um pouco afeminado) poderia ter notado seu olhar de súbito interesse em meu irmão, mas, felizmente e como sempre, ele se saiu maravilhosamente bem com aquela situação.

- Na verdade não é tão cedo assim, maninho. E não se preocupe, não há nada aí que possa causar muito impacto em alguém - ele provocou.

Meu irmão ficou com uma cara tão fechada que Will chegou até a vacilar por um instante, mas eu sabia que Dan tinha ficado com mais raiva por ele ter chamado-o de "maninho" do que pela brincadeira em si. Por fim, ele se virou e saiu da sala sem terminar de perguntar o que queria.

- Mano, o seu irmão está cada dia mais gostoso! Como isso é possível? - disse Will, assim que ficamos a sós -. Sério, eu daria para ele sem pensar duas vezes.

- Para com isso, cara, tu é doido! Ele é meu irmão - eu disse, de repente realmente chateado com aquele comentário.

- Iiiih, vai ficar com ciúme? Você sabe que não precisa disso né, eu daria para você também - disse ele, com sua famosa piscadela.

- Você não tem jeito mesmo né - falei, balançando a cabeça contrariado.

- Não mesmo. Mas aí, eu estava reparando: seu irmão podia ao menos disfarçar que ele não gosta de mim, não acha?

- Ai, meu Deus, lá vem você com essa bobagem de novo... - falei, revirando os olhos. - Ele ficou chateado porque você o pegou numa situação constrangedora, apenas isso.

- Eu sei que não é só isso, e você também. Na real, eu acho que ele tem ciúmes de você, assim como você tem dele.

- Que?! Desde quando eu tenho ciúmes do meu irmão? - falei, com real surpresa.

- Desde sempre. Eu sou seu melhor amigo, te conheço mais do que imagina e você nunca gostou de nenhuma garota com quem seu irmão tenha ficado.

- A culpa não é minha se ele não sabe escolher mulher.

- Ah, tá bom!

E não era mesmo. Meu irmão nunca foi de ter muitas namoradas; na verdade, eu só me lembro de uma, e ela era extremamente enjoada, assim como todas as garotas com quem ele costumava ficar.

- Mas então: você veio só para encher o saco ou quer fazer algo de útil?

- Eu estava pensando que hoje seria um bom dia para você fazer o desenho que me prometeu.

- Eu nunca te prometi nada, Will.

-Ah, eu devo ter sonhado, então. Eu sonho com você frequentemente, mas na maioria das vezes a gente está nu.

- Cala a boca - falei, não conseguindo conter o riso.

- Mas então, vai fazer o meu desenho ou não? - ele insistiu.

- Você sabe, cara, é que eu tenho algumas encomendas, então estou meio sem tempo.

E eu não estava mentindo para ele; realmente havia alguns desenhos encomendados que eu precisava fazer. Como meu irmão não aceitava que eu trabalhasse para ajudar nas contas de casa porque segundo ele eu precisava entrar para a faculdade de arquitetura, que sempre foi meu sonho, eu tentava tirar uns trocados com meus desenhos, e estava sempre fazendo algo para alguém, principalmente auto-retratos.

- Eita, mas eu também vou te pagar por isso. Tá achando que eu sou um explorador? Mano, que imagem ruim você tem de mim? - ele falou, fingindo-se de magoado.

- Então você vai pagar, é? - perguntei, sabendo que ele não iria pagar e nem eu nunca iria aceitar.

- É claro que vou! E você ainda pode escolher entre um abraço, um beijo e um cafuné. Ou o pacote inteiro, é claro. Se quer saber minha opinião, eu ficaria com esse.

- Ai, eu mereço. Quer saber? Dane-se! Vamos logo com isso.

E então subimos pro quarto que um dia fora de meus pais, onde eu sempre fazia meus desenhos. Assim que chegamos, Will perguntou:

- Você quer que eu tire a roupa?

- Nem fudendo! - respondi.

- Droga, sempre quis fazer um nu artístico.

E então eu comecei a desenhá-lo. Antes, ele tirou a camisa, não para ficar nu de verdade, mas porque estava sentindo calor. Eu estava sentado em minha mesa de trabalho, e ele em uma cadeira a pouca distância de mim. Will estava lindo, como sempre. O brinco que ele usava na orelha esquerda exibia um brilho metálico e seus cabelos loiros reluziam a luz que adentrava o quarto. As pintas que ele tinha em seu corpo branco até pareciam aumentar de quantidade com o tempo. Eu poderia ter dificuldades para desenhar seus olhos, visto que algumas pessoas não conseguiam decidir se eles eram azuis ou verdes, mas eu podia achar o tom perfeito para eles, embora eu também não soubesse defini-los.

Meus dedos se moviam quase involuntariamente, e por algum motivo eu comecei a lembrar da época que eu passava as noites na casa da família de Will enquanto meu irmão estava na faculdade. Will já era meu amigo mais próximo e meu colega de turma, e essas noites que passamos a ter juntos serviu para nos aproximar ainda mais. Como é normal entre bons amigos, nós brigamos algumas vezes, mas houve apenas um período durante todo esse tempo de amizade em que nos afastamos de verdade, e creio que a culpa tenha sido minha.

Quando eu tinha 15 anos, me envolvi com a irmã de Will, Clarissa, que era um ano mais nova que nós dois. Ele não me confrontou e nunca chegou a anunciar seu descontentamento, mas durante as pouquíssimas semanas em que eu mantive uma relação com Clarissa, Will foi muito seco comigo e mal me olhava nos olhos nas raras vezes em que nos encontrávamos, visto que ele sempre tinha uma desculpa diferente para não estar comigo. Tudo isso me deixou muito mal e eu tentei por muitas vezes conversar com ele sobre aquela situação, mas quando ele não se esquivava, se limitava a dizer que a vida era nossa e que podíamos fazer dela o que bem entendessemos. Felizmente, nossa amizade voltou ao normal logo após sua irmã dizer que não queria mais se envolver comigo sem nem mesmo me dizer o porquê...

Eu estava tão perdido em pensamentos que mal ouvi quando Will voltou a falar depois de poucos minutos.

- Edu, te atrapalha se nós conversarmos enquanto você desenha?

- E faria alguma diferença se eu dissesse que sim? - é claro que eu já sabia a resposta.

- Provavelmente, não.

- É o que eu esperava, pois já é um milagre você estar em silêncio até agora. Sabe, Will, ainda estou tentando descobrir o que é maior em você: sua bunda ou essa sua boca grande - falei, para surpresa até de mim mesmo, já que provavelmente eu era o único amigo que não brincava com o tamanho de sua bunda (que era bem grande).

- Olha, isso eu também não sei, mas você pode provar qualquer uma a hora que você quiser - disse ele, com uma piscadela.

Nessas horas eu geralmente ficava sem graça, mas desenhar me deixava tão relaxado que eu apenas sorri com a brincadeira e respondi:

- Olha que eu vou aceitar, hein.

- Qual delas?

- As duas, como pagamento pelo desenho. Pacote completo, lembra? - falei, e ambos começamos a rir.

- Mas fala aí, no que você tanto pensava agora há pouco? - disse Will, depois que nos recompomos.

- Em você.

- Seja mais específico, por favor - ele falou, demonstrando claro interesse.

- Na verdade, eu pensava em nós... quero dizer, na nossa amizade... e no quanto minha vida é melhor por ter você por perto.

- Que bom saber que é recíproco, então, porque eu agradeço todos os dias por ter você ao meu lado também. Acho que eu me sentiria muito sozinho sem você.

- Ah, conta outra! Você nunca esteve sozinho, sempre foi um cara de muitos amigos.

- Mas nenhum neles tem ao menos um décimo da importância que você tem pra mim. É só com você que eu me sinto confortável para me abrir. É só com você que eu sinto que posso ser a versão mais verdadeira de mim mesmo e ainda ser amado por isso - disse ele, olhando no fundo dos meus olhos.

Por algum motivo, aquela situação começou a me deixar desconfortável, e então, como sempre, eu me apressei a mudar de assunto.

- Falando em se abrir, eu voltei a ter um pesadelo hoje - falei. Pude ver uma sombra de frustração na face dele por eu ter mudado o rumo da conversa, mas logo se recompôs e assumiu o papel de melhor amigo que ele sabia fazer tão bem.

- Estou ouvindo - disse ele, atento.

Então eu contei-lhe tudo. Como meus pesadelos eram sempre muito reais, era comum que eu me lembrasse de detalhes por um longo tempo após acordar, e eles vieram todos a tona naquele momento. Eu já havia parado de rabiscar quando comecei a descrever-lhe tudo, mas ele continuou sentando na cadeira a minha frente, apenas me escutando atentamente sem dizer uma única palavra, como sempre fazia. Quando terminei de contar, não só sobre o pesadelo, mas também sobre meu desespero ao acordar, ele olhava tão fundo nos meus olhos que dava a impressão de estar penetrando na minha mente e vendo o sonho por si mesmo. Finalmente, depois de alguns segundos, ele falou.

- Você gosta realmente dele, não é?

Eu já esperava que ele entendesse que o que mais tinha me deixado mal era ter sido exposto a ideia de perder meu irmão, já que ele costumava compreender meus sentimentos mais que eu mesmo.

- Claro que sim! Ele é meu irmão, cara, é tudo que eu tenho! - respondi.

- Obrigado pela parte que me toca - disse ele, realmente parecendo ofendido.

- Ah, para, você me entendeu. Ele é a única família que eu tenho. Sei lá, eu sei que é bobagem, mas a ideia de perder ele também me afetou um pouco, mas já passou. Na verdade, eu nem sei porque estou falando sobre isso... Por que você está me olhando dessa forma?

Eu não gostava quando Will ficava com aqueles olhos de águia dele, me avaliando como se tentasse ler meus pensamentos sem eu ao menos saber o que ele procurava.

- Nada. É que você é muito charmoso, então é meio inevitável não encarar você de vez em quando - disse ele.

- Sério? Que engraçado, porque eu já estou cansado de olhar pra essa sua cara de bunda por tanto tempo. Vem, vamos almoçar, porque eu já terminei o rascunho.

- Sério? Mano, quero ver! - ele estava realmente bastante animado.

- Não mesmo! Ninguém vê meus desenhos até que eles estejam totalmente prontos - falei, já guardando a folha em minha pasta.

- Não, mano, sério, não faz isso! Você sabe o quanto eu sou curioso.

- Você confia em mim?

- Olha o golpe-baixo!

- Vem comer logo. Vai valer a pena a esperar.

Então ele me seguiu contrariado para a cozinha. Esquentei uma lasanha de couve-flor que meu irmão vegetariano havia feito e Will obviamente reclamou por não ter carne no prato. Quando terminamos de comer, ele disse que iria para casa para fazer alguma tarefa sem importância e eu voltei para o quarto para terrminar o desenho sem ele para me atrapalhar. Sendo assim, passei grande parte da tarde olhando uma foto dele e fazendo os retoques, aprimorando o rascunho que eu havia feito, que demorava muito, mais que o tempo de fazer o esboço. Quando terminei, fiquei um tempo com minha obra finalizada na mão admirando meu trabalho. No fim, eu nem precisei me esforçar para tornar o desenho belo, porque eu tinha um ótimo modelo. Minha vontade era guardar aquela folha para mim, junto com outros desenhos que eu tinha em uma pasta, mas eu separei-a para entregar a Will na próxima vez que nos víssemos.

Meu irmão havia ido trabalhar e quando estava quase anoitecendo eu resolvi fazer uns exercícios caseiros que eu havia aprendido. Flexões, abdominas, agachamentos, afundo, prancha... tudo o que dava para fazer com o que eu possuía em casa. No momento em que eu fazia uma espécie de remada, já todo cansado, suado e envolvido nos exercícios, ouvi uma voz grave atrás de mim e quase pulei para trás, tamanho o susto que levei.

- Boa noite, Dudu - disse meu irmão, que havia acabado de chegar.

- Ah, boa noite, Dan - falei, tentando me lembrar de como se respirava. - Não te vi chegando, você me assustou.

- Eu percebi - disse ele, rindo.

- Eu já estava acabando, vou tomar banho e desço para jantarmos. - Espera, você pode repetir o exercício que estava fazendo primeiro?

- Eu estava fazendo algo errado?

- É isso que quero ver.

Então, comecei a fazer o exercício sobre o olhar atento de meu irmão, levantando uma pesada caixa de ferramentas rente a frente de meu corpo até a altura de meu peitoral, e abaixando-a em seguida repetidas vezes. Por volta da quinta repetição, Dan se aproximou de mim por trás e colou seu corpo ao meu, passando um braço sobre mim e enfiando sua mão em minha blusa, colocando-a sobre meu adômen. Imediatamente, um calafrio percorreu todo o meu corpo e ouriçou cada fio de pelo que eu tinha, e eu parei o exercício no mesmo instante.

- É como eu esperava, você não está aproveitando o movimento da melhor forma possível. Você precisa contrair aqui - falou Dan, passando seus dedos longos pela minha barriga.

Eu estava tão nervoso com aquele contato que mal assimilei o que ele estava falando.

- Contraia aqui, Dudu - repetiu ele, pressionando minha barriga de forma que eu fiquei mais apertado sobre si, tão próximo que o pau dele estaria colado em minha bunda se não houvessem tantas camadas de roupas os separando, e eu não sei o porquê de eu ter pensado isso naquele momento.

- Ah.... ah... é... a... assim? - falei, enfim contraindo meu adômem.

- Exatamente. Mas você precisa fazer isso enquanto repete o exercício.

- Ah, claro, desculpa - falei, me amaldiçoando mentalmente por ser tão idiota.

Meu irmão continuou atrás de mim, e eu passei a fazer os movimentos. Em dado momento, ele já havia me ensinado, e eu já havia aprendido, mas, por algum motivo, nenhum de nós dois saímos de onde estávamos. Não sei o que me deu na hora, mas quando notei meu pau estava começando a se erguer, e eu estava sendo tomado por um tesão completamente inexplicável. Meu irmão atrás de mim me envolvendo daquela forma era uma sensação tão prazerosa...

Por fim, me desvencilhei dele meio desajeitadamente, agradeci pela ajuda e disse que iria tomar um banho, desesperado para sair dali antes que ele notasse alguma coisa. Encaminhei-me rapidamente para o banheiro, entrei no boxe, liguei o chuveiro e fiquei um tempo apenas deixando a água cair completamente fria sobre mim. Meu pau não abaixava de forma alguma e chegava a doer de tão duro, então comecei a bater uma punheta para me aliviar e porque eu realmente estava muito excitado. Gozei rapidamente e logo bateu uma culpa, mas busquei afastá-la de minha mente, tentando não pensar no que eu estava sentindo.

Quando terminei de me banhar e passei pela cozinha, meu irmão disse que o jantar já estava pronto e que eu ficasse a mesa. Vi que ele estava um pouco diferente, meio sem graça, mas foi gentil e carinhoso comigo, como sempre. Me sentei e logo estávamos comendo.

- Você deveria vir treinar na academia, Dudu. Não faz sentido ficar se exercitando em casa com essas gambiarras - disse Dan, após um tempo.

- Sei que minha mensalidade seria descontada de seu salário se eu fosse pra lá e não quero te dar mais gastos do que já dou. Se você ao menos me deixasse ajudar com as contas...

- Não precisa se preocupar, irmão. Está tudo bem. O que eu ganho é suficiente, não temos tantas contas assim. Você precisa estudar.

- Mas nem sabemos se vou passar no vestibular. O resultado só sai...

- Se você não passar, o que eu duvido que aconteça, então vou te pagar um cursinho e garantir que você consiga.

- Dan, você já fez muito por mim e vou ser eternamente grato por isso, mas não quero que se sacrifique...

- Não é nenhum sacrifício. Sou seu irmão e vou sempre fazer o que estiver ao meu alcance por você, assim como você faria por mim se fosse o contrário, não é?

- Sim, mas... - tentei argumentar, contrariado.

- Então o assunto está encerrado - ele disse, firme. - Vamos falar sobre outra coisa. Fiquei preocupado com você hoje de manhã, fazia muito tempo que não tinha pesadelos. Quer me contar sobre isso?

- Não foi nada, não precisa se preocupar. Eu não sei o que me deu, me desculpe pelo constrangimento - falei, me sentindo envergonhado pela forma como agi.

- Não houve constrangimento. Também sonhei com eles recentemente, sabia?

- Mas você não acordou gritando...

- Porque foi um sonho bom. Mas sinto a falta deles tanto quanto você.

- Eu sei. Me desculpe, não foi o que quis dizer.

- Tudo bem. Só quero que saiba que pode falar comigo sobre isso, se quiser.

- Eu sei. Você também pode - falei, de coração.

Então ficamos calados por um longo tempo, o que não costumava acontecer, pois sempre tínhamos muito a dizer. O clima estava estranho por algum motivo e resolvi quebrar o silêncio com a primeira coisa que me veio a cabeça.

- Dan, você tem algo contra o Will? - perguntei, de repente.

- Que? Como assim? - ele disse, não por não ter ouvido bem, imaginei, mas por ter se surpreendido com a pergunta.

- O Will. Ele te incomoda?

- Por que está perguntando isso?

- Ele acha que tu não gosta dele - respondi, sem nem pensar. Nunca fui de rodeios com meu irmão, e nem ele comigo.

- Acha é? - disse ele, com um sorriso debochado.

- Sim, acha. Você vai me responder só com outras preguntas ou não é intencional? - falei, mas não de forma grossa. Vivíamos conversando assim um com o outro, mas nunca éramos grosseiros.

- Então, não sei por que ele pensa isso, mas não é bem assim.

- Então como é? - insisti.

- Só acho ele meio folgado, digo, bem folgado na verdade, mas é um bom garoto.

- Entendi - foi só o que disse.

- Mas espera, por que ele pensa isso? Eu o destratei de alguma forma? Sério, se for isso, me fala. Prometo que vou me desculpar.

- Não, não foi isso - eu o tranquilizei. - É só cisma dele, não se preocupe.

- Ah, menos mal. Então, quer jogar uma partida de vídeo-game antes de dormir?

- Não, acho que já vou me deitar, amanhã ganho de ti.

- Vai sonhando haha.

Eu ainda estava sem graça pelo acontecido antes do jantar e culpado por como havia me sentido. Então, acabei de comer, lavei os pratos e fui logo me deitar, torcendo para ter um sonho bom com meus pais, como o de Dan, ao menos por uma noite. Bom, e eu tive um sonho...

Eu estava terminando de desenhar Will no seu quarto, sentado em sua cama, e ele me olhava imóvel. Quando anunciei que havia acabado, ele se levantou e começou a tirar a roupa de repente, caminhando em minha direção...

- Que tal fazer aquele meu desenho nu, agora? - disse ele, e avançou sobre mim.

Cai sobre a cama e ele se deitou por cima, prendendo meus braços. Eu era mais forte que ele, mas naquele momento, nada consegui fazer. Will foi se aproximando de mim, e antes que eu terminasse de dizer "Mano, o que você está faz..." ele já cobria minha boca com a sua e sua língua procurava a minha com fome. Eu queria gritar para ele parar com aquilo, mas quando dei por mim estava retribuindo seu beijo com vontade, e suas mãos não me seguravam mais, e sim passeavam por todo meu corpo, assim como as minhas exploravam o corpo nu dele. E assim ficamos por um longo tempo, até que fiquei sem ar e precisei pegar um fôlego. Quando ele enfim saiu de cima de mim e olhei em seus olhos, pude ver que eles estavam pretos e penetrantes, pois agora era meu irmão que me fitava, completamente nu. Eu deveria me levantar e me afastar, pois era meu irmão, mas ele estava tão lindo... Não sei o que pensei na hora, na verdade sei que não pensei em nada... apenas avancei sobre ele e comecei a beijá-lo com ainda mais vontade, antes de acordar suado, com o coração acelerado e com o pau todo melado na cueca. Eu havia gozado durante o sono. E o pior: eu havia gozado pela segunda vez pensando no meu irmão.

Caras, esse foi o segundo capítulo e o próximo está pronto e já será postado, então dê uma olhada no meu perfil que pode estar lá. Perdão pela falta de sexo de verdade, mas logo logo ele chega, paciência. Se gostarem, votem e comentem pra dar uma incentivada. Responderei todos os comentários desse conto, inclusive podem deixar o email se quiserem que eu avise quando tiver capítulo novo. O meu é rafaduarte1994@gmail.com. Valeuu!!

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Comentários

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Muito bom quero ler muito mais seus contos obrigado, vc não tem que pedir perdão para ninguém somente faça sua parte com seu irmão

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A muito tempo nao leio nada tão bom aqui! Parabéns!

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Perdão pela demora, Nayarah. Prometo tentar me esforçar para publicar mais rápido!

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Que bom que acha isso, Valtersó. Pois é o que penso também. Espero seguir te agradando!

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MEU CARO NÃO HÁ O QUE SE DESCULPAR. CREIO SEMPRE QUE ANTES DE UM ATO DE AMOR, DEVE HAVER UM CLIMA DE ROMANCE , DE SEDUÇÃO, DE CARINHO. AI SIM TUDO FICA MUITO MELHOR. PARABÉNS PELO CONTO. ESTÁ EXCEPCIONAL. AQUI ANSIOSO PELOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS.

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Fico feliz em saber que estou te agradando, garafão. Continuarei!

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Que bom que está gostando, geomateus! Ainda hoje sai a continuação.

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