A empregada desdentada

Um conto erótico de Ferns
Categoria: Heterossexual
Contém 1310 palavras
Data: 29/05/2017 10:20:12

Tudo aconteceu no ano de 1994. A Maria, um ser horroroso de uns 50 anos, ia em casa uma vez por semana para cuidar da limpeza. Era tempo de vacas magras e minha mãe, por contenção de despesas, havia dispensado a empregada e optado por alguém a quem pudesse pagar diárias, não um salário. Já a conhecia de longa data. Ela havia sido empregada de alguns de meus irmãos, trabalhado como diarista para outros. Enfim, era figurinha carimbada na família. Me dava muito bem com ela. Nos meus momentos de ócio, conversávamos sobre assuntos diversos, embora ela apresentasse sofríveis índices no que diz respeito às mais variadas formas de manifestação da intelectualidade. Enfim, mesmo com toda a frugalidade que lhe era peculiar, acabava sendo um bom papo.

Nossas conversas eram mesmo variadas, mas nem chegavam perto do sexo. Apenas uma brincadeirinha lá, outra cá, nada que pudesse sugerir algum clima. Afinal, como poderia presumir a Maria, uma negra desdentada, sem os incisivos centrais e laterais na parte superior da arcada dentária (o famoso 1001, apenas com as presas à mostra), cheia de veias nas pernas (na verdade, artérias, dada a diametralidade), que eu pudesse querer algo com ela? Eu, por minha vez, o que poderia pretender com uma coitada de uma pessoa tão feia e desgastada pela vida dura que sempre enfrentou?.

Acontece que, como diz um primo meu, tudo pode se passar na cabeça de uma pessoa que vê o sexo como uma verdadeira obsessão e enxerga na atividade sexual mais do que uma prática agradável, mas uma necessidade regular. Numa manhã comum, acordei com um tesão acima do normal. Olhei para o meu cacete, ainda na cama, e seus 17 centímetros já se manifestavam na plenitude. Teso, em posição de ataque, já me convencia de que aquele dia não seria como outro qualquer em termos de tesão. Fui ao banheiro, toquei uma punheta e depois, durante o que seria o retorno ao quarto, olhei através da janela do escritório e notei que minha mãe passava roupa calmamente. Raciocinei: a grande extensão do corredor que unia o quintal à cozinha, primeiro cômodo à entrada da casa em que morávamos à época, impediria mamãe de operar qualquer flagrante e, conseqüentemente, impor-me uma situação de vergonha sem precedentes.

Naturalmente, naquele instante, por mais surpreendente que fosse e por mais que até lutasse contra o fato, quem estava na minha cabeça era a danada da Maria. Não se passaram 20 segundos daquele pensamento e o telefone, que ficava na sala de jantar, tocou. Pensei: é a oportunidade. Acabara de tocar a punheta e o meu pau ainda estava “borrachudo”, em tamanho “apresentável”. Me enrolei na toalha e fui em direção ao telefone, ritmando os passos para que a Maria chegasse primeiro a atendesse. Dito e feito. Ela atendeu. Cheguei e, fazendo de conta que estava na expectativa por saber se a ligação era para mim, deixei uma abertura na toalha, pela qual ela poderia ver meu pinto. Fingi, naturalmente, que aquele buraco na toalha surgira ao acaso. Não deu outra. Ela fixou o olhar e demonstrou muita vontade. Quase a lamber os beiços.

Finda a ligação telefônica, perguntei quem era. A danada nem se preocupou em responder. E tascou: "“Não faz isso comigo, porque faz tempo e, desse jeito, eu não agüento!"”. Perguntei, me fazendo de desentendido: "Não faz o quê, não agüenta o quê?"”. Me respondeu, apontando para o meu pau: "“Você sabe muito bem"”. Naquele momento, não me agüentei e o cacete reinflou de vez. Restabeleciam-se os 17 centímetros e a posição hirta de ataque. Comecei a me acariciar e a me punhetar. Perguntei: "“Você quer?"”. Ela disse: "“Tenho vontade, mas vá embora, moleque, a sua mãe vai aparecer". Intervim: “"Fique tranqüila, ela está lá no fundo e ouvirei os passos dela caso venha pelo corredor e se aproxime"”. E emendei: "“O que foi? O seu marido não está dando assistência?"”. E a Maria: "“Claro que não, aquele véio (sic) é broxa, faz uns três meses que ... nada!". Eu disse: "Se você quiser...”." Ela: "“Vai embora, moleque, vai derrubar aí no chão"” (coitada, imaginou que, como eu me masturbava, poderia gozar no carpete). Eu: "“Na semana que vem, quero trepar com você. A gente espera a minha mãe e meu pai saírem. Tá bom?" Ela: "“Sai pra lá, deixa isso prá lá". Eu: "“Você gosta no cu?" Jamais me esqueci da resposta dela: “"Só quando coça"”. Ri e emendei: "“E de chupar, você gosta?" Ela: "“Deus me livre, que nojo!". Tudo bem, ficaríamos no zero a zero em termos de sexo oral. Afinal, se tudo havia passado pela minha cabeça, o absurdo de chupá-la estava completamente fora de cogitação.

A quarta-feira da semana seguinte chegou. Tudo deu certo. Meus pais saíram e nos deixaram sozinhos. Ela lavava louça na cozinha e eu cheguei por trás, apalpando seus peitos. "“Cê é doido, pára com isso, moleque!"”, afirmou. Nem quis responder. Tirei a camiseta surrada dela (de propaganda política, não me esqueço) e seu sutiã. Os peitos, vocês vão me perguntar... Sim, o esperado: os mais caídos possíveis. Pareciam aqueles saquinhos de leite quando ficam quase vazios e a parte de plástico sem conteúdo cai para os lados. Bicos pretos, mais escuros que os seios marrons-escuros daquela negra feia e velha por quem, pasmem, eu estava com tesão. Caí de boca. O próprio cheiro do colo dela não era dos mais agradáveis. Mas segui em frente, com a mão, masturbando-a em seu grande grelo.

Levei-a para o escritorinho do meu pai, onde um colchão, a ser jogado ao chão, já estava estrategicamente à espera. Enrolei a camisinha no cacete e comecei a comer aquela buceta para a qual nem olhei direito. Me lembro apenas que era deveras larga (a Maria, dias depois, me confessara ser bem rodada). O pau entrou fácil. Estava descomunalmente grande e eu, inexplicavelmente, sentia um tesão quase sem precedentes. Mandei bala. Uns dois minutos de bombada e eu já estava com vontade de gozar. Ela, por sua vez, gemia demais, loucamente, mas não pronunciava uma palavra sequer –- pensei, naquele momento, de que forma, no que tange à oratória, poderia manifestar-se o êxtase de uma sujeita tão sem cultura, uma quase matuta. Falei a ela que comeria, a partir de então, o cu dela. Ela não se fez de rogada. Deitou-se de bruços. Meti o pinto e ela começou a rebolar enquanto eu a estocava. Ela gemia, e grunhia alucinadamente. Mais um minuto e gozei dentro...

Ao tirar a camisinha, não acreditei: o preservativo havia estourado. “"Meu Deus"”, pensei alto. "“Será que peguei alguma doença?”". Ela, já sabendo do acidente e da possibilidade de contágio pela troca de fluidos, protestou de pronto (contra a suposta má qualidade da camisinha), reclamando e resmungando devido à quantidade de porra que escorria de seu cu. Me lembro que foi ao meu banheiro e limpou modicamente o cu e a buceta com papel higênico. Saiu e foi trabalhar.

Por uns dois meses, nem nos olhamos, mas, passado mais um tempo, voltei a comê-la. Então, de acordo com o que fiquei sabendo, ocorreu o inacreditável: ela adoeceu e morreu de um desses males que afetam o pessoal que vive em condições precárias de saneamento básico.

Passados uns dois anos, contei a alguns caras, todos familiares, que havia comido a Maria. Eles não acreditaram! Uns esboçaram vomitar (coitada dela...). Outros disseram que eu era louco. Outros preferiram tirar o sarro. Eu, para justificar meu ato, disse a eles: “Não há limites para o sexo. Acho que todo mundo, pelo menos uma vez na vida, deve passar por uma experiência tanto bizarra quanto exótica”. Eles riram. Uns poucos concordaram. E a minha vida nada exótica, pelo menos a que não diz respeito a alcova, se seguiu. Mas todos souberam que, naquela data, eu tive uma manhã mais do que erótica. Uma manhã das mais exóticas...

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