Um coração de Gelo em Londres cap 10

Um conto erótico de Stardust
Categoria: Homossexual
Contém 4879 palavras
Data: 18/05/2017 22:15:18

Olá meninas, voltei, decidi logo postar essa fase dois logo, e em breve a 3 que será mais curta, pois não tem mais tantos enredos pra criar, já conhecemos bem cada personagem. Mas enfim, como eu disse, não deixarei na mão, tenho meu blog, continuarei postando lá, não apenas romances, mas assuntos do cotidiano. Sobre o dia de hoje, 18 de maio, dia contra a violência sexual de crianças e adolescentes, não deixem passar quando estiverem desconfiadas de algo, denunciem, pois esse tipo de perversidade é doentia. Agora vamos voltar pro foco, bora pro conto?

Continuando ...

Depois de mais um pouquinho de “brincadeiras” no banho, hora de descansar um pouquinho também.

Tudo parecia estar perfeito, estávamos bem, seguindo uma boa, mas infelizmente, algo começou a atrapalhar.

Uma semana após a reconciliação, começaram a surgir telefonemas anônimos e isso começou a preocupar. Parecia que a perseguição não havia acabado. Um dia eu cheguei mais tarde no consultório e todos me olhavam estranho, fiquei com um pouquinho de medo, porém, segui pra minha sala e chamei a secretária.

- O que está acontecendo aqui? Por que todas aquelas pessoas me olham estranho? – Perguntei eu.

- Dr. Priscila, acho melhor você olhar isso. – Dizia Rebeca, minha secretária, me entregando o tablet.

Quando eu olho, quase tive um treco, eram fotos de minha intimidade com Charlô.

- Rebeca quem divulgou isso? E por que? – Perguntei eu nervosa.

- Eu não sei Dr. Priscila, hoje de manhã chegou esse envelope, acompanhado de uma mensagem por fora. – Disse a secretária me entregando o envelope ainda fechado.

Eu abri e dentro dele havia um recado:

“ Priscila, hoje declaro aberta a nossa guerra, eu sei suas fraquezas, e como te atingir, não se preocupe, alguns se machucarão, mas no final, a morte será sua.”

Após ler isso eu fiquei dura, gelei, mas não por medo e sim por raiva, não sei quem poderia ter mandado isso, mas realmente soube me atingir, usar a Charlote é muita maldade. Preciso pedir ajuda da minha querida sogra mafiosa.

Quando Charlô chegou ao consultório eu já estava de saída, ela ainda não sabia, mas logo ficaria.

- Pri, bom dia. – Falou me dando um selinho. – Aonde vai com essa pressa?

- Amor, olhe pra mim e preste atenção, eu vou tentar resolver ou pedir ajuda sobre o que você vai descobrir daqui a pouco. Mas me faz um favor, não volte pra casa ainda, pede pra Olívia vir pra cá, chama o Colin, a Ilze, todos os seus conhecidos. – Falei saindo.

Eu estava sem moto ainda, ou seja, táxi. Liguei pra minha sogra me encontrar no café de sempre.

- Ms, Caroline que bom que veio.

- Pelo que me contou, vazaram fotos suas intimas com a Charlô.

- Exato, o problema que o mais estranho, é a senhora mandou o fotografo pro hospital, e agora essas fotos vazaram, como isso é possível?!

- Primeiro se acalme, segundo me explique tudo.

Eu contei tudo a ela, por sorte, ela tem seus contatos e ia descobrir. Mas tudo estava irrastreável, quem queria me atingir sabia o que fazer. Ao voltar pro consultório, me deparei com uma cena que jamais veria, Charlote arrasada, mas tentando disfarçar do pior jeito. Eu logo a abracei quando cheguei, eu não sabia o que fazer, aguardava pelo que viria.

- Pri, o que está acontecendo? – Perguntava ela.

- Eu não sei, não sei meu amor, mas prometo que vou descobrir.

Ficamos o dia quase todo no consultório, até que minha sogra veio e nos levou pra casa, pra todos os efeitos, eu nunca pedi ajuda a ela. Os seguranças ficaram lá a noite toda, eu não tinha estômago, como alguém faria uma coisa dessas?

Na manhã seguinte, chegou outro envelope, que continha um telefone e outro bilhete, que dentro dele havia a seguinte mensagem:

“Atenda”.

O telefone toca e eu logo atendo.

- Quem é você desgraçado, o que quer de mim? Aparece e luta, resolvemos isso agora!

- Priscila, Priscila, aguarde as instruções, toda vez que eu quiser falar, ligarei, até lá, vá sofrendo de ansiedade.

Quem poderia ser este ser que quer me fazer sofrer? Eu nunca fiquei com mulher casada, e nunca traí ninguém (não que eu lembre), minha preocupação era com Charlô, por minha causa ela está reclusa.

Os dias foram passando e mais telefonemas, porém, só ameaças. Pra sair de casa, tinha que sair acompanhada, não apenas eu, e sim todos. Um dia, durante o trabalho, outra encomenda chegou, dentro do envelope continha outro bilhete, onde havia um endereço.

Logo em seguida o telefone tocou, aquela voz disfarçada com o amplificador dizia que eu deveria me encontrar em tal endereço, não dei muita atenção, afinal, eram ameaças durante dias e nada. Praticamente ignorei, na manhã seguinte a mesma situação. Após um tempo, Olívia é atropelada, eu fiquei chocada, principalmente por não ter levado as ameaças a sério.

Ao chegar no hospital, perguntei o seu estado, por sorte não foi grave. Nesse mesmo momento mais uma ligação.

- Eu te disse pra não me ignorar. – Dizia o anônimo

- Por que fez isso? É a mim que você quer.

- Eu fiz porque quero te fazer sofrer antes de tudo. E pra começar, sugiro que escute essa voz.

- Pri não dê atenção, me escuta, eu te amo, não dê bola é uma armadilha. – Era a Charlote com uma voz assustada.

- Meu amor, onde você está? Seu desgraçado, onde estão?

- Haha, saberá quando eu quiser. Até lá sofra e faça o que eu mandar. – Disse o anônimo desligando.

Agora eu tô P da vida, quando eu achar esse fdp, vou acabar com ele. Sequestrar minha mulher? Agora ele tá pedindo pra apanhar muito.

Durante dias eu recebia mensagens com fotos da Charlote, amarrada e desesperada. Pra piorar, minha sogra que afirmou me ajudar, sumiu. Realmente, parecia que eu estava sozinha nessa. Pro bem de Olívia, pedi que ela voltasse pra Itália com o pai, quem disse que ela obedeceu?

- Pri, vamos salvar a mamis.

- É tudo o que eu mais quero, mas como eu posso fazer isso sozinha? Sua avó disse que ia me ajudar e sumiu, a polícia não tem pistas, minha amiga Andressa não pode vir, pois está em missão secreta, eu tô só nisso.

- Obrigada pela parte que me toca viu. – Disse Olívia irônica.

- Ah Olívia, desculpe, mas sinceramente, nós duas não podemos fazer nada. Eu já rodei essa cidade inteira atrás dela, fui até os campos, perguntei até aos turistas.

- Pri, na verdade podemos sim. – Dizia ela parecendo me esconder algo.

- Como assim?

- A vovó não sumiu do nada, na verdade, ela está com sua amiga Andressa e todo serviço secreto atrás da mamis. – Disse ela com uma cara lavada.

- Por que me escondeu isso? – Perguntei eu histérica.

- Por causa das suas reações. Pri, você se descontrolou quando recebeu aquela ligação, destruiu algumas coisas no hospital, saiu quebrando a rua. A sua sorte de não ser presa, é porquê minha avó tem uma boa influência. Você perturbou a ordem pública, cara, eu nunca te vi assim.

- Isso é amor Olívia, AMOR! Agora me fala, onde estão sua avó e Andressa estão.

- Promete que não vai ter um ataque?

- Prometo que meu ataque será usado no fdp que pegou a Charlô.

- Ah bom, então vamos lá.

O lugar da reunião era na casa de Ms. Caroline, casa é um jeito modesto de falar, aquilo ali era uma mansão/palácio. Logo que cheguei, tratei de ficar calma e ter meus tons sombrios como Charlote havia me ensinado.

- Priscila, o que faz aqui? – Perguntou Andressa surpresa em me ver.

- Me controlando pra não dar na sua cara. “Missão secreta” né? – Disse eu com elegância e ironia.

- Minha cara, você não estava bem, estava alterada e sem controle, não podíamos arriscar de você colocar tudo a perder. – Dizia Ms. Caroline.

- Agora estou controlada. Saibam que é a mim que ele quer, e por isso a usa para me atingir. – Disse eu.

- Justamente, mais um motivo para não comunicarmos a você sobre a nossa reunião secreta, sabemos que ele te segue, acompanha seus passos. – Continuava Ms. Caroline.

- Por isso estamos tentando rastrear esse telefone que você recebeu, mas tenho que admitir, o cara é bom, até agora não aparece a fonte legítima. É como se ele desviasse o sinal pra nos confundir. – Dizia Andressa.

- Sua infeliz, o que faz aqui? Como conhece minha sogra? E porque não me disse nada? – Disse eu dando um tapa no ombro dela, mas mantendo a calma.

- Eu já conhecia Ms. Caroline daquela vez que vim aqui. Ela apoia as competições dos pilotos, principal incentivadora nesse esporte.

- Que ótimo, minha sogra, minha ex-ficante, minha enteada que parece irmã, tudo sabiam, minha nossa.

- Como assim ex-ficante? Priscila, você saia com a Andressa? A minha filha sabe disso? – Perguntava minha sogra.

- Sabe sim, por que acha que ela odiou a história da moto? Aquela história de medo era só um pretexto. Fora o esculacho que ela me deu. Ah Andressa, pra não esquecer o que ela pediu pra te dizer uma vez. – Dizia eu.

- O que? – Perguntava Andressa.

- “Sua amiga vadia”.

- A sua namorada com certeza não vai com a minha cara.

- Ela odeia mentiras, e você foi na cara dura vestida de marinheira inventando história.

- Tá bom meninas, já chega, quando Charlô estiver aqui, ela decide em quem vai bater. – Dizia Ms. Caroline.

- Tem razão, mas me digam uma coisa, toda vez que vocês rastreiam o sinal, onde ele para? – Perguntava eu.

- Em uma rua daqui de Londres, muito movimentada por sinal. Geralmente sequestradores procuram lugares distantes e vazios. – Dizia Andressa.

- Possui becos ou alguma construção antiga? – Continuava eu.

- Minha cara, Londres é uma cidade de construções antigas. E sim, quase todas as ruas possuem becos, porém já revistamos por lá, ambas casas, prédios. Reviramos tudo. – Dizia Ms. Caroline.

- Talvez eu tenha ideia de onde possa estar. Me dá o endereço.

Elas me passaram o endereço.

- O que está pensando Pri? – Perguntava Olívia.

- Olívia, Londres é uma ilha certo?

- Sim, qual o segredo disso?

- Geralmente alguns becos fazem menção ao rio, é como um mapa, os pontos se interligam, levando a um só caminho. Sendo assim, o sinal que é transmitido, é desviado por essas brechas. Se procuramos por esses becos, acharemos o local. – Disse eu confiante.

- Priscila, eu tenho que admitir, estou impressionada com você, uma lógica bem interessante. Foi muito perceptiva, não teríamos pensado nisso. – Dizia Ms. Caroline.

- Cara sogra, vamos salvar a Charlô agora. Reúna seus homens, o baile dos vampiros vai começar. – Terminei eu.

Procuramos entre os pontos que se interligavam e nada, as fotos não ajudavam muito, pois só mostravam ela amarrada em uma cadeira, em uma espécie de sala escura, cujo único ponto de iluminação, além da luz, era uma pequena janela.

Nos levamos pela referência da janela, mas nenhuma delas batia com o que aparecia, fomos a todos os prédios e nada.

- Affs Pri, rodamos tudo, esse ai soube se esconder como um rato, nas menores brechas. – Falava Olívia um pouco cansada.

- Olívia você é um gênio, eu devia ter dar um cachorrinho por isso. Tá merecendo. – Falei eu associando a ideia.

- Eu queria que você me desse um irmãozinho que viesse dentro da barriga de mamis, mas tudo bem, eu aceito o cachorrinho. – Dizia ela.

Eu engoli pasma essa história de irmãozinho, porém, volta pro foco.

- Não encontramos, pois assim como os ratos, ele se esconde nas menores brechas, e claro, algumas casas, possuem porão, ou seja, a janela só pode ser de algum porão. Procurem por janelas subterrâneas agora. – Disse eu.

Nessa procura, conseguimos achar uma, o problema era achar a porta de entrada e saber se o caminho estava certo. Entramos em uma casa que parecia não ter nada demais, bem arrumada, limpa, que haviam pessoas que moravam ali. Procuramos em tudo, nenhuma porta dava ao tal porão, saímos sem expectativa, mas eu não perdi a esperança.

- Esperem ai! – Disse eu.

- O que foi doida? – Perguntou Andressa.

- Me dá um pé de cabra.

- Pra que? – Continuou ela.

- Me dá logo essa porra!

- Toma aí estressadinha.

Comecei a quebrar a tal janelinha e jogar alguns bastões fluorescentes pra iluminar. Não dava pra ver muita coisa, teria que entrar, como a janela era pequena, os homens de Ms. Caroline não conseguiriam passar. Eu por ser magra consegui entrar, Andressa que tem o mesmo formato de corpo como eu, também entrou, nos separamos pra procurar melhor.

Aquele porão, continha uma espécie de outra casa em baixo, parecia um daqueles abrigos construídos durante a guerra. Procurei, até que escutei vozes, e uma delas eu reconheço em qualquer lugar, Charlote!

Me aproximei devagar e ela estava lá, amarrada, com alguns ferimentos leves e o cara encapuzado. Do nada alguém aponta uma arma pra minha cabeça e me rende.

- Quietinha, vem comigo. – Disse o capanga.

Sou levada até esse homem que fica surpreso em me ver e começa a falar.

- Sinceramente Priscila, achei que você fosse uma idiota, mas até que é esperta, porém, não o suficiente, veio logo na toca do lobo. – Disse o cara encapuzado.

- Você realmente é um covarde, nem pra tirar essa mascara tem coragem. – Disse eu.

- Tem razão. Muita indelicadeza da minha parte. – O bandido foi retirando a máscara. – Assim está melhor?

- Henry?! – Disse Charlote e eu ao mesmo tempo.

- Surpresa! – Disse ele com um sarcasmo.

- Henry porque você tem feito isso com a gente? O que fizemos pra você? – Perguntava Charlote incrédula ainda.

- Não é óbvio? Por amor.

- Amor? Tá zoando né? Você sequestra ela, faz ameaças, a tortura e diz que é amor? Cara, você é louco! – Disse eu.

- Como assim amor? Henry, já conversamos sobre isso, eu não te amo, não podia ficar contigo. – Disse Charlote.

- Você não podia ficar comigo por causa dela. – Falou Henry apontando pra mim. – Ela é responsável por confundir sua mente, te tirar de mim, te fazer pensar que é lésbica, quando na verdade não. Eu não podia permitir isso, fomos feito um pro outro, sei que você me ama. – Continuou ele, tocando no rosto de Charlote.

- Henry, a única pessoa confusa aqui é você, eu sou lésbica sim, pensava que era bi, mas hoje tenho certeza do que sou, e nem é por causa da Pri. Isso é algo que a gente nasce e vai sentindo aos poucos. Eu sinto muito por ter te causado dor, mas não é assim que as coisas devem prosseguir. Sei que te magoei, mas eu não te amo, não posso mentir pra você, só pra parecer bem. – Dizia Charlote tentando amenizar a situação.

- Não... Não! Eu não aceito isso! Primeiro foi aquela Lauren da faculdade, agora essa idiota aí. – Falou Henry apontando pra mim. – Eu... Eu achava que roubar sua fortuna seria uma vingança, mas eu descobri que ainda te amo. Isso nunca mudou, desde a faculdade, se aquelazinha do intercâmbio não tivesse se aproximado de você, você teria continuado próxima a mim, como sempre fomos.

- Ué, vocês já se conheciam desde o tempo da faculdade é isso? E mais, os dois namoravam? Não estou entendendo mais nada. – Dizia eu.

- Claro que namoramos, Charlote sempre me amou, éramos namorados, próximos, confidentes, depois chegou aquela Lauren e tirou-a de mim, fez ela ser uma lésbica forçada, igual a você está fazendo agora. Ela era minha, até você voltar de sei lá onde, devia ter ficado por lá. – Dizia Henry.

- Namorados? Nossa, que... revelação, estou enjoada com isso. – Dizia eu com uma cara de desanimo sobre isso.

- Namorados não! Próximos pior! Confidentes? De onde você tirou isso? Tá maluco? Nós só ficamos uma vez, e isso foi porquê eu estava com raiva da Lauren, foi um momento estúpido de fraqueza. – Dizia Charlote pasma com as falsas afirmações.

- Eu sempre te amei Charlote, e sei que você também me ama, senão, não teria transado com transava comigo, todas as vezes que estávamos juntos. Ou pensa que eu não via o seu tesão? Eu fui o único homem que te supriu de verdade, nem mesmo seu ex-marido ou essa aí conseguiram fazer isso.

- Eu acho que vou vomitar depois dessa, foi muita coisa pra eu ouvir. Charlote isso é sério? Esse cara aí te supria melhor? – Perguntei eu, com uma ideia surgindo pela cabeça.

- Não acredito que você vai acreditar nele Priscila? Me poupe né? – Dizia Charlote ficando com raiva já.

- Estou começando a acreditar se for assim, pois, naquela história toda que você me contou, nem citou o Henry. Agora ele vem e me conta tais coisas sobre você. Então esse amor que diz sentir por mim é falso? – Continuava eu.

- Priscila eu não acredito que esteja duvidando de mim!

- Quer saber? Chega, tá legal? Fala que eu minto pra você, mas fica aí me escondendo as coisas e depois vem esse maluco confirmar tudo. Quer saber? Os dois se merecem. Henry, faça bom proveito. Não são dois apaixonados? Fiquem à vontade. Eu vou embora.

- Eu achava que você seria um grande problema Priscila, pensava que teria que te matar por me atrapalhar. Mas até que você foi sensata e esperta na sua escolha, a Charlote é minha. Solte ela, deixe-a ir. – Falou Henry, mandando o capanga me soltar.

Eu saí me fazendo de mulher traída, procurei a Andressa naquele mausoléu e nada. Quando eu ia saindo, esbarro naquela criatura.

- Shhhh, cala a boca. – Falei eu segurando sua boca pra não gritar. – Fala baixo viu.

- Pri? Onde você estava?

- Eu sei quem é o sequestrador, onde a Charlote está, e precisamos ser rápidas pra tirá-la de lá. Tem uma porta escondida atrás daquela estante. É uma porta falsa, ao abrir possui escadas, você vai subir e trazer a trupe de mafiosos da minha sogra, enquanto isso, me empresta a arma que eu vou voltar pra tentar salvar a Chalô. Ela deve estar P comigo pelo que eu disse pra poder me livrar.

Depois das instruções dadas, eu só precisava voltar até aquela mesma sala e tentar fazer algo até todos virem, pois, do jeito que aquele cara é doido, era capaz dele estuprar a Charlô, achando que estavam fazendo “amor”.

Eu cheguei de mansinho e disparei contra os ombros do capanga, fazendo assim ele ficar imóvel.

- Surpresa! De novo. O que pensa que vai fazer com ela Henry? Não vai estuprá-la aqui na minha frente né? Porque eu lembro que quando uma das partes não quer e outra forçar, é estupro.

- O que faz aqui sua inútil? – Dizia ele próximo a Charlô.

- Eu vim aqui dizer que... Você é o pior sequestrador do mundo, sério. Cara, tu é muito otário, me deixar sair daquele jeito? Achando que eu tinha acreditado naquela história? Me poupe. Sabe porque a Charlô não te quis? Você é um fraco, F-R-A-C-O, inútil, que pensa que forçar os outros a te querer, vão fazê-los te amar, haha. Inútil!

- Eu devia te matar. – Falou ele sacando a arma. – Mas eu posso fazer melhor, matar sua amada. O melhor jeito de causar uma dor. – Falou ele apontando pra cabeça de Charlote.

- Mas ela não é sua amada? Vai atirar nela? – Falei eu sendo sarcástica.

- Por que não? Ela disse que não me ama mesmo, e mais, te fazer sofrer, por que me arrancar o que era mais precioso pra mim, é um preço pequeno a pagar. – Dizia ele.

- Cara, tu é o pior bandido que eu já conheci, sério. Nem sabe quem vai matar.

- Mas e você? A deixaria morrer?

- Jamais!

- Então? Abaixa logo a porra da sua arma, antes que eu atire nela.

- Você não teria coragem.

- Ah não? – Falou ele dando um tiro passando de raspão, quase me acertando.

- Você é louco, quase me acertou.

- Acredite, não errei porquê quis, na próxima vai ser bem na cara da Charlote se você não abaixar a porra dessa arma! – Ele disse histérico.

Eu abaixei a arma bem devagar.

- Parado aí malandro! – Chegou Andressa com reforços. – Você está cercado.

- Vocês são mesmos idiotas né? Esqueceu que eu ainda continuo apontando uma arma na cabeça da Charlote? Qualquer movimento e eu atiro. – Dizia Henry descontrolado.

- Calma aí, ninguém vai fazer nada, não precisa ser assim. – Dizia eu levantando a mão em movimento de trégua.

Do nada são disparados dois tiros que acertam o ombro e a bunda de Henry. Ele cai no chão desestabilizado. Por trás surge minha sogra com uma arma.

- É como dizem, se quer algo bem feito, faça você mesmo. – Falou Ms. Caroline assoprando o revólver dela.

- Porra... Tua sogra é o cão viu. Boa sorte aí com ela. – Disse Andressa pra mim.

Eu nem sabia o que falar, minha sogra era pior do que eu pensava.

- Affs Henry, como você é patético, amor doentio? Nos poupe.... Agradeça por eu não querer te matar, principalmente perante a minha filha. Seu crápula! Te recebi tão bem na minha casa, achei que fosse um homem bom. Eu vou te dar um castigo pra nunca mais chegar perto da minha filha. Homens! – Fez gesto chamando seus seguranças. – Façam um “passeio” com esse infeliz, ele pode sobreviver, depois o joguem na cadeia que é o lugar dele.

Eu nem quero saber o que minha sogra iria fazer, já estou ficando até com medo. Porém, minha preocupação maior agora é Charlô.

- Amor? Amor? Fala comigo. Acorda. – Ela estava desacordada, o choque agora a pouco foi grande.

Tirei-a dali, fomos ao hospital, graças a Deus, ela estava bem, um pouco desidratada e teria que permanecer no soro, até se recuperar. Eu fiquei todos os momentos com ela, até receber alta e irmos pra casa.

Ao chegarmos, todos os nossos entes queridos nos esperavam pra nos receber. Charlô cumprimentou a todos, e pediu pra se retirar, pois queria descansar. Eu a acompanhei até o quarto.

- Amor? Precisa de alguma coisa? – Perguntei eu.

- Só quero ficar deitada por enquanto... – Ao se deitar, ela desabou e começou a chorar.

- Amor o que foi? O pior já passou, estou aqui contigo. – Disse eu me ajoelhando e segurando nas suas mãos.

- Eu fui tão fraca Pri, como eu deixei isso acontecer comigo? Coloquei minha família em risco, te coloquei em perigo. Eu que sou uma inútil.

- Charlô, presta atenção. Você não é de ferro, ninguém é, não se culpe por isso, você foi a vítima, fora que você não tem a obrigação de levar o mundo nas suas costas, tem que se preocupar mais com você. O que houve não foi um erro seu, o erro foi daquele crápula, que achou que podia mexer contigo, quando existe uma família unida que te ama e que faria de tudo pra te salvar. Não fica assim, por favor. – Disse eu beijando suas mãos.

- Você podia ter morrido por minha causa. Tem ideia disso?

- Se fosse pra te salvar, não teria problemas, seria uma causa nobre. – Ela voltou a chorar baixinho e continuei a falar. – Porém, como eu não morri, estou aqui pra te fazer carinho e cuidar de você.

- Eu perdi o anel que você me deu.

- Aquilo era só um objeto, não se preocupe com isso, se ele tirou de você, era por inveja do que sentimos uma pela outra. Depois eu compro outro e mais bonito, um a sua altura.

- Sabe que eu não ligo pra isso, o que vale é a intenção.

- Mas eu ligo, pois você é minha leoa, a mulher mais elegante que já conheci, a mulher que me deixa acesa até quando durmo.

- Tá exagerando já. – Ela soltou pequenos risos.

- Olha só, alguém sorrindo um pouquinho. Pode sorrir de novo? – Disse eu cutucando. – Em? Em? Em?

- Para sua boba. – Disse ela rindo de novo, das minhas cosquinhas.

- Eu sei duas coisas maravilhosas que vão te fazer melhorar. A primeira é um beijo bem amoroso. – Falei eu beijando seus lábios doces. – A segunda é uma coisa que há tempos não fazíamos. – Me levantei e deitei ao seu lado. – Dormir de conchinha.

- Você não existe Pri, consegue me fazer rir até quando não quero. Eu te transformei em uma cópia minha, um carrasco e mau humorada com as coisas, você foi pro Brasil como eu te deixei e depois voltou de outro jeito.

- Deve ser porque cópias pessoais não existem. Fora que, eu tive muito tempo pra tirar minhas dores, então eu descobri esse meu lado divertido. E um dos motivos por ele também existir é você.

- Te amo bad girl.

- Também te amo bad woman.

Ficamos de conchinha o dia todo, mesmo que eu estivesse sem sono, ficava ali, fazendo carinho em sua cabeça, me certificando que ela dormisse. Eu ainda consegui tirar uns cochilos leves.

Alguns meses se passaram... Estávamos bem, aguardando o ano novo, muito amor envolvido, carinho, compreensão. Minha “adorável” sogra havia nos chamado para passar o Réveillon lá, conheci meu sogro, muito simpático boa por sinal, vai entender como ele e minha sogra se aturam né?

Naquele clima importante de festa, todos elegantes, eu me vesti o melhor possível, com um vestido branco de seda, com alguns detalhes e um scarpin bege. Todos sempre paravam pra conversar com a gente, pra falar sobre tantas coisas, eu estava ficando um pouquinho impaciente, mas aguentei, afinal, meu amor merece todos os créditos. Eu decidi ir pra varanda respirar um pouco. Ao ficar olhando para as estrelas e pensando em tudo que tinha acontecido nesses últimos tempos, realmente, eu poderia ser uma aventureira. Charlote chega por trás e toca no meu ombro.

- Tudo bem Pri? – Perguntava ela.

- Sim, estou, só vim pegar um ar fresco e olhar pras estrelas.

- Está meio entediante a festa, não é? Segundo Réveillon juntas, repleto de pessoas, pelo lado bom, minha mãe te aprova kkkk.

- Quando ela não age feito a malévola sim kkkk. – Disse rindo.

- Eu tenho uma surpresa pra você. Me acompanha?

- Claro.

Subimos as escadas e ela me levou ao seu antigo quarto.

- Pri, há anos eu não venho aqui, mas parece que ele continua do mesmo jeito que eu deixei.

- Nossa! Realmente, seu antigo quarto lembra muito aqueles filmes da década passada kkkkk. Mas é lindo.

O quarto dela era muito bonito sim, parecia um quarto de princesa, com cortinas beges, cama enorme com dossel, simplesmente lindo. Haviam fotos espalhadas nas paredes de quando ela se tornou rebelde, o que mais me surpreendia era a mãe dela não ter jogado aquilo. Do nada, as luzes se apagam, ficam só os abajures, uma musiquinha romântica começa a tocar (Send me na Angel versão acústica, escutem, é ótima).

- Charlô o que é isso? – Perguntava eu sem entender.

- Eu te disse que tinha uma surpresa e não estava falando apenas de te mostrar o meu quarto... Te contei minha história, o que já passei nesse quarto, mas agora vai ser diferente, te trouxe onde quase tudo começou.

- Me sinto honrada por isso. – Ela colocou o dedo na minha boca, pedindo para eu me calar.

- Shhh... – Falou ela me sentando na cama e ficando bem colada em mim. – Sem conversas por um tempo, agora beije-me.

Ficamos nos beijando um tempo, até que ela começa a depir-se em minha frente, um strip-tease bem sensual e voltamos aos beijos. Ela começa a tirar meu vestido bem devagar e vai me beijando aos poucos por cada canto do corpo e vai descendo até minha ppk. Sabe aquela mulher que você acha que domina e quando menos espera, ela que te domina? Exatamente assim.

Ela me chupou muito, sua língua suave que me penetrava bem, mas ela não me deixou gozar e voltou pra minha boca. Claro que fiquei bem irritada com isso e dei uma mordidinha em seus lábios. Enquanto ela chupava meu pescoço eu cheguei em seu ouvido e sussurrei:

- Adorei a surpresa, mas agora eu vou surpreender.

Com isso eu inverti as posições e fiquei sob domínio. Apertava seus seios e os sugava como um bebê faminto, mas o que eu mais queria chupar era outra coisa. Desci bem devagar, deixando alguns chupões e fiquei em sua menininha, passava a língua bem devagarzinho ao ponto dela implorar pra que eu fizesse algo logo. Eu voltei pra sua boca e arrancava longos beijos, nesse tempo eu desci minha mão até sua bct que já estava bem molhadinha por sinal e comecei a penetrá-la lentamente e depois acelerar. Controlávamos nossos gemidos, afinal, ainda ocorria uma festa e nós estávamos muito ocupadas com outros “interesses”. Ela gozou em meus dedos e eu em seguida, caímos cansadas, mas como a felina que ela é, mal me deixou respirar e ficou por cima de mim, penetrou seus dedos e chegou no ouvido dizendo:

- Minha vez de te tocar, seja comportada e apenas obedeça. – Ela me encarou um pouquinho enquanto me penetrava lentamente e eu apenas disse que sim com a cabeça.

Eu por muito quis gritar de tesão, mas ela me controlava com beijos quentes. Eu não me aguentei e gozei novamente. Eu fiquei acabada e ela também, só consegui dizer:

- Adorei a surpresa, acho que meu ano novo começou bem. – Disse ainda ofegante.

- O nosso começou bem. – Disse me dando um selinho. – Como não tenho condições de voltar pra festa agora, eu trouxe algumas coisas.

Ela havia trazido, champanhe e algumas frutas com chocolate. Na minha cabeça já se passava muitas outras ideias do que fazer com tais frutas. Mas quando o relógio deu meia-noite, ficamos comemorando.

“Meu ano novo pelo visto, já está começando bem.”

Continua na fase 3.

Obrigada pela participação de vocês sempre. Beijos pras minhas leitoras,

Sr. Veneno

Jasmin

Queen250

Pretinha25

Coach

E muitas outras.

Até mais...

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Comentários

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Ain que perfeito 😍 ameiiii ansiosa pela próxima fase. ..... *.*

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Uau! Surpreendente e com um final maravilhoso! Obrigada pelo seu carinho e atenção também star. Até breve! 😘

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