David era um homossexual reservado e quase sem amigos. Só tinhas duas, Helen e Suely, com quem saia para baladas, passeios, viagens, etc. Ele morava com os pais e a irmã 8 anos mais velha que ele.
Havia um vizinho chamado Guto, que era motorisa de micro-ônibus, 12 anos mais velho que o David e morava quase defronte a sua casa, com sua esposa Elma e sua filhinha Luana. Nas suas folgas recebia amigos em casa, ou ia para casa deles, frequentava sempre um bar próximo da residência ou ia passaear com a família. Era praticamente a família perfeita, nunca ouvia-se dizer que havia problemas entre o jovem casal.
David começou reparar no Guto. Ele era um homem agradável, charmoso, de bem com a vida, cumprimentava todos, era trabalhador, responsável. Fisicamente era gato, alto, branco, tinha cabelo preto meio crespo mantido sempre em máquina 2, olhos bonitos, boca perfeita, corpo escultural meio forte por natureza, pernas e bunda onde qualquer roupa lhe caia bem. Quando ele não estava vestido com farda do trabalho, gostava de usar sempre bermuda tactel, tênis, gostava de camisetas com capuz ou mesmo comum.
A paixão começara tomar conta do David, que passou a planejar como fisgar aquele homem. Ele obteve sucesso aos 15 anos de idade.
Num inesquecível domingo, o pai do David pediu-lhe para comprar cervejas. David ficou feliz porque Guto estava no bar, com 5 amigos, dois do trabalho e 3 vizinhos, bebendo, aproveitando a folga.
Passando na mesa do grupo, David cumprimentou: - Oi, Guto! - Ele nem havia se importado que ali havia mais homens.
- Oi, David, tudo bom? - educadamente e sempre atencioso, Guto retribuiu a saudação.
David era um rapaz de boa aparência. Era um belo moreno de corpo liso, cabelo sedoso, cacheado e cheio, boca bonita e volumosa lábios cor de mel, 1,72m, 75kg bem distribuidos, peitoral volumoso, pernas avantajadas, bunda bem contornada do tipo que chama atenção, barriguinha perfeita como se praticasse academia, olhos grandes. Herdou esses atributos do pai. Por onde David passava chamava atenção de gays e mulheres.
Dentro do bar havia pessoas esperando a vez para comprar. Enquanto esperava sua vez, olhava apaixonadamente para Guto, que conversava sem perceber a olhada do rapaz.
Rindo do papo na mesa, Guto pegou seu copo, balançou a cabeça, levou-o para o boca para tirar um gole da cerveja, seu olhar deu em direção a David, e ele percebeu que este o observava.
- Que sorriso lindo. - falou David para si mesmo.
Guto percebeu e ficou meio desconcertado. Olhou para um lado, para o outro, e olhou para David, que deu um leve sorriso. Mais desconcertado ainda, ele olhou para os amigos, disfarçou e olhou para o rapaz, que mantinha seu olhar fixo sobre ele, e ainda arriscou uma leve piscada.
- E você, David. - o dono do bar interrompeu a cena.
- Ah, desculpe! Meu pai quer 6 skol. - respondeu David entregando-lhe 6 garrafas vazias.
Enquanto esperva a cerveja, com o cotovelo direito no balcão, David fixou o olhar em Guto, e este mais uma vez percebera a investida do garoto, e David passou o dedo indicador, de leve e disfarçadamente, nos lábios. Guto não tinha mais dúvidas, estava sendo paquerado.
David não demonstrava ser homossexual. Os vizinhos apenas desconfiavam porque não o via com namoradas, já que é muito comum rapazes nessa idade namorarem.
Dali em diante, toda vez que via Guto, David dava algum tipo de cantada. A esposa dele nunca o abordou nem chamou seus pais para dizer nada, sinal que Guto não havia feito reclamação junto a ela. Guto sempre ficava desconcertado com as investidas do rapaz, mas o respeitava e nunca disse nenhuma grosseira.
- Ele deve não retribuir minhas cantadas porque sempre faço isso na nossa rua. - pensou David. E resolveu dar um passo extra.
Certo dia, David esperou Guto sair de casa para ir trabalhar. Ele ia de moto, tinha uma Bross. O rapaz foi até uma das avenida que era intinerário do seu amor, e o esperou ansiosamente passar por aquele ponto de ônibus. Todos os micro-ônibus que vinha com a linha que Guto fazia, David ficava de olho pra ver se era ele. A espera quase chega a duas horas.
Finalmente, um dos micros tinha o Guto como motorista, David o reconheceu ainda de longe. Feliz da vida, acenou, ele parou e David subiu. Guto agiu naturalmente ao ver o rapaz embarcar.
David: - Boa tarde, Guto!
Guto: - Boa...! Tudo bom?
David: - Melhor agora! E você?
Guto: - Na paz! Não tem aula hoje?
David: - Tem, mais não estava afim de ir.
Guto: - Por que?
E os dois ficaram batendo papo.
O fim de linha chegou e nada do David descer.
- Aqui é o fim de linha. Para onde você vai?
- Lugar nenhum. Só quis dar uma volta e também queria te ver.
- Pronto! Está vendo. Saio em 20 minutos. Se quiser pode ficar no carro ou me acompanha num lanche.
Momento algum Guto foi estúpido com David, mesmo sacando o interesse do rapaz. Não era da índole de Guto tratar ninguém mal, era sempre compreensivo, todo na dele.
David lanchou com Guto e pediu pra dar outra. Guto permitiu. Conversaram bastante no percurso.
- Esse cara é parente seu? - perguntou, curioso, o cobrador que trabalhava com Guto.
- Não. É só vizinho. - e Guto apresentou os dois.
Longe dos ouvidos do David, o cobrador, que tinha faro pra essas coisas, comentou:
- Esse cara é gay.
- É nada. Ele é apenas educado. Não julgue as pessoas, amigão. - defendeu Guto.
Na viagem seguinte David voltou pra casa, e no sábado da mesma semana, como não era dia de aula e Guto iria trabalhar, o rapaz foi novamente dar voltas com Guto, e mais uma vez ele o tratou bem e com atenção.
Na segunda viagem, David disse que teria de ir pra casa para se arrumar e sair com as amigas. Antes de descer: - David, umas 7 e meia eu encerro na garagem. Você não quer ir e me esperar lá para darmos uma volta e batermos um papo? - perguntou Guto.
Com o coração transbordando de alegria, David não pensou duas vezes. Desmarcou com as amigas, dizendo que ia encontrar o amor dele. As amigas já estavam ciente porque David contara a elas sobre sua paixão por Guto. Elas o apoiava e não contaram para mais ninguém. Então marcaram pra passearem no domingo, e as duas foram para boate sem o David.
Guto havia ensinado onde ficava a garagem. Sete da noite David já estava lá. Guto chegou quase 8, guardou o transporte, pegou sua moto, apanhou o ansioso rapaz no portão e levou-o ao Point do Açai no centro da cidade. Não foram para um bar porque quando dirigia ou pilotava, Guto não bebia, e também não quisera levar um rapaz de 15 para um bar.
- Oi, sorriso lindo, aqui estamos. - disse David.
Continua...