Ivan pegou a foto da minha mão e ficou encarando Danilo. Jorge passou a mão na minha marca de nascença. Jorge aproximou e deu um beijo em cima da estrela. Rapidamente vesti a cueca e calça.
- É linda _ Disse Jorge com uma expressão bastante leve. _ Sua bunda e sua marca.
- Valeu Jorge... Agora porque meu irmão fez isso comigo e com meus pais?
- Eu não sei. _ Disse Jorge entrelaçando nossos dedos. Ele me deu um selinho. _ Se quiser posso tentar descobrir quando ir a Londres daqui a duas semanas.
- Você vai viajar para Londres?
- Vou. Meu pai mandou as passagens de ida e volta. Como daqui a duas semanas é feriado durante os cinco dias da semana.
- Não quero te meter nesse assunto. É vai saber porque o Paulo fez isso.
- Eu acho que vocês precisam conversar. _ Disse Ivan que levantou e colocou a foto em cima do criado mudo. Ivan virou e encarou Jorge e a mim. _ Eu vou indo. Conversem, qualquer coisa Jorge pode te acompanhar até a rua de cima Henrique.
Ivan deu as costas e foi saindo do quarto. Jorge aproximou da janela e viu os dois últimos amigos em seguida Ivan saiu. Aproximei da janela e observei Ivan e os amigos de Jorge andando até o quarteirão.
- Eu estive pensando Henrique. E se eu trocar as minhas passagens por mais duas. Meu pai comprou elas de primeira classe, posso tentar mudar para a econômica. Aí você poderia ir comigo para Londres. O que você acha Henrique?
- Não posso fazer isso com você.
- Não faça isso por mim. Faça pelo Paulo/Thiago. E outra Londres é uma cidade especial... E cidades especiais tem que ser visitada com pessoas especiais.
- Jorge porque depois desses anos todos estudando juntos você nunca se quer deu uma palavra comigo e agora está assim todo amoroso?
- Porque eu tive um sonho. Nesse sonho estávamos a beira de uma Lagoa. Existiam velas e tinha uma toalha xadrez vermelha no chão.
- Dançamos sobre a lua cheia e depois nos beijamos e transamos.
- E eu fiz um/
-\Strip pra mim.
- Quer dizer que tivemos o mesmo sonho. _ Disse Jorge com um leve sorriso_ Desse que tive esse sonho eu não parei de reparar em você. Eu queria tanto te encontrar para explicar, mas final do ano foi tanto agitado. E quando soube que você estava na faculdade Valle eu sabia que tinha que ir atrás de você. Só que eu nunca consegui te encontrar então pensei na festa e deixei que o assunto espalhasse. Só que aí eu vi o Ivan saindo do banheiro e lembrei que ele era seu melhor amigo e fiz o convite. E a Lucy como minha melhor amiga fazia os trabalhos com você para descobrir o que te atraia e se você era gay.
- Eu... Bom sinceramente eu pensei que a Lucy gostava de mim. Ela fazia tantas perguntas. _ Sorri e alisei o rosto de Jorge_ Realmente o destino fez com que aproximamos. Isso parece um sonho Jorge.
- Você é um sonho. E essa sua estrela aí... Nossa, me deixou bastante animado. _ Jorge sorriu e me deu um selinho. _ Posso te perguntar uma coisa?
- Pode sim.
- Você já esteve com quantos?
- Homens?
- Sim.
Não era difícil de pensar. Na minha vida fiquei apenas com dois garotos. O primeiro que fiquei foi Dave Armestrong, o garoto do intercâmbio vindo do Canadá, o outro é o que me fez vários boquetes e eu fiz nele Nicolás Augusto. Nicolás Augusto era meu vizinho, mas estudava em outro colégio. Ele era considerado o Thiago Lacerda de Minas Gerais. Inclusive foi dele que falei com o Paulo.
- Em questão de sexo só um. Mas era oral então nunca teve penetração. Agora quanto a beijar você foi meu terceiro. E você Jorge?
- Já beijei umas treze garotas e quando estive no Rio de Janeiro um garoto me fez um oral. Também não ouve penetração e não beijei ele.
- Jorge... Você é uma pessoa incrível. Você já fez ações sociais e era o melhor jogador de futebol da escola. Você namorou várias garotas bonitas. Mas por que me escolheu?
- Porque você sempre esteve em meus sonhos. E eu fui covarde o bastante para não aproximar de você na escola. E agora só quero a minha chance de ser feliz. E ao lado de quem eu gosto é Henrique eu gosto muito de você.
- Eu aceito.
- Aceita ir para Londres comigo?
- Sim. Tente trocar as passagens e se faltar dinheiro tenho umas economias guardada.
- Não precisa se preocupar. Eu consigo de graça. Meu pai é um homem muito rico. Eu posso pedir a ele qualquer coisa uma grana extra. Ele deposita sempre na minha conta.
- Não quero que gaste dinheiro comigo.
- OK não vou gastar. Mas podemos descer? Estou com fome é preciso preparar algo para comer.
- Eu também estou com fome. Vamos que te ajudo na cozinha.
Jorge aproximou de mim e me encheu de selinhos. Descemos as escadas de mãos dadas. Fomos em direção a cozinha e Jorge decidiu fazer um arroz com passas, frango grelhado e batatas assadas.
□ POV Ivan □
Deixar Henrique e o Jorge juntos foi a melhor coisa possível. Os amigos de Jorge me acompanharam até o quarteirão. Eles pegaram um táxi e em seguida peguei outro. Queria tirar a limpo aquela cena que vi mais cedo. Meu namorado Erick beijando o próprio irmão estava me deixando louco. Fiquei triste em saber que Danilo estava praticamente casado com outro em Londres. Justo no país que eu escolhi morar. Lembro até hoje quando conversei com Danilo após transamos pela primeira vez. Eu disse que iria morar em Londres pois era incrível viver em um país onde nasceram os Beatles e os Rolling Stones. Lembro de Danilo rir, me encher de beijo e dizer que um dia iria morar comigo em Londres. Naquele dia eu fiquei tão feliz que foi a primeira vez que abri para meu melhor amigo Henrique. O táxi parou na entrada da casa de família de Erick. A moto de Matheus estava na garagem. O carro de Erick não estava. Paguei o táxi e saí dele. O carro de Erick foi aproximando e parando dentro da garagem. Dona Emília saiu do carro junto com Erick. Dona Emília é a mãe de Erick e Matheus. Ela ficou viúva há uns cinco meses atrás. Matheus que morava em São Paulo voltou para Divinopolios depois da morte do pai. Dona Emília sabia do meu namoro com Erick.
- Olha quem está aqui. _ Disse dona Emília aproximando e me dando um forte abraço. _ Como você está Ivan?
- Muito bem. E você como está?
- Indo... Hoje eu recebi olhares de um homem maravilhoso. O Erick morreu de ciúmes, mas eu não ligo.
- O que faz aqui amor? Eu ia te ligar agora mesmo.
- Senti saudades. E precisamos conversar.
- Então vamos entrar. _ Disse dona Emília que foi entrando carregando as sacolas._ Eu fiz pão de queijo.
Dona Emília foi entrando. Erick me abraçou pelos cintura e beijou meu pescoço.
- Você e seu irmão se pegam?
Erick parou naquele mesmo instante. Ele me olhou bastante assustado. Virei e notei o pavor do olhar dele.
- Eu vi o beijo na última fileira da livraria no segundo piso.
- Ivan! Eu... Eu...
- Porque?
- Desde os meus 16 anos acontece. Mas Ivan eu te amo de verdade. Aquele beijo foi errado.
- Qual a sensação desse caso incestuoso?
- Da uma sensação segurança e prazer. Só que eu só senti essa sensação duas vez. Com o Matheus e com você. Ivan eu te amo e o beijo que você viu foi o último. Meu irmão basicamente me obrigou aquele beijo.
- Eu tenho uma certa curiosidade.
- Qual curiosidade?
- Sobre caso incestuoso Erick. Como começou? Por que começou?
- Tudo começou quando eu tinha dezesseis anos. Matheus tinha dezenove. Ele estava na faculdade e eu estava passando para o terceiro ano do ensino médio. Nossos pais tinham saído para uma festa e estávamos os dois sozinhos. Tava passando um filme do James Bond na TV quando teve uma cena quente entre o senhor Bond e a Bond Girl. Fiquei excitado assistindo aquela cenas. Meu pé sem querer encostou no dele e ele também estava visivelmente excitado. Ele me puxou para o colo dele é e me beijou. Eu sabia que aquilo era errado, mas a sensação de segurança e o prazer me deixou em êxtase. Fomos ficando até ele mudar para São Paulo. Quando ele mudou para São Paulo eu já estava no meio da faculdade foi quando conheci você e posso ter me formado já e estou trabalhando na minha área, mas a melhor coisa na minha vida foi conhecer você é namorar. Eu te amo Ivan.
- Eu também Te amo Erick.
- Erick a mamãe. _ Disse Matheus saindo de casa e ao me ver sorriu sem graça. _ Mamãe está dizendo que a mesa do café está posta.
- Nós já estamos entrando Matheus.
- Oi Ivan. _ Disse Matheus. _ Quanto tempo.
- Pois é ne? Eu estou conversando com meu namorado. Já vamos entrar.
Matheus voltou para casa. Erick pegou meu rosto e me encheu de beijinhos demorados. Alisei o rosto de Erick. Erick sempre foi muito bonito. Ele roçou o nariz dele no meu.
- Vai dormir aqui comigo?
- Se você me levar em casa para buscar o trabalho e depois me levar para a faculdade eu durmo sim.
- Então você vai dormir.
Erick e eu demos as mãos e entramos na casa dele. Dona Emília e Matheus estavam sentados lanchando. A TV estava ligada e Dona Emília assistia a novela e comentava com Matheus. Erick é eu sentamos e começamos a lanchar. Matheus volta e meia olhava para mim e para o Erick. Após o lanche assistimos ao filme que passava na TV. Matheus foi o primeiro a ir dormir, depois foi a vez de Dona Emília. Os créditos já subiam quando Erick me da um beijo demorado. Ele acaricia minhas costas e sinto seu membro excitado roçando em minha perna.
- Vamos pro quarto?
- Sim.
Erick desligou a televisão e levantei do sofá. Fomos andando para o quarto dele que ficava no primeiro andar. Abri a porta e fui tirando minha camisa, meu sinto, tirando meu sapato e minhas meias. Erick fez o mesmo. Abri meu zíper e abaixo meu Jeans ficando apenas de cueca. Erick aproximou e alisei meu corpo e me beijou. Aquela pegada dele estava empatada com a pegada de Danilo. Erick me prensou na parede e desceu beijando meu pescoço passando a língua sobre meu peitoral. Ele apertou minha coxa e seu pequenas lambidas na minha virilha. Erick foi mordiscando meu volume de leve. A excitação era inevitável. Empurre Erick que caiu na cama. Mordi meus lábios e andei até a cama. Desabotoei o Jeans dele e tirei do corpo deixando apenas de cueca.
- Você sabe que eu amo esse lado selvagem.
- Você ama?
- Muito meu amor.
- Eu tenho uma proposta.
- Pode mandar.
- Já que você me ama e quer dar um ponto final na relação com seu irmão... Porque não chama ele para fazermos sexo juntos. Assim você faz o último sexo com ele sendo que eu estaria junto autorizando. E depois de hoje vivemos nossas vidas. E aí? O que você acha Erick?
▪ Fim POV Ivan ▪
Estávamos na cozinha. Jorge estava terminando de preparar as carnes. O arroz já estava pronto e as batatas estavam assando. Eu tinha terminado de fazer a salada. Jorge pegou duas taças e colocou na mesa.
- Gosta de vinho Henrique?
- Acho melhor que cerveja. Mas eu tomo os dois.
- Tinto ou suave?
- Me surpreenda.
Jorge sorriu e pegou uma garrafa de vinho no armário. Aproximei do fogão e reparei em Jorge fazendo as carnes.
- Onde aprendeu a cozinhar?
- Com meu pai. E seu irmão me deu algumas aulas também. Ele me ensinou a fazer um doce maravilhoso. Disse que era o preferido do falecido irmão dele. Bom agora penso que deve ser seu doce favorito.
- Somente minha mãe e o Paulo sabiam do meu doce favorito. Meu pai nunca importou muito.
- Eu fiz seu doce favorito hoje como sobremesa no almoço. Sobrou se quiser podemos comer juntos.
- Qual meu doce favorito Jorge?
- Torta de limão com granulado.
- É você acertou.
- Segundo o Thiago. _ Jorge desliga o fogão e me encara. _ Quer dizer o Paulo. O granulado deixa a torta com um gosto melhor e fez sentir.
- Borbulhas no estômago.
- Isso mesmo.
Jorge me pegou pela cintura e beijou meus lábios suavemente. Alisei as costas dele. Ele segurou a minha cintura e nosso beijo foi ficando cada vez mais intenso. Nos olhamos e parando o beijo. Jorge aliso meu rosto e mexeu no meu cabelo.
- Você é muito fofo Henrique. Estou disposto a te fazer feliz.
- Do que você está falando?
- Quer namorar comigo?
•○ Continua ○•
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Geomateus: Obrigado por comentar. Aí está o segundo capítulo. Beijos.
Martines: Tem muita história pela frente. A história de Paulo/Thiago só está começando. Jorge realmente ficou louco pela estrela de Henrique. Ivan é muito inteligente. Ele calcula cada passo que dá. Obrigado por comentar. Espero que goste desse capítulo 2. Beijos.
Valtersó: Fico feliz que esteja gostando do início. Tem muita história por aí. Vou continuar sim. E qualquer crítica é bem vinda. Obrigado por comentar e aguarde os próximos capítulos. Beijos.