Os primos do interior. V

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 3044 palavras
Data: 25/05/2017 14:39:24
Última revisão: 25/05/2017 15:05:14

- Fabinho? - disse João queimando a boca com a carne.

- vim só deixar uma lembrancinha pra tua vó. - disse ele com uma embalagem nas mãos.

Fabinho estava com o olho inchado, e algumas escoriações no pescoço.

- ela não chegou ainda. - joão respondeu calmo.

- você entrega pra ela? - disse Fabinho passando o embrulho.

- claro. - respondeu João.

- eu posso ficar pro almoço? Não almocei nada ainda. - perguntou Fabinho.

Mateus lançou um olhar de desaprovação, mas João não teve como negar ao pedido de Fabinho.

- claro. - disse João. - você quer sentar com alguns primos meus?

- quero. - disse Fabinho.

Mateus não concordou com a atitude do primo, mas havia prometido pra si mesmo que não iria mais se meter no assunto.

João apresentou Fabinho aos demais, e deixou o menino a vontade.

- primo? - disse João retornando à churrasqueira.

- fala primo. - disse Mateus.

- eu não podia dizer não.

- você ta falando de que primo? - Mateus se fazia de desentendido.

- você sabe Mateus. Tô falando do Fabinho.

- ah! É disso? A casa é tua primo, você tem todo direito de receber seus convidados. - Mateus dava atenção ao primo, porém não tirava os olhos da carne.

- eu não o convidei, mas também não tive cara pra expulsa-lo.

Mateus virou-se para João.

- por mim, sem problemas. - Disse olhando nos olhos do primo. - Carne, tio? - perguntou ao Abdias que apareceu com um prato igual uma montanha.

- por favor. - respondeu Abdias. - Num ta comendo porque João? - Abdias se dirigiu ao filho.

- vou já comer pai. - disse João sem desvia os olhos de cima do primo.

Após encher o prato, Abdias deu um leve tapa no ombro do filho, e retornou à mesa.

João observava atentamente ao primo. Cada gesto, cada movimento... Ele não queria assumir, mas no fundo o primo tinha alguma qualidade que lhe agradava.

- não vai querer comer agora mesmo? - perguntou Mateus mais uma vez.

- vou. - João confirmou.

- aceita minha opinião? - disse Diogo chegando de supetão por trás do primo.

- aceito sim primo. - respondeu, João.

- vai de filé mignon. Ta uma delícia. - disse Diogo abrindo uma latinha de cerveja.

- certo. Então vou querer do filé mignon. - sorriu, João.

- quer que eu fatie? - perguntou Mateus.

- quero sim primo.

- João? - era a voz de dona Carla.

João não teve dificuldade de localizar a mãe entre os parentes.

- senhora mãe? - gritou de volta.

Dona Carla caminhou ate onde estava o filho.

- seu amigo esta aí. - disse a mãe de João.

- O Alex?

- esse mesmo. - disse ela.

- manda ele entrar mãe. - disse, João.

- já mandei. Ele ta na mesa do Rafael.

- beleza mãe. Vou só me servir aqui e to indo lá.

- mais primo? - perguntou, Mateus.

- não, não. Ta ótimo. - dispensou, João.

Assim que pegou da carne, João foi ate a cozinha e terminou de se servir com arroz, farofa, vatapá e vinagrete. Em seguida, o menino foi falar com Alex, que o cumprimentou com um abraço.

- por que tu não me ligou cara? Eu tinha ido te buscar. - brigou, João com o amigo.

- já te dou muito trabalho durante a semana. - sorriu Alex.

- nada mano. Você me ajuda demais. - disse João. - Pessoal, o almoço ta servido viu!? - João comunicou a todos que estavam na mesa.

- tu não ta me devendo nada não primo? - disse Ananda fazendo mimo.

- ihh. Lá vem ela primo. - disparou Rafael.

João sorriu.

- não sei prima. Tô te devendo? - João fez cara de pensativo.

- com certeza. Cadê meu suco? - perguntou a garota.

- putz! - exclamou João. - esqueci do suco, mas faz assim: Vai la fazendo teu prato que eu vou trazer um suco aqui pra nós.

A menina sorriu e deu um beijo no rosto do rapaz: Fabinho ficou um pouco constrangido.

- bom João, me diz como funciona aí os comes e bebes. - disse Fabinho levantando-se da mesa.

- você pega um prato la na cozinha, e pode se servir à vontade. Provavelmente vai ter uma fila, mas é coisa miúda.

- miúda? - Indagou Yasmim apontando para a fila que estava dando voltas no jardim.

- Caralho! - exclamou Rafael.

- qual é o teu conceito de miúda João? - Alex tirou onda.

Todos riram.

- eu vou encarar. Ainda nem tomei café. - disse Fabinho. - alguém vai me acompanhar? - perguntou o ex de João.

- vou com você boy. - Yasmim falou levantando.

Yasmim era branquinha, tinha em médias 1,65. Seus cabelos eram castanhos, e estavam sempre presos em um rabo de cavalo. Naquela tarde ela usava um short jeans, e uma camiseta folgada.

Fabinho e Yasmim saíram de braços dados.

João disfarçou o ciúmes.

- vocês não vão? - perguntou João.

- agora não primo. - disse Ananda.

- ta parecendo a fila do jardim de infância. - Riu, Rafael.

- e o André? Não vem? - perguntou João.

- vai chegar daqui a pouco. - falou Rafael.

- beleza! E tu Alex, vai querer agora?

- vou sim. - respondeu o tímido rapaz.

- então vai la. - disse João.

- eu vou ficar só na fila? - perguntou, Alex.

- puta que pariu. - João riu. - Bora lá. Vou ficar na fila contigo. - disse o rapaz passando o braço ao redor do ombro de Alex.

- o que ele ta fazendo aqui? - Alex perguntou enquanto caminhavam em direção à fila.

- Fabinho?

- isso.

- não sei mano. Chegou aí do nada.

- ele deve gostar muito de você. - disse Alex.

- gosta nada cara. Se gostasse, não teria avacalhado comigo.

- carne é fraca, João. Tenta ouvir o lado do cara.

- não Alex. Vai ser difícil eu esquecer o que vi dentro do banheiro.

- tem que superar cara.

- por que ta querendo me convencer a perdoar o Fabinho? Foi ele que pediu pra tu falar comigo?

- não. Nem conversei com ele esses dias, mas eu acho que todo mundo merece uma segunda chance.

- eu daria uma segunda chance se ele tivesse assumido o que fez. Mas ele continuou mentindo. Se eu não tivesse descoberto, ele nunca iria parar. Continuaria me traindo.

João e Alex conversaram por um bom tempo, até retornarem à mesa com a comida e o suco. André, primo de João e dos outros, já havia chegado e tomava vodka na mesa.

- e aí safadão. - disse André ao ver João.

- achei que tu não fosse vir pro aniversário da tua vó. - João sorriu e abraçou o primo.

- falando em vó, cade aquela vea mesmo? - perguntou, André tomando mais um gole da bebida.

- ainda não chegou.

- me explica como é o aniversário de uma pessoa que não esta presente. - disse André.

Todos riram.

- A tia Zélia foi buscar ela. - disse Yasmim quase colada no Fabinho.

João fingia não ligar, mas no fundo Fabinho sabia que ele ainda o amava.

- ah sim. - finalizou João antes de voltar à churrasqueira.

- já almoçou primo? - perguntou João parado de frente à imensa churrasqueira de alvenaria.

- ainda não primo. - respondeu Mateus com o rosto sujo de carvão.

- você quer que eu faça um prato pra ti?

- eu quero sim, por favor. - respondeu o primo do interior.

- completo, ou tem algo que tu não goste?

- completo. - disse Mateus.

- beleza. - respondeu João indo até à cozinha.

- primo. - gritou Mateus.

- oi. - disse João virando para o primo.

- capricha ta? - pediu o rapaz do interior.

- pode deixar primo. - João sorriu e se retirou.

Enquanto fazia o prato de Mateus, João foi surpreendido por Bernar.

- e aí João. - disse o filho do dono da distribuidora tocando no ombro de João.

- fala Bernar! Chegou na hora certa. - disse João referindo-se à imensidão de comida preparada na mesa.

- a melhor hora. - Bernar sorriu.

- pega um prato ali no armário e mete bronca. - disse João.

- aonde fica? - perguntou Bernar.

João apontou.

- beleza. - disse Bernar.

Dona Carla, mãe de João, entrou na cozinha com o objetivo de verificar se seria necessário preparar mais comida.

- tarde dona Carla. - disse Bernar a cumprimentando.

- oi meu filho. Tudo bom? - disse a dona da casa lhe dando um beijo no rosto.

- tudo ótimo, e a senhora?

- comigo, tudo bem também. - disse ela. - fique a vontade.

- obrigado. - disse Bernar já com o prato em mãos.

- João, será que precisa fazer mais alguma coisa? - perguntou, Carla abrindo as panelas.

- eu não sei mãe. A senhora acha que precisa? - perguntou, João finalizando o prato de Mateus.

- tô achando esse arroz pouco. - disse ela segurando o queixo como se estivesse pensando em fazer ou não o arroz.

João aguardou Bernar servir seu prato, e em seguida levou o amigo à mesa dos primos.

- Galera, esse aqui é o Bernar. - disse João.

- Ola Bernar. - disse Ananda.

- beleza. - disse o rapaz.

- esses são meus primos Ananda, Yasmim, Rafael e André. Esse aqui é um amigo da faculdade, Fábio. - nesse momento o sorriso do Fábio sumiu. O rapaz achava que sua presença ali fosse mudar algo. - e o Alex tu já conhece né!?

- tudo bom Alex? - disse Bernar cumprimentando o rapaz.

- bem. Graças a Deus! - respondeu Alex

- senta aí Bernar. - disse André oferendo uma cadeira.

- Opa! Valeu. - disse o menino colocando o prato e o copo sobre a mesa, e descansando o braço.

Vendo que Bernar já estava bem familiarizado, João foi deixar o prato de comida do primo Mateus.

- desculpa a demora. - disse se desculpando.

- '' ara '' primo. Demorou nada não. - disse Mateus pegando o prato de comida.

- qual carne tu vai querer? - perguntou João. - agora eu te sirvo.

- ta certo primo. - Mateus sorriu. - eu quero alcatra.

- quer que eu fatie? - perguntou João, após espetar a carne.

Mateus sorriu.

- '' ara '' ta rindo de que primo? - João perguntou confuso.

- tem certeza que tu pegou a carne certa? - perguntou, Mateus.

- essa não é alcatra?

Mateus sorriu e negou com a cabeça.

João fez mais uma tentativa, e outra vez errou.

- essa daí é fraldinha. - disse Mateus desatando a rir.

Mateus tentou ajudar o primo, e ambos seguraram o garfo de espetar a carne ao mesmo tempo. Os dois se olharam quietos, e envergonhado, João soltou o garfo rapidamente.

- eu vou voltar pra minha mesa. - disse João.

- ta. - Mateus ficou sem jeito.

João pegou uma latinha de cerveja na freezer, e pensando no que havia ocorrido voltou à mesa dos primos.

- ta tudo bem? - Alex perguntou ao pé do ouvido.

Mudo, João negou, usando apenas a cabeça.

- o que houve? - perguntou o amigo.

- ta acontecendo algo estranho. - disse João tomando da cerveja.

- o que? - perguntou Alex.

- não sei ao certo, mas... eu acho que... to sentindo algo pelo meu primo caipira.

- qual primo? - perguntou Alex.

- o la da churrasqueira. - respondeu João.

Disfarçadamente, Alex olhou para a churrasqueira.

- o barbudo? - perguntou.

- é. - disse João.

- caralho. Que cara gostoso.

- mas não é isso que me chamou atenção nele.

- é o que então? - perguntou Alex.

- eu não sei mano. Ele tem algo que me deixa petrificado quando estou perto dele. - de longe, João via o primo,com muito bom humor, servir os convidados.

- vamos fazer uma jogatina? Quem topa? - convidou, André.

- to dentro. - respondeu Fabinho.

- joga presidente Fábio? - perguntou Yasmim.

- nunca joguei não, mas se você tiver paciência pra me ensinar, aprendo rápido. - o rapaz sorriu olhando pra garota.

- ótimo. Quem mais? Você joga Bernar? - perguntou Rafael.

- jogo sim. - respondeu o garoto de 22 anos.

Bernar era branco, tinha em torno de 1,75 de altura. Seu corpo era todo liso com uma carpa desenhada no ombro, e um tribal na panturrilha. O menino tinha os cabelos louros e olhos azuis, havia puxado pra família do Paraná.

- e tu, Alex? - perguntou André.

- não sou muito bom não, mas eu jogo. - respondeu Alex sorrindo.

- Beleza. Onde é que ta ficando o baralho primo? - perguntou André.

João estava no mundo da lua.

- João? - Alex cutucou o rapaz.

- hã? - perguntou João.

- o André ta perguntando pelo baralho.

- baralho? Que baralho? - disse confuso.

André riu.

- o baralho do tio Abdias primo. Tu sabe onde ta? - perguntou, André.

- ah sim! Sei não primo, mas a mãe sabe. Fala la com ela. - disse João.

- beleza. - disse André levantando da mesa.

- traz mais cerveja André. - pediu Rafael.

- tem empregada não vagabundo. - André saiu rindo.

No momento em que André procurava pelo baralho, Bernar fazia seus drinques pra galera da mesa. Um certo tumulto na entrada da casa, era sinal de que a aniversariante estava chegando.

- eu achei que a vó iria fazer igual aquelas noivas infiéis que fogem na hora do casamento. - disse Ananda.

Todos riram.

João olhou para Fabinho, e este entendeu a indireta.

Os primos levantaram e foram parabenizar a avó.

João deu um abraço apertado na senhora, e depois lhe entregou dois embrulhos.

- é um meu, e o outro foi um amigo que trouxe pra senhora.

- traga mais amigos. - disse a senhora com um sorriso enrugado na face.

João deu um beijo na bochecha da velhinha, e depois voltou à mesa.

André embaralhou as cartas, e dividiu entre os quatro jogadores.

Yasmim fazia questão de explicar o jogo do presidente ao Fabinho. João não sentia raiva da prima, por dois motivos: Primeiro ela não sabia do lance deles dois. Segundo que Fabinho realmente era um cara atrativo. Filho de família nobre, morava sozinho as custas dos pais, que haviam ficado administrando as terras no interior do Estado.

Fabinho possuía tudo o que uma pessoa poderia querer, porém tinha um defeito grande: ser infiel.

No final da tarde os convidados começaram a se despedir. Os primos foram os últimos a deixarem a casa.

- espera Alex. Eu vou te deixar em casa. - ofereceu-se João.

- eu levo ele. - disse Fabinho. - é meu caminho mesmo.

- e aí Alex? - perguntou João.

- posso ir com o Fabinho. Tu deve ta cansado João. - disse Alex.

- eu to de boa, mas você quem sabe. - disse João dando um abraço no amigo. - valeu por ter vindo.

- eu que agradeço. Foi uma tarde muito agradável. - disse o amigo.

- tu pode me esperar dentro do carro, Alex? - disse Fabinho.

- claro! - respondeu Alex. - Ate amanha João.

- até. - disse João.

Fabinho destravou o carro, e Alex entrou.

Já era noitinha de domingo. A rua estava movimentada por familiares fazendo caminhadas, indo à missa, ou simplesmente ocupando a praça que ficava em frente a casa de João.

- a tarde foi ótima. - Fabinho disse calmamente.

- foi sim. - João respondeu.

- você pensou na gente? - Fabinho olhava para o chão. Talvez faltasse coragem de olhar João nos olhos.

- pensei. - disse João.

Fabinho pareceu esperançoso.

- e então?

- não vai ter mais a gente daqui pra frente. Cada um pro seu lado Fabinho.

- não consegue mesmo me perdoar?

- eu não consegui foi esquecer.

- me pede uma coisa. - disse Fabinho.

- como assim uma coisa? - João estranhou.

- qualquer coisa. Pede o que você quiser, que eu faço. Faço tudo pra provar que to arrependido.

- não precisa fazer nada Alex. Só não vacila mais com outra pessoa em um futuro relacionamento.

- não tem essa de futuro relacionamento João. Eu quero é você cara. Estávamos indo tão bem.

- mas você estragou tudo. Você jogou tudo fora.

- eu to arrependido. - Fabinho começava a chorar.

- agora é tarde pra nós dois. Mas aprendemos a lição.

- por favor! Só mais uma chance. - Fabinho suplicou.

João balançou a cabeça em negativa.

- pelo menos me deixa tentar. Deixa eu continuar por perto.

João tentou falar algo, mas Fabinho o atropelou.

- eu não vou desistir. Eu vou provar que podemos da certo. Você vai me perdoar João. Eu sei que vai. - disse o playboy antes de sair cantando pneus.

João viu o amor de sua vida indo naquele carro, e não conseguiu segurar as lágrimas. Fabinho tinha vacilado, e João iria esquecer os dois anos que passaram juntos, mas por enquanto ainda doía muito.

Após enxugar as lágrimas, João subiu para o quarto afim de tomar um banho.

- hey João. - Diogo abriu a porta do quarto e o chamou.

- fala Diogo. - disse João.

- você pode vir aqui rapidão? - Diogo estava apenas de toalha.

João foi ao encontro do primo.

- diga lá. - João perguntou já dentro do quarto.

- é que eu vou dar uma saída, e queria saber se tu pode me emprestar uma roupa tua.

- claro que posso cara. - respondeu João.

- qual eu posso usar?

- dar uma olhada no meu roupeiro. A que você se agradar, pode ficar.

- ta falando serio primo? Eu até já tomei a liberdade de verificar, e gostei dessa aqui. - Diogo abriu o roupeiro com portas de correr, e apontou a roupa de sua preferencia.

- pode ser primo. - João sorriu.

- valeu primão. - respondeu Diogo, dando um abraço apertado no primo.

O chuveiro estava ligado, e João supos que Mateus estivesse tomando banho.

- o Mateus também vai?

- não. Vai só eu. - respondeu Diogo.

- beleza. Qualquer coisa, vou ta no outro quarto. - disse João indo ao quarto de hospedes.

- ta certo primo. - disse Diogo se despedindo do primo.

João entrou no banho, e seu pensamento foi direto no primo Mateus. Lembrou do rosto do primo sujo de carvão, e riu sozinho.

Saiu do banho, colocou um short, ligou a tv e deitou na cama.

Em seu celular não paravam de chegar notificações. João não visualizou nenhuma. Tentou dormir, mas o sono não chegava. Pensou por um bom tempo, e resolveu ir conversar com o primo, até o sono aparecer.

Abriu a porta lentamente, e foi entrando sem fazer barulho.

- Mateus. - disse com a voz baixa.

Mateus já estava deitado. O ronco suave mostrava que ele já dormia.

Sem fazer barulho, João sentou ao lado da cama e velou o sono do primo. Mateus estava apenas de short. João observava sua barriga subindo e descendo devido a respiração. Mais uma vez, o menino pensou em passar a mão no abdômen do primo, mas não teve coragem. Recuou sua mão e apenas admirou a beleza que estava em sua frente. Mateus dormia com uma mão no saco, e outra na nuca.

João decidiu não acordar o primo. Levantou-se e resolveu voltar ao quarto.

- primo? - ele ouviu Mateus chamar.

João olhou para Mateus, que continuava de olhos fechados.

- ta com saudade da tua cama? Quer dormir aqui essa noite? - Mateus convidou quase sussurrando.

O estomago de João corroía. O menino estava ansioso por algo, mas não sabia ao certo que algo era esse.

♫♫♫

Palavras não bastam, não dá pra entender

E esse medo que cresce não para

É uma história que se complicou

Eu sei bem o porquê

Qual é o peso da culpa que eu carrego nos braços

Me entorta as costas e dá um cansaço

A maldade do tempo fez eu me afastar de você

E quando chega a noite e eu não consigo dormir

Meu coração acelera e eu sozinha aqui

Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão

Olhos nos olhos no espelho e o telefone na mão.

Tiê - A noite.

♫♫♫

Continua...

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Comentários

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Sei não ,mas acho q o Alex será mais um traíra .

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Fabinho tentando se redimir... Será que dá pra confiar??

E Alex estava meio estranho. Aí tem!

João tem que tomar cuidado, tem que ir devagar com Matheus. Estou gostando muito. Posta logooooo! ;)

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To amando seu conto. Poste o próximo o mais rápido possível ansioso já kkk

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QUE GRANDE IDIOTA ESSE ALEX TENTANDO FAZER JOÃO PERDOAR A TRAIÇÃO DE FABINHO. QUERIA VER SE FOSSE COM ELE QUAL SERIA A REAÇÃO. TRAIÇÃO É IMPERDOÁVEL. E FABINHO MESMO ALEGOU QUE ERA HOMEM. GRANDE IDIOTA. JOÃO TB NÃO DEIXA DE SER IDIOTA POIS AINDA SENTE ALGO POR FABINHO. DEVE GOSTAR DE LEVAR CHIFRE. PENA DO MATEUS, TODO EDUCADO, SOLÍCITO. ESPERO QUE JOÃO NÃO VÁ USAR O PRIMO PRA ESQUECER DE FABINHO E DEPOIS DAR UM PÉ NA BUNDA DO PRIMO. ISSO SERIA CRUEL DEMAIS. COMEÇANDO ODIAR ALEX, FABINHO E JOÃO. TRÊS GRANDES BABACAS IDIOTAS. GOSTEI DA FALA DA VOVÓ 'TRAGAM MAIS PRESENTES'. VELHINHA ESPERTA.

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Perfeito como sempre, afinal é um conto do Berg não é? Sempre mostrando o melhor.

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Cap. maravilhoso mais o João não deve dar nenhuma chance ao Fabinho......

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