Deixa eu cuidar de você (6)

Um conto erótico de Felipe
Categoria: Homossexual
Contém 3422 palavras
Data: 17/04/2017 20:51:44

Boa noite!

Todos bem? Quero pedir desculpa por não ter postado no fim de semana, foi bem corrido e só hoje é que estive melhor para escrever. Ainda vou tomar medicação por uns dias :/

Quero agradecer a T O D O S que estão lendo, votando, comentando.

Beijo bem grandão no coração de vocês.

“- Felipe, você e o doutor Renato estão tendo alguma coisa? – ela perguntou baixinho.”

Alguns dias se passaram e eu e o Renato sempre dávamos um jeito de fazer alguma coisa juntos, convidei-o para minha festa de aniversário e ele ficou insistindo para saber o que eu queria de presente, falei que não queria absolutamente nada, só sua presença e estava ótimo. Finalmente chegou o dia da festa e minha mãe estava ficando louca de tanto que corria para que tudo saísse de acordo com o que ela combinou. O local estava super bonito, os convidados chegando e minha mãe correndo de um lado para o outro.

- Mãe, assim vai acabar enfartando – eu falei – Vai dar tudo certo.

- Você sabe que não consigo, Felipe – ela falou – Só vou sossegar quando tudo estiver terminado e com um resultado satisfatório.

- Para – eu falei sorrindo – Sossega um pouco.

Cumprimentei a parentela e alguns amigos que chegaram. Alguns ainda perguntavam do acidente e aquele velho blábláblá. Os garçons já serviam bebidas e aperitivos, meu olhar a cada 5 segundos estava focado na porta, esperando o Renato chegar. O Fábio e Matheus falavam sempre do mesmo assunto, mulheres. Pouquíssimas vezes falamos algo interessante e que fazia ter vontade de ficar prolongando o assunto. Parece que não era a mesma coisa de antes, realmente tinha mudado. Meu pai chegou, me entregou um presente e logo foi falar de negócios. Eu estava ansioso até que vi o Renato chegando e dei graças a Deus porque ele me ouviu e não trouxe nenhum presente. Deixei o Fábio e o Matheus conversando e levantei para recebê-lo, foi um dos poucos convidados em que fiz isso.

- Pensei que não viria mais – eu falei aliviado.

Ele me abraçou e me desejou parabéns, falou que atrasou devido ao trânsito. Ele se juntou a mim e minha família. Minha mãe a todo tempo ressaltava para que os garçons o atendessem bem. Ele a tranquilizava falando que estava tudo perfeito. Os meninos conversavam com ele, mas ele não estava tão interessado assim, ele nunca conseguiu disfarçar nenhum sentimento, seja bom ou ruim. O jantar ia ser servido as 20:30 e ele chamou para dar uma volta pelo jardim enquanto não serviam o jantar. Avisei o pessoal que estava indo a parte externa e que não demoraria. Eu nem tinha reparado o quanto realmente estava bonito, detalhe por detalhe.

- Sua mãe realmente caprichou em tudo – ele falou – Desde você até essa festa.

- Para de ser bobo – eu falei – Mas ela está quase surtando por causa dessa festa, ainda bem que até agora está tudo bem.

- Está perfeito – ele falou – A propósito, você está perfeito. Gostei desse perfume que está usando, qual é?

- Chama “Only the brave” – falei – Ganhei da minha mãe no natal, mas nem tinha usado ainda.

- Muito bom – ele falou – Gosto de todos o que você usa, mas este é o meu preferido a partir de hoje. Será que tem problema você dormir em casa hoje? Minha mãe foi visitar o meu irmão.

- Acho que não – eu falei.

- Ótimo, não estou aguentando a vontade de te beijar e não posso fazer isso na frente de todo mundo – ele falou e apertou minha cintura – Você está mais lindo do que nunca.

Eu ria das coisas que ele falava. Ficamos conversando mais um pouco e entramos quando minha mãe avisou que iriam servir o jantar. Estava tudo muito bem organizado, a comida estava deliciosa e fiquei brigando para o que o Renato comesse mais, ele ficava com vergonha e parecia um passarinho se servindo. Sentamos com os meus pais e meu pai começou a enchê-lo de perguntas, inclusive sobre “namoradas” e ele respondeu da melhor maneira possível, sem dar muita abertura para perguntas inconvenientes. Meu pai acabou bebendo mais do que deveria e saiu mais cedo da festa. O Fábio foi deixa-lo. Serviram bolo com sorvete e aos poucos os convidados foram embora, os meninos me chamaram para ir a um barzinho, mas avisei que estava cansado e que iria para casa. “Vamos marcar algum dia, faz tempo que não fazemos algo juntos” eles falaram, mas eu realmente não estava tão interessado. Quando podia fazer algo, queria apenas a companhia do Renato e da minha família.

Minha mãe estava aliviada que tudo aconteceu da maneira que ela tinha planejado, nos despedimos do pessoal do buffet e avisei no último instante que iria dormir no Renato. Falei que iríamos a um barzinho pela Augusta e ela perguntou porque eu não chamei os meninos, falei que iria dormir na casa dele e os meninos não eram tão íntimos dele assim.

- Felipe, não está pensando em farrear até altas horas não, né? – ela perguntou desconfiada – E mais, seu pai passou mal e deixou o carro aí. Estava contando com você para irmos embora juntos, não gosto de dirigir sozinha a noite.

- Não vou “farrear” até tarde não, mãe – tentei tranquiliza-la – Eu vou com você até em casa e de lá eu vou.

- Tudo bem – ela falou – Vou só acertar algumas coisas aqui e já vamos.

Eu fui avisar o Renato que já tinha falado com a minha mãe e ele quase me agarrou ali mesmo, tinha ficado feliz que iria dar certo eu ir dormir lá. Minha mãe pediu para eu guardar os presentes que tinha ganhado e coloquei tudo no porta mala do carro do meu pai. Fiquei conversando com o Renato em um banquinho gelado que tinha do lado de fora e logo minha mãe chamou para irmos embora. Ela veio dirigindo e comentando da festa, o Renato seguia o carro dela e ela comentou que gostava da minha amizade com ele, mais do que com o Matheus e o Fábio. As ruas estavam tranquilas e logo chegamos em casa. Ele ajudou a tirar os presentes do porta mala do carro e avisei a minha mãe que estava de saída. “Juízo, rapazes. Juízo” foi o que ela nos falou. Mal entrei no carro e o Renato me beijou, dando uma leve mordida no meu lábio.

- Ufa, pensei que não ia conseguir te sequestrar hoje – ele falou – Já estava pensando em invadir pela janela do seu quarto.

- Duvido que você faria isso – falei rindo.

- Não duvide! – ele falou e me deu um beijo.

Chegamos ao seu apartamento e estava arrumadinho da mesma forma que vi a última vez. Ele me abraçou forte e me deu um beijo demorado.

- Estou viciado em você – ele falou – Você não tem ideia do quanto me segurei para não te agarrar na festa.

Continuamos abraçados e falei pra ele que agora estava ali a sós com ele.

- Seu pai me deixou sem graça – ele falou.

- Eu percebi – falei envergonhado – Desculpas, eu não imaginava que ele faria aquilo.

- Sem problemas – ele respondeu – Consegui contornar a situação. Vou encher a banheira para tomar banho, vai entrar comigo?

- Banheira? Acho que vou aceitar sim – respondi.

- Vou deixar a banheira enchendo então – ele falou – Já volto.

Ele saiu e eu fiquei aguardando ele voltar. Ele demorou um pouco a voltar e eu sentei naquele imenso sofá macio. Ele voltou e deitou no sofá, apoiando sua cabeça no meu colo.

- Daqui a pouco está cheia – ele falou e puxou minha cabeça para me beijar.

Ficamos ali namorando e ele levantou me chamando para tomar banho. Entrei no seu quarto pela primeira vez, tinha uma coleção enorme de carrinhos antigos ali. Entramos no banheiro, imenso por sinal, ele se despiu e ficou me olhando. Perguntou se eu iria entrar de roupa e aí foi que tirei a roupa e deixei pendurada. Ele pegou minha cueca e cheirou, eu vi aquela situação e ri.

- Pode rir – ele falou – Mas eu tinha que fazer isso, gosto do seu cheiro.

Eu não respondi, apenas o abracei e senti o seu corpo nu tocando o meu. A temperatura da água estava excelente, ele entrou primeiro e eu sentei deixando minhas costas encostadas no seu peito. Ele ficou beijando minha nuca e massageando os meus ombros. Senti seu pau duro relando em mim e aquilo foi fatal, meu pau subiu na hora. Ele percebeu que eu estava excitado e começou a me punhetar e mordia minha orelha. Eu gemia de tesão e ele foi aumentando o ritmo. Estava quase gozando.

- Não faz isso – falei – Estou quase gozando.

Ele levantou e sorriu. Ficou parado com aquele pau grosso apontado para o meu rosto e começou a passar a cabeça do pau na minha boca. Eu abocanhei o seu pau e comecei a chupar devagar. Eu não conseguia colocar todo na boca, mas me esforçava. Ele gemia e puxava meu cabelo, fazendo movimentos como se estivesse metendo. Ele estava quase gozando também e pediu para eu parar. Ele sentou novamente e eu sentei no seu colo, colando meu peito no seu. Levantei um pouco, deixando seu pau entre as minhas pernas e ele foi me cutucando, até que senti seu pau pressionando para entrar. Ele mordia minha orelha e o pau dele começou a entrar, ardeu um pouco no começo, mas logo estava sentindo o seu pau inteiro dentro de mim. Ele não conseguia bombar direito, então me segurava e eu comecei a fazer movimentos de subir e descer. Ele colocou a cabeça pra trás e pediu para eu não parar. Meu pau duro estava esfregando na sua barriga e o prazer foi aumentando, não aguentei o tesão e gozei. Por conta da temperatura, a porra ficou aglomerada e flutuando na água. Ele viu e riu, mas não tinha gozado ainda. Comecei a rebolar e sentar no seu pau, apertando o pau dele com o cú. Até que ele tirou e gozou na água também. Ele gemeu alto e puxou minha cabeça, deixando encostada no seu pescoço. Ficamos um tempo assim e então nos enxaguamos. Ele me emprestou uma de suas cuecas e ficamos assistindo TV.

- Você está me deixando viciado – ele falou – Eu estou batendo punheta todos os dias desde que transamos pela primeira vez.

- Que safado – eu falei – Não sabia que você era assim não, pervertido.

- Pervertido nada, você é quem me provoca e me faz ficar assim – ele falou – Viciado em sentir seu corpo no meu.

- Sei – eu falei, fingindo uma cara de desconfiado.

Ele pegou o controle da TV e me perguntou que filme eu queria assistir.

- Drama, comédia ou terror? – ele me perguntou.

Escolheu um filme de drama, mas o filme era tão parado que eu dormi e não vi o final do filme. Eu estava cansado e dormi que nem uma mula velha aquele dia, acordei com o brilho do sol no momento que ele abriu a janela do quarto.

- Fecha a janela – eu falei tapando os olhos – Por favor, Renato.

- Hora de tomar café – ele falou – Anda, abre esses olhos remelentos.

Eu cobri a cabeça com o travesseiro e tentei voltar a dormir, mas ele não deixou. Abri o olho e ele estava sentado do meu lado, trouxe uma bandeja com café da manhã e um envelope em cima.

- Ah não – eu falei – Não acredito que você fez isso – falei me referindo ao café da manhã que ele trouxe pra mim.

- Ué, você merece – ele falou.

Ele trouxe café, leite, danone, pão, frutas, bolachas e aí reparei o envelope que veio junto.

- O que tem nesse envelope? – perguntei.

- Surpresa, mas já pode abrir para descobrir – ele falou.

Peguei o envelope e abri. Tinha alguns papéis dentro e o primeiro que peguei tinha uma foto nossa de quando fomos para Campos do Jordão e um cartão de aniversário, escrito a mão, com o seguinte texto.

“Lipe, parabéns. Eu queria te entregar no dia exato do teu aniversário, mas resolvi deixar para entregar junto com esta pequena surpresa que estou fazendo. Afinal os parabéns eu te dei junto de um abraço. É uma lembrança pequena em tamanho, talvez, mas enorme em sentimento. Te desejo muita saúde, paz, alegria e sucesso nos teus dias. Junto disso, desejo que eu possa estar contigo em todos estes momentos. Eu agradeço a Deus por ter permitido de você entrar na minha vida, você não tem noção da mudança que isso causou. Eu durmo e acordo feliz, ansioso para te reencontrar e sentir o seu beijo. Ver o seu sorriso, desarma o meu coração também, que só de estar ao seu lado, bate muito mais rápido. Obrigado por me permitir estar ao seu lado e espero que goste da viagem.” Ler essa última parte, me deixou espantado.

- Viagem? – eu perguntei.

- Sim, pegue esse outro papel aqui – ele me entregou um papel dobrado.

Comecei a ler o papel e não estava acreditando. Ele havia fechado um pacote de viagem para o Rio Grande do Norte de 7 dias para nós dois.

- Ah, não acredito que você fez isso – eu falei – Te falei que não precisava se preocupar com presente.

- Ué, não gostou? – ele perguntou.

- Lógico que gostei, mas não queria que tivesse se preocupado com isso – falei – Te falei que não precisava.

- Ué, mas eu também preciso descansar – ele falou – Vai ser um presente pra mim e pra você.

Eu fiquei envergonhado e ele me beijou. Falou super empolgado das diversas coisas que queria fazer e dos passeios que havia planejado. Fiquei na sua casa até um pouco depois do almoço. E ele me levou em casa e foi para a clínica. Meus pais não estavam e eu fiquei assistindo TV na sala e acabei pegando no sono. Ouvi o barulho do meu pai chegando e acordei.

- Não tem cama? – ele perguntou.

- Estava assistindo, acabei dormindo aqui mesmo – eu falei.

- Isso que dá, bebe e fica jogado– ele falou enquanto tirava os sapatos – Não descansa direito e depois fica aí dormindo pelos cantos. Você está muito rueiro para o meu gosto. Tem que ver de ajudar lá no posto, está com muita moleza para o meu gosto.

Eu fiquei calado, não queria discutir com ele.

- Dormiu na casa do doutor Renato? – ele quis saber.

Eu concordei e ele começou com o sermão.

- Felipe, você me desculpa. Não estou gostando dessa intimidade que vocês estão tomando não – ele falou sério – Eu vi a hora que ele colocou a mão na sua cintura. Aquele rapaz com a idade que tem não tem uma namorada, nunca casou e pelo jeito que falou no seu aniversário, não tem muitos planos para isso não.

- Que nada, pai. Para de ver maldade nas coisas. Eu e ele somos apenas amigos – falei – Nem todo mundo pensa em casar aos 18 anos. A não ser quem é de igreja e não pode transar.

- Nem que seja, mas pelo menos fala em namorar ou casar – meu pai falou – Ele pode não ter jeito de boiola e ser machão. Mas acho aquele rapaz estranho. Te olha de uma maneira estranha. Já falei a sua mãe, mas ela está cega.

- Você está viajando, pai – falei – Para de fica pensando besteira.

Desliguei a TV e o deixei na sala, não antes de ouvi-lo resmungar algumas coisas. Mas não quis falar mais nada a fim de não prolongar o assunto. Mas fiquei com raiva das coisas que ele falou, que absurdo. Achei melhor nem comentar nada sobre a viagem que havia ganhado do Renato, iria falar para eles que iria sozinho, mas também só avisaria quando estivesse próximo de viajar, faltava pouco mais de uma semana.

Fiquei no meu quarto e conversei com o Renato por mensagem, mas não comentei nada sobre o que aconteceu. Acabei dormindo de novo e acordei com uma gritaria dentro de casa, meu pai e minha mãe discutindo alto. Levantei e fui ver o que estava acontecendo. Eles estavam no quarto discutindo, ouvi meu pai bêbado falando “Se ele virar viado, não diga que não avisei. Eu não quero um filho viado aqui dentro de casa, se eu descobrir alguma coisa ele não entra em casa nem para pegar uma cueca. Fica falando que são amigos, que amigo é esse que pega na cintura? Que fica olhando como se fosse namorado?” e minha mãe estava pedindo para ele fazer silêncio, meu pai continuava a gritar. Eu fiquei paralisado do lado de fora, pensando no que ele havia dito, até que minha mãe saiu do quarto e me viu parado do lado de fora. Ela encostou a porta e se aproximou de mim.

- Meu filho, não sabia que estava aqui – ela falou.

- Ouvi o barulho e vim olhar o que estava acontecendo – falei.

- Você ouviu o que ele estava falando? – ela perguntou receosa.

Eu fiquei em silêncio e ela entendeu que eu tinha escutado sim.

- Meu filho, ele está bêbado – ela falou e me abraçou – Não dê ouvidos ao que ele fala.

Eu não conseguia falar nada, ouvir aquilo me deixou sem palavras mesmo.

- Seu pai está alterado por causa da bebida – ela falou – Ele está estressado com os negócios e danou-se a beber novamente.

- Durma no meu quarto – falei – É melhor, assim evitam brigar.

Ela foi comigo para o quarto e deitou comigo.

- Me desculpa, meu filho – ela disse – Seu pai está bebendo demais ultimamente e não sabe o que fala.

- Tudo bem – eu falei baixinho – Esqueça isso.

- Ele vê coisas onde não tem – falou – Não sei que maldade ele tanto vê.

Um nó surgiu em minha garganta por aquela situação e eu não falei nada. Minha mãe ficou pedindo para eu não ficar chateado e eu apenas não queria tocar no assunto. Eu e ela sempre fomos muito próximos, ela é quem comprava a minha roupa, se preocupava com escola, com alimentação e etc. O meu pai? Ele arcava com o financeiro e preenchia a ausência com presentes. Na adolescência é que comecei esconder uma ou outra coisa da minha mãe, mas pelo fato dela ser rígida com alguns assuntos.

- Não liga para o que seu pai falou, filho – ela falou – Eu falo que vocês são apenas bons amigos.

Ela ficou esperando eu falar alguma coisa, mas meu pensamento estava distante. Eu não queria passar por aquilo, não daquela forma. Uma lágrima desceu do meu olho e ela me abraçou.

- Você sabe que pode contar comigo, não sabe? – ela perguntou.

Eu sacudi a cabeça afirmando que sim, embora tivesse dúvida em relação ao fato de ser gay e estar namorando com o Renato.

- Então me responda com sinceridade, você e o doutor Renato estão tendo alguma coisa além de amizade? – ela perguntou baixinho.

Eu não consegui responder, aquilo apertou o meu peito. Mas eu também não queria esconder isso dela, por mais que ela pudesse não me entender também.

- Nós estamos namorando, mãe – eu respondi – Eu sou gay.

Ela me olhou e então chorou.

- Eu imaginei que algo estivesse acontecendo, mas não quis alimentar essa ideia – ela falou. – Eu só não consigo entender como você que já namorou por três anos com a Tamires agora me fala que é gay. Eu estou confusa!

- Por que eu também não sabia – falei – Não é algo que planejei e quis, foi apenas acontecendo.

Ela tentava manter a calma. Mas sabia que não era tão fácil assim de entender em um primeiro momento. Contei a ela como aconteceu, sem muitos detalhes.

- A mãe não sabe o que te falar – ela chorou – De verdade a mãe não sabe o que te falar.

- Eu sei, mãe – falei – Sempre imaginei que não iriam aceitar, por isso não comentei nada e isso tem me sufocado, nunca gostei de esconder nada de você.

- Filho, a mãe precisa entender as coisas – ela falou e me abraçou – Aceitar eu te aceito. Seu pai não vai aceitar, ele não suporta ao menos pensar na ideia. A mãe também não entende, mas estou do seu lado mesmo assim. Se ele deixar de te amar, eu vou te amar por dois.

Ouvir aquilo me fez chorar. Foi impossível não chorar, tirou um sufoco do meu peito. Saber que ela estava tentando me entender e me apoiando foi uma das melhores sensações que já senti. Ela quis saber muitas coisas, inclusive se eu tinha mesmo ido a cidade do irmão do Renato e falei que tínhamos ido para Campos do Jordão na verdade, ela me deu sermão e fez prometer que nunca mais iria mentir para ela. “Imagina se você morre e só depois eu descubro onde estava, quer me matar do coração também?”. Mandei mensagem para o Renato avisando que precisava falar com ele.

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Comentários

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Cada um melhor que o outro ❤️

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Começaram os problemas, gostando muito por você ser fiel nas postagens.

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Ihh, o caldo está prestes a entornar. Já vejo o afastamento da família e dos amigos. Um abraço carinhoso,

Plutão

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Mds tá incrível Parabéns, sério continua assim que vc vai longe como escritor ♥♡♥ quero que continua por favor

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Estou adorando cada vez mais o conto 💜

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cada vez mais amando esse conto, estou torcendo muito pra vc e o Renato terem ficado juntos

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Muito bom! Ainda bem que tem o apoio da mãe!

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Ao menos tem o apoio de sua mae, e que dialogo foi esse? Emocionante. :') Muita força para enfrentar esse pai, o que nao vai ser facil. Maravilhoso relato. Adorando.

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Que capítulo foi esse, minha gente?! Adorei.

Obg por postar 💜

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Nossa agora q começa os jogos... Vai ser momentos mts desafiadores... Mas passará e tudo vai se acertar.

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Maravilhoso. Esse pai dele ainda vai dar muito piti.

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