Projeto Charlie - 15 e 16

Um conto erótico de Mr. Charlie
Categoria: Homossexual
Contém 4434 palavras
Data: 24/05/2017 03:40:02
Última revisão: 24/05/2017 04:05:18

**Bom dia pessoal. Por um erro publiquei o capítulo '16 ao invez do '15, então fiz a edição para publicar o '15, e quando fui publicar o '16, não foi possível, pois constava que eu já havia publicado. Então para não ter tanta bagunça, coloquei o capítulo '16 no final do capítulo '15. Então...ficou um pouco grande por esse motivo.

**Me desculpem por isso, mas espero que curtam esses dois capítulos. ^^

...

Acordei na minha cama com uma forte dor de cabeça, mau conseguia levantar. Estava apenas de roupão, nao sabia nem como cheguei em casa ou quem havia me trazido.

Fui ate o banheiro lavar o rosto e ver se melhorava um pouco, quando vejo aquele celular em cima da pia, o destravei e vi a foto do Charlie. Fiquei o segurando por um momento e simplesmente sorri. Ele quem cuidou de mim, eu já dava alguns sorrisos bobos.

No meu telefone havia dois números salvos, o da Emily e do Charlie, salvei no dia que liguei para combinar a entrega do celular dele, na verdade eu nem deveria ter o numero dele ali na minha agenda, mas com certeza liguei para ele pedindo sua ajuda. Aquilo me deixou sem graça por ele ter me visto embriagado, mas ao mesmo tempo fiquei agradecido pela ajuda, naquele momento ele conseguiu me deixar completamente desestabilizado sem nem mesmo estar perto de mim.

No mesmo dia sou surpreso com sua presença ali no apartamento, ele havia ido buscar o celular, eu me senti mais sem graça ainda pela situação da madrugada anterior, então o convidei para almoçar comigo, não apenas por gratidão, mas para ficar um pouco mais perto dele.

O almoço foi ótimo, e muito simples, para ser mais exato. A primeira garrafa de vinho havia acabado, então abri outra. A tarde estava perfeita, a companhia dele me fazia muito bem, eu me senti vivo novamente, me esqueci do trabalho, das missões, da Emily, eu era apenas um homem feliz novamente. Como já estava ficando tarde e ele queria ir embora, tentei ter um tempinho a mais com ele e logo pulei na piscina o chamando para pular também. Ali decidi saber mais sobre sua vida, e logo depois ele perguntou sobre a minha, eu ja tinha um roteiro completo na ponta da língua, mas com ele decidi ocultar menos a verdade, afinal eu precisava conversar um pouco sobre minha vida, mesmo que de uma forma bem resumida e ocultando algumas verdades.

Por um momento o olhei e não conseguia parar de fixar meu olhar ao dele, mas voltei a realidade lembrando que eu não poderia me apegar a ele, não era seguro para ele e nem para mim, então saí da piscina e fui tomar um banho e pegar uma roupa de baixo para Charlie. O ponto alto do meu dia foi quando o vi vestindo a roupa por baixo da toalha, e por um momento de descuido, Charlie deixou a toalha cair, ficando totalmente nu ali na minha frente, ele era mais gostoso pessoalmente do que na câmera, meu pau começou a dar sinal, mas me controlei. Depois que ele partiu recebo uma mensagem dele me chamando para passar o dia seguinte com ele, como ele viveu minha vida por um dia, ele queria que eu vivesse o dia dele por um dia também, pensei um pouco a respeito, mas acabei topando no final.

O dia seguinte se seguiu ótimo, Charlie levava uma vida simples. Enquanto estávamos deitados no lençol de piquenique, lembrei de quando o Jason disse que sentia por não me mostrar a simplicidade da vida, mas nao me entristeci, pois a pessoa que estava ali comigo estava me mostrando muito bem isso. Foi aí que percebi que eu estava gostando de Charlie, meu coração palpitava rápido e eu não parava de sorrir com ele, mesmo sem querer, eu estava ficando completamente louco por aquele garoto.

Durante a noite ele foi me deixar em casa, mas eu quem fui dirigindo, e em um determinado momento percebi que estávamos sendo seguidos, como eu nao queria colocar Charlie nos meus problemas, acelerei o carro para despistar, mas o carro de trás nao desistia, foi entao que fiz uma virada brusca no carro ficando de frente com o outro, quando o motorista foi saindo eu nao acreditei que era o Henrique, entao fui o mais sínico possível com ele, mas Charlie preferiu conversar com ele a sós. Quando percebi que Henrique começou a se alterar com Charlie, eu rapidamente fui para cima dele, e com a relutância que ele estava, tive que o desacordar.

No caminho para casa acabei discutindo com Charlie por conta do Henrique, ele estava preocupado com ele, aquele filho da puta fudeu com a vida dele e ele estava preocupado se eu tinha o machucado ou não. Eu simplesmente me irritei com Charlie, eu gostava dele mas ele só queria saber do Henrique, então falei algumas verdades para ele e fui para o meu apartamento sem nem olhar para trás.

Foi melhor assim, eu não podia me apegar a Charlie, e aquilo me ajudou a suprir meu sentimento e tocar minha vida, minha vida fria e solitária.

Os meses foram se seguindo e quando eu vi já era natal, não vi minha família, não vi amigos, a única pessoa que estava ali comigo era completamente diferente da que eu queria que estivesse. Aquilo me doeu, eu queria poder sorrir com Charlie, eu nunca nem o beijei e já sentia aquele sentimento forte por ele, aquilo me fez tão mal que um dia após o natal já recebi uma missão, mas eu simplesmente sumi do mapa. Sem ISE e sem Emily, eu queria acabar com tudo e fugir de vez, mas meus pais me incentivaram a continuar, mas mesmo assim sumi por alguns dias para esfriar minha cabeça.

Depois de duas semanas voltei para a ISE e nem dei explicações, apenas disse que eu precisava de uma folga, ouvi bastante de Mark, mas nem liguei, e Emily fingindo preocupação, veio toda meiga. Depois de mais duas semanas Emily e eu estávamos aguardando um taxi na portaria do prédio para ela ir embora "trabalhar" na base. Por um momento um misto de surpresa e nervosismo tomou conta de mim quando vejo Charlie próximo ao prédio, mas que de imediato o chamei. Ele estava lindo como sempre e cheio de vergonha, apresentei ele a Emily e percebi que ele ficou meio incomodado com a presença dela, o que me deixou muito feliz, eu mais do que ninguém sei decifrar as emoções das pessoas através de seus atos. Charlie mau falou conosco e já foi embora, eu simplesmente não conseguia dizer nada.

Terminei o dia resolvendo alguns assuntos da empresa e chegando a noite recebo um envelope confidencial das próprias mãos do proprietário do prédio, o envelope estava aos meus cuidados. Fui abrindo o envelope e quando vi um mandado de morte para Charlie, quase fui ao chão. O que eu mais temia havia acontecido, eu havia exposto Charlie ao perigo e comecei a chorar imaginando coisas horríveis, mas me aliviei quando vi um bilhete dizendo que ele estava bem, que tinha conseguido se salvar, mas minha furia foi quando vi que o mandado tinha partido por ordem de Emily. Naquele momento eu não pensei duas vezes, me livrei do meu celular de contato com a ISE, saí de casa e coloquei vários atiradores para proteger Charlie e sua família e eu ficaria apenas o observando a distancia. Eu fugi da ISE, e recusei o pedido do meu pai de continuar agindo como agente duplo, eu me apaixonei por um inocente e expus meu garoto ao perigo, aquilo foi a gota d'água, então me rebelei.

Quatro meses se passaram e eu ainda vigiava Charlie, e em certo dia recebi uma mensagem anônima.

"Casa do amigo de Charlie, Emily está lá. Vá agora, Charlie está em perigo"

Fiquei meio desconfiado com aquela mensagem, mas eu tinha que pagar para ver, mesmo se fosse uma armadilha, então mais que de imediato vou a casa de Gabriel. Quando de longe eu vi os dois amarrados em uma cadeira com Emily apontando uma arma para eles, então fui para onde eles estavam.

Depois de matar três agentes, fui salvar Charlie e seu amigo. Quando vejo Emily, sem pensar duas vezes vou para cima dela descontar toda minha furia desde o dia em que descobri sobre sua traição, eu não iria a matar, então apenas a acorrentei a um ferro que se encontrava na lavanderia. Salvei os garotos e os tirei daquele lugar mais rápido possível antes que aparecessem outros agentes.

No carro eu não dizia nada, apenas via que eu já não poderia esconder mais nada de Charlie, eu teria que contar toda a verdade quando chegássemos ao meu apartamento. Confesso que tirei um peso enorme das costas assim que eu lhe disse toda a verdade, ele ficou surpreso e abalado, mas também não era para menos. Quando fugimos do apartamento e ficamos em uma perseguição de carro, eu precisaria de toda a ajuda de Charlie, mas quando eu vi ele já estava em pânico, então sem pensar mais, eu o beijei. Deus, como eu queria aquele beijo, eu necessitava daquilo, eu percebi quando ele voltou a realidade, mas eu queria apenas continuar o beijando.

Depois de conseguirmos eliminar os outros agentes, seguimos para um esconderijo que eu tinha em outro estado. Enquanto Charlie e Gabriel dormiam no carro, eu apenas pensava em como seria dalí para frente, eu não tinha nenhum plano em mente e eu precisava cuidar de Charlie, precisava pensar em como proteger os pais de Charlie e em como dizer sobre a ausência dele, então liguei para dois agentes e pedi para que eles fossem até a casa dos pais dele e repassarem a informação que eu iria lhes passar.

Quando chegamos a cabana eu já estava muito cansado, Charlie e eu ficaríamos no mesmo quarto. Logo tratei então de deitar na cama e quando me senti leve, dormi. Algumas horas depois sou acordado com um som de tiro e mais que depressa vou ver o que se passava, vejo Charlie praticando tiro nos fundos da casa, fiquei alguns minutos o observando de longe e achando uma graça aquele garoto sem habilidade alguma segurar uma arma, então fui até ele e o abracei por trás e fui explicando o manuseio. Depois de pouco tempo de treinamento acabamos tocando no assunto do beijo, mas eu ja não aguentava mais apenas querê-lo, então o beijei novamente e explorei cada parte daquela boca, a chuva que veio logo em seguida só deixou tudo mais gostoso, mas logo entramos. Debaixo do chuveiro beijei Charlie novamente e transamos ali mesmo, ele me deixava com um puta tesao, aquele sexo estava mais que gostoso, era como se eu não transasse a anos, eu so queria aquele corpo cada vez mais, queria aquela boca colada a minha o tempo todo, por mim eu ficaria ali dentro dele para sempre. Eu não iria mais largar meu menino, eu fiquei completamente apaixonado por ele e ele por mim, eu o protegeria a qualquer custo, naquele momento eu era dele e ele era meu.

Ali deitados, Charlie adormeceu em meus braços, e depois de um bom tempo passando a mão em seu cabelo o vendo dormir, me levantei, coloquei uma bermuda e fui ate a cerca de madeira bem no crepúsculo daquele dia, a brisa fresca depois da chuva só deixava aquele momento mais gostoso ainda. Estava refletindo, pensando na vida quando ouço uma voz se aproximando e ficando ao meu lado.

-é lindo né, acalma qualquer problema. -disse Gabriel olhando o por do sol.

-é sim, e eu realmente precisava disso.

-e como vai ser agora? -ele agora virava seu olhar para mim.

-agora preciso proteger vocês dois e pensar em algum plano.

-to falando de você e do Charlie, sabe que ele é louco por você né?

-sei sim, e eu estou completamente apaixonado por ele. Eu não queria que fosse assim. -disse agora o olhando também.

-eu sei que não foi intencional Marcelo, eu tenho a mente muito aberta. Acredito em você.

Antes mesmo de eu responder Gabriel apóia seu braço em meu ombro.

-cuida do meu maninho, e não precisa carregar esse acontecimento todo como um fardo, pois você não tem que nos proteger, somos uma equipe agora brother. -ele tira o braço e damos um aperto de mão em sinal de concordância.

-obrigado pela compreensão, de verdade. -ele apenas fez uma confirmação com a cabeça e com um leve sorriso foi saindo.

-há...só para ficar clichê, se você magoar o Charlie, eu acabo com você. -ele da uma gargalhada e continua andando.

Eu não consegui não rir daquilo, mas realmente eu já tinha magoado bastante o Charlie, agora eu só quero fazê-lo feliz. Fiquei mais alguns minutos ali, mas antes de entrar fiquei relembrando daquele envelope que eu recebi no meu apartamento a quatro meses atrás. Quem teria me mandado aquela mensagem sobre o ataque de Emily a casa do Gabriel? Quem teria me mandado o envelope com as informações sobre o mandado de morte, e por qual motivo? Seja quem fosse, na verdade estava me ajudando, não só a mim mas ao Charlie também. Logo entrei para preparar algo para jantarmos e ficar agarrado com meu lindo.

...

PROJETO CHARLIE - 16.

DIAS ATUAIS

Acordei pela manha com Marcelo beijando minhas costas e alisando minha bunda.

-bom dia safado. -digo virando meu rosto para ele.

-bom dia delicia, eu não consigo resistir a essa bunda pelada virada para mim.

-bom apetite então. -dou uma piscada para ele.

-só se for agora. -ele me vira de uma vez e gruda minhas pernas em seu corpo que ja estava nu.

Ele pegou um lubrificante e foi enfiando um dedo e beijando meu pescoço e meu peito, logo colocou mais um dedo e ficou fazendo movimento de vai e vem.

-vou meter gostoso agora. -disse pegando uma camisinha na escrivaninha.

Marcelo me colocou de quatro e começou a me penetrar, e foi fazendo um vai e vem muito gostoso.

-bom dia casal, o café da manha já está...puta que pariu. -Gabriel nos olha espantado com a cena. -começaram a lanchar bem cedo hem. -disse fechando a porta bem devagar enquanto nos olhava ali naquela posição com Marcelo ainda dentro de mim.

-relaxa, ele finalmente matou uma curiosidade. -eu sorria daquela cena.

-beleza então, porque ainda estou cheio de tesao.

Ficamos mais uns minutos ali e logo gozamos. Fomos para o banheiro, tomamos um banho rápido e fomos tomar café da manhã.

-da próxima vez vocês escoram a porta. -Gabriel faltava engasgar falando com um pedaço de pão na boca.

-uai, você pelo menos matou sua curiosidade de ver dois homens fudendo, como você mesmo diz. -digo sentando a mesa junto a Marcelo.

-mas agora estou precisando é de ver algo que não fique balançando no meio das pernas.

-relaxa, quando der eu te arrumo algumas para redimir pela cena que viu. -Marcelo dizia colocando um pedaço generoso de bolo na boca.

No decorrer dos dias Marcelo ensinava algumas técnicas de tiro e de defesa a mim e ao Gabriel, não sabíamos por quanto tempo ficaríamos naquela cabana e caso acontecesse algo teríamos que estar mais preparados. Vez ou outra eu acordava com o raiar do sol e pela janela via Marcelo espancando um saco de pancada que estava amarrado em uma arvore na grama, era nítida sua concentração em seu treinamento, então o deixava treinando e ia preparar café da manhã. Gabriel costumava sempre acordar mais tarde, mas na maioria das vezes, ele quem preparava nosso almoço. Certo dia acordei e em vez de ir fazer café da manha, fui direto para o quarto do Gabriel.

-acorda mano. -digo pulando em cima dele na cama.

-Charlie vou te dar três segundos para sair ou te jogo dessa cama, odeio acordar de madrugada. -ele falava encolhendo o corpo.

-ja faz tempo que nem deito na sua cama.

-claro, se eu tivesse alguém pra transar todos os dias nem eu teria tempo de deitar com você. -ele se virava e deitava no meu peito. -Marcelo já está espancando aquele saco de novo?

-todos os dias praticamente. Incrível como uma pessoa muda completamente nossas vidas, isso tudo está parecendo novela das nove.

-está me zuando? -ele levanta a cabeça e me olha com ironia. -novela das nove o caralho, novela das nove o povo é jogado de escada, isso aqui esta mais para Quentin Tarantino.

-de fato. -eu ria da comparação dele. -me ajuda no café?

-fazer o que né, já que é para acordar e nao fazer nada o restante do dia, por que não fazer isso as seis da manhã. Há é, Charlie...

-o que? Digo me espreguiçandoele me joga da cama.

Realmente era muito bom ter alguém para dormir junto e fazer um amor gostoso, e Marcelo e eu estávamos pior do que coelho, eu estava cegamente apaixonado por ele, se fosse para passar o resto da vida ali naquela cabana com ele, eu aceitaria com certeza.

Nosso estoque de comida estava acabando e já estávamos a quase um mês isolados naquele lugar, então depois de uma tarde de treino, decidimos ir no dia seguinte comprar suprimentos, então tomamos um banho e caímos cansados na cama.

-como é matar alguém? -pergunto olhando a claridade da noite passar pela janela.

-o que? -Marcelo me pergunta confuso.

-como é para você matar alguém?

-depois de tantas eliminações, vai ficando cada vez mais difícil de responder a essa pergunta. -ele responde chegando mais perto do meu rosto. -mas me diz você que quase matou o Sam naquele hotel?!

-não vale, porque ele não morreu, o que me deixou foi preocupado.

-voce não tem prática, mas sabe se virar em perigo, menos quando fica em choque dentro de um carro em alta velocidade durante um tiroteio. -ele me abraçava e me arrancava beijos enquanto zombava do meu pânico.

Ele então mudou sua feição de repente e parecia um pouco distante e pensativo.

-"O homem de lata não sabia o quanto era sortudo por não ter coração."

-o que? -digo me virando nao entendendo essa citaçao vindo do nada.

-essa era minha frase de reflexão durante alguns anos atrás.

-o que quer dizer com isso? -eu não entendia o que ele queria dizer.

-namora comigo?! -ele virou meu rosto olhando fixamente em meus olhos.

Aquele pedido me pegou de surpresa no meio daquela conversa, mas da minha surpresa veio um sorriso sincero.

-sim, eu namoro. -digo encostando meus lábios aos dele e lhe dando um longo selinho seguido de um beijo calmo e molhado, assim ficamos até pegar no sono.

Na manhã seguinte acordei primeiro que Marcelo e fiquei um tempo o olhando dormir, sorrindo como bobo pelo fato de aquele homem lindo agora ter se tornado meu namorado. Pela claridade que ultrapassava a janela do quarto, pude notar que ainda era bem cedo.

-bom dia amor. -ele abre os olhos e me puxa para um selinho.

-amor, é tão bom ouvir você me chamar de amor, amor.

-mas é isso que você é, meu amor, meu namorado. -ele termina de falar se espreguiçando. -o que acha de em vez de irmos a cidade comprar suprimentos, ficarmos aqui juntinhos nessa cama e morrermos de fome?

-uai, podemos. Mas para fazer um sexo bem gostoso precisamos de energia. -mau termino a frase e ele já se levanta correndo em direção ao banheiro.

-amor vem tomar banho logo senão vamos nos atrasar.

Vou até o quarto de Gabriel para o acordar, mas ele já estava de banho tomado e vestindo roupa.

-caiu da cama Biel?

-mano, já faz praticamente um mês que estamos dando uma de Anne Frank, e para ver pessoas que não seja você e o Marcelo que vivem transando, eu acordo até de madrugada. -ele terminava de abotoar sua bermuda. -se eu ver um par de seios, mesmo por cima da blusa eu já gozo.

-relaxa, mas com esse tempo todo aí sem transar, eu estou com dó é da mina que for sua vítima. -eu sorria vendo a necessidade do meu amigo. -vou tomar um banho e me aprontar entao.

A cidade ficava a pelo menos 40km da cabana, Marcelo encontrou ali realmente um lugar para se esconder. Aquela cabana era tão escondia que eu ficava imaginando como ele a tinha encontrado.

O barulho de buzinas, gritarias, musica e gás carbônico nunca foi tão gostoso para mim como naquele momento, o silêncio do ambiente daquela mata fechada as vezes chegava a ser ensurdecedor. Gabriel parecia um criança em um parque de diversões, ele faltava incorporar o exorcista de tanto olhar as bundas das mulheres que passavam por nós.

Quando Marcelo e eu estávamos saindo de uma loja, já avistamos Gabriel cheio de papo com uma mulher do outro lado da rua, e ele realmente tinha uma boa lábia para pegar mulher.

-estava pensando mesmo em apenas comprar as coisas e voltar, mas o Gabriel precisa de um descanso de nós dois. -Marcelo me dizia enquanto seguíamos para outra loja.

-pode ter certeza disso. -eu já ia caminhando até Gabriel.

-deixa, deixa que eu falo com ele, preciso ver se aquela garota pode ser como a vadia da Fabíola, aquela ultima namorada dele. - ele me entrega algumas sacolas e vai a caminho dos dois.

Ele mau foi até eles e rapidamente já voltava.

-vamos guardar essas sacolas no carro e dar uma volta por aí. Pelo visto vamos demorar um tempo por aqui. -ele piscava enquanto pegava as sacolas da minha mão.

-e como vamos ter contato com ele?

-eu entreguei um celular com rastreador para ele, assim podemos andar tranquilos por aí.

-então isso é um encontro? -digo mordendo timidamente o lábio inferior.

-pode ter certeza que sim meu amor. -ele passava a mão por meu pescoço. -que tal um cineminha, mas o saco de salgadinhos fica no meu colo viu?!

-sem problema.

Novamente optamos por uma comédia, o filme não era muito bom, mas como o cinema estava praticamente vazio, aproveitamos para fazer algumas sacanagens discretas.

Saímos do cinema e fomos até a praça de alimentação do shopping. Enquanto aguardávamos nosso pedido, Marcelo pegou o celular para ver onde Gabriel estava e havia algumas chamadas perdidas dele e não conseguíamos ver sua localização.

-droga, deve que estava sem sinal dentro da sala de cinema.

-e agora, será que aconteceu algo. -pergunto já preocupado.

-será não, com certeza aconteceu. Estamos sendo vigiados. -ele me mostra uma pessoa que estava ao longe. -aquele é um agente da ISE, precisamos sair daqui. -ele então me puxa pelo braço e seguimos em direção as escadas de incêndio.

Quando estávamos descendo as escadas, Marcelo é surpreendido com um golpe pelas costas.

-puta que pariu, Charlie você vigia minhas costas enquanto acabo com esse desgraçado, senão agorinha você vai ter um namorado com a espinha toda fudida. -ele rapidamente partiu para cima do agente que o golpeou.

A escadaria rapidamente virou um campo de batalha. Eu apenas olhava Marcelo brigar e não sabia exatamente o que fazer, logo que ele derrubou o cara, descemos. Quando chegamos a porta de saída e a abrimos, Marcelo me puxa para dentro novamente subindo as escadas.

-o que foi, por que estamos voltando?

-tem pelo menos uns três carros da ISE lá fora, temos que arrumar outra forma de sairmos daqui.

-mas como você sabe que são eles?

-porque de longe pude ver a Emily em pé ao lado de um deles, então vamos sair daqui e achar o Gabriel.

-mas como vamos fazer?

-eu estou pensando.

Olhando ali para cima eu soube exatamente o que fazer.

-me espera aqui que eu já volto. -digo subindo as escadas de incêndio.

-o que está querendo fazer? vou com você, não vou te deixar sair daqui sozinho.

-confia em mim, eu já volto.

-não Charlie, não posso te perder tambem. -ele sugura forte meu braço.

-o quê? -pergunto confuso

ele quase reluta, mas apenas solta meu braço e confirma com a cabeça.

Subo até a parte externa do segundo piso do shopping onde as pessoas poderiam fumar no local.

-o senhor me empresta seu isqueiro por favor?

-claro. -ele retira seu isqueiro do bolso e me entrega, então saio rapidamente em direção a escadaria.

-espera, meu isqueiro. -ouvia ele gritar de longe.

Quando abri a porta Marcelo estava aflito.

-onde você foi Charlie? Nao me mata assim tão cedo não. -Ele me abraçava.

-me sobe no seu pescoço.

-o que?

-me sobe no seu pescoço, preciso alcançar o sensor de fumaça.

-garoto esperto. -ele sorria já me levantando. -vamos sair daqui no meio da multidão.

Com dificuldade tento alcançar o sensor.

-ainda está baixo, não consigo acionar o sensor.

-tenta mais um pouco, você consegue. -ele fazia mais força ainda para ficar na ponta dos pés.

Eu esticava cada vez mais os braços, mas não conseguia ativar o sensor. Eu já não aguentava mais me esticar, até que sinto a água atingir meu rosto, os sensores e alarmes de incêndio do shopping haviam sido finalmente acionados.

-deu certo. -ele me desce e me abraça. -parabéns lindão.

Subimos a escada e já avistávamos varias pessoas correndo pelo local e no meio da multidão saímos do shopping rumo a algum local mais tranquilo.

-e agora, como vamos achar o Gabriel? -vou olhando para os lado para ver se alguém nos seguia.

-pelo menos já sabemos com quem ele pode estar. -Marcelo da um leve suspiro.

Alguns sons de pneus derrapando no asfalto nos fez correr novamente. Eles haviam nos visto saindo do shopping, naquele momento nao tínhamos carros e a arma de Marcelo não seria apropriada para aquele momento, eles já estavam bem próximos de nós.

Um som de helicóptero ecoou pelo céu e uma escada foi jogada para subirmos, a claridade do sol dificultou que eu pudesse ver quem era, os agentes dos carros vendo nossa fuga, começaram a atirar, mas acabou sendo em vão. Quanto mais subíamos, mais minha visão do interior do helicóptero melhorava e aos poucos eu conseguia ver aquele que nos jogou a corda, era Gabriel, mas como ele acabou indo parar naquele helicóptero?

-então... você chorou muito ou pouco quando soube que eu tinha sumido? -Gabriel diz enquanto segura minha mão, me ajudando a adentrar no helicóptero.

-mas como você veio parar aqui? -eu o olhava vendo se ele estava machucado, mas ele estava do mesmo jeito. -quem são eles? -digo vendo outras duas pessoas .

-oi pai, oi mãe. -Marcelo diz assim que adentra o interior do helicóptero.

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Comentários

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Taporra!! Kkkkk

Os pais do Marcelo apareceram na hora certa!

Estou ansioso pra ver a morte da vadi... Ops! Da Emily. Acho que o Lider que deveria matar ela, mostrando assim o traídor que ele é e, dando a ela a lição que ela merece!

Quanto ao tamanho do(s) capitulo(s), sem problemas, sua história é gostosa de ler e nem dá pra perceber o tempo passando!

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