Capítulo 37 - Provocando
Quando a delegada chegou a minha frente, saí do transe em que estava e me sentei, sem deixar de olhar em seus olhos. Estava hipnotizada.
Ficamos assim por algumas dezenas de segundos, até que ela fez eu me levantar do banco e me beijou ferozmente.
-Hmmm...-Soltei um gemido ao sentir minhas costas baterem na parede e meus pés não tocarem o chão.
"Droga! Hoje deve ser o dia de suspenderem a Isabella do chão e bater as costas dela na parede." Disse minha consciência. Eu a ignorei, ignorei a dor e passei a corresponder o delicioso beijo daquela mulher.
Aquela língua roçando a minha, aqueles lábios mácios, as mãos que já se enfiavam por debaixo do vestido... Tudo na minha delegada era tremendamente excitante. Eu agarrei seu pescoço e a puxei mais pra mim, envolvendo minhas pernas em torno da sua cintura. Não queria que aquele momento tão bom acabasse. Não queria acordar daquele sonho.
Mas então, ela parou de me beijar e de acariciar minhas pernas e ficou me olhando por alguns segundos, me analisando. Estava séria. Suas sambracelhas franziram, e depois de um tempo, ela falou, me deixando perplexa:
-Não podemos continuar assim. -A.seriedade em sua voz me assustou.
-Assim como? -Questionei sem entender.
Ela me analisou por mais alguns segundos antes de responder:
-Você... -Ela hesitou antes de prosseguir. -Me deixa maluca... -Ela desviou o olhar brevemente só para me olhar com mais intensidade depois. -Como faz isso comigo? -Disse me segurando com força. Eu devo ter arregalado os olhos com todas aquelas revelações. -Que feitiço você lançou contra mim? -Perguntou parecendo perdida. Os olhos azuis, profundos, tão misteriosos quanto o oceano.
-Eu... -Não sabia o que dizer, como começar. Se ela soubesse que também causava tudo isso em mim... Se ela soubesse o quão delicioso era estar com ela, beijá-la... -Eu... -Desviei os olhos dela, abaixando a cabeça. Continuava sem saber o que dizer e acabei mordendo o lábio, tamanho nervosismo sentia perto dela.
Sua mão ergueu meu rosto, me fazendo a encarar. Senti seus dedos acariciando meu lábio inferior e, para nossa surpresa, instintivamente, os lambi e abocanhei, diante de seus olhos.
Vi seu olhar passar de surpreso a excitado em um segundo e sorri intimamente, sem parar o que fazia.
Seus dedos saíram da minha boca, dando lugar a sua língua faminta. Sua mão quente voltou a acariciar meu corpo...
Continua...
Saiam da moita, comentem galera!