A Cura da Perda - [Parte Final]

Um conto erótico de Ryan
Categoria: Heterossexual
Contém 2310 palavras
Data: 19/04/2017 20:42:17

No conto anterior...

“Então lhe dei um beijo um pouco demorado e suave em seu rosto, bem próximo de seus lábios, no cantinho de sua boca, ao ponto de a sentir abrindo seus próprios lábios para o beijo, sentido nossos corpos tão próximos que meu pênis já acariciava sua buceta por cima da roupa, a encoxando levemente, sentindo todo o calor de seu corpo e até as batidas de seu coração acelerados e, como num piscar de olhos, como quem desliga um interruptor, eu acabei com aquele momento. Simplesmente me afastei e lhe disse:

- Como eu te disse, vou respeitar o que você quer Julia. Sou um homem de palavra. – Me virei e saí de sua casa, com o pênis dolorido de tesão, mas sorrindo por dentro sabendo bem que aquilo estava longe de terminar”.

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Sim, aquilo estava muito longe de terminar. Eu sabia disso, ela sabia disso, a prima dela sabia disso e até um asno saberia disso. Ela apenas não admitia.

O clima entre nós mudou muito, de conversas amigáveis no mercado quando ela tinha de ir fazer compras, passou a ser olhares cúmplices, sorrisos ocultos, discretos toques de mãos e toda aquela sedução que rola quando duas pessoas estão iniciando um caso. Se por um lado não estávamos fazendo nada de errado, existia aquela sensação dentro de mim de estar traindo um amigo e esse era um limite que eu não aceitava atravessar.

Sempre que o mercado estava vazio e ela aparecia para “comprar” alguma coisa que “faltava” em casa, rolava aquela química e aquele clima, aquela vontade de a agarrar ali na frente de todo mundo e foda-se quem descobrisse. Por outro lado, a dona do mercado, ex-sogra dela patrulhava o mercado o tempo inteiro e não dava muito espaço para conversávamos. Ainda em tempo de escola, eu ainda ficava com os finais de semana comprometidos com a quantidade de trabalhos pra entregar. Mas sabia que essa situação não poderia durar muito tempo.

A solução veio meio que por milagre, como que adivinhando que eu precisava de um empurrãozinho pra conversar com meu amigo. Ele começou um namoro repentino com uma moça de família de classe alta e em menos de dois meses anunciaram um noivado. Ao contrário do que poderia se esperar, a noiva dele não era daquelas moças mimadas, muito pelo contrário, abriram um novo mercado que mesclava loja de roupas, farmácia e até lanchonete juntos e passaram a investir em um futuro juntos. Foi aí que percebi que não haveria problema se eu fosse falar com ele sobre a ex.

Todo o meu medo de levar esse assunto foi em vão. Para minha total surpresa quando mencionei que poderia começar um lance com a Julia, ele se mostrou surpreso e depois até apoiou, disse para eu ir em frente que ele só teve um caso rápido com ela e tinha sido burro de não usar camisinha. Então o caminho estava total livre, mas me fez um alerta: ela não era a mulher que eu provavelmente me fixaria. Fiquei com aquilo em mente.

Com o caminho livre, agora era convencer a própria Julia de que não teríamos nada nos impedindo. Era uma Sexta-feira, eu estava a caminho da casa dela quando um carro para ao lado da minha bicicleta e reconheço a prima dela, que quase havia nos pego em flagrante (ver conto anterior).

- Oi Ryan, tudo bem? Podemos bater um papo rapidinho?

- Claro! Aconteceu alguma coisa?

- Não, não, apenas queria levar um papo contigo, coisa rápida.

Encostei a bicicleta no chão e entrei no carro. Meus olhos rapidamente percorreram suas pernas expostas no vestido leve. Ela notou e fez troça.

- Calma aí “pegador”, você já tá pegando minha prima e tá de “zóio” em mim também?

- Foi mal, força do hábito e não tem nada a ver entre eu e sua prima e quem me dera se eu fosse pegador – Por quê todo moleque é tímido nessas horas e vai direto pra negação?

- Não tem problema, Ryan, a Júlia já me contou o que aconteceu e que acabei empatando uma foda. Olha, você é novo e deve estar todo empolgado pegando uma mulher mais velha, mais se posso te dar um conselho, é: vai devagar, não vai gamar na Júlia, porque depois que ela cansar de te usar, vai chutar sua bunda e você vai ficar aí pelos cantos sofrendo.

- É, você é a segunda pessoa que me faz esse alerta, mas nem to xonado não, apenas não consigo resistir ficar longe dela, não sei explicar.

- Isso se chama química, é tesão mesmo bobinho. Olha, não vai ser eu que vou ficar empatando vocês, mas pega leve e usa a porcaria da camisinha na próxima vez. Você é muito novo pra ser pai.

Eu agradeci a preocupação e o conselho e prometi que iria me cuidar em relação à prima dela. Da minha amizade com a Júlia eu já sabia o que esperar e nem tava encanado com isso, mas é de se esperar que um garoto fosse cair de amores por aquele monumento de mulher. A prima dela, que chamaremos de Janaína apenas pra facilitar a narrativa, se despediu de mim com um beijo que me arrepiou até a raiz do cabelo, daqueles bem molhados na face e demorados, enquanto alisava meu cabelo. Ficou me encarando por alguns segundos e me fez sinal para sair.

Algo naquele olhar me fez imaginar que alguma coisa não estava certa.

Eu sabia que Julia estaria em casa e que a filha dela estaria na casa da avó, provavelmente até dormiria lá, então já entrei pelo portão, escondi a Bicicleta nos fundos e fui para a porta bater para me identificar.

Meus amigos, quando essa porta se abriu, se houvesse uma cadeira disponível por perto eu teria sentado e se fosse velho teria tido um taque cardíaco.

Com uma camisola cinza de alças, fina e transparente, curta até a altura das coxas, mostrando um lingerie minúscula mal tampando aquilo que eu tanto cobiçava. O cabelo preso em um coque segurado apenas por uma agulha de tricô, e uma sandália de salto alto que destacava seu quadril perfeito, sua bunda perfeitamente redondinha e firme. Seus olhos delineados por uma sobra destacando aqueles olhos claros magníficos que por si só parariam o trânsito da Avenida Paulista em horário de Rush. Naquele momento, se me perguntassem o que era perfeição só haveria uma resposta em meus lábios.

Ela sorriu vendo minha cara de bobo e fez sinal para que eu entrasse, fechando e trancando a porta logo em seguida. O lugar estava todo preparado para uma noite romântica, com incensos acesos apenas um abajur iluminando o ambiente e uma música lenta e sensual tocando no rádio. Ela me mandou ir para o banho e eu perguntei se ela iria comigo, ela fez um sinal maroto negando e dizendo que me esperaria. Apenas me mandou voltar de cueca do banheiro.

Foi o banho mais rápido e ansioso que tomei na vida. De volta à sala, ela me manda sentar no sofá e apenas aproveitar o show. Seria a segunda mulher a me fazer strip-tease na vida. E que strip.

Ao contrário de Cibele, que dançava por intuição, com a Júlia eu entendi o que era ver uma mulher dançando sensualmente. A música que passou a tocar era a clássica do Joe Cocker, “You Can Leave You Hat On”, mas naquela época eu nem fazia idéia qual era a música ou artista. Fui descobrir anos depois.

Suas mãos subiam pelo seu corpo no ritmo da música, seus olhos estavam como em transe, como se apenas houvesse a música e ela naquele momento, sua boca esboçava aquela sensualidade natural enquanto seus quadris simplesmente expressavam as palavras que eram cantadas em forma de dança. Suas pernas caminhavam pelo ambiente de forma tão graciosa que eu poderia ficar assistindo aquilo para o resto da vida sem me cansar. Até me lembrou um pouco da Cameron Dias dançando no filme do Máscara, porém, de forma muito mais explícita e sensual.

As peças foram ficando pelo caminho conforme as músicas avançavam, deixando apenas a calcinha fininha de rendinha cobrindo aquilo que eu mais desejava ver. Eu sempre fui péssimo dançarino, mas eu desejava ao máximo sentir seu corpo dançando colado ao meu e a abraçando por trás, fui tentando acompanhar seu ritmo, seu rebolar, deslizando minhas mãos pela sua barriga e meus lábios pelo seu pescoço, sentindo-o se arrepiar a cada leve toque.

Como quem tivesse acionado um botão de “tesão”, ela se virou para mim e subiu no meu colo, comigo em pé, me beijando descontroladamente. Ela disse que embora aquilo tudo tivesse sido preparado romanticamente, ela queria transar aquela noite até não aguentar mais. Ela sabia que eu estava vindo, a prima dela tinha ligado em casa avisando. E naquela noite, eu seria dela e não importava o que o ex pudesse pensar. Eu nem tive tempo de contar as novidades.

Eu percebi que ser romântico apenas esfriaria o seu tesão, então resolvi ser um pouco mais agressivo. A coloquei gentilmente no sofá, mas com as mãos rasguei sua fina calcinha e passei a dar chupões com violência em sua coxa, apertar sua cintura com tesão e beijar e lamber todo seu corpo. Eu não abriria mão de chupar aquela bucetinha por nada nesse mundo.

Eu estava ainda a provocando antes de começar a chupa-la de fato quando a senti puxar meus cabelos com força e pressionar minha cabeça em sua virilha, com ela me ordenando a chupar com gosto. E foi o que fiz. Deslizando minha língua pelos lábios, dando um bom trato neles, passei a concentrar bastante pressão na porta da sua buceta com a língua e com a boca massageando todo o restante da extensão dos pequenos e grandes lábios. Seus gemidos já eram gritos e sentia sua virilha convulsionar em intervalos que me pareceu de dez minutos cada.

Com a ajuda dos dedos, passei a masturba-la e quando senti que a boca começou a ficar dolorida, tentei fazer com que ela se aproximasse logo de um novo orgasmo e sem que ela percebesse, eu já tinha tirado minha própria cueca e colocado uma camisinha. Foi o tempo dela anunciar que estava quase gozando eu subi apressadamente meu corpo e introduzi sem nenhuma gentileza meu pênis, com força, em uma única estocada, a fazendo grudar as unhas em minhas costas e morder com tanta violência meu pescoço que eu quase me arrependi do feito. QUASE.

Me xingando, ela me mandou fode-la com força, e foi o que fiz. Não era meu jeito habitual de transar, mas quem mandava era ela. Ela simplesmente me empurrou no chão e veio por cima, rebolando com força e gemendo cada vez mais forte, dizendo para que continuar assim que logo ela gozaria. E não demorou de fato.

Com ela mais calma, percebi que agora poderia fazer do meu jeito. Ledo engano. Ela simplesmente ficou de quatro no sofá e ordenou: me fode. E eu obedeci sem pensar duas vezes, estocando em um ritmo constante, segurando em sua cintura, massageando suas costas até a puxar para mim, segurar em seus seios e beija-la com desejo, enquanto uma outra mão a masturbava ao mesmo tempo em que a penetrava com meu pênis. Não demorou muito e ela começou a se contorcer toda, dizendo que estava acabada, que não aguentava mais, que era pra eu gozar junto com ela.

Então decidi pelo menos nesse final comandar um pouco. A coloquei deitada de barriga pra cima e encaixei novamente, dessa vez fazendo do meu jeito e percebi que essa tinha sido a posição que ela tinha evitado a noite toda, a posição que tínhamos transado quando fomos interrompidos. E passei a fazer do mesmo jeito, e percebi que ela passou a gemer diferente, com mais calma, entre soluços e lágrimas, mordendo meu ombro e pescoço. Eu sentia minhas costas toda arranhada, enquanto a penetrava sem parar, tentando massagear sua buceta no processo, até que ela anunciou que o gozo estava vindo e eu percebi que não conseguiria segurar mais por muito tempo.

O seu orgasmo veio tão violento que ela entrelaçou as pernas me travando dentro dela, suas unhas afundaram em minhas costas enquanto ela berrava seu orgasmo em meus ouvidos, sua buceta parecia sugar meu pau e o apertar e foi nessa cacofonia que meu próprio gozo veio, enchendo a camisinha, me fazendo tremer todo, mal conseguindo me mexer.

Olhamos no relógio e percebemos que já era madrugada. Fome e sede nos atingiram, mas não queríamos sair daquela posição. Depois de retirar e despejar a camisinha, olhamos um para o outro e começamos a rir e finalmente pude lhe contar as novidades, o que a animou bastante.

Essa noite acabou sendo perfeita, transamos mais uma vez e uma outra quando acordamos. Foi a primeira vez que tive um vislumbre de como seria viver com uma mulher, sem a preocupação de um marido que poderia chegar a qualquer momento.

Mas as previsões estavam certas. Julia não era mulher para mim. Pelo menos mantivemos esse lance sexual por muitos anos, assim como nossa amizade e saíamos mesmo depois dela ter casado e só paramos porque ela se mudou para o extremo Sul do país e os contatos foram extinguindo-se com o passar dos tempos.

Mas ela foi um porto seguro em muitos momentos da minha vida, conforme eu crescia e amadurecia, me aconselhando, me orientando e vice-versa.

A prima dela Janaína acabou sendo uma surpresa, já que poucos anos depois acabamos namorando sério por alguns meses. Mas ela sabia que eu não conseguia deixar de transar com a Júlia, embora não a tenha traído nenhuma vez. Ela acabou terminando pelo medo de que cedo ou tarde isso acabaria acontecendo.

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Pessoal, continuo sendo grato às sugestões e críticas. Comentem o que achou do conto. Particularmente, espero que tenham gostado.

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Comentários

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Oi Marcela21.

Que bom que gostou dos contos. Já li e votei seu conto "Gosto de dar para homens casados". Realmente muito bom e excitante. Por muitos anos, mulheres comprometidas eram as exclusivas que eu me relacionava.

Logo mais postarei mais e ficarei honrado com sua "visita". Bjos

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Fico muito contente que tenha gostado Amora. Logo mais postarei mais uma experiência, dessa vez sendo mais atual. Beijos

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