A entrega, parte II

Um conto erótico de Fetiche lover
Categoria: Heterossexual
Contém 3715 palavras
Data: 10/05/2017 11:04:26
Última revisão: 10/05/2017 11:09:56

(como evidencia o título, este é o segundo capítulo de uma história que já começou, recomendo a leitura do primeiro antes.)

“saudades?”

“não poderia dizer que não.”

“acabo de terminar a academia, meus pés estão suados e acabados” (foto com os pés à mostra, avermelhados e com dedos um pouco inchados, ao lado de um par de tênis de academia, com as meias por sobre eles)

“aparentam melhor do que cheiram, ainda não tomei banho, rs”.

“não quer que eu vá aí limpá-los?”

“da última vez que nos encontramos, você demonstrou gostar de pés... mas fedidos também”?

“os seus, sim. Ainda não experimentei pés suados assim. Gostaria”. (É mentira, ele já havia experimentado algumas vezes)

“venha, então”.

Ele desliga o visor do celular. Ainda não sabe direito em que sentido as coisas estão indo. De alguém com quem ocasionalmente conversava e fazia sexo, agora via em Ana (este era o nome dela) a pessoa que estava dando vazão às vontades e taras dele. E melhor... ela parecia estar apreciando também. Não queria criar expectativas ou apressar as coisas, então tentou afastar essas conjecturas. “Deixemos fluir, e ver no que dá”, pensou.

Houve também algo de estranho acerca de como desenrolou-se o último encontro. À ideia de comer morangos dos lindos pés da garota, ela tomou a iniciativa de adicionar aquele misto de humilhação e palavrões... apesar de fantasiar sobre o tema, achou meio inesperado. E ficou assim, nesse misto de curiosidade, receio e incerteza sobre o que achar daquilo tudo. Mas agora ela envia mensagem (sinal de que gostou da experiência) e faz a sugestão de seus pés estarem fedidos. Não foi uma sugestão gratuita. Provavelmente ela estava tateando para ver a extensão das taras de Lucas e até onde poderia ela experimentar as dela. “Será que ela já notava em mim algo assim?”, pensa ele. Era um dos defeitos dele, diriam alguns, pensar demais sobre qualquer coisa. Ele não conseguia evitar.

“Foda-se”, pensou. No fundo era o tesão falando mais alto. Começou a arrumar-se para sair de casa, rumo à dela. Não queria desapontá-la chegando atrasado.

Chegou pontualmente, valorizava isso. Bate à porta.

_ Olá – diz ela, com um meio sorriso.

_ Oi... – responde ele, meio vago.

_ Entra

Ele nota que ela estava com os tênis calçados. Ela percebe ele olhando, quase lendo sua mente. Diz:

_ Não queria que perdesse o perfume – fala com um sorriso arqueado nos lábios – afinal, queremos a experiência plena, certo?

Ele só fica calado. Está um pouco mais nervoso que antes. A postura dela está bem mais “confiante” que da última vez. Ele conjectura se ela estava a agir assim intuitivamente ou se tinha feito algum “dever de casa” pesquisando um pouco a temática.

Ela senta-se confortavelmente no sofá, ainda está vestida com a roupa da academia também.

_ Pega-nos uma cerveja, está na segunda prateleira da geladeira, os copos estão no armário acima – diz ela, apontando a porta que dava acesso à cozinha.

Ele vai. Duas long-necks e dois copos, sempre preferiu beber em copos.

_ Estou exausta, a série de exercícios hoje foi de matar... e meu instrutor não dá trégua – diz enquanto espreguiça as costas e os braços, com estes acima da cabeça – você deveria tentar sabia... tem um corpo bem composto, de repente ficaria gato sarado, como meu instrutor, morro de tesão nele.

Esse comentário incomodou-o um pouco, não gostava dessas comparações. Transparece na sua tez. Ela olha fingindo-se espantada.

_ Não vai dizer que te incomoda? Fica enciumado? – diz ela meio risonha – não fique, é você quem está aqui, não é? Vem, senta aqui.

Ela aponta o lugar ao seu lado.

_ Não é ciúmes... só não gosto de ser comparado a outros caras – responde Lucas, que não tinha problemas de auto-estima e era considerado atraente, mas, por alguma razão, sentia-se desconfortável com essas coisas.

Ela não prossegue o assunto. Pega a cerveja, fica olhando para o vazio enquanto toma o primeiro gole. Ele, sentado de lado, observa-a. Com um dos braços, que estava por sobre a escora do sofá, ela começa a brincar com os cabelos da cabeça dele. Passando a mão dispersamente. Ele achou bem relaxante... sem mover-se muito, para estimulá-la a continuar, ele pega também sua long-neck, coloca um pouco no copo, e toma o primeiro gole.

_ Estava precisando dessa cerveja, Lucas.

Ela começa a descer a mão pela sua nuca. Ele adora que toquem na nuca dele, ela sabia já disso. Após algum tempo de carícia, ela faz uma leve pressão, trazendo o rosto dele em direção ao dela. Ele já ofega um pouco mais, ante a ideia de um beijo. Vai aproximando-se lentamente. Até que, quando já perto, ela ergue a mão que estava em sua nuca e deixa, entre o rosto dela e o dele, a sua axila. Daquela distância, ele conseguia sentir o cheiro, que não era forte, mas era algo.

_ Meu antitranspirante acabou, ainda não tive tempo de comprar outro – justifica ela.

Ele não sabe bem o que dizer. Esse foi um fetiche meio inusitado até para ele. Não sentia nojo, ou algo parecido. Era simplesmente... inusitado.

Antes que ele se perca em devaneios, ela está os dedos da mão erguida, recobrando sua atenção. Ele olha pra ela.

_ Como está o cheiro?

Após uma pausa considerável, ele só consegue, meio incerto, responder:

_ ... forte.

_ E você gosta?

Ele não sabe o que responder, então fica ali, parado, a meia distância da axila dela.

_ Talvez você deva chegar um pouco mais perto, para saber melhor.

Apesar de dizer isso, é ela quem se move um pouco, deixando o nariz dele pertíssimo de sua axila, mas ainda sem tocá-la.

_ Então...?

Ele está meio letárgico, não sabe direito o que fazer... o que dizer. Esperava que ela já fosse direto para a questão dos pés, mas realmente ela parecia estar interessada em prolongar a tarde.

_ Inspira forte – ordena ela.

Ele não faz senão obedecer. Inala e deixa preencher seus pulmões aquele cheiro úmido e meio ácido. Não era ruim, nem despertava asco. Era apenas intenso. Inspira algumas vezes, até que ela diz.

_ Mais forte, mais rápido.

Ele segue. A aceleração da respiração e a intensidade fazem-no ficar um pouco inebriado. Já está bastante entregue à situação, quando ela, num movimento, cola a axila à sua boca, que estava um pouco entreaberta, por conta da respiração intensificada.

Desta vez é ele, que já entrou no jogo, que se entrega. E começa a gesticular a boca, ensaiando beijos embaixo do braço de Ana.

_ nã nã nã – diz ela, sadicamente – já conversamos, bobinho. Se eu não mandei, tem que pedir.

_ Eu posso?

_ O que?

_ ... beijar... lamber – diz ele, um pouco embaraçado. Não te dava muito isso a pedir para fazê-lo com pés, mas parecia um pouco estranho ainda pedi-lo para... axilas. Pés ele sempre viu com erotização... isso agora era simplesmente “inesperado”... mas, por alguma razão, talvez a maneira como ela estava conduzindo, é que o tenha excitado.

_ Beijar o que, idiota? Lamber o que?

_ Sua axila... – diz ele, meio pra dentro.

_ E você quer?

_ Sim, quero.

_ Quer muito?

_ Sim.

_ Mas e meus pés? – diz ela, mexendo de leve o tornozelo, para evidenciar seus pés ainda calçados.

_ Também.

_ Uhn... se quiser beijar e lamber aí vai ter que, primeiro descrever pra mim.

_ Estão suados – a resposta agora foi mais imediata – meio úmidos ainda. O cheiro está bem forte...

_ E fedem?

_ Não diria que fedem, só exalam cheiro forte.

Agora ela própria cheira o próprio braço e simula uma breve cara de desaprovação.

_ Uh... fedem sim. Você é que é um pervertido que gosta dessas coisas.

Ele não diz nada.

_ Cai de boca, então, nojentinho, se te dá prazer – diz ela, meio pedante e simulando um pouco de tédio, como se dissesse uma obviedade.

Já estava ele lá. De início não muito afoito. Aproveitando a umidade, dando beijos leves, que foram gradativamente aumentando a pressão. Notou, antes de fechar os olhos para começar a lambê-la, que ela se tocava de leve, por cima da calça. Tira a língua da boca, vai passando em lambidas breves junto com os beijos, como se o fizesse na boca de outra pessoa. Depois passa a abandonar os beijos e passa a lamber mais forte e mais extensamente a área. O sabor ácido dá uma sensação engraçada na boca, mas o tesão é inegável.

Quando a axila já estava praticamente livre de qualquer vestígio de suor, ela afasta-o suavemente e desce o braço. Pensava ele que ela mandaria repetir o processo no outro, mas ela não o fez.

Ela manda buscar-lhe outra cerveja, que a dela já havia acabado. A dele ainda estava ali quase cheia, visto que sua boca se manteve quase todo o tempo ocupada. Ela sugere que há também, no armário ao lado da pia, algo “mais forte”, caso ele quisesse. Ele começa a recusar, dizendo ser ainda início de semana, mas ela insiste, um pouco mais incisiva. Logo ele percebe que era melhor tomar um gole. Era uma de suas bebidas favoritas: Jack Daniels. “Ela provavelmente quer tornar mais sugestiva a minha ‘entrega’”, pensou. E sim, não precisou disso até agora, mas um pouco de álcool acima poderia deixá-lo mais “solto”.

Ele toma um gole, pergunta se ela aceita, ela diz que, por hora, não. Ele prepara outro para si, para não ter de voltar toda hora à cozinha. Ela sugere-lhe que vá terminando sua cerveja “antes que esquente”. Enquanto ele bebe, sentado ao lado dela, ela posiciona suas pernas por cima das dele. Com os pés pousando em seu colo. Ela movimenta-os distraidamente. Puxa um controle remoto, liga a smartTV, coloca algum canal de música, deixa em som ambiente.

Ela puxa um lenço de papel que estava alocado num suporte na mesinha ao lado do sofá, limpa um pouco a testa e, ao final, deposita o papel dentro do bolso da camisa de Lucas. “presentinho” ela diz. Nessa altura pega a outra dose de Jack que ele havia deixado na mesa de centro, estendendo-a a ele. “Bebe” ela inquere. Essa era uma dose um pouco maior, porque ele pensava bebê-la aos poucos. Inclinando o copo rumo à boca, ela adiciona “one shot”. Apesar de não planejar fazê-lo, nunca teve problemas com isso, mesmo com doses maiores. Vira a dose. Ela sorri levemente, deleitando-se, aparentemente, com o controle que estava exercendo, até agora sem nenhuma objeção por parte de Lucas.

_ Comece – ela ordena, movendo levemente acima o pé esquerdo, sugerindo que este seria o primeiro – devo dizer, inclusive, que estas meias não são só fruto da academia de hoje, tenho usado desde nosso ultimo encontro. Não sabia se você ia gostar desse tipo de coisa, mas já suspeitava que você era um pervertido mesmo, então resolvi fazer esse pequeno experimento.

Surpreendeu-o um pouco a informação. Já contavam cinco dias desde o caso dos morangos, então ali haveria ouro para quem disso gostasse, e náusea àqueles que não. Ele, apesar de gostar, nunca havia experimentado coisas muito “avançadas” nesse sentido.

Começou a desatar o nó do tênis que calçava o pé esquerdo. Ela tinha pés lindos. Mais tarde irá perceber, ao tirar as meias, que desta vez ela não pintou as unhas de vermelho, como ele já a havia sugerido que tanto a valorizava. Havia-as deixado naturais, o que, descobriu ele depois de vê-las assim, era, de uma maneira diferente, igualmente excitante.

Ao retirar os tênis, subiu-lhe ao nariz o cheiro. Como das axilas, era forte, mas não fétido. Se bem que agora conjecturava, com a afirmação dela, se não era simplesmente por ele ser, como ela adjetivou, “um pervertido”. Ela não perdeu tempo:

_ Afrouxe os cadarços, puxe a língua do tênis para cima e coloque o nariz dentro – ele o faz – inspire, forte.

Ele o faz.

_ Como está?

_ ... forte – ele responde, de olhos fechados, abafado ainda, com o rosto enterrado no tênis.

_ Rs, eu sei que fede! Eu examinei na hora que te mandei aquela foto pelo celular. Por que você insiste em não admitir que fede?

_ Não sei... só não acho fedido, não me desperta nojo – ele diz, começando a sentir os efeitos de duas doses seguidas

_ É mesmo um maluco... qualquer um já teria saído da sala.

Ele não diz nada. Ela deixa-o em frenesi ali afundado no tênis por mais alguns momentos. Depois de um tempo, ergue o pé direito. Ele já sabe o que fazer, repete o mesmo processo anterior. Novamente o cheiro sobe. O cheiro quente de suor e exercício. Dessa vez ela não manda ele cheirar o tênis, só ergue o pé direito em direção ao rosto dele. “Vai”, ela diz. Enquanto ele segura o pé dela com as mãos e afunda o nariz na sola da meia, ela passa preguiçosamente o esquerdo na virilha dele, sentido o volume crescer.

O cheiro aquecido e a textura da meia pressionada contra sua boca deixa-o inebriado. Ela vai esfregando bem de leve o pé esquerdo na virilha dele, enquanto movimenta de leve os dedos do pé direito, no qual a cara dele está afundada, para entretê-lo um pouco.

_ Você sabe... quando começamos a ficar, não imaginava que fosse desaguar nisso – diz ela – nunca havia pensado muito sobre BDSM, mas nosso último encontro me colocou algumas ideias à cabeça, e parece que realmente você é a cobaia ideal.

Sem tirar o pé da cara, apenas direciona o olhar a ela com aspecto interrogativo.

_ Falamos disso depois – diz ela – você pode tirar a meia.

Ele retorna a atenção ao trabalho. Ele começa a mover os dedos das mãos para remover as meias...

_ ts... nã nã... – ela interpela – já devia ser óbvio a esta altura, não? É com a boca, idiota.

Ele morde a ponta da meia e começa a puxá-la, desnudando o pé direito de Ana. Ao retirar a meia, sente o cheiro ligeiramente mais intenso, enquanto ela move descontraidamente os dedos, para deixa-lo subir.

_ Gosta?

_ ... sim – ele diz, como hipnotizado.

_ Cheire por entre os dedos...

Ele afunda a cara entre os dedos dela, inspira forte. O cheiro agora, a descoberto, estava mais intenso. Ela retrai os dedos por sobre o nariz dele, encerrando ainda mais o espaço de respiração. Ele está de olhos fechados, inebriado. Ela então direciona o dedão rumo à boca dele.

_ Você, pervertido e sujo como é, pode até gostar dessas coisas, mas eu sou uma mulher normal, gosto-os limpos e cheirosos. Como veio satisfazer sua tarazinha estranha cheirando eles, agora pode limpá-los até tirar esse fedor horrível. Saiba que me deve bastante por ter passado pelo esforço de usar a mesma meia dias a fio só para ti.

Ele começa a sugar forte o dedão dela. Detém-se nele por algum tempo, depois vai passando a língua por entre os dedos dela. A cada salivação acumulada, ela o instruía a engolir, ao que ele atendia prontamente. Desceu ás solas, sugando e lambendo-as forte. Involuntariamente, estava impelido a satisfazê-la e deixá-la com os pés o mais “limpos” possível. Desceu ao calcanhar, abocanhando-o o melhor que pode, fazendo girar a língua para limpar-lhe essa parte. Depois ela ergue o outro pé, ele repete o processo. Ela move o direito para o lugar onde o outro estava, e continua massageando sua virilha.

Depois de bastante tempo passado, ela aproxima o próprio pé do rosto para fiscalizar o trabalho.

_ Bem melhor... ainda cheira um pouco, mas creio que só com sabonete o resto, rs. Deite ali – diz ela, apontando para o chão.

Ele o faz. Ela então coloca as duas solas por sobre o rosto dele.

_ Acene com a mão esquerda se a resposta for positiva, e com a direita se negativa, ok?

Ele acena com a esquerda.

_ Está gostando da tarde que está tendo?

Ele acena com a esquerda. Ela meche um pouco as solas, esfregando-as carinhosamente no seu rosto.

_ E você diria... que quer repetir ocasionalmente?

Novamente a esquerda. Ela pressiona com um pouco mais de força as solas sobre seu rosto, restringindo seu campo de respiração.

_ É um pervertido mesmo. Bem, e se eu propusesse algumas coisas também? Afinal a coisa dos morangos foi ideia sua, e eu basicamente estendi um pouco as coisas com essa brincadeirinha de hoje. O que faz dela, de certa maneira, não inteiramente minha. Você gostaria de servir algumas das minhas?

Embora não concordasse inteiramente com essa lógica de pensamento, já que foi ela a enviar fotos e sugerir as coisas, ele ergue a mão esquerda novamente. Ela retira os pés do rosto dele e, no lugar, posiciona as duas meias usadas, bloqueando-lhe a visão e restringindo sua respiração àquele “perfume” que fora objeto de sua atenção durante toda a tarde. Sente-a desabotoando sua calça e, logo sente a sola macia de um de seus pés brincando distraidamente com seu pinto, que já dava, a esta altura, sinais de vida. O outro ficou por sobre o peito dele.

_ Mas temos que saber, né, se você é mesmo interessado nisso. Porque seria frustrante apresentar algo e não ser correspondida da mesma forma como correspondi quando você me apresentou sua perversãozinha. Acho que, para tal, podemos estabelecer assim, talvez um prazo, no qual eu prometo alguma moderação, para que você não se sinta muito pressionado, mas, ao mesmo tempo, você promete o máximo de entrega. E, ao final desse prazo, podemos rediscutir. O que te parece? – ao falar isso, ela pressiona levemente, mas com firmeza, o saco dele.

Parecia razoável, pensou ele. Ergue a mão esquerda.

¬_ Uhn... ótimo – disse ela, com alguma alegria na voz, aos ouvidos dele – bem, precisamos então firmar uma data, mas deixa-me esclarecer algumas coisinhas – dizendo isso ela intensifica o movimento do pé que estava sobre o pinto dele, e imprime mais pressão naquele que estava sobre seu peito. A sensação de controle não podia ser mais sutil e, ao mesmo tempo, evidente.

_ Durante este período quero dedicação exclusiva. Não estou falando de um relacionamento, mas já que faremos essa “experiência” quero ter certeza de que saia como planejado. Não quero você saindo com outras garotas durante esse período. E, embora o primordial aqui sejam os nossos “encontros”, eu vez ou outra te mandarei tarefas e/ou instruções por celular ou e-mail. E você me enviará fotos ou evidências outras de que as cumpriu. Como eu disse, prometo ser razoável nesse período e poderemos rediscutir tudo ao fim dele. Você toparia esse regime de vida por... não sei... um mês?

“tarefas por e-mail e celular? O que será que ela andou pesquisando sobre BDSM?” pensava ele. Mas um mês não era muito, e ela prometeu ser “razoável”... bem... ele ergue então novamente a mão esquerda. Agora, sobre a questão de não ser um “relacionamento” ele tinha uma dúvida, começa por sob as meias, a dizer:

_ mas...

_ ts, não. Eu te orientei como me responder, imbecil. Já se esqueceu? De tanto inalar chulé está ficando mouco?

Não era o tipo de coisa de “sins” e “nãos”, mas ficou quieto.

_ Certo então, um mês. Quero você com a agenda o menos cheia possível nele, para que possamos aproveitá-lo bem. Apesar da regra não se aplicar a mim, creio que não estarei vendo ninguém também por esse mês, não que você precise saber, mas quero ver o que consigo extrair desse tempo. Evite saídas, pois pode ser que eu ligue hora ou outra com alguma demanda. Caso se frustre, lembre-se que é um único mês, e depois você pode fazer o que quiser.

Ele ergue a mão esquerda. Nessa altura os movimentos do pé dela que estava sobre seu pinto já eram extasiantes. Ele começa a ofegar. Ela pressiona um pouco mais seu tórax. Vai movimentando o pé sobre seu pinto e saco, ele sente algo molhado em seu pinto. Provavelmente saliva dela, para ajudar no deslizar. Ela continua o movimento, até que, de súbito, o interrompe. Ela retira as meias de seu rosto, e diz:

_ Abra a boca.

Ele, um pouco pego de surpresa pela quebra de movimentos, apenas obedece. Ela escarra duas vezes, e deixa a saliva descer pela boca dele.

_ Pode engolir.

Ele o faz.

_ Pode se vestir também. Encerramos por hoje.

_ ... mas

_ psiu. Sem “mas”... você vai gozar logo logo, só não hoje. Simplesmente não me deu vontade de te ver fazendo isso agora. E nada de punheta em casa, vermezinho. Se eu descubro, teremos problemas. Prometeu servir adequadamente por esse mês, então seja um verme de palavra.

Ele, contrafeito, começa a vestir-se. Seu pinto latejava.

_ Eis aqui, presentinho pra ti. – Entre a ponta dos dedos ela segurava as meias usadas – você vai dormir com elas no seu rosto essa noite. Assim que se deitar, coloque-as próximas da tua cara e manda-me uma foto. Depois pode colocá-las em cima do rosto e dormir bem. Sei que vai te fazer feliz, já que gosta mesmo de fedor.

Sem muita cerimônia, ela o despensa. Ao tocar no bolso da camisa, percebo o guardanapo usado por ela mais cedo para limpar o suor da testa. Por alguma razão, não o joga fora. Mais tarde, ela se tocará algumas vezes, e gozará, pensando nos planos para o mês. Já tinha algumas ideias.

Ele pensou em se tocar, no fim a fala dela era mais simbólica, certo? Não haveria como ela saber, mas alguma coisa o impediu. Talvez quisesse ser desafiado, ver até onde aquilo ia também. Poderia também só tirar as fotos com as meias e depois afastá-las para um canto, mas fez exatamente como ordenado. E dormiu assim, inalando o chulé dela a noite toda.

Pela manhã, viu que ela havia respondido com um áudio o envio das fotos. Tocou: “boa, otário. Aguarde novas instruções”.

Começava o mêsNOTA DO AUTOR:

Olá, leitores. Bem, peço desculpas pela demora entre a publicação de uma e outra parte. Já comecei a terceira, e espero finalizá-la em breve. Gostaria de sugestões e ideias nos comentários. Não garanto que vou acatar todas, mas prometo ser sensível a elas. Espero que gostem e, por favor, deixem suas impressões, opiniões, comentários, críticas, elogios, etc. O que impulsiona-nos na escrita - creio na maioria dos casos - é precisamente ouvir aqueles que leem. Até.

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Comentários

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Por favor, faça continuação destes contos. O melhor conto que eu já li !!! E olha que leio muitos ! Adoro quando a gata repete a meia para o chulé ficar mais forte ! Me mande um e-mail por favor ? Vamos calar mais sobre podolatria, muito chulé e cuspe na minha boca ? marcelo_henriquef@outlook.com

Sou muito pervertido

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Começou a terceira parte em 2017 e até agirá nada? Já estou ansioso pela continuação

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