Mais tarde, meio zonza, ouvi o barullho do carro de Debora lá fora arrancar e sair. Eu quase não dormi naquela noite, temendo a chegada da manhã, eu teria de enfrentar minha tia Nick. Milhões de pensamentos se passavam em minha cabeça, as imagens de Debora fodendo tia Nick, os gemidos, um turbilhão de emoções que até hoje eu não imaginava experimentar. Não sei exatamente quando peguei no sono, só sei que acordei de manhã, com tia Nick batendo à porta do quarto.
- Jess? Posso entrar? Nós precisamos conversar."
- "Eu acho." Tia Nick abriu a porta. Ela estava claramente desconfortável e eu também.
- "Querida, eu ... nós ..." ela gaguejou em silêncio.
- "Está tudo bem Tia Nick ... Realmente. Foi minha culpa."
- "Não, não, nós devíamos ter trancado a porta ..."
- "Eu não deveria ter entrado."
- "Por que você fez? Querida, não estou com raiva."
Eu senti que estava vermelha, mas não era vergonha, era algo - algo quente e perigoso que fez meu coração martelar em meu peito.
- "Você ... você estava ... fazendo barulho."
- "Oh meu deus ..." Agora tia Nick é que estava vermelha.
- "Tia Nick...Quem é ela? Debora?"
- "Ela é ... ela é ... alguém importante. Alguém que eu gosto ... Querida, eu não sou como sua mãe. Eu ... querida, nunca houve um homem. Homens. Você entende o que eu estou dizendo?"
- "Eu acho..."
- "Você me odeia? O fato de eu ...?"
- "Não! Nem um pouco ... Acho que entendo."
- "Você...?"
- "Sim, a Debora é linda. Você deve ter muita sorte de tê-la... "
Mais uma vez, um silêncio constrangedor.
- "Tia, eu posso ... posso fazer uma pergunta?"
- "Qualquer coisa Jess."
- "O que você estava fazendo...? Quer dizer, eu sei o que você estava fazendo ... Eu só ..."
Meu coração começou a acelerar novamente e minha respiração muito forte. Ela percebeu que isso era algum tipo de ponto de ruptura. Ou tia Nick se recusaria a falar sobre isso, ou ...
- "Nós estávamos fazendo amor, Jess. Ou melhor, Debora era ... sua mãe não explicou nada pra voce?"
- "Eu sei sobre as pessoas... quer dizer... eu sei que mamãe e papai costumavam ... você sabe. Mas eu nunca entendi ... Quero dizer, sem ofensa, mas duas mulheres? Como...? Por quê?"
- "Jess querida, eu - eu vou te dizer, mas por favor, você não deve contar a ninguém. É uma coisa muito, muito pessoal."
- "Eu prometo tia Nick, eu não vou contar pra ninguém. Prometo."
Por alguma razão, Eu senti aquela estranha sensação novamente, como um vazio, bem embaixo em minha barriga como borboletas no estomago. Ainda mais embaixo eu descobri que minha buceta estava... molhada? O que é isso?
- "Eu gosto de mulheres, Jess. Acho que você pode dizer que sou lésbica."
- "Certo."
- "Isso te choca?"
- "Não. Eu só - eu nunca encontrei ..."
- "Kkk... Você pensou que essas mulheres têm que ter algum tipo de sinal? Chifres? Uma cauda? Kkkk"
- "Sim! Mas se você ouvir minha mãe falar sobre isso... rsss"
Tia Nick assentiu com a cabeça.
- "Eu sei, querida ... ela segue seu caminho, tem outro gosto."
- "Como você...?"
- "Eu não sei realmente. Simplesmente aconteceu. Quando eu estava no segundo grau eu namorei meninos, com alguns até tentei sexo ... você sabe, simplesmente nunca funcionou ... Sabe, eu simplesmente não podia ficar animada. Eu fiquei com dois meninos e eu ... bem, eu lhes dei prazer, mas eles simplesmente não conseguiram dar isso pra mim. Eles eram meio estúpidos, desajeitados. "
- "Eu tinha uma amiga - Sandra - e uma noite nós estavamos em sua casa assistindo alguns filmes de terror... em um certo ponto ela meio que me agarrou, e então nos beijamos - eu não consigo me lembrar como exatamente. Mas aquela sensação era o céu - ela era tão diferente dos meninos. Suave. Carinhosa. Ela ... "
Nesse momento tia Nick acariciou a sua garganta como que desfazendo um nó.
- "Eu não deveria estar dizendo isso a você."
- "Não! Por favor. Eu quero escutar. Eu quero entender."
- "Ok ... Você sabe o que é um orgasmo, Jess?"
- "Eu li sobre eles ...?"
- Sim, mas você já teve um? Como é? O prazer?"
Eu tinha uma idéia do que tia Nick estava falando. Eu ja tinha me tocado algumas vezes, curiosa, excitada, era muito gostoso, mas as coisas que eu havia lido, e as coisas descritas por minhas amigas nunca aconteceram comigo.
- "Não...?"
- "É o maior sentimento do mundo inteiro. É como se virar de dentro para fora e pegar fogo, em todo o corpo, tudo ao mesmo tempo. Uma espécie de sensação elétrica... Eu realmente não posso descrevê-la. Mas se voce sentir uma vez... você quer outra vez, e outra vez, repetidamente. É a sensação mais maravilhosa que seu corpo é capaz de fazer. Enfim, Sandra, ela... bem, ela colocou a mão na minha calcinha e ela me tocou lá... você sabe, na minha buceta. Dentro da minha buceta. Você sabe sobre isso, não sabe? Entende isso né?"
- "Sim."
- "Bem, ela meio que esfregou com os dedos e me beijou com força e em poucos minutos tive meu primeiro orgasmo com ela. Uma menina."
- "Começamos a fazer isso regularmente - você sabe, apenas beijando e esfregando. Aprendi a fazer nela e levar ela ao orgasmo também, e fizemos isso durante o último ano do segundo grau todo. Seus pais se mudaram depois de algum tempo, mas eu encontrei outra ... amiga e nós ... Depois de alguns meses eu percebi que eu gosto de mulheres, não de homens."
- "E Debora?"
Tia Nick sorriu.
- "Debora. Ela é meio especial. Nós ... bem, nos encontramos em um grupo para mulheres como nós. Não é um tipo de grupo de encontros, é mais social. Mais ou menos. Ela é uma pessoa muito legal, gentil, honesta ... Eu ... bem, nós gostamos uma da outra e nós..."
Finalmente, tia Nick gaguejou até parar de falar. Um período de silencio se estabeleceu entre nós, até que eu quebrei o silencio:
- "Você vai me mostrar?"
Tia Nick me olhou estranhamente.
- "Mostrar-lhe o que Jess?"
Eu hesitei por um momento.
- "Como mulheres fazem... quero dizer, como você ...?"
Tia Nick ficou pálida, gaguejou.
- "Querida, não... quero dizer... nós - Debora... Você tem apenas quinze anos Jess ..."
- "Isso não importa. Eu tenho quinze anos, mas sou uma mulher, olhe pra mim, pro meu corpo, eu acho que posso tomar minhas próprias decisões sobre isso. Eu nunca tive um orgasmo tia Nick. Quero sentir como é. Como a sua amiga lhe mostrou."
- "Querida, não, eu sou adulta... você - você precisa descobrir as coisas por si própria."
Novamente a excitação em minha barriga, minha buceta soltou mais um jatinho de liquidos e eu percebi que minha tia estava tremendo.
- "Por favor tia Nick. Eu nao vou contar pra ninguém. Debora não precisa saber..."
Tia Nick sacudiu a cabeça.
- "Oh, ela saberá... ela está muito perto Jess. Deus... você é vinte anos mais nova do que eu..."
- "Eu sei. Eu não me importo. Não precisamos fazer amor. Não como você e a Debora. Apenas... me mostre como fazer. Você pediu pra Debora pra... "foder" a noite passada... por que você não pode me foder também?"
Minha tia tremeu.
- "Jess não. Nunca. Não podemos fazer isso. Desculpe, querida... "
Fiquei espantada ao ver as lágrimas brilhando nos olhos da minha tia antes dela se levantar sair quase correndo do meu quarto. O resto do dia foi estranho, minha tia não estava zangada ou algo assim, mas ela estava diferente comigo, falava pouco. Mais de uma vez enquanto a gente comia, notei tia Nick me estudando, com um olhar estranho nos olhos. Isso me fazia estremecer cada vez que eu percebia. Debora não nos visitou aquela noite e eu tive problemas pra dormir. Mais de uma vez, me levantei e escutei na porta, mas resisti ao desejo de ir até a porta do quarto da tia... isso seria demais.
Um dia ou dois mais tarde, Debora apareceu novamente. Elas voltaram para o quarto da tia Nick, esperei por dez ou quinze minutos e fui para a porta do quarto. Dessa vez estava trancada, ouvi atentamente, nenhum gemido ou grito de prazer desta vez, mas ouvi as vozes. Pressionei minha orelha no buraco da fechadura para tentar ouvir melhor.
- "... nos ouviu. Ela... nos ouviu Debora. Agora ela está curiosa. Olhe nós..."
Tia Nick estava falando suavemente e eu me esforçava para ouvir. Debora respondeu algo, então tia Nick novamente.
- "... Eu... sei... ela tem quinze anos. Olha, ela é linda, eu concordo, mas... "
- "Ela não é apenas linda. Ela é maravilhosa. Não será nenhum mal pra ela. Ela perguntou, não foi? Ela tem quinze... ela é jovem, mas já tem idade pra isso, vamos Nick, você não pode me dizer que você não olhou para ela e se perguntou...? "
Debora me achou - linda? Nisso eu ouvi minha tia rir.
- "Você já-?"
- "Bem, sim, certamente. Ela... Eu nao sei. Talvez por ser inocente?"
Houve um silêncio, depois um suave suspiro, um gemido longo. Então a voz de Debora novamente, baixa, ronronando. Com uma sensação de excitação em meu estomago e uma leve contração em minha buceta, percebi que estavam se beijando, ou alguma coisa assim.
- "Vamos Nick. Você sabe que você quer. Estou bem com isso."
- "Beije-me", ouvi minha tia dizer, depois um longo silêncio, depois um gutural "Oh deus..." ... "Por que eu não posso dizer não a você?"
- "Pela mesma razão, que não posso lhe dizer não."
- "Mas... e se ela não gostar? se contar a sua mãe? ou for a polícia?"
- "Essas coisas podem acontecer, mas não pense nisso Nick... lembre-se da primeira vez que...? "
Outro período de silêncio, um suspiro, sussurro de tecidos se esfregando.
- "Oh ..." novamente Nick.
- "Veja? Voce quer sentir isso um milhão de vezes mais intenso? Vá buscá-la. Imagine nós três, Nick. Imagine isso."
- "Debbie, eu ohhhhh..."
- "Vá buscá-la..."
A cama rangiu ligeiramente. Meu coração pulou em minha boca. Tia Nick estava vindo pra porta.
Eu recuei rapidamente, voei pelo corredor, rapida e silenciosamente fechei a porta e mergulhei na cama, meu coração batendo a mil!
Momentos depois a porta se abriu lentamente. Fingi dormir, não ousei abrir os olhos, mas senti a presença de minha tia parada na porta por um longo tempo. Então ela se aproximou lentamente.
- "Jess ???"