A convivência com Mateus nos aproximou consideravelmente, passamos a ler livros, fazendo resumos, e no final de cada livro lido fazíamos uma apresentação do livro, um para o outro. Nós estávamos tão próximos que sempre fazíamos trabalhos escolares juntos, quando eram passados pra gente, formávamos sempre duplas em exercícios do cotidiano, nos tornamos amigos, íntimos até.
O modo dele contar o que lia era tão bonito, sempre com criatividade na fala e na interpretação, me cativava bastante, tinha um toque teatral, apaixonante, que só ele com o jeito dele desastrado mas ao mesmo tempo comedido , o cabelo bagunçado , a voz macia e grave, sempre que falava prendia minha atenção, olhava pra boca dele e só choques me vinham a espinha... o pau? ... teso. Atenção, eu ? que nada! No final não lembrava era de nadinha do que tinha falado ele rs outras coisas mais importantes estavam a ser veneradas pela minha memória de curto prazo ok;
As vezes eu suspeitava que ele fazia de propósito, porque teve uma vez que fomos apresentar os respectivos livros que cada um tinha lido,como marcamos, na casa dele, e ele estava só com um pijama, na verdade só o short do pijama, e a rola dele ficava balançando displicentemente no short, perdi as contas de quantas vezes eu fiquei de pau duro querendo voar nele, durante a apresentação dele, e quando fui fazer a minha , meu pau estava meia bomba, ele deve ter percebido, estava risonho demais pro meu gosto.
Nossa aproximação me gerou um aquecimento na derme tenso, porque estava gamado em Mateus e sempre que ia falar com ele não tirava os olhos de sua boca... de sua bunda... do pau... etc. A questão é , eu não sabia se ele tinha entendido os sinais que eu dava, se ele toparia algo comigo, se ele tinha medo de algo com outro cara, mas eu queria ele, só tocar aquela pele já bastaria, humm...
Era sexta feira e a gente estava entrando na escola, eu estava conversando com ele, e chegou uma menina cutucando-o, pelo que me pareceu estava o chamando para um canto, eu fiquei com muita raiva, pois com certeza ela queria ficar com ele, aquele loiro bonito, quem não o queria. Mateus voltou com uma cara séria, como se tivesse levado um susto, branco que nem folha, me apressei em perguntar o que tinha acontecido, já pressupondo os fatos no desespero de quem se apaixona:
Eu - ela queria ficar contigo né ?
-Não.
Eu- oxe , o que é então, por que tá com essa cara ?
-era contigo, pega, esse é o número dela, ela pediu para te dar.
Mateus me deu o papel e saiu bruscamente, não entendi nada o que tinha acontecido. Naquele momento minha cabeça ainda estava no : ‘ como assim ela não queria ficar com ele?’, se ampliou bem depois pro ‘como assim era comigo e não com ele ???’, até chegar no, ‘SE ELE, SAIU COM RAIVA É PORQUE...’
Então já era, ele tava com ciúme não se pode negar, sentia que meu sorriso era sínico, contido, preso, esperei chegar a hora do intervalo entre as aulas para falar com ele, não queria que ele ficasse com raiva de mim até porque o aniversário dele era no dia seguinte, só que eu estava planejando algo surpresa, e estava evitando esse assunto para ele achar que eu tinha esquecido e realmente ser uma surpresa
A menina? até que era bonita, mas eu não iria trocar meu Mateus por nada.
Aquele aniversário dele estava me dando muitas ideias.
Obrigado por quem leu e votou, bem , não foram 5, mas só de estarem acompanhando pra mim já vale.
Eu não sabia quem era ele, mas o italiano de olhar fuzilante penetrou em minha libido, delirei lembrando do cheiro que o corpo dele exalava ao meu lado ao passar, da lembrança do meu estado de embriaguez o olhando olhos gelados de tão azuis, da zombaria de meu pensamento e fértil a imaginar o tocando a barriga, o rosto, a bunda, sua pele... imaginação a deleitar-se do seu corpo nu... desde a calmaria de um beijo tímido, inicial à tempestade de uma puro gozo sexual.
Acordei, pasmo.