A Batina

Um conto erótico de Um Escritor Amoroso
Categoria: Homossexual
Contém 4559 palavras
Data: 27/05/2017 19:17:29

Caio foi minha inspiração para ir ao Seminário. Ao ver aquele garoto ruivo, esbelto, de pele bronzeada, narizinho arrebitado, rosto arredondado e braços e pernas alongados apesar de sua baixa estatura, no pátio da escola, recitando Isaías com maior eloquência que qualquer padre que eu jamais havia visto, minha fé se reergueu. Eu estava andando casualmente pelo pátio quando de repente ouvi aquela voz, que eu primeiro supus ser de uma garota, falando algo sobre lindos pés, conforme a passagem de Isaías, capítulo 52. Detive-me e o assisti. Não era um padre, nem um pastor, era um garoto, um estudante da escola, assim como eu, num discurso inflamado sobre a palavra de Deus. Alguns garotos se interessaram, outros não. Dos que assistiram à sua pregação, eu fui o último a ir embora. Eu queria ficar até o fim porque a paixão com que Caio falava de coisas celestiais me contagiou.

Quando ele terminou de responder todos os seus questionadores e todos tinham ido embora, me aproximei pra conversar.

— Olá.

— Olá — ele respondeu, sorridente.

— Meu nome é Carlos. — Me apresentei.

— Sou Caio. — Disse ele, chacoalhando minha mão fervorosamente.

— Parabéns, Caio. — Elogiei. — Deus com certeza tem orgulho de pequeninos como você honrando o nome dele.

— Amém, irmão! — exclamou, dando-se conta de que eu compartilhava de sua fé. Ele ficou muito feliz de encontrar um colega que compartilhava de sua fé católica.

Mas o recreio acabou e tivemos que voltar às nossas respectivas classes. No entanto, como cada um sabia ser essa a vontade do outro, nos reencontramos na saída, ao final da aula, e continuamos conversando. Ficamos a tarde toda falando sobre a Bíblia, a Igreja, Tomás de Aquino e Agostinho de Hipona. Foi o que restaurou minha fé de modo tão retumbante que fiquei decidido a ser frade.

— Por que não vem comigo?

— Pra onde? — perguntei.

— À biblioteca. — disse Caio. — Que tal se a gente Tomás de Aquino juntos?

— Agora? — indaguei, surpreso.

— Quando quiser, meu amigo.

— Então vamos agora! — Decidi.

Já estava no final da tarde e a biblioteca logo ia fechar, mas a companhia de Caio era tão agradável que eu não queria deixá-la. Fomos a biblioteca, logo fomos absorvidos pela sessão de filosofia, onde procuramos com ânimo livros de Tomás de Aquino, Agostinho de Hipona e outros teólogos católicos.

Apoiei meus cotovelos na mesa da biblioteca, perdido naqueles olhos verdes. Eu estava fingindo que estava estudando teologia, mas o que eu queria mesmo naquele momento era dar um beijo naquela boca suculenta.

Infelizmente não tive oportunidade para isso. Logo a bibliotecária veio nos dizer que a biblioteca estava fechando e que precisávamos ir embora. Saímos. O sol já estava se pondo. Ali na soleira da biblioteca, nos despedimos.

— Foi uma benção te conhecer, Carlos. Tenho certeza que Deus tem muito orgulho de você.

— Que é isso, Caio. Eu é que invejo a sua fé.

— Dá aqui um abraço, amigo. — com sua habitual empolgação, ele me puxou para perto de si e me abraçou. Aquele corpo quente, meio frágil, meio forte, colado ao meu, me fez ter uma ereção. Fiquei ruborizado e olhei para meu novo amigo. Ele sorriu e se foi.

Sentei no degrau da soleira da biblioteca para disfarçar minha ereção e fiquei observando meu amigo ir embora. Aquele corpo esbelto, aquela tez cor de mogno mexiam comigo. Naquela noite me masturbei pensando em Caio, embora masturbação não fosse um hábito frequente.

Me tornei companheiro de Caio em suas pregações pela escola e frequentemente íamos juntos à biblioteca fazer nossas pesquisas. Foi numa de nossas visitas à biblioteca que Caio me fez uma sugestão que, na verdade, eu já tinha em mente havia muito tempo:

— Carlos, você já pensou em ir ao seminário?

— Caio, você quer ser padre?

— Quero! — ele respondeu empolgado. — Tenho vontade de ser padre, dedicar minha vida ao sacerdócio e viver para Deus!

— Na verdade, eu também. — confessei. Caio apenas sorriu, aparentemente sem se surpreender com minha declaração.

— Então vamos ao seminário juntos! A melhor coisa será estudar tendo você comigo!

Não havia dúvidas. Dois anos depois, eu e Caio estávamos matriculados no seminário de uma universidade católica.

Meu desejo por Caio? Nunca morreu, mas nunca confessei. E nem foi por medo de perder um amigo, foi simplesmente porque o sentimento que eu tinha por ele era tão bom que eu sentia que devia ser algo íntimo meu, maravilhoso demais para ser compartilhado.

Lembro-me de nosso primeiro dia no seminário. O Deão Mário, que seria o responsável pela nossa educação teológica, veio fazer um discurso de boas vindas para uma centena de futuros padres reunidos no anfiteatro da universidade.

— É com grande felicidade e com a benção de Deus que declaro iniciado nosso curso de teologia.

Mário tinha então 35 anos. Era bem alto, tinha o cabelo muito escuro, de uma negritude bonita de se ver, costeletas bem rentes às orelhas, aquele olhar penetrante, os ombros largos e as clavículas saltando por baixo da batina. Gostoso. Muito gostoso.

Foi um momento muito alegre quando recebemos nossas batinas. Ainda éramos leigos, mas a roupa de sacerdote já estava disponível para que nos vestíssemos de acordo com nossas pretenções religiosas. Quando vi Caio usando a batina preta pela primeira vez, não resisti e pela primeira vez elogiei seu físico:

— Você está lindo, Caio. — meu coração acelerou tão logo me dei conta do que havia dito. Será que minha frase exporia meu desejo secreto pelo meu amigo?

Essa possibilidade logo foi eliminada da minha cabeça. Caio sorriu para mim e respondeu:

— Obrigado, Carlos. Você também está ótimo. Sabe o que você parece com essa batina?

— O quê?

— Um homem de Deus.

Fiquei feliz quando soube que no seminário todos os estudantes dormiam em quartos compartilhados. Cada quarto tinha duas beliches, portanto comportava quatro garotos. Eu estava louco para ver a face angelical de meu amigo enquanto ele dormia e de repente ter a felicidade de presenciar uma polução noturna.

Não precisava de tudo isso para me fazer feliz. A nossa vida não era só estudo e oração, tínhamos que cuidar das tarefas comuns do seminário também. Quando tínhamos que cuidar do jardim em dias de sol, por exemplo, eu tinha o privilégio de ver o Deão Mário usando uma regata branca bem colada, com alças que mal cobriam aquelas clavículas gostosas. Eu me perdia olhando o corpo daquele homem, mas não podia me distrair, tentava ser discreto para não atrapalhar meu trabalho e para que ninguém estranhasse o modo como eu o olhava.

Mas a minha empolgação durou pouco. Havia um inspetor que passava a madrugada inteira andando pelo corredor, verificando cada quarto centenas de vezes por noite. Não era permitido aos alunos ficarem fora de suas camas durante o período de sono e nós logo descobriríamos o porquê.

Certa noite ouvimos uma grande bulha no corredor. Curiosos que éramos, Caio, eu e nossos dois colegas de quarto saímos para ver o que se passava. O robusto inspetor puxava pelos braços dois garotos, um deles nu, pelo corredor enquanto todos os outros estudantes os vaiavam e xingavam.

O Deão Mario apareceu no corredor com uma expressão bastante severa.

— O que está acontecendo aqui? — Quis saber ele.

— Esses dois foram pegos em flagrante cometendo pederastia, deão. — explicou o inspetor.

— Pederastia não é tolerada na Casa de Deus, vocês estão desonrando a santidade de nossa instituição com suas práticas diabólicas. — Mário os repreendeu com muita firmeza.

— Lamentável. — comentou Caio. — Como Satanás consegue encher o coração desses garotos desse jeito, fazendo um homem desejar outro homem? Esse é um dos pecados mais abomináveis.

No dia seguinte a notícia de que os dois pederastas haviam sido expulsos do seminário não era nova, estava em ampla circulação. Alguns dias se passaram e noite houve em que estava de olhos fechados, deitado em minha cama e imaginando o corpo nu de Caio, quando percebi que ele se levantou de sua cama. Olhei para ele, assustado.

— Caio.

— Ah, desculpe, Carlos. Achei que estivesse dormindo.

— Aonde você vai?

— Vou ao banheiro.

Ele saiu rapidamente do quarto. Sentei na cama para aguardar seu retorno. O tempo passou. Eu não tinha relógio, mas estimei terem se passado vinte a trinta minutos. Meu amigo não voltava. Sem dúvida estava fazendo algo. O que faria Caio secretamente à noite, fora do quarto? Ele tinha algo a ocultar de mim, o melhor amigo? Eu não poderia acreditar nisso.

Saí da cama e fui procurar meu amigo. Fui ao banheiro, não o encontrei. O primeiro lugar em que pensei que ele poderia estar, então, foi na basílica. Talvez estivesse se ocupando com uma oração noturna. Peguei um atalho que me levaria a basílica, por uma galeria que dava acesso ao quarto do deão. Me detive ali, percebendo que a porta do quarto do deão estava aberta. Incomum. Me aproximei discretamente e olhei pela fresta.

Mário estava nu, deitado em sua cama e Caio estava ajoelhado na frente dele, também nu, chupando seu pênis. Mário punha as duas mãos nos ombros de Caio. Aquelas mãos fortes, que eu sempre quis ter sobre mim, naquele momento estavam sobre o meu amigo. Sua expressão ainda era impassível, mesmo recebendo felação. Minha ereção subiu como um foguete. Pus a mão dentro da calça e comecei a acariciar meu pênis, mesmo não tendo coragem de me masturbar ali, onde eu poderia ser visto, fosse pelos dois ou subitamente pelo inspetor.

Continuei observando. Caio parou de chupar, relevando o pênis enorme de Mário. Sua ereção tinha facilmente vinte e três centímetros, a cabeça era muito inchada e vermelha, toda melada pela saliva de Caio. Caio envolveu o falo com a mão e começou a masturbar o deão, que surpreendentemente nunca mudava sua expressão. Soltei um gemido inadvertido só de observar aquela cena. Me dando conta do perigo, voltei rapidamente para o meu quarto. Minha ereção ainda estava firme quando deitei. Toquei aquela punheta com gosto e violência.

Não revelei a Caio que o tinha visto. Não tinha isso em mente. A única coisa que eu queria era consolidar o desejo que eu tinha por ele havia anos.

Chamei-o para ir a biblioteca, estudar. Ele aceitou na maior inocência e, como sempre, sentou-se ao meu lado na mesa. Mas antes que começássemos a ler nossos livros, segurei sua mão por baixo da mesa. Caio ficou ruborizado e desviou o olhar. Mas não negou que eu segurasse sua mão. Olhei-o. Não queria intimidá-lo, mas apenas deixá-lo excitado. Acho que eu estava conseguindo as duas coisas.

— Caio, olhe pra mim. — Sussurrei.

Ele virou a cabeça lentamente, mas assim que o ângulo possibilitou, dei-lhe um beijo na boca. Um beijo de língua, um beijo molhado, um beijo quente. Um beijo pelo qual esperei quatro anos, entrelaçando minha língua na do meu amigo. Enquanto nos beijávamos, guiei nossas mãos até sua coxa, onde eu podia sentir sua ereção levantando o tecido da calça. Nosso primeiro beijo, bem ali na biblioteca em que qualquer um poderia nos ver. Mas estávamos sozinhos.

Quando terminamos o beijo, a respiração de Caio era a mais frenética que eu já tinha visto. Seu rosto estava todo vermelho. Ele se levantou rapidamente e disse:

— Vamos para a cripta.

Ele me pegou pela mão e me conduziu praticamente correndo à cripta. Aquele era o lugar mais oculto da igreja, sem supervisão e sem muito movimento, pois pouca gente tinha intenção de ir lá, perfeito para fazer algo oculto. Percebi que o tesão de Caio era muito maior que seu constrangimento.

Quando descemos, assim que tirei meu pé do último degrau da escada que conduzia à cripta, Caio me empurrou com violência para a parede me prendendo contra ela com todo o seu corpo e me dando um saboroso beijo na boca.

Fomos nos engalfinhando com vontade, minhas mãos descendo pelas costas esbeltas do meu amigo, Caio beijava minha boca com tesão, descendo para o queixo e depois o pescoço, babando muito. Íamos tirando as roupas um do outro. Tirei a camisa de Caio e me ajoelhei em sua frente, enquanto quatro mãos abriam sua braguilha. A calça caiu e eu podia ver o volume sob sua cueca. Como eu desejava aquele pau! Como pensei nele com luxúria durante aqueles quatro anos! E agora, finalmente, ele estava ali na minha frente. Esfreguei meu rosto no pênis entumescido de Caio, por cima da cueca, murmurando:

— Amo, amo, amo seu pau, Caio! — E comecei a lamber, deixando uma mancha de saliva na cueca.

Finalmente baixei a cueca, vagarosamente. O pênis já estava ereto e implorando por um boquete. A primeira coisa que reparei foi que Caio não tinha nenhum pelo pubiano. Preferênca do Deão Mário, eu presumi. Ele devia preferir os garotos depilados. Não resisti àquele pauzinho depilado. Engoli com tudo. O gemido de Caio quando pus seu pau na minha boca foi assustado, mas me deu muito tesão.

Chupei com muita voracidade, meus lábios chegavam a encostar na virilha dele, depois a ponta da minha língua encostava em sua glande. Chegava a por e tirar aquele cacete gostoso da boca três vezes por segundo. Caio gemia, puxava meus cabelos, apertava meus ombros e arranhava minhas costas. Uma delícia.

— Eu sempre te quis, Carlos! — Caio confessou entre os gemidos. — Sempre tive tesão em você, desde que nos conhecemos! — Mal esperava ele pra saber que a recíproca era verdadeira. — Eu te amo, Carlos! — gritou, enquanto eu ainda estava com seu pau na minha boca.

Continuei chupando sem parar, sem perder o fôlego, até ele gozar na minha boca. Jorrou muito gozo. Mas engoli tudo. Como eu amava o esperma de Caio! Era para mim um líquido muito mais sagrado que a água benta.

Só depois de ter engolido tudo foi que finalizei a felação. Caio desabou sobre mim, me derrubando deitado no chão. Achei que ele tinha caído de cansaço, mas logo percebi que não era cansaço, era só entrega. Ele estava deitado sobre mim, acariciando minha intimidade.

— Deixa eu te chupar. — pediu ele. — Vou te dar o melhor boquete que você vai receber na vida.

Caio realmente chupava bem. Sabia fazer minha glande bater na sua bochecha, o que me deixava totalmente louco. Apertava os lábios na base do meu pai, me arrancando gemidos gostosos e passava a língua em toda a minha glande. Onde aprendera a chupar tão bem? Será que o pênis do Deão Mário fora seu único falo de prática? Se sim, provavelmente eles já estavam transando havia muito tempo.

— Não goza. — Ele pedia quando eu começava a estremecer naquele boquete maravilhoso. E realmente eu estava a ponto de gozar na boca dele, assim como ele tinha feito comigo minutos antes. Quando ele me pediu pela terceira vez pra não gozar, eu perguntei:

— Por quê?

— Porque não quero que você perca a ereção. Quero você dentro de mim.

— Caio. . .

Ele não esperou meio segundo e ficou de quatro pra mim. Certamente tinha prática. O cuzinho dele era rosadinho e parecia uma delícia. Enrolei meus dois braços no tronco dele e comecei a lamber aquela bundinha maravilhosa. Lambi até as nádegas dele ficarem bem molhadas e depois mordi até elas ficarem bem vermelhas e cheias de marcas de dentes.

— Carlos, quero você dentro! — Caio implorava.

Separei as duas nádegas com as duas mãos e enfiei minha língua dentro, o mais fundo que consegui. Caio estremeceu gemendo. Fui lambendo de cima a baixo, deixando minha saliva escorrer pelas coxas dele e fazendo muito barulho naquela chupação maluca. Quando tirei a língua de dentro, dei um último cuspe.

— O meu não é tão grande quanto o do Deão Mário, mas espero que seja gostoso.

— Não fala isso! — reclamou Caio. — Eu quero ele todinho dentro de mim. Ai! — Gritou quando enfiei meu pau de uma vez inadivertidamente dentro dele.

Caio rebolou muito gostoso no meu pau. Me inclinei para frente, deitando sobre as costas dele e mordi o lóbulo de sua orelha, soltando ar quente das minhas narinas direto na orelha dele. Fui apertando meus dentes no lóbulo com cada vez mais força tanto mais gostosa ficava aquela enrabada bruta, até eu soltar, deixando uma marca profunda de dentes, pra anunciar que ia gozar.

— Vou gozar!

— Goza dentro, gostoso!

Quando eu gozei, Caio caiu de bruços no chão frio da cripta e eu caí deitado sobre ele, nossas respirações ofegantes bem sincronizadas. Dei-lhe um selinho nos lábios em agradecimento por aquela brincadeira tão gostosa.

— Eu tô muito feliz. — confessou Caio.

— Eu também. — respondi. — Eu também sempre quis você, Caio. Desde a primeira vez que te vi.

— Agora eu sou seu. — Ele falou, afagando meu cabelo. — Sou todo seu, sempre que você quiser.

Levantei. Em pé pude ver que eu tinha esporrado muito, porque o esperma descia pela bunda de caio até formar uma pequena poça no chão. Comecei a recolher nossas roupas.

— E o deão? — perguntei.

— Preciso continuar transando com ele, senão vou ser expulso do seminário. — Não falei nada e continuei me vestindo. — Você não fica com ciúme, fica, Carlos?

— Não. — menti. — Desde que eu possa ter você pra mim, o resto não me importa.

As nossas brincadeiras gostosas não acabaram mais daquele dia em diante. Quase toda noite, Caio se levantava da cama dele para ir a minha, exatamente como tinham feito os garotos que vimos ser expulsos. Sob as cobertas, fazíamos de tudo. Dentro de um quarto é impossível ter discrição, então é óbvio que nossos dois companheiros de quarto nos assistiam transar, muitas vezes se masturbando nos vendo. Nós ignorávamos seus olhares. O inspetor também passava pelo nosso quarto de vez em quando enquanto transávamos, mas não falava nada e ia embora.

Outra coisa que eu adorava fazer era tomar banho com Caio. Ele pedia para eu lavar as costas dele e eu começava passando o sabonete carinhosamente pelas costas, descendo até a bunda, mas quando chegava a bunda eu parava de esfregar e dava várias palmadas, deixando aquela bunda vermelha e pronta pra ser comida.

Em nosso tempo livre no seminário, gostávamos de sentar juntos no gramado, em frente ao belo jardim frontal à igreja, do qual nós mesmos cuidávamos, e ali ficávamos trocando carícias até anoitecer.

Nosso comportamente lascivo não estava a revelia de ninguém. Todos podiam ver claramente que eu e Caio éramos amantes e obivamente não demorou muito para que alguém viesse me abordar a respeito disso.

Eu estava sentado lendo um livro no pátio, por volta das oito horas da noite, quando um dos seminaristas veio falar comigo.

— Carlos?

— Olá. — falei, abaixando o livro. Ele olhou para os lados e se aproximou discretamente.

— Eu pergunto em nome de todo mundo nesse seminário, Carlos. Todo mundo sabe que você e o Caio estão praticando a pederastia descaradamente aqui dentro.

— Sim? — fiz esforço para mostrar minha indiferença.

— Como "sim"? Pederastia aqui dentro é proibida! Você estava lá quando aqueles garotos foram expulsos! Como é que vocês fornicam na cara limpa aqui dentro e ninguém faz nada?

Fitei-o, sério.

— Acontece, meu amigo, que o Caio é o único seminarista que tem permissão de praticar a pederastia.

Ele me olhou assustado por um longo momento.

— Por quê?

— Porque ele é a boneca do Deão Mário.

— O deão? — berrou o garoto, inconformado. — Como assim?

— É isso mesmo. — falei. — Caio não pode ser expulso. Se ele for, o deão vai ficar sem ninguém pra chupar o pênis dele. E se for expulso por pederastia, todo mundo vai saber que o deão também é pederasta, o que vai sujar o nome da universidade.

— Meu Deus! — gritou o seminarista, um segundo antes de sair correndo.

Terminei minha leitura e ia ao meu quarto dormir, mas me deparei com um grupo de dez garotos me olhando com expressão sinistra no corredor. Iriam me linchar? Qual era o motivo daquela reunião intimidadora?

— Olá. — cumprimentei, amedrontado. — O que vocês estão fazendo aqui?

— É o seguinte, Carlos. — começou a falar um porta-voz do grupo. — Você disse que Caio é o único que pode praticar a pederastia aqui dentro. Mas você também está transando com ele e não foi expulso. Então qualquer um pode praticar a pederastia aqui, desde que seja com o Caio. A gente também quer comer ele.

Fiquei impressionado com aquela confissão. Havia em nossa turma dezesseis seminaristas. Então doze deles eram homossexuais. Apenas quatro, portanto, estavam ali por pura dedicação religiosa. Dezesseis garotos estudando para ser padres, e três quartos deles eram homossexuais. Coincidência? Não. O que acontece é que o celibato é uma exigência para o presbiterado, e alguns garotos pensam que a paixão por garotos é um sinal de que Deus os escolheu para o celibato vitalício, o que favorece a escolha de uma vida dedicada ao sacerdócio. Por que eu fiquei impressionado que tantos dos meus colegas fossem homossexuais? Ingenuidade a minha.

— Mas por que estão falando isso pra mim? Se querem sodomizar o Caio, falem com ele, não comigo.

— E nós vamos mesmo! — foi a última coisa que ele disse, antes dos dez voltarem para seus respectivos quartos.

Não falei nada a Caio. Dormimos normalmente e no dia seguinte tínhamos uma expedição botânica num parque que ficava não muito longe da universidade. Estávamos todos usando nossas batinas enquanto caminhávamos pelos campos ricos em flora daquele parque. Os dez garotos, em certo momento, desivaram do percurso para seguir por um caminho mais arborizado. Caio e eu os seguimos. As árvores estavam muito densas e coesas, mas íamos andando por entre elas, nos deliciando em suas sombras. Chegando a um bosque um pouco mais aberto, um dos garotos agarrou Caio com violência pelo braço e o jogou contra uma árvore. Ele ficou tão assustado que nem conseguiu gritar. De repente, todos os dez estavam sobre ele.

— Tira a batina dele. — Ouvi um deles ordenando. Afinal, me aproximei e vi que ele já estava completamente nu.

O garoto agarrou Caio com força pelos cabelos e o puxou com violência em direção ao seu pênis, forçando o sexo oral. Os outros nove estavam se masturbando. Caio estava lânguido e não oferecia resistência. Evidentemente estava gostando.

— Deixa eu botar um pouco aí também. — Pediu outro garoto. O que estava segurando a cabeça de Caio o soltou e ele passou imediatamente de um pau para o outro, chupando com o mesmo tesão com que chupara o primeiro garoto, ou a mim, ou ao Deão Mário.

A boca de Caio ia passando de pau em pau, mas alguns garotos, impacientes para receber seus boquetes, se aproximaram de Caio por trás e levantaram sua bunda, prontos para penetrá-lo. Assim, Caio foi penetrado por trás enquanto ainda chupava um garoto, tendo dois paus dentro de si simultaneamente. Assim como os que recebiam felação estavam se alternando, os que o comiam por trás também foram se alternando, mas ainda assim eram apenas dois fazendo sexo enquanto outros oito ficavam na punheta. Aquilo durou ainda alguns minutos até outro garoto se aproximar de Caio por trás, enquanto ele ainda estava sendo penetrado, e perguntar:

— Cabe mais um aí?

— Cabe. — Respondeu Caio, interrompendo sua felação para poder falar. — Deita aqui. — indicou a grama ao seu lado. O garoto se deitou, o pênis apontando para o céu azul. Caio sentou-se nele, fazendo-o gemer.

Então olhou para o garoto que o estava penetrando até então e disse:

— Vem, pode vir junto! — E assim Caio nos introduziu a dupla penetração, algo que eu nem imaginava ser possível. Onde ele tinha aprendido tudo aquilo?

Tudo aquilo acontecia, é claro, enquanto os garotos iam se alternando para receber felação daquele lindo ruivo. Caio pôs suas pernas para frente, apoiando seus pés na grama em frente à cabeça do garoto sobre quem ele estava deitado e fechou as pernas o mais estreito possível. Interrompeu novamente a felação entre seus gostosos gemidos:

— Se alguém quiser, pode pode botar o pau aqui no meio das minhas coxas. Elas estão bem apertadinhas.

E sem perder tempo, eles se jogaram sobre ele, prendendo o membro em suas coxas aquele que foi mais rápido, formando um amontoado bizarro.

Caio estava, a essa altura, fazendo sexo oral em um garoto, sendo penetrado por outros dois e com mais um friccionando o pênis em suas coxas. Eram quatro sentindo prazer com seu corpo, mas ainda tinham outros seis na masturbação. Vendo aquela cena grotesca, eles não se contentaram mais com a masturbação e se jogaram sobre aquele amontoado humano, amontoado de carne, amontoado pederasta, amálgama de prazer.

Um deles enfiou a cabeça entre os troncos de Caio e do garoto que estava sobre ele friccionando o pau entre suas coxas, esgueirando-se com esforço para poder fazer felação em Caio que também apresentava uma viçosa ereção. Os outros colocaram suas mãos e bocas sobre ele, acariciando e chupando os lugares mais inusitados, como ombros, pescoço, costas e pés. Me aproximei também e comecei a morder o lóbulo da orelha de Caio, coisa que já estava habituado a fazer desde a nossa primeira transa, enquanto esfregava meu pau nas costas dele. Eu amava aquele cheiro de suor masculino que vinha de todos os lados.

De repente, com uma mão, Caio empurrou o garoto que estava à sua frente, interrompendo a felação, e então disse, com uma voz extrememamente aguda:

— Vou gozar! Vou gozar, vou gozar, vou gozar, vou gozar! — Ele repetia cada vez mais rápido, completamente ruborizado.

Imitando o gesto de Caio ao afastar o garoto e me sentindo como um lutador, empurrei os dois que estavam sobre suas pernas. Abrindo espaço. Não podia deixar nenhum outro beber seu sêmen. O líquido alvo que saía do pênis de Caio para mim era sagrado e não podia ser desperdiçado. Empurrei os garotos e abri espaço para praticar a felação no meu amigo, a tempo dele ejacular na minha boca como eu amava. Engoli tudo.

Vendo aquela cena, eles o pegaram pelo braço e o carregaram até o meio do bosque, formando um círculo em volta dele. Todos os dez estavam se masturbando.

— Esperem! — Pedi. — Coloquem a batina nele. — Dois ou três me olharam com estranheza quando fiz tal pedido, mas afinal obedeceram. Caio vestiu sua batina e eu me uni ao círculo. Oito se masturbavam, um recebia um boquete e outros dois eram masturbados pelas mãos delicadas de Caio.

E um a um, todos os onze fomos ejaculando sobre o garoto ruivo. Eu fui o quarto. Quando terminou, Caio estava deitado no meio do círculo, de batina, completamente coberto de esperma. Não havia uma única parte de seu corpo que não estivesse melada. Deitei-me sobre o meu amigo e comecei a lamber tudo, sentindo o gosto salgado do esperma dos meus colegas, em seu cabelo, em seu rosto e por toda a sua batina.

O dia da expedição botânica foi meu último dia no seminário. Saí logo em seguida e fui cursar filosofia numa universidade secular. Nunca mais falei com Caio mas soube, por contatos que fiz no seminário, que ele terminou o curso e virou diácono. Não contente em ser diácono, aos vinte e cinco anos foi ordenado padre e enviado para cuidar de uma paróquia numa cidade miserável no interior de Minas Gerais. Sempre imaginei Caio como aquele padre benfeitor que é o esteio das crianças esfomeadas em vilarejos carentes. Mas exerceu o sacerdócio por apenas quatro anos. Depois disso, Caio não apenas deixou o presbiterado como também, assim como eu, deixou o catolicismo e então desapareceu entre as pessoas, ninguém mais tendo notícias dele.

Não sei o que Caio está fazendo da sua vida desde então, mas me divirto imaginando com quantos homens ele se envolveu. Homens fortes e másculos como o Deão Mário.

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