Era sábado e era meu final de semana de ficar com meu filho. Iria ter encontro da turma num barzinho para comemorar o aniversário de um dos integrantes mas havia dito que não iria. Aproveitei o sábado de manhã e fui num centro espírita. Levei Patrícia junto. Ela tinha problema em ver espíritos e algumas vezes presenciei ela possuída. Ficou se debatendo e se arranhando, chegou a se enforcar e tive que fazer uma força imensa para segurar seus braços. Em outra ocasião começou a escrever bilhetes de olho fechado e de traz para frente pedindo ajuda. Nessa ocasião rezei um pai nosso e uma ave maria e falei que se alguém estivesse precisando de ajuda que iria a um lugar onde poderia ser ajudado. Fui até um centro espírita mas cheguei atrasado e entrei sem dizer nada, sentei em uma cadeira e aguardei o término da sessão. No final fui conversar com o coordenador da mesa e quando relatava minhas palavras uma mulher que participava de outra conversa ouviu e me interrompeu, mostrando um papel escrito que dizia sobre um espírito recém desencarnado que estava sendo perseguido por sombras e viu uma mulher que conseguia enxerga-lo. Se aproximou dela e pedia ajuda, mas ela não fazia nada. Por fim conseguiu ver um homem perto dela dizendo que se precisava de ajuda iria a um lugar onde poderia encontrar. A mulher que escreveu a carta visualizou o homem e viu que havia muitos espíritos vingativos atrás dele. Fizemos uma sessão especial para encaminhamento dessa alma.
Aproveitei o sábado de manhã e fui conversar com um orientador. Estava me sentindo egoísta em abandonar Patrícia e meu filho em busca de liberdade, de libertinagem. Contei minha história esperando uma dura mas recebi compreensão, que havia casado muito jovem e o convívio com a Patrícia não era um fardo que eu tinha obrigação de carregar. Que ela sim precisava evoluir muito e que eu precisaria fazer um tratamento espiritual para elevar minha energia espiritual que iria precisar para superar a separação, que muitas coisas viriam para me testar. Saí curioso sobre o que o orientador falou para Patrícia e que tipo de tratamento deu mas para minha decepção ela recebeu passe comum. Disse que não havia gostado do orientador e não contou o que se passava com ela.
Fui pegar meu filho que estava na minha mãe e Patrícia foi viajar com o namorado. Passei um final de semana tranquilo assistindo Labirinto e jogando vídeo-game. Patrícia voltou domingo à noite e voltei ao hotel.
Na segunda-feira recebo uma mensagem de Gaya.
– Oi.
– Oi, como você está?
– Estou bem. Tenho uma novidade para te contar.
– Conta então. Que foi?
– Estou namorando. O Lucas me pediu em namoro na balada.
– Sério? Que pena.
– Pena?
– É… gostava de sair com você.
– Sei… eu tb gosto… mas você não me leva a sério…
– Eu não te levo a sério? Você que atendeu o telefone enquanto transava comigo e falou que estava sozinha.
– Sei… não foi bem assim…
– Ok… boa sorte no namoro.
– Obrigada.
Fiquei tentado em testar Gaya, mas o Lucas era um menino legal e deixei a conversa no ar. Agora estava sem alguém novamente e parti para o chat. Na quarta-feira arranjei um encontro com uma menina. Marquei de busca-la no cursinho.
Já estava aguardando quando meu celular toca. Olho o número que chamava e era da casa da Patrícia. Atendo.
– Oi, Carlos.
– Ana?
– Sim. Carlos, você sabe da Patrícia?
– Não… ela ainda não chegou?
– Não… ela não disse nada que iria se atrasar.
– Peraí, vou tentar ligar para ela.
Desliguei e tentei ligar no celular da Patrícia. Chamou até cair. Mandei SMS e nada.
Liguei de volta pra casa dela e falei com a Ana que estava voltando, mas que ainda iria demorar meia hora.
A menina chegou e estranhou minha cara. Expliquei que minha ex tinha aprontado e me propus a leva-la pra casa e marcarmos outro dia. No caminho fui desabafando sobre minha separação.
Quando chegamos na porta da casa dela fui me despedir com um beijo nela e a vi afastando assustada. Não tinha tido noção ainda se iria buscava beijá-la no rosto ou na boca mas ouve uma rejeição imediata dela.
– Não quer me beijar?
– Não.
– Mas porque?
– Não tem clima.
– É… tem razão… mas justamente por isso… deixa eu encostar meus lábios nos seus como um bálsamo para compensar esse meu dia ruim…
– Só encostar então.
Fui beijá-la. Encostei meus lábios no dela e busquei pressioná-los em um beijo. Ela fez que iria ceder mas se afastou abrindo a porta.
– Tchau. disse…. e obrigado pela carona.
– De nada.
Ela desceu e aguardei entrar em casa. Saí puto com Patrícia.
Quando cheguei no apartamento encontrei Ana na pronta para ir embora. Patrícia já havia chegado.
– Que porra foi essa?
– Saí. Estava precisando espairecer. Fui ao cinema.
– E não avisa ninguém?
– Queria saber se você iria deixar de curtir seu encontro para ficar com seu filho.
– Que encontro?
– Ahhhh… vai me dizer que não tinha um encontro.
– Que porra que tem a ver eu ter encontro ou não?
– Mas você tinha um encontro, não?
– Você tem a responsabilidade de voltar pra casa pra Ana ir embora. Se quer sair, avisa antes. Não pode ficar fazendo merda assim.
– Também tenho o direito de sair e você tb tem obrigações com seu filho
– Tá, mas não é assim sem avisar, fazendo merda de propósito. E se a Ana não me achasse?
Patrícia estava sorrindo enquanto eu estava gritando. Ana interrompeu pedindo para conversarmos depois, se eu podia levá-la em casa que já passava da meia noite e não tinha mais ônibus. Pedi desculpas para a Ana e fui. No caminho ela me contou que estava frequente os atrasos da Patrícia, que não estava mais aguentando.
Nos dias seguintes cortejei a Helô de várias formas para um novo encontro até que ela cedeu. Na sexta-feira nos encontramos na frente da Uninove da Barra Funda. Ainda eram nove da noite e os bares estavam vazios, sentamos numa mesa na calçada e ficamos conversando. Contei brevemente sobre o que ocorreu quando cheguei na casa da minha ex após o encontro frustrado e ela especulou que alguém está contando para ela sobre mim. Havíamos marcado o encontro de quarta dentro do chat e alguém deve ter visto a conversa e avisado.
Mudamos de assunto e começamos a falar sobre sessão da tarde. Aproveitei a lembrança dela sobre “Meu primeiro amor” para fazer a cena do beijo e fui correspondido. Continuamos falando dos filmes clássicos, The Gonnies, Conta Comigo, Lagoa Azul até que lembrei de Negócio Arriscado, com Tom Cruise e Rebecca de Mornay. Primeiro lembrei do Porche que o manobrista saiu para zoar e deixou a quilometragem alta e tentando fazer girar para trás acabam com o carro e depois lembrei da cena no metrô. Revelei ter esta fantasia desde que vi esse filme e então vendo a estação de trem próxima convidei a Helô para tê-la comigo.
– Você está louco?
– Não, respondi… dá sim para fazermos. Pegamos o trêm até Itapevi e na volta dá para ficarmos sozinhos.
– Não vai dar certo.
– Dá sim… nesse horário ninguém está vindo do interior para São Paulo… o fluxo é inverso. Vamos tentar.
Ela estava relutante mas conhecia a cena e a idéia também povoava suas fantasias. Continuei insistindo, aproveitei que o barzinho estava começando a encher, falando ao pé do ouvido entre beijos quentes e por fim ela cedeu.
– Vamos tentar. Já são quase dez horas… já está ruim ficar aqui com esse aperto… vamos e depois voltamos…
– Está bem… vamos tentar… mas não prometo nada…
Paguei a conta e andamos até a estação. Embarcamos no trem acompanhados de meia dúzia de pessoas. Sentamos nos bancos e trocamos alguns beijos. Ela estava com medo.
Quando chegou em Carapicuíba ela começou a ficar assustada com o avançar da hora e decidimos descer. Encostamos em um pilar no final da plataforma esperamos. Demorou bastante para um trem de volta para São Paulo aparecer. Dois já tinha parado sentido interior. Embarcamos e conforme eu previa, estava vazio.
Assim que a porta de fechou eu a agarrei. Ela ainda estava em pé, segurando na barra. Nos perdemos em um longo beijo, todo o pudor que Helô havia tido até então estava vindo abaixo. Entesei-me. Encostei meu caralho em suas nádegas e comecei a roçar. Ela rebolou convidativa. A mão de Helô alcançou a minha e a trouxe para dentro de sua calcinha. Senti sua boceta molhada. Eu continuava a beijar sua boca, seu pescoço e a enfiar o dedo dentro de seus lábios íntimos. De repente o trem parou. Haviamos chegado em Gel. Miguel Costa. Helô escapou de mim e correu pro banco assustada. A acalmei.
– Ninguém vai entrar.
– Não sei…
– Eu estou vendo, não tem ninguém na plataforma.
– Não quero mais.
– Calma. Vem cá.
A peguei e puxei pelo braço. Levei até o último banco que ficava protegido pela cabine do motorista que não estava sendo usada neste sentido.
– As próximas estações são todas com abertura das portas do outro lado… temos alguma vantagem antes de sermos vistos.
Somente isso não acalmou Helô. Comecei a beijá-la e a procurar seus seios mas ela não deixava mais. Botava a mão por baixo de sua blusa e chegava a tocá-los, mas quando ia despí-los para por a boca ela cortava. Cada estação que parava e ela ficava alerta. Somente depois que passou por Presidente Altino que o clima voltou a esquentar. Consegui erguê-la novamente e enquanto ela se enroscava em mim e minhas mãos percorriam seu corpo por baixo dos panos e minha boca mordia deus lábios e seu pescoço, suas mãos tomaram a iniciativa de entrar em minha calça, abrir minha braguilha e tocar meu pau que latejava. Ela se afastou de mim e sentou no banco em frente. Eu me segurei no ferro e projetei o corpo para frente, apontando meu pau bem na sua cara. Ela olhou para ele fingindo constrangimento me fazendo esfregar o pau em seu rosto. Por fim abriu a boca e o chupou com vontade. Massageou também as bolas. Estava com o pau na boca quando a estação Imperatriz Leopoldina chegou. Ficou parada mas sem tirar. As portas abriram e fecharam e ninguém entrou.
– Anda, me come.
Ela se levantou e abaixou as calças. Apoiou os braços no encosto do banco e empinou a bunda. Eu me encostei na cabine, botei uma camisinha e encaixei. Ela mexia as ancas deliciosamente enquanto eu ficava passivo contemplando. O balanço do trem também ajudava. Helô gemia alto e aproveitava a posição para me submeter aos seus movimentos. Estava encurralado entre sua bunda e a parede da cabine do trêm. A estação Domingos de Moraes chegou e levamos um susto. Vimos um vulto de um vigia na plataforma e corremos sentar no banco. As calças ainda arriadas. Mas ele não entrou. O trem saiu e ela falou para termos mais cuidado. Por fim fiquei sentado e ela retirou uma perna da calça e sentou em meu colo de frente. Me beijou mordendo meus lábios e pediu para gozarmos que não aguentava mais.
Fiz meu melhor. O movimento do trem ajudava e erguia e descia Helô em meu colo com uma velocidade alucinante enquando eu próprio me arremetia em sua direção. Gritamos juntos… vaiiiiiii…. isssoooooo…. ahhhhhhh….
Mal deu tempo de relaxar e percebemos o trem diminuindo a velocidade para se aproximar da Lapa. Vesti a calça ainda usando a camisinha e vi Helô escorregar a perna com agilidade pela calça. Ergueu o corpo e abotou no instante que a porta se abria e vários estudantes entravam no vagão.
Vários olhares vieram em nossa direção e sorrindo nos beijamos. Que loucura…
Descemos na Barra-Funda, peguei o carro e deixei Helô na sua casa.
Amoresburlescos@gmail.com