Um coração de Gelo em Londres cap 9

Um conto erótico de Stardust
Categoria: Homossexual
Contém 4897 palavras
Data: 04/05/2017 21:53:40

Meninas boa noite, olha eu aqui de novo kkkk. Eu tenho uma noticia ruim e outra boa. A ruim é que eu não poderei postar a fanfic da Supergirl devido a questão de direitos autorais, a boa, é que se vocês quiserem e me permitirem, eu já tenho outro plano em desenvolvimento, uma história nova, uma história jovem assim dizendo. O enredo fica a parte de adolescentes se descobrindo, e mais, não será apenas um romance, será uma forma de aproximar mais as pessoas, aquelas que se identificam, ou se já passaram por isso. Claro que toda história tem os protagonistas, mas os outros enredos também serão importantes para a história. Eu ainda estou desenvolvendo, pra ter uma boa base pra ir postando. Até lá, terminar a história da Pri é claro. Qualquer coisa, já sabem SKype ou Instagram agora. Mais uma vez, visitem meu blogue kkkkkk, eu por enquanto postarei alguns "poemas". Bora pro conto?

Continuando...

Depois de conhecer minha sogra, fiquei até com medo de conhecer o sogro, se ela já era assim, imagine ele. Isso explica porque a Charlote é autoritária, séria, investiga melhor que a polícia e de quebra age como se fosse uma pessoa normal. Estão vendo no que eu me meti? Haha.

Após alguns dias fingindo a naturalidade, recebo uma mensagem, adivinhem... Minha sogra, não lembro de ter dado meu número, mas enfim, se Charlô descobria o improvável, a mãe dela descobria até o que não existia. Lendo o texto:

“Me encontre no Coffe, Cake and Kiss, as 14:30. Sem chamar atenção, já sabe, minha filha não pode desconfiar de nada.”

Detalhe: O Coffe, Cake and Kiss, é uma cafeteira para veganos.

Após inventar uma desculpa para Charlô (odeio mentir pra ela), fui ao encontro. Como a desculpa tinha sido, mandar a moto pra revisão, acabei chegando na cafeteria de moto, estacionei, soltei o cabelo pra não parecer bagunçado e agi naturalmente até encontrar Ms. Caroline.

- Boa tarde. – Dizia eu.

- Pontual e adiantada, gosto de pessoas assim, você não é um caso perdido. Boa tarde querida. – Ela primeiro elogia, seguido de crítica e por fim cumprimenta. “Adorável”.

- Alguma novidade?

- Me responda você...

Eu olhava sem entender, ela me manda mensagem e eu que tenho que saber?!

- Minha querida, eu apoiei a Charlote, porque ela é minha filha, mas e você? Como posso ter certeza de que não é um golpe ou que isso seja apenas uma fantasia sexual com uma mulher mais velha? E mais, será que você se arriscaria por minha filha?

- Um momento! A senhora me chamou aqui pra me ofender foi isso? Essa história de ajuda era uma farsa?

- Eu quero saber de você, se arriscaria ou a deixaria sofrer? Afinal casando com ela, você enriquece.

- Escuta aqui! Vou falar em tom moderado em respeito ao local público e a sua idade. Jamais daria um golpe, não sou esse tipo de pessoa, se alguém deu um golpe aqui foi a sua filha quando me conquistou, ela simplesmente me ensinou o significado literal e sexual do amor. – Meus olhos brilhavam ao falar dela assim. – Sobre me arriscar, imaginemos a situação, acontece um assalto e o bandido atira em Charlote, sabe o que eu faria? Me jogaria em sua frente, pra evitar que ela se machucasse. Em outras palavras, eu morreria por ela. Bem, eu já disse tudo, então com licença e não foi um prazer revê-la.

Eu sai P da vida, nossa que mulher escrota, um golpe?! Prefiro nem contar isso a Charlô, não quero brigas entre elas, afinal é a mãe, fazer o que?

Quando eu estou me retirando e seguindo de moto, dois carros me fecham na rua. Sabem aqueles filmes de ação, que sai uns homens altos e de preto, parecendo até a máfia. Então, foi exatamente isso. Ai quem chega atrás de mim em um carro de luxo? Ela, minha sogra.

- Que foi? Vai me matar porque eu disse a verdade na sua cara. – Dizia eu valente pela raiva, mas por dentro eu estava pensando “fudeu”.

- Sabe quando gasolina e fogo se misturam? Uma explosão né? – Dizia ela abrindo a bolsa e tirando um cigarro.

- Vai me matar queimada?

- Primeiro! Cala a boca que eu estou a falar! – Ela disse em um tom que deu medo até nos piores sonhos.

- Prossiga então... – Dizia eu em um tom sério pra não perder a moral, mas a verdade é que eu estava com medo.

- Sabe Priscila, você é arrogante, tem um péssimo gosto pra roupa casual, mesmo que Charlote tenha ensinado tudo a você. No trabalho você se veste como uma lady, quando você sai, parece uma adolescente ou badgirl, pelo menos não usa jeans rasgados. Possui uma moto, que no caso é uma das minhas principais desaprovações. Porém, você ir se ajeitando com o tempo. Agora, o modo como falou comigo minutos atrás, requeria uma lição, todavia, você mostrou que tem força e coragem para me desafiar, não me bajula e prefere escutar minhas críticas calada, apenas para que minha filha não se desaponte com a mãe. Sabe o que isso quer dizer? – Ela fala com aquele tom de mafioso, sério, educado e solta a fumaça do cigarro pro ar.

- Que a sua filha me ensinou a tirar essa fera que tinha em mim?

- Exato! E por isso eu gostei, finalmente, um relacionamento que preste na altura que minha filha merece.

- Oi? Perai, isso tudo aqui foi um teste?

- Mas é claro e você passou.

- E se não tivesse?

- Você sofreria um acidente de moto, poderia ficar em coma durante muito tempo e quem sabe um dia acordar.

- Eu achava você e a Charlô parecidas, mas depois dessa maluquice toda repletas de ameaças, vocês são extremamente diferentes. Nem Charlô chega a esse tipo de ameaça. A senhora tem algum problema, só pode.

- Ok, não me interessa essa opinião, agora voltemos a cafeteria, o assunto é sobre a Charlote. De preferência, faça o que eu digo, ou esses meus amigos te levarão a força.

Ao voltar pra cafeteria e começar a ter uma conversa de verdade com minha sogra, ela me explicou a situação.

- Priscila, realmente, a Charlote não estava errada, alguém vem espionando vocês e por alguma razão existe uma obsessão contigo. – Ela abriu uma pasta cheia de fotos e me mostrou. – Ai estão as fotos dessa semana, o dia em que você limpou a moto, o dia em que você ficou namorando com Charlote no jardim, até nos momentos sexuais.

- Eu não sei o que dizer. – Olhava pras fotos me perguntando quem seria tão louco a esse ponto.

- Achei que a perseguição fosse apenas com minha filha, mas por alguma razão, você aparece muito e me pergunto, quem será que está sendo vigiada, você ou ela?

- Eu particularmente não sei como isso pode ser possível. Mas espera, se a senhora tem essas fotos, pegaram o stalker certo?

- Sim, porém, ele é inútil até que o verdadeiro mandante se comunique com ele.

- Ele não deu nomes nem nada?

- Esse fotografo é como um bode expiatório, é contratado por ligação. Mas não se preocupe, darei um jeito de achar.

- Eu quero ver pessoalmente esse fotografo.

- Vai ter que esperar.

- Por que?

- Porque a surra que deram nele o deixou meio debilitado, ele está tendo cuidados médicos adequados, pra quando se recuperar, falarmos mais civilizadamente. – Ela dizia isso enquanto bebia o café naturalmente.

- O que eu devo fazer então? Me mudar ou me afastar?

- Mudança não adianta, porque algumas outras fotos, já mostram você na sua antiga casa. Então a vigilância vem bem de antes mesmo. Vocês vão continuar no mesmo lugar, você vai agir naturalmente e não vai se afastar da minha filha, não quero ela infeliz. Bem, preciso ir, nos falamos depois.

Eu fiquei pasma, tanto com essa perseguição, quanto minha sogra, praticamente ela é uma mafiosa disfarçada de lady. Como é que a Charlô não conhece esse lado sombrio da mãe? Vou seguir o plano, mas preciso ficar atenta também.

Tentei ficar ao máximo na minha, só que eu também comecei a ficar preocupada, queria poder dizer que acreditava nela e que aquela paranoia não era falsa, mas depois do “recado” da minha sogra. No finalzinho do mês, aquele clima de primavera gostoso, amava ficar no jardim, mas eu estava preocupada e ansiosa, as vezes não conseguia disfarçar. Charlô notou e veio falar comigo.

- O que você tem Pri? – Perguntava ela percebendo minha inquietação.

- Nada porquê? – Dizia eu ainda de olhos fechados.

- Eu não sou idiota, alguma coisa está acontecendo com você e não quer me falar.

- Impressão sua, sério, eu estou bem, talvez sejam os hormônios, TPM, essas coisas.

- Priscila! Primeiro, olhe pra mim enquanto estou falando contigo, acha que eu sou um ninguém pra você agir estranho a semana toda e não falar nada? E não me venha com essa de hormônios e TPM, porque sei que é mentira, e sabe o que penso sobre isso. – Ela falou em um tom de raiva.

- Charlote, não é nada, é só que eu estou...

- Está o que?

- Preocupada, sei lá, será que tua mãe gostou de mim, vai que ela arranja um jeito de me separar de você.

- Agora chegamos a um assunto plausível, porém, sua preocupação tem a ver com isso, mas não é sobre minha mãe totalmente. Me fale a verdade, o que ela fez? E por que está te abalando.

- Não posso te falar Charlô, sinto muito.

- Priscila Alencar de Alcântara! Se você não me falar por bem, eu vou atrás de minha mãe e ela vai ter que explicar, o que prefere?

- Eu te amo Charlô, mais que tudo e é por isso que eu acredito em você e sua mãe me proibiu de falar ainda.

- Sabia que ela tinha algo a ver, muito fácil ela nos aceitar. O que ela fez? Te subornou, te chantageou? Ah, ela não tem escrúpulos mesmo, vou tirar satisfações com ela agora. – Charlote se levanta meio furiosa.

- Espera! – Falei segurando seu braço e pedindo pra sentar. – Calma, a sua mãe não fez nada disso, pelo contrário, ela está tentando te ajudar e ela meio que aprovou nossa relação.

- Priscila eu quero que você me conte tudo, agora!

Eu expliquei tudo sobre o que acontecido em nosso encontro na cafeteria, as provas, as suspeitas confirmadas sobre a perseguição e até sobre o lado meio mafioso da minha sogra.

- Priscila, não acredito que me escondeu isso. – Ela falava chateada e perplexa.

- Desculpa amor, não queria ter mentido, mas isso estava entalado e me sufocando.

- Priscila eu não consigo olhar pra você agora, eu te dou toda minha confiança, amor e você me esconde isso, quanto mais com a minha mãe? Você achava que era maluquice, mas só veio acreditar quando ela falou, quer dizer que minha palavra não vale, você precisa que alguém confirme pra você acreditar?

- Princesa não é nada disso, deixa eu falar...

- Não, eu não quero conversar contigo agora, não consigo olhar pra você. Me deixa sozinha, preciso pensar.

- Mas...

- Sai daqui!

Eu acabei saindo e na porta, encontro Olívia.

- Pri o que houve? Que cara é essa?

- Uma discussão apenas.

- Pela sua cara, parece até que terminaram de vez.

- Eu espero que não.

- A DR foi tão feia assim?

- Longa história, mas não quero falar e nem posso. Vou dar uma volta de moto pra relaxar. Cuida ai da sua mãe. Mas não fale muito, ela está bem estressada.

- Ok.

Sai de moto, estava triste, mentir para alguém que gostamos dói muito, principalmente, porque quebramos a confiança. Fiquei rodando durante horas, até parar em um pub e ficar lá até anoitecer, tantas horas e apenas dois copos de whisky, apesar de tudo não sou irresponsável, já sabem, se beber não dirija ou pilote nada. Quando eu decidi voltar pra casa, continuava sóbria, porém com o rosto inchado de tanto chorar baixinho. No caminho pra casa um maluco bate com o carro em mim e eu caio da moto, ele sai sem prestar socorro, por sorte não me arranhei tanto, no máximo poderia ter fraturado uma perna e machucado de leve um braço. Apesar de protegida, com o capacete, eu poderia ter me levantado, mas eu me sentia fraca, não fisicamente e sim emocionalmente, o suficiente pra eu apagar por algumas horas e acordar em um hospital com uma doidinha me perturbando, sim, Olivia kkk.

- Ae Priscila, batendo o recorde de acidentes, primeiro uma facada no Brasil, uma luxação na perna e agora um atropelamento/batida de moto aqui mesmo, em Londres, mais uma vez. Cara, você realmente é um vaso ruim viu, não quebra mesmo kkkk. – Falou ela batendo de leve no meu ombro.

- Ai sua maluca, isso dói. – Reclamava eu de dor, ela tocava em meu braço machucado.

- Vai doer mais quando minha mãe chegar aqui P da vida contigo. Não queria estar em seu lugar.

- Ah, muito obrigada, tá me ajudando muito. Besta viu kkkkk. Mas como eu vim parar aqui?

- De acordo com os médicos, você bebeu e foi pilotar, por isso o acidente.

- Mas eu só tomei dois copos e tinham mais 1 hora que eu tinha tomado.

- Também achei estranho quando eles disseram isso, você não é irresponsável.

- Como você chegou aqui e porque sua mãe não veio antes?

- Pri, ela não sabe que estamos no hospital, ela nem sonha que você sofreu um acidente, a sua sorte é que eu estava passando exatamente pelo local que você caiu e te reconheci, por isso não ligaram pra ela, mas eu tenho que avisar.

- Minha moto deve estar acabada, também, aquele maluco parece que bateu em mim de propósito.

- Sua moto está um pouco arranhada, perdeu um pouco a tinta, quebrou algumas coisas pequenas, mas não se preocupe, eu liguei pro paizão, ele disse que dará um jeito nela, afinal ele ama motos e sabe como fazer um belo design.

- O Colin monta motos? Como eu não soube?

- Não bebê, ele só faz o design mesmo, a parte prática não é com ele kkk. Mas sobre a batida, quando eu passava, tive a mesma impressão, até parecia que o cara do carro queria te acertar e tenha certeza foi em cheio.

- Que horas são?

- 1 da manhã porquê?

- Caramba a Charlote deve estar com raiva da gente, minha nossa.

- Vou ligar pra ela agora, você vai terminar de morrer kkkkk.

- Liga pra tua avó também e pede pra ela passar na casa da sua mãe.

- Minha avó? Por que?

- Olívia, é sério, liga pra tua avó e manda ela ficar de olho.

- Minha vida, prestes a virar um filme do James Bond...

Após Olívia ligar pra mãe e pra avó eu fiquei esperando as duas chegarem, mas do nada foi me dando um sono de leve e eu fui adormecendo aos poucos

Quando chegaram eu estava meio zonza e não entendia direito o que elas falavam, só sei que Ms. Caroline se aproximava e me deu um tapa na cara.

- Acorda! – Dizia ela.

- Ai! Que foi em? Eu estou quebrada, a senhora quer terminar o serviço é? – Dizia eu reclamando.

- Esse tapa foi por duas razões, a primeira é por você me fazer sair de casa de madrugada, durante meu sono de beleza e pra você não entrar em coma, está fraca e não pode adormecer tanto até sair do hospital.

- Priscila como é que você foi tão irresponsável? Beber e sair pilotando uma moto? Você é maluca é? Parece até que sempre que brigamos você faz algo pra chamar atenção. – Falava Charlote indignada.

- Eu bebi sim, dois copos apenas, porém, eu esperei mais de uma hora pra sair do pub e pegar a moto. Um maluco passou e bateu de carro em mim e nem teve o trabalho de parar e prestar socorro. – Argumentava eu.

- Pronto, agora a culpa é do motorista, quem não garante que você já estava tonta e você acabou fechando o pobre do motorista e ele com ele acabou fugindo. – Dizia ela.

- Você prefere acreditar em um estranho que nem está presente do que em mim? Olha meu estado, você acha que eu me daria ao trabalho e ficar assim? Com um braço enfaixado e uma perna torcida/quebrada (nem eu sabia como a perna estava direito).

- Você poderia estar mentindo como fez pra mim, será que minha mãe já não sabia e está fazendo drama?

- Como é Charlote? Isso é jeito de falar com a sua mãe? Desde quando eu faria alguma coisa dessa? – Dizia Ms. Caroline.

- Você e a Priscila estão bem amigas agora, escondendo minhas próprias desconfianças, planejando achar que é o responsável pelas fotos. Será que vocês tem um caso e eu estou como idiota nessa história? – Falava Charlote ainda chateada e irônica.

- Priscila, contou a Charlote sobre o que conversamos? – Ms. Caroline me deu um tapa na testa. – Eu pedi pela segurança dela.

- Ms. Caroline eu não aguentava mais mentir pra ela, quando a gente ama, toda mentira machuca sabia?

- Esses jovens apaixonados e seus clichês... – Falava ela como se não ligasse para essas coisas.

- Gente... – Falava Olívia.

- Olívia isso aqui é papo de adulto, adultos e meio no caso, porque a Priscila, parece uma criança mesmo. – Falava Charlote ainda com raiva.

- Mãe, presta atenção, sobre o acidente, a Pri não está mentindo. Eu estava passando pelo local e vi quando o motorista acertou ela e acredite, não sou a única que afirma que parecia proposital, se perguntar as pessoas que estavam na hora elas podem confirmar. A Pri estava passando no sinal aberto e o cara que bateu nela, passou pelo sinal fechado de vez e a acertou, tem noção agora? Dá pra vocês duas pararem de brigar, que saco. – Olivia falou alterada, ela nunca fica alterada, foi até uma surpresa.

- Olívia o que foi isso? – Perguntava Charlote surpresa.

Ela saí do quarto e Charlote vai atrás conversar com ela.

*** No corredor***

- Filha por que você ficou daquele jeito?

- Poxa, você e a Pri sempre brigam, no final ambas acabam tristes, principalmente você, que fica chorando baixinho e isso me deixa mal. Vocês se amam, será que podem agir normalmente, não gosto de vocês separadas, gosto de vocês juntas, poxa.

- Olívia, você ainda não passou por uma coisa chamada “se apaixonar”, no amor é assim mesmo, a gente briga, tem raiva, mas sempre se resolve. Se eu estou chateada com a Pri é porque ela me escondeu algo que desrespeitava mim. Eu falei aquelas coisas todas, mas eu não quero terminar com ela, eu a amo. Mas sua aflição toda não é essa, me conte tudo.

- Eu acho que vi o Henry.

- E o que é que tem?

- Eu acho que Henry dentro do carro que bateu na Priscila.

- Impossível, tem quase um ano que não vemos ele. E mais, porque ele faria isso com a Pri? Ele se mudou até de Londres.

- Sei lá, dor de corno, sentiu-se rejeitado.

- Olívia com quem você anda aprendendo essas gírias feias?

- Minha quase madrasta e quase irmã ao mesmo tempo ensinou.

- Você e a Priscila são um caso sério viu, só o amor mesmo pra aceitar as diferenças, porque se fosse em outros tempos eu tinha explodido.

- É amor mesmo kkkkk.

- Sobre o Henry, deve ter sido impressão mesmo e se fosse essa dor ai que você disse, ele teria feito algo comigo, não com a Pri.

- Mãe, nunca viu nos filmes? Homem rejeitado geralmente sempre mata o pivô da separação.

- Vamos parar de falar disso.

*** Voltando ao quarto***

- Priscila eu sei que você não faz o tipo de irresponsável ou que muito menos é idiota ao ponto de beber e pegar uma direção. Me conte o que houve. – Dizia Ms. Caroline.

Eu expliquei sobre a batida e tudo.

- Minha cara, acho que estamos chegando a um veredito, alguém realmente quer acabar com você. – Prosseguia ela.

- Eu preciso manter Charlote e Olivia salvas, mas eu queria saber quem fez isso.

- Vou perguntar a Olívia ela pode ter visto algo, e mandarei olharem as câmeras de segurança.

- Eu ficarei atenta também.

Após receber alta e ir pra casa, ainda tinha aquele clima entre mim e Charlote, mas a verdade é que éramos cabeça dura, mas como eu queria fazer logos as pazes, fui puxando assunto no dia seguinte durante o almoço

- Como você está amor? – Perguntava eu.

- Melhor que você. – Ela respondia como se não ligasse.

- Sabe onde está Olívia? Está na hora do almoço.

- Manda mensagem e tenta descobrir.

- Amor até quando você vai ficar assim comigo?

- Até quando eu achar melhor.

Ela saiu durante o almoço e me deixou sozinha, fiquei pensando e repensando sobre tudo, cara como eu sou idiota, pra que eu não falei logo a verdade pra ela? Olívia sumiu durante a tarde e por volta das 17:00 ela chega meio estranha e dá de cara comigo na sala, esquecida pelo mundo, cujo a companhia era a TV e a muleta.

- Affs Pri, que susto!

- Susto nada, pior eu que fiquei aqui a tarde toda sozinha, sua mãe está brava comigo e saiu.

- Ela tá brava, mas pelo que disse a mim ontem, apesar de tudo te ama, só está chateada. Mas enfim, o que tá rolando? Ela disse que você e a vovó mentiram pra ela e tudo.

Contei tudo a ela também, já não tinha pra que esconder.

- Que barra em. Sério isso? – Perguntava ela.

- Claro que é.

- Por isso que a vovó me veio me perguntando se eu vi quem era o motorista, até mencionei que achei o cara parecido com o Henry, porém a mamãe disse que ele está fora de Londres desde que eles terminaram.

- Olívia como assim o Henry? Você tem certeza?

- Cara, pode ser impressão apenas, se ele está longe, acho que confundi.

- Lembra da história da dor de corno que te contei?

- Eu falei isso com a mamis ontem sobre isso, ela disse que você é uma péssima influência kkkkk.

- Olívia é sério, acho que esse cara pode estar sofrendo disso. Que homem aceita um término, quando a causa é um pivô e principalmente se ele for uma mulher, que apesar de tudo é uma diferença pro século XXI.

- Cara, mas ele era tão gente boa.

- Esses são os piores.

- Tadinha da Lilian, por isso ela ficava mexida quando o tio se aproximava dela, acho que ela sabe quem é a peça e tinha medo de falar.

- Por falar nela, ainda tem contato? Preciso falar com ela.

- Eu estava com ela quase agora. – Ela me olhou com uma cara.

- O que foi? Essa cara de quem se perdeu enquanto falava.

- Pri a Lilian me beijou! Pronto falei!

- Ae Olívia, tá namorando... Tá namorando kkkkk. – Zombava com ela.

- Não, não estamos e por favor não tire onda disso.

- O que se passa então? Por que esse estresse?

- É que eu não se sou lésbica, bi, ou se gosto dela, eu não a vejo como ela me vê entende?

- Ih, ela gosta, mas você não.

- Exato. Pri, a primeira menina que eu beijei foi você, até ai eu só ficava com meninos, porém, eu comecei a sair com meninas também e me declarei bi, mas eu nunca me apaixonei ou gostei em especial de alguém entende? Não quero magoar a Lilian, ela é muito legal, adoro ela, mas se nem eu tenho certeza se gosto dela, como posso dar uma chance?

- Olha, faz o que teu coração mandar, se não se sente preparada, conversa com ela e diz a verdade. Melhor do que prosseguir em algo que não dê certo, se um dia for pra acontecer será. Palavras de experiência própria kkkk.

- Obrigada Pri, você é uma boa conselheira, doida, mas é kkk. – Falou me abraçando.

Durante esse tempo, ainda ficamos conversando sobre besteiras, até Charlote chegar e fingir que não me via.

Esse clima de me ignorar, vai ter que acabar. Durante o jantar, eu fiquei calada, nada mencionei, falava apenas quando Olívia me chamava. Após o jantar, Charlote ficou na sala lendo, Olivia lavava os pratos e eu tentava ajudar a seca-los.

- Olivia preciso de um favor seu.

- Se for pra vocês se acertarem, diga ai.

- Me ajuda a subir as escadas e me leva pro quarto de hospedes.

- Não seria o quarto de vocês não?

- Não, vou dormir no quarto de hospedes, mas você não vai dizer nada. – Falava eu sussurrando.

- Priscila e seus planos, vai saber.

Após arrumarmos a cozinha, pois o empregado só vem pela manhã e fica até as 17:00, Olívia me ajudou a subir e me levou ao quarto de hospedes, aproveitei e pedi pra ela pegar algumas roupas minhas, um pijama e uma roupa pra manhã seguinte.

Um conselho, reconquiste alguém, com o jogo do silêncio, uma hora alguém cede. Fiquei lá a noite toda, escutei quando Charlote subia, de cara ela percebeu que eu não estava no quarto dela e foi procurar nos outros. Eu estava fingindo dormir por causa do remédio e deu certo, as caixas do medicamento estavam no criado mudo. Ela entrou, ficou um bom um tempo, me cobriu melhor com o edredom, deitou ao meu lado e me beijou o pescoço, disse bem baixinho “eu te amo”, ficou um tempinho e depois foi para o seu quarto. Eu dormi bem, melhor teria sido se ela estivesse ao meu lado a noite toda.

No dia seguinte a mesma coisa, jogo do silêncio, quarto de hospedes. A semana inteira prosseguiu assim, quase nem percebi que já era maio. Na quarta-feira, eu fui ao hospital retirar a faixa, porém, a perna teria que passar pela coisa mais dolorosa, colocar ela no lugar de volta (uma dor que nem irei comentar).

Voltei pra casa apenas usando uma bota ortopédica, mas que ao chegar, eu subi e logo tirei, não pra usar em uma reconciliação se é que me entendem (malicia level hard). Esperei por ela em seu quarto e de cara ela tem um susto, afinal, uma semana sem estar ali. Fui puxando logo assunto.

- Então, vamos conversar agora? – Dizia eu.

- Sobre?

- Estou melhor percebeu?

- Sim, e daí?

- Vai ficar me tratando assim?

- Ué, não tinha aderido também a guerra de silêncio? – Falava ela enquanto retirava os sapatos e tirava o blazer.

- Vai dizer que nem sentiu saudades de mim esses dias?

- Não mesmo.

- Então porque toda noite ia me ver no outro quarto e dizia que me amava?

- Você estava acordada esse tempo todo era?

- Acordada 100% não, um pouco fraca por causa dos remédios.

- Deve ter delirado então.

- Impossível, essa noite você esqueceu um brinco seu lá.

- Fui apenas verificar se estava bem.

- Affs Charlô, para com isso, eu te amo poxa, não queria mentir, juro, mas foi pra sua segurança, a tua mãe parece uma mafiosa me ameaçando, não quero esse clima contigo. Eu te amo mais que tudo. Por favor, olha pra mim vai. – Falava eu fazendo charme.

- Priscila não...

Eu ficava insistindo, beijando aos poucos seus ombros e pescoço.

- Tem certeza amor, seu corpo diz outra coisa. – Eu continuava aos poucos, ela ainda estava de costas pra mim.

Nesse clima de charminho ela virou, o que foi perfeito pra me fazer beija-la. Um beijo intenso, com saudades, desejo, comecei a desabotoar sua camisa de seda social, fui descendo até abrir o zíper na sua saia e ir tirando aos poucos, aquele clima bem gostoso e sensual, cheio de saudades. Logo fomos pra cama.

- Ai! – Dizia eu de dor ainda, mas nem ligava.

- Você tá bem? Melhor parar, está machucada ainda.

- Não mesmo, o amor cura viu, não se preocupe.

Nesse momento ela foi tirando minha roupa e quando já estávamos completamente nuas, começamos um sexo maravilhoso, nossos corpos se conectavam e nossas línguas se entendiam, ela ficou por cima de mim e começou a me penetrar em um vai e vem gostoso, que variava entre rápido e lento, claro que ela me torturou um pouquinho, não deixando eu gozar de vez, mas tudo bem. Logo, eu mesmo meio fraturada ainda, a virei e fiquei por cima e comecei a retribuir/revidar, afinal ela me torturou um pouquinho, mas dessa vez eu tinha uma coisinha nova, bala de hortelã, isso fez com que a ppk dela pirasse e Charlote mais ainda, aquela sensibilidade a faria gozar logo, ou seja, minha vingança seria: fazê-la ter orgasmo múltiplo seguidos.

Missão dada, foi cumprida kkkk, ela gozou completamente na minha cara, eu fiquei toda molhada com aquele gozo maravilhoso, ela cansou de um jeito que ainda me fez fazer piadinha.

- Isso tudo ai foi uma semana de acúmulo né?

- Pri, isso não é coisa que se faça, eu podia ter tido alguma coisa.

- Ia ter nada, isso era saudade. Vem, vamos pro banho nos limpar um pouco.

- Desse jeito teremos que lavar nossos lençóis, coitado do Roberto, toda manhã tem limpar nossa sujeira.

- Alberto e Roberto é? São irmãos?

- Primos.

- Ahta kkkkk. Enfim, se lavar nossos lençóis for o preço pra ter mais noites assim, eu aceito. Falei dando um beijo carinhoso nela.

“Fomos tomar banho após essa linda reconciliação. A melhor parte da briga, é depois fazer as pazes, é bem mais prazeroso. Claro que no banheiro podia ter uma continuação, mas isso fica pra depois. Hora de esquecer os problemas”.

CONTINUAAA...

Esse ficou grande eu sei, mas eu tenho uma explicação, talvez eu precise ficar uma semana sem postar, mas não se preocupem, o próximo terá mais surpresas ainda. Um beijo, já sabem, qualquer coisa falem no instagram. (stardustwriter_01). Sou única viu, não aceito fakes, qualquer imitação denunciem. Meu blog http://stardust-writer.blogspot.com.br/

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Comentários

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Perfeito pode deixar longo mesmo eu amoooooo sou sua fã *.*

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Ficou grande? Que nada, foi uma maravilhosa e deliciosa leitura. Obrigada 😘

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Perfeito o conto, mas o coração fica em pedaços querendo ler mais!!! Volta logo

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Adorooo passar horas lendo ainda mais quando é sua historia adorooo vc sou sua fã viu moça

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Ótimo conto, longo mas fácil. Cheio de detalhes, intrigas e mistério, talvez uma pitada mais de tesão e erotismo seria melhor. Mas gostei muito!

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