No fim... 11 - No olho da tempestade

Um conto erótico de cookie
Categoria: Heterossexual
Contém 2166 palavras
Data: 04/05/2017 03:00:22

Julio não parava de falar um segundo. As vezes eu respondia, as vezes eu acenava a cabeça, as vezes apenas continuava encarando o chão entre as minhas pernas. Ele porém estava alheio a tudo isso, sua ansiedade era digna de uma noiva antes do casamento. Era até engraçado, mas eu não estava no clima de risadas, longe disso. Ele deixou o tempo passar, as conversas do lado de foram diminuindo até cessar, a única fonte de luz era a externa ao salão, além da luz da lua cheia. Passou mais de uma hora até que ele decidiu que era o momento.

-É isso. Vou agora, tá bem quieto, as meninas já estão prontas também, vi elas colando a cabeça pra fora da barraca e olhando pra cá. É isso, to indo.

-Boa sorte, Julio.

-Valeu, mano. Mas não precisa de sorte não, vai dar tudo certo.

Dito isso ele saiu da barraca, enrolado em um cobertor, como disse que faria, e deu inicio a loucura. Confesso que nesse momento até me esqueci um pouco de Ana Clara, a tensão era grande, e eu não estava nem de longe convencido que esse plano era seguro. Mas agora não tinha mais volta. Julio já tinha saído. Eu já tinha brigado com minha irmã. Pronto. Havia voltado a pensar nela, nos beijos doces, nas risadas deliciosas, na sua pele macia, no seu perfume maravilhoso, em tudo que passamos desde que ela me amou na sala de casa.

Por quê? Por quê ela queria jogar tudo isso fora? Eu não sou burro. Eu sabia que o que sentíamos era proibido, que nunca teríamos uma vida juntos de verdade. Mas por que ela queria acabar com isso agora? Tentando jogar Bia no meu colo, dizendo que ela sim poderia me dar isso. Poderíamos ter simplesmente nos amado, por quanto tempo fosse possível manter isso em segredo. Se fosse toda a vida, ótimo, com ela eu seria completo. Se alguém descobrisse e perdêssemos tudo, família, amigos, ótimo, com ela eu seria completo. Se apenas existisse nos dois no mundo, ainda assim nada me faltaria. Porque ela me basta, e eu seria feliz somente ao seu lado.

Talvez ela não me ame tanto quanto eu a amo, e por isso decidiu que não valeria a pena esse risco. Talvez me muito mais do que eu a ela, e tenha superado o egoísmo desse sentimento e percebido que eu precisaria de mais do que isso para ser feliz. Mas, ela me basta, me completa, e agora, tudo o que eu preciso é dela. O tempo dirá o que acontecerá daqui pra frente, mas no agora, é ela que eu amo. Será que ela acha que eu preciso de outra pessoa pra ser feliz? Alguém pode me dar tudo que um relacionamento devia dar?

No meio das lamentações e pensamentos, Bia entra de repente na barraca e me assusta.

- Ai, Xande, desculpa- ela entrou rápido e se sentou do meu lado- deu tudo certo até agora.

-Que bom, Bia. Espero que essa confusão toda vala de alguma coisa.

-Ai, nem me fala. Aqueles dois só pensam em besteira, né? Caramba, querem se comer arrumem um lugar limpo pelo menos. Pra quê tem que ser aqui no meio do mato?

-Vai saber o quê se passa na cabeça daqueles dois...

-Muito estranhos mesmo... Falando em estranheza, aconteceu alguma coisa entre você e a Aninha?

-Como assim??

-É que, sabe... Quando eu entrei lá ela tava chorando muito. De um jeito que eu nunca vi ela chorar.

-Mas ela te falou alguma coisa sobre porque ela tava assim??

-Ela disse que era cólica, mas vai saber... Sua irmã tá muito fechada comigo ultimamente.

-Será que chega a doer tanto assim? Nem imagino comi é.

-Doer dói, as vezes uma dor que você não pode se mexer, mas eu nunca tinha visto ela daquele jeito...

-Mas ela tá assim ainda?

-Acho que não. Eu ajudei ela a se acalmar e a ir até na barraca dela. Por sorte a Mônica tinha uns comprimidos na bolsa, acho que agora a dor já deve ter aliviado bastante.

-Nossa, ainda bem...

-Pois é.

-Posso te perguntar uma coisa, Bia?

-Claro.

-Por que você me detesta?

-Tá louco?? Eu não te detesto!

-Bom, levando em conta o histórico, essa conclusão é bem óbvia.

-Mas não é isso...

-Então?

-Eu... Eu... Me sinto ameaçada...

-Mas eu não faço mal a ninguém, por que você acha isso?

-Não, não é nesse sentido. É que... Sei lá, você é um líder nato, sabe?

-Eu? Só pode tá me suando...

-É sério, Xande! Olha, você é divertido, inteligente e altruísta. As pessoas ficam perto de você porque elas se sentem melhor assim, você inspira à elas se tornarem um ser humano melhor.

-Se isso é verdade, porque você agia como agia?

-Porque eu era o total oposto. Era mesquinha e mandona, e me achava melhor que os outros. Mas eu percebi que aquilo não tava me deixando mais perto daquilo que eu quero, muito pelo contrário. E eu decidi mudar.

-Que bom, Bia. Muito bom mesmo. Que você tenha decidido mudar por você mesma, não por outra pessoa. Isso sim é inspirador.

-Obrigada, Xande. Mas eu...

A interrompi com um beijo na testa, e então um abraço, longe e aconchegante, como um que eu estava precisando depois do turbilhão de emoções daquela noite. Não me lembro quanto nos demoramos naquele tenro abraço, mas lembro que aquela conversa criou uma ligação. Aquela confissão gerou confiança, e o ciclo de ódio findou-se, teve início um ciclo de admiração.

-Bia, você vai me desculpar.- Disse saindo do abraço- Mas é que eu tô muito cansado.

-Não, é claro, Xande. Você andou por esse mato todo, né?

-Pois é, acho que...

-Boa noite, Xande!- me interrompeu com um sorriso.

-Boa noite, Bia.

Me deitei e me ajeitei nos acolchoados que forravam o chão da barraca. O sono veio quase que imediatamente, estava realmente exausto, e com ele veio um sonho. Nele eu estava sozinho no meu quarto, tudo escuro, luz apagada, janela fechada, olhando para o nada, até que Aninha entra no quarto o enchendo de luz. Então a vi, linda como sempre, com sua lingerie vermelha, os cabelos caídos por cima dos ombros, os lábios rubros e os olhos cheios de desejo. Me levantei, ela se virou e trancou a porta, eu a abracei por trás, passando a mão por sua barriga, e chupei sua orelha, a fazendo se arrepiar. Prontamente ela se virou, começamos a nos beijar com paixão, as mãos explorando o corpo um do outro, as pernas inconscientemente nos levando até a cama, deixamos apenas o desejo nos mover. Caímos na cama, rapidamente me virei por cima dela, passando a mão por toda a extensão de sua coxa, deixei o doce mel de sua boca buscando outro ainda mais doce.

Comecei beijando seu pescoço e ali me demorei, sabendo do seu ponto fraco, e ela ja começou a esfregar sua pélvis na minha. Tirei seu sutiã e continuei meu caminho descendo até os seus belos seios, chupei os seus mamilos e os mordisquei até que ficassem duros, já sentia sua respiração aumentar e seu coração bater mais rápido, continuei descendo por sua barriga, beijando todo o caminho até sua buceta, a beijei por cima da calcinha de renda molhada e a ajudei a se livrar da peça. Tomei um breve momento para admirar a beleza revelada a minha frente, senti os odores do desejo que ela exalava, me posicionei abraçando suas pernas e olhei em seus olhos.

-Me chupa!

Ela ordenou e eu obedeci. Passeei com a língua desde a entrada até o clitóris, arrancando um longo gemido de minha amada, continuei, agora focando em seu clitóris, hora passava a língua em volta, girando em círculos, hora o lambia com velocidade. Ana Clara, gemia e clamava por mais enquanto segurava meu cabelo e arqueava as costas. Chupei o seu grelo com vontade uma última vez e passei a fode-la com a língua, enfiando fundo e rápido, fazendo ela pirar. Ana gemia mais e mais alto, e perdia o controle do próprio corpo, agarrando-se a cama, jogando a cabeça de um lado para o outro, arqueando as costas, jogando a pélvis contra meu rosto. Sua respiração se descontrolou, ela levou a mão a boca e a mordeu para não gritar e se entregou a um intenso e longo orgasmo.

Quando voltou a si, Ana olhou pra mim, que ainda me deliciava com seu gozo e comandou:

-Me fode, meu safado!

Subi já me encaixando no papai e mamãe, posicionei minha rola e a penetrei, entrando todo de uma vez. Ela me abraçou com pernas e braços e compartilhamos os sabores de seu gozo enquanto a penetrava vagarosamente. Continuamos assim até o final do beijo, quando ela se declarou:

-Eu te amo... Quero ficar pra sempre do seu lado.

-Eu te amo. E prometo que vou fazer isso acontecer.

Respondi. Ela liberou meus movimentos soltando o abraço das pernas. Comecei a estocar mais rapidamente, fazendo-a enlouquecer, ela arranhava minhas costas e desceu as mãos até minha bunda, e ajudando na regularidade os movimentos. Juntos, sentíamos o gozo cada vez mais próximos. Voltei a beijar sua boca e passei a dar estocadas mais intensas e lentas, conforme sentia o gozo se aproximar mais e mais. Até que dei uma última e gozei urrando dentro de minha irmã, quase que na mesma hora que enchi sua buceta de gala, ela também gozou me agarrando contra si e cravando as unhas na carne das minhas costas.

Foi nessa hora que percebi que o sonho era na verdade um pesadelo. Conforme a euforia do gozo passando, o mundo a nossa volta foi voltando a ser perceptível. Ouvimos um choro copioso e viramos na direção do som. Era Tia Rose chorando agarrada ao peito de Tio Paulo que olhava para nós desesperado, outras pessoas começaram a surgir, parentes, amigos, conhecidos. Todos nos xingando, amaldiçoando e furiosos. Me senti sem chão. Olhei desesperado para Ana, que me olhava da mesma forma, aquilo não podia ser verdade. Nos cobrimos com o lençol, como uma criança que se esconde de um monstro imaginário, querendo sumir dali. O desespero foi aumentando, imaginei que não mais ia viver perto de Ana, nem dos meus tios, nem de ninguém que conhecia, que teria que fugir e me separar do amor da minha vida. Aquilo era demais pra mim, meu coração acelerou, meu peito apertava, minha vista se escurecia.

Senti que alguém tentava me afastar de Ana Clara. Me debatia com toda força tentando me libertar e voltar pra perto dela, mas m puxava cada vez mais forte, mais rápido, e ela se afastava até não passar de um ponto no horizonte. Então uma porta se fechou, ouvi barulhos de cadeados e correntes e a luz se apagou. Era isso. Tinha perdido minha alma gêmea. O desespero aumentou, meu coração começou a bater rápido, tão rápido que doía uma dor insuportável que nunca havia sentido antes, e nem sentiria mais. Percebi que estava morrendo, porque haviam me separado da minha alma gêmea, e sem ela não podia e ne queria viver. Uma última batida de coração, uma última respiração, meus olhos foram se fechando lentamente e a visão desfocando, até não ver mais nada. Só a negra e solitária morte.

Só então eu acordei, assustado, respiração acelerada, peito pesado, pesado até demais. Abaixei o olhar e tinha alguém em cima dele.

-Você teve um pesadelo. Dos feios- era a voz de Bia.

-Pior do que você possa imaginar... O que você tá fazendo aí Bia?

-Antes você tava tão sereno, feliz. Parecia um anjo dormindo.

-Isso não explica você em cima de mim.

-Não tem como explicar-ela disse virando o rosto pra mim.

-Que tal o porque de você tá assim?

-Eu menti antes, Xande.

-O quê?

-Sobre eu me sentir ameaçada por você, sabe?

-Mentiu por que?

-Eu também não sei.

-Você tá me explicando muita pouca coisa, Bia. Assim fica difícil.

-É culpa sua.

-Como isso é culpa minha?

-A verdade é que... Perto de você eu perco o controle, sabe?

-Não. Não sei.

-Você me faz fazer coisas que eu não sei explicar, Xande. Você me desconcerta, me faz perder a concentração, o raciocínio. Eu sou só instintos perto de você. E quando eu te vi dormindo sereno como tava antes, meu corpo teve vontade de estar junto de você, então eu me deitei no seu peito.

-Bia... Você tá meio estranha, o que deu em você?

-Você! Você me faz perder o controle. Dizer idiotices, fazer maluquices, até me auto sabotar. Eu te tratava mal como mecanismo de defesa. Não sabia como reagir a isso então tentava te afastar. Mas agora eu sei. Seu exatamente o que eu devo fazer quando você me deixa desse jeito.

-Bia, você...

Ela me interrompeu. Me beijando. Não vi de onde veio, nem pra onde foi. E a única coisa que eu fiz foi beijar ela de volta.

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Comentários

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Sou fã dos teus contos, uma pena essa história tão boa não ter sido finalizada... 👍❤

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Conto caprichado, gostei está muito bom!

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