Coração Ferido - Capítulo IV

Um conto erótico de William27
Categoria: Homossexual
Contém 6451 palavras
Data: 31/05/2017 15:52:37

Boa tarde leitores, estou muito feliz com a repercussão que o conto está tendo. Me adiantando aviso que logo vocês verão Ação e Reação no Watt Pad, plataforma em que já acompanho alguns escritores inclusive da CDC. Não deixarei vocês de lado, pois tenho muito a agradecer por todos que me acompanham nesse quase 1 ano de casa. Obrigado e a todos uma boa leitura.

Respostas aos comentários.

Vitinho'66: Ele vai se ferrar, mas terá uma passagem de tempo. Em relação a divulgar meu conto no seu perfil, eu ficaria muito feliz. Estou sem tempo, mas quando dá leio mesmo que rapidamente o seu e realmente são bons, muito bons. Boa leitura e obrigado por acompanhar.

Alex curte peludo: Olá meu amigo, boa tarde. Fico muito feliz que esteja acompanhando outro conto meu. João vai se lascar muito posso te garantir isso. No mais agradeço o elogio e carinho, tenha uma boa tarde e boa leitura.

de porto alegre: Opa, mais um gaudério na área, fico feliz, adoro quando meus irmãos do sul me acompanham e comentam, inclusive dei uma olhada nos teus contos e no drama do Léo, muito bom, realmente muito bom. Obrigado por acompanhar e comentar. Tenha uma boa leitura.

LuuhBarros: Gargalhei com seu comentário. Monica não é do mal, tanto é que ela vai ser grande companheira de Fabrício e Luciano, mas ele não devia ter ofendido o próprio amigo. Em relação a João ele vai dar muito trabalho. Tenha uma boa leitura.

Johnnathan: Boa tarde, tudo bem? Em relação ao personagem, ele é bem machinho, mas que gosta de outro machinho rsrsrs Fabrício é o típico gente boa, mas não mexa com ele, o sangue carcamano esquenta e sai da frente. Sobre ser afeminado ou não, seguir um estereótipo ou não todos merecemos respeito, liberdade de amar e ser amado e claro, respeitar também. Tenha uma ótima tarde e boa leitura.

nayarah: Sim, ele está de parabéns mesmo, João não tem mais poder sobre ele e Luciano, bem...

The owl: Luciano vive com a lembrança dolorida do irmão que morreu por ser gay, ele atribui esse fato a morte dele o que não deixa de ser verdade. Luciano e Fabrício tem uma ligação muito forte, mas acontece que as vezes Luciano extrapola prejudicando Fabrício. Tenha uma boa leitura.

Ru/Ruanito: Sim, mas Luciano agiu por impulso, geralmente é o que fode com ele.

VALTERSÓ: Boa tarde Valter, tudo bem? Então, se não vai pelo amor, vai pela dor. Fabrício estava mais do que na hora de se valorizar não é mesmo? Monica é uma retardada, mas ela não tem culpa de ser assim, no próximo capitulo veremos por que. Também é no próximo que veremos o que será de Luciano. Boa leitura e obrigado por me acompanhar.

Marceloveloz: Boa tarde, tudo bem? Cara, seu comentário me deixou muito feliz, acredito que estou no caminho certo com esse conto. Acho o tema é bem cotidiano e real, mas a maior parte das pessoas fecha os olhos para isso, é mais fácil não ver não é. Não existe isso de te bato por que te amo e a culpa é sua, assim como não existe estupro consentido. Em relação ao personagem realmente ele toma uma postura que não é dele, mas ou é ele ou João. Fabrício agiu mal, ele foi exposto e teve a chance de ficar quieto, mas não ficou e não para por aí, só no próximo capítulo é que veremos uma melhora, no fim os fins justificam os meios. Em relação a capítulo novo só daqui uma semana ou mais, pois tenho prova na pós-graduação e ficarei longe da CDC até a semana acabar, mas no mais eu agradeço muito pelo seu comentário e voto. Tenha uma boa leitura.

sssul: Em relação ao comportamento dele foi totalmente deselegante e errado, ele vai se redimir, mas ele só não é o culpado assim como a Monica não é, tratarei disso no próximo capítulo. Uma pergunta, você é de onde? Obrigado por me acompanhar e boa leitura.

Martines: Luciano é um vacilão. Em relação ao trio ternura rsrsrs eles mereceram. Luciano e Fabrício só voltam a se falar direito no próximo capítulo e ainda assim por que um certo alguém vai pedir. A minha dúvida é por que como você acompanhava ação e reação era para ter perguntado há muito tempo já. É espanhol né? Continue acompanhando meu conto. Boa leitura.

Atheno: Será que são mesmo, as aparências enganam, os fins justificam os meios, e quem disse que não pode ter Luciano e Fabrício juntos. Boa leitura.

A todos uma boa leitura.

Coração Ferido – Capítulo IV

No domingo pela manhã sai para caminhar. Não dormi nada na última noite pensando em como fui ignorante com Valmir e dona Carmem, aliás, foi justamente isso que tinha me tirado o sono, meu comportamento foi muito errado. Caminhar me fazia refletir e não tinha nenhum lugar melhor para fazer isso do que na orla da Lagoa da Pampulha no bairro homônimo, região que mais gostava e que ficava do outro lado do meu bairro. Nos três anos que morava na capital mineira eu sempre que dava caminhava pela orla, ou então ia no mercado central comer jiló com fígado acebolado, só que não! Acho que não tem nada mais Belo Horizontino do que ir até a lagoa no domingo para olhar os aviões em curta final para o aeroporto logo após a Antônio Carlos ou então assistir um clássico no Mineirão defronte à margem esquerda próximo ao zoológico.

Enquanto caminhava eu refletia. Valmir e dona Carmem não tinham ligado me convidando para o almoço, muito menos Luciano com seus pedidos de desculpa. Por mais que eu tenha sido exposto por aquela tal de Monica eu não tinha o direito de remexer em feridas que não tinham sido cicatrizadas, por mais que Luciano tenha me exposto ao ridículo e usado um argumento ofensivo não era meu direito responder ele na frente dos pais. A verdade é que o que tinha ocorrido na sexta havia me desestabilizado, João me feriu bem mais do que fisicamente. Já me considerava desempregado já que ofendi o filho do meu chefe na frente deles e realmente pensava se era certo continuar trabalhando com eles, eu me desagastava demais, principalmente nessa época do ano e pensava seriamente em ir para casa, precisava do colo dos meus pais, precisava da minha gente, pisar em solo gaúcho, tomar um bom chimarrão e principalmente sentir o frio do vento minuano enquanto churrasqueava com os meus.

Luciano tinha esse costume, toda vez que ele começava a se envolver com uma pessoa ele ficava bobo, começava e ter atitudes meio infantis com brincadeiras um pouco chatas e insistentes e sempre me deixava em uma situação delicada, se soubesse que ele ia estar com alguém eu não teria ido para evitar confusões. Eu estou muito chateado com ele e dessa vez decidi não correr atrás também, Luciano já está grandinho, bem grandinho para saber o que é certo e o que é errado.

Apressei o passo, havia muita gente e o sol começava a esquentar. Alguns metros à frente próxima a grandes arvores decidi parar para beber um pouco de água.

- Fabrício... – sou retirado dos meus pensamentos quando ouço e olho do outro lado da rua próximo a uma barraca de coco Valmir e dona Carmem acenando para mim. Preferi seguir em frente, estava envergonhado demais para encara-los, mas ao ver eles me olharem sem graça decidi voltar. Me aproximei devagar, até a brisa leve que fazia parou. Eles me encaravam.

- Bom dia... – Disse querendo enfiar minha cara em um buraco.

- Fabrício... – me cumprimentou Valmir um pouco fechado.

- Bom dia querido... – dona Carmem estava tão constrangida como eu, Valmir olhava para mim me analisando e sorrindo – dormiu bem? – Perguntou ela com sorriso de mãe.

- Não, não dormi bem – ela entendeu e nem pediu porquê.

- Fabrício o que aconteceu ontem... – interrompi ela.

- O que aconteceu ontem foi culpa minha tia – disse de forma áspera - se eu não tivesse me ofendido com o comentário que a Monica fez a mesa e depois falado besteira para o Luciano na frente de vocês dois, ainda mais tocando numa ferida que não se fechou nada tinha ocorrido e o jantar tinha sido perfeito... – fui interrompido.

- Se você não tivesse falado nada eu tinha falado Fabrício... – Valmir me interrompeu de maneira áspera – era só o que me faltava, alguém que Luciano conheceu esses dias ofender alguém que faz parte da minha família... – ele negou com a cabeça.

- O errado fui eu... – tentei inverter a situação.

- Vocês devem estar muito chateados comigo e com razão, desculpem... – pedi completamente sem graça.

- Não foi só você... – Dona Carmem esfregou meu ombro – Luciano te deve desculpas, não só ele como aquele projeto de mulher, ela não me engana com aqueles lábios, é enxerto – Dona Carmem não gostou dela.

- Chamei a atenção do Luciano também, ele não devia ter feito o comentário que fez, ainda mais contigo, barbaridade, vocês são amigos! – Ele cuspiu as palavras - eu acho que o tempo que ele ficou na cadeia e a educação que demos a ele não fez efeito... – Dona Carmem franziu a testa.

- Está tudo bem, pessoas assim eu encontro aos montes, mas fiquei chateado por que é o meu melhor amigo...ou pelo menos achava que era... – Valmir me fitou, ele sabia que o buraco era mais embaixo.

- Não de ouvidos ao que Luciano diz meu filho, ele as vezes exagera...- interrompi ela.

- Fiquei chateado tia, o Luciano me expôs e me contradisse na frente de uma pessoa que eu não conheço e que é digna de dó pela ignorância... – ela deu uma risadinha, Valmir ouvia atentamente – eu me senti humilhado, meu melhor amigo se assim posso dizer deu linha para ela falar... – Valmir me olhou preocupado, ele sabia que o fato não era só Luciano, era João também.

- Vai passar, não se preocupe, acho que Luciano precisa de um susto, nem parece que vai fazer 32 anos – disse ela chateada.

- Valmir, queria falar com você sobre o meu emprego e... – Ele me interrompeu

- Não ouse pedir demissão, eu não vou aceitar – disse ele alterando a voz me fazendo calar.

- Não vou – desconversei – mas queria saber se o senhor me libera para ir um dia antes para casa, quero ir até Caxias Do Sul e não em Porto alegre e só tem passagem até quinta que vem – ele sorriu aliviado.

- É isso... – ele olhou para dona Carmem – achei que ia para as parais com a gente, Luciano já tinha reservado um quarto com duas camas na pousada – disse tentando me convencer.

- É uma pena, mas eu quero ir para casa Valmir, quero ver minha família, estou com saudade deles e também quero respirar um pouco do ar da serra, sempre me faz bem, quem sabe uma esticada até Gramado ou Nova Petrópolis... – ele sorriu, pois sentia saudades de casa também.

- Gostaria de ir também, mas você sabe né... – Valmir sempre ia sozinho para Caxias ou Farroupilha, já dona Carmem não ia para o sul há mais de 4 anos sob a justificativa que tudo lembrava o Adriano – mas você podia passar em Bento para mim e comprar um bom vinho de garrafão e me trazer né – disse ele.

- Posso sim tio, eu te trago um bom vinho da colônia para o senhor e que tal uns chocolates de Gramado para você dona Carmem – ela sorriu.

- Pode sim, vou adorar – disse ela sorrindo – mas quero fazer uma lista de coisas que pode me trazer, o pinhão, o queijo e o salame colonial, terei que maneirar no chocolate, quero manter esse corpinho aos 50... – disse ela fazendo pose.

- Para Carmem! – Valmir a repreendeu - está cheio de homens aqui, não quero que pensem que você é uma dessas coroas fogosas que fica se oferecendo por aí...para esses garotões à toa... – Ele estava enciumado., Valmir morria de ciúmes de dona Carmem e convenhamos, ele tinha que ter se eu gostasse da fruta eu pegava.

- Valmir – ela chamou sua atenção – até parece que eu faço isso, se fizesse isso você com certeza você não estaria falando – disse ofendida.

- Mas é que muitos homens te olham, eu já contei uns 8 só agora pouco – reclamou ele.

- Padrinho, o senhor está com ciúmes da tia Carmem? – Fitei ele.

- O Valmir é bobo – disse ela – até parece que eu olho para esses garotões sarados e sem camisa que passam por aqui – ele fechou a cara – de franguinho eu só gosto na panela ou na churrasqueira amor, prefiro um ursão genioso que eu tenho em casa sabe Fabrício... – disse ela brincando fazendo Valmir inchar o peito orgulhoso.

- Eu sei, mas é que eu já não sou mais um garotão, você sabe né... – disse ele triste.

- Valmir... – dona Carmem só deu uma olhada para ele que logo melhorou a cara – nós não vamos discutir nossa vida amorosa na frente de nosso afilhado, não mesmo? – Ele entendeu e se calou.

Ele com certeza estava passando pela crise da meia idade e não era de hoje. Estava preocupado, pois teve um episódio que ele foi fazer aulas de crossfit, resultado, acabou indo parar no hospital e eu tive que leva-lo, não aguentou a pancada como a gente mesmo brincou. Depois disso ele achou um exercício legal, passou a pedalar junto com o Luciano e o André, um dos arquitetos do escritório para quem prestávamos consultoria e que insistentemente dava em cima do Luciano. Me convidaram também, mas não pedalava com eles justamente por causa de André que não passava de um enrustido arrogante metido a machinho e que dava em cima de Luciano na cara dura.

- Eu não ligo, mas tem gente olhando vocês – disse olhando ao redor e vendo que os dois chamavam atenção.

- Verdade – disse Valmir olhando – vamos lavar a roupa suja em casa, de preferência na cama, não é amor? – Disse cutucando ela e beijando seu pescoço.

- Para seu safado – disse ela dando um tapinha fraco em Valmir – quem ver vai pensar o que de nós? Que somos um casal de assanhados e que eu sou uma mulher fácil que está caindo nas graças de um coroa charmoso e... – Pronto agora já estavam se beijando na minha frente.

- Uhhum... – Pigarrei – vocês estão virando a atração da orla, daqui a pouco serão filmados e vão parar na internet... – disse envergonhado.

Os dois se deram conta que ali não era hora e nem lugar para trocar carícias e que bem provavelmente fariam isso depois na cama que é lugar quente. Dona Carmem insistiu em comprar pipoca e nós a acompanhamos, eu gostava de vê-la assim e fora que olhar seus cabelos super vermelhos voar ao vento era demais, insistiram tanto que acabei passando o resto da manhã com eles e decidimos almoçar na região mesmo. Logo após me despedi deles, mas não antes de me desculpar de novo e de eles me tranquilizarem dizendo que tudo não passou de um constrangimento.

Acabei aceitando a carona deles e 20 minutos depois já estava desembarcando em frente ao prédio onde morava no Buritis. Me despedi deles e quando o carro desapareceu de vista me virei para abrir o portão e entrar. O estranho é que senti que alguém me observava, olhei não vi ninguém, me virei e abri o portão.

- Fabrício – olhei e vi Luciano que me encarava escorado em uma arvore próxima. Ele se aproximou.

- O que quer aqui? – Perguntei sendo mal-educado, eu estava chateado com ele.

- Conversar... – disse com cara de cachorro abandonado.

Luciano me olhou com tristeza, vergonha. Quando ele passava a mão por trás da cabeça eu sabia que era por que estava em conflito, ele não era bom em pedir desculpas e resolver conflitos. Luciano se aproximou, por algum motivo ele usava uma regata preta, boné, bermuda branca e tênis, achei estranho, ele não era de usar boné.

- Você não me ligou, não mandou whats – disse sem desviar o olhar – por que não me procurou? Eu esperei um contato seu, um pedido de desculpas – ele falava como se fosse só minha obrigação.

- Para quê? – Perguntei sem entender – para ser ofendido e exposto de novo Luciano, não obrigado – virei as costas, ele segurou meu braço.

- Nós temos que conversar – disse ele se aproximando de mim, soltei meu braço dele.

- Olha Luciano, eu não estou a fim de olhar para tua cara hoje, você me expos ontem para aquele projeto de mulher achando que eu ia calar a boca... – ele me interrompeu.

- Deixa eu falar – ele alterou a voz.

- Não! – Exclamei - deixa eu falar... – ele baixou a cabeça – já chega Luciano, não é a primeira vez que você faz isso, me expõe na frente de um estranho, isso é constrangedor porra...você acharia legal se eu fizesse isso com você, acharia legal que eu saísse apontando suas particularidades? – Eu estava cansado, não bastava João agora Luciano - para com isso, você não precisa me rebaixar só para mostrar que é o machão, o hétero ou sei lá o que você pensa, não precisa passar por constrangimentos na frente dos seus pais, não precisa... – ele apenas ouvia calado, como se levasse um sermão dos pais – não precisa me fazer passar por isso, nem você precisa, cresça Luciano... – ele não me olhava no olho.

- Eu tentei evitar uma possível discussão, mas parece que não deu muito certo – disse ele parecendo sincero - você acha que eu gosto de ver alguém falar, zombar de você? Não! Não gosto – Ele exclamou.

- Então por que você faz isso Luciano? – Perguntei.

- Eu fiquei sem argumentos – explicação sem pé nem cabeça – Monica é uma pessoa bacana, eu realmente estou gostando dela, depois que sai da cadeia tudo ficou mais difícil, nenhuma mulher quer um ex presidiário como namorado, eu fiquei com medo dela se ofender... – interrompi ele.

- Eu me ofender não tem problema né? – Perguntei pasmo.

- Tem outro motivo – ele me olhou preocupado - não é de hoje que vejo as pessoas com piadinhas que nós somos um casal, nossa amizade se tornou algo muito grande, mas eu não quero ser taxado como gay, André já tinha me avisado uma vez que nós andarmos junto era estranho, que eu perdia muitas chances de ficar com uma mulher por que andávamos muito junto…- interrompi ele.

- Eu estou entendendo bem ou você tem vergonha de mim e prefere ouvir um enrustido do que seu melhor amigo... – ele me olhou receoso, eu sabia a resposta.

- Acho que temos que nos afastar um pouco Fabrício – meu coração doeu – não digo deixar de conversar, mas se afastar pelo menos até meu lance com a Monica se consolidar e essa fase de constrangimentos acabar... – interrompi.

- Não precisa explicar mais nada – disse com vontade de chorar, mas mais ainda de socar a cara dele – você tem vergonha de mim Luciano... – Ele tentou negar, mas era em vão.

Luciano se irritava muito rápido, já andava de um lado para outro e seu Josias já olhava pela janelinha da guarita.

- Não é fácil para mim ver você ser julgado pela sua orientação sexual – disse ele sério.

- Não olhe – disse com raiva - feche os olhos, você não precisa aguentar isso, nem eu, não sei por que se dói tanto... – ele respirou fundo.

- Também não foi fácil aturar seu comportamento – disse ele com receio.

- Qual comportamento? – Perguntei com raiva.

- No jantar... – interrompi ele.

- Some daqui – ele me olhou surpreso – e não precisa mais falar comigo, converse com o André, converse com a Monica, com quem você quiser, com eles você não corre o risco de ser taxado de gay e nem de se meter em confusão... – ele me olhou arrependido, mas já havia sido feito.

- Fabrício... – ele me segurou pelo braço, em um movimento soltei meu braço dele.

- Some, não quero que me vejam com ex presidiário, não sou de andar com sua laia, não sou bandido... – ele arregalou os olhos, feri ele do jeito que me feriu – e por favor no trabalho você só fale comigo profissionalmente, não somos mais amigos para render assunto e ficar de intimidade... – uma lágrima escorreu do seu olho.

- Não faz assim... – ele veio para o meu lado – não me julgue pelo que fiz, eu sou seu amigo cara... – tentou argumentar.

- Amigo! – Debochei – não é não, se fosse meu amigo não teria vindo aqui e me falado o que falou, acho que André é seu amigo e provavelmente quer ser algo mais... – ele entendeu o que insinuei – agora me dá licença, eu tenho que entrar pois tenho prova amanhã – dei as costas a ele que ainda tentou me segurar, mas eu não deixei.

- Não faz isso...esquece, eu falei bobagem... – ele tentou reverter a situação, estava desesperado já.

- Você não precisa de mim Luciano, vá viver sua vida, deixa a minha em paz... – não deixei ele entrar, fechei o portão e segui para o elevador.

Entrei no elevador e não me segurei, chorei, meu melhor amigo me deixando de lado por vergonha, por pura ignorância e preconceito e pior, se deixando levar por conversa dos outros, Luciano definitivamente não estava bem e o pior só ele que não via isso, mas eu não tinha que aguentar tudo, me livrei de um o outro é mais fácil ainda. Naquela noite tomei banho e capotei na cama.

Segunda de manhã foi difícil levantar, mas eu tinha que seguir em frente e de cabeça erguida. As vezes era bom tomar na cabeça para aprender, eu tinha que ser mais frio, mais reservado e tinha que mandar André para puta que pariu.

- Bom dia Fabrício – Valmir me cumprimentou de maneira seca assim que atendi o telefone que tocava insistentemente – eu quero você aqui na minha sala agora! – Exigiu ele.

- Tudo bem, já estou indo – Desliguei e respirei fundo, pelo tom de voz de Valmir o negócio era sério.

Me encaminhei a sala de Valmir e quando vou entrar no corredor dou de cara com André que me vendo parou e me analisou de cima a baixo e depois revirou os olhos. André tinha pinta de modelo da CK, 1,76 m, 70 kg, cabelos e olhos castanho claro, típico saradinho de academia que tira foto na frente do espelho fazendo biquinho e carinha de inocente, bem infantil a meu ver. Era um cara bonito, mas arrogante e só tomava ferro por causa disso.

- Seu Valmir está uma arara com você, acho que cabeças vão rolar, cuidado meu amigo, muito cuidado... – disse ele com uma falsa preocupação.

- Obrigado por me avisar mesmo sem eu pedir André – ele me olhou ofendido – aliás, não somos amigos – olhei com deboche para ele e segui até a sala de Valmir.

- A é, Luciano é meu amigo, você não – disse ele com deboche – teria vergonha de andar com alguém desleixado e insignificante como você... – ele não terminou, peguei ele pelo pescoço e o prensei na parede.

- Muito cuidado com o que você fala para mim, seu enrustido de merda – cuspi na cara dele – você acha que eu não sei o que você e o Heitor da manutenção fazem no fim do expediente todo sábado de fim de mês – ele ficou pálido – isso mesmo, eu sei, cuidado, as paredes são finas e para sentar numa rola grande você tem que aprender a fazer direito, seu amador...e ficar de boca fechada – ele se soltou e ia falar algo, mas não deixei.

- Me solta, seu gay... – era essa maneira que ele achou para me ofender.

- Sou gay sim, mas sou bem mais homem que você, não me escondo e nem tenho vergonha de ser o que sou, muito pelo contrário, sou mais homem que alguns por aí, agora se você não se respeita, me respeite seu babaca e agora vá lá puxar o saco do Luciano e quem sabe você tenha sorte e de uma chupada nele – dei as costas e sai.

- Isso não vi ficar assim, vou contar para o Valmir que me ofendeu e me agrediu... – deixei ele falando sozinho e segui até a sala do Valmir. Entrei em sua sala e me sentei. Valmir estava de costas e notei que quando ele me olhou estava preocupado.

- Eu fiquei sabendo o que aconteceu Fabrício, o Luciano chegou transtornado ontem em casa, quebrou o quarto dele inteiro e se trancou lá dizendo que tinha magoado a pessoa que ele menos queria magoar, ele não abriu a porta para ninguém – ele me olhou em interrogação – essa pessoa foi você, me responda? – Exigiu ele.

- Foi – respirei fundo – ele me falou que tínhamos que nos afastar, que não queria ser taxado de gay, que não queria ser prejudicado, a imagem dele prejudicada, sabe tio eu já estou cansado de Joãos e Lucianos na minha vida... – fui interrompido.

- Não compare meu filho a ele – disse nervoso - nunca mais faça isso... – interrompi ele.

- Não são diferentes, um me ofendeu com palavras, o outro me feriu fisicamente, mas os dois abusaram, da minha confiança, amizade, do meu corpo... – fui interrompido.

- CHEGA– berrou ele - você foi abusado por que deixou – ele cuspiu essas palavras em mim – não se faça de vítima, não para mim... – ele então botou a mão na boca se dando conta do erro que cometeu.

- Eu sou culpado mesmo Valmir, em nenhum momento eu dei a entender que foi o contrário – ele me olhou arrependido – mas sempre vai ser mais fácil dizer que a culpa é do gay, não é? – Ele me olhou e balançou a cabeça.

- Desculpa, eu não quis... – ele tentou consertar.

- Quis sim – sorri triste – os filhos são espelhos dos pais, ainda bem que Adriano se espelhou em dona Carmem, já sabemos em quem Luciano se espelhou... – ele se sentou ferido.

- Olha Fabrício, eu não quero que me entenda mal, mas tudo começou na janta no sábado, se eu soubesse tinha evitado que você fosse, eu não queria que chegássemos a isso – ele me olhou.

- Nem eu...é por isso que eu me demito Valmir... – ele me olhou de olhos arregalados e deu um pulo da cadeira.

- Não é para tanto, não precisamos chegar a isso... – ele tentou argumentar.

- Eu não tenho mais cara para trabalhar aqui, não depois de ter passado tudo que passei, na sexta, no ´sábado e ontem...eu quero viver, mas para isso eu preciso me livrar de algumas correntes, eu lhe agradeço pela oportunidade e por tudo que me ensinou e fez por mim até aqui, mas não dá mais, não sou tão evoluído para aceitar que quem eu tinha consideração é pior que os outros, passar por isso não dá e nem quero, vou ser julgado pela minha sexualidade e não pelo meu trabalho... – ele me segurou pelo braço, mania chata essa.

- Você não vai se demitir...eu não vou aceitar sua demissão... – ele me olhou como meu pai me olhava quando estava arrependido.

- Não tem você não aceitar, é um direito meu e além do mais sou bem grandinho para saber o que quero ou não...– encarei ele nos olhos.

- Você não vai a lugar algum – ele me enfrentou.

- Tio, me solta... – eu ia estourar com ele até que alguém interfere.

- Pai, solta o Fabrício e peça desculpas a ele, como você mesmo diz não nos criou para sermos mal-educado, agora digo o mesmo... – Luciano estava na porta, suas olheiras e seus olhos vermelhos estavam bem evidentes em seu rosto. André estava logo atrás como se fosse um parasita e parecia se divertir muito com a cena.

Sai da sala, não tinha mais o por que ficar ali. Passei por todos sem ao menos encara-los. Me tranquei na minha sala e como tinha identificador de chamada só atendi ligações importantes como de clientes e fornecedores. Na hora do almoço todos me olhavam como se eu fosse um estranho tanto que para evitar comentários e chateações acabei preferindo almoçar sozinho mas perdi a fome assim que vi André, Luciano, Valmir e dona Carmem chegarem juntos para almoçar no restaurante e me encararem com pena, mas eu não era digno de pena e nem queria.

Acabei me distraindo com Tatiana que se sentou para almoçar comigo quando viu que eu comia sozinho e me contou sobre o seu fim de semana extraordinário, quer dizer quase, se ela não tivesse ficado louca no sábado e ido às pressas para o UPA. Como tudo acabou bem acabamos rindo da situação e atraindo a atenção de todos ao redor. André da mesa me olhava com ódio mortal enquanto eu apenas olhava com deboche para ele.

O resto da tarde foi normal quer dizer quase, as pessoas ainda me olhavam como se eu fosse um estranho ou uma aberração e ainda peguei André falando de mim para a zeladora do edifício que era outra que o Heitor da manutenção pegava. Não dei trela, eu recado estava dado, a próxima vez eu quebraria a cara dele, mas não seria aqui. Quando estava saindo para a faculdade dou de cara com Valmir.

- Desculpa Fabrício, eu não queria... – dei as costas para ele que apenas me encarou consternado.

Fui saindo da sala, estava passando por Luciano quando ele barrou minha passagem no meio do corredor.

- Me deixa passar Luciano – disse entredentes.

- Conversei com o meu pai – disse ele bem próximo, Valmir nos olhava – não tem por que se demitir, fique uns dias em casa, nossa conversa não acabou e nem pense em ir para o sul antes do feriado, vou atrás de você, entendeu? – Somente assenti, não falei nada. Fabrício me olhou de uma maneira que ele nunca tinha me olhado, cheguei a me arrepiar. Foi estranho, foi intenso, era a primeira vez que olhava ele como homem e não como amigo, estranhei, Luciano estava mais confiante e nem se importou com André olhando de boca aberta a cena toda. Sai às pressas, esses dias poderia estudar para as provas.

A semana passou rapidamente. Na faculdade tudo a mesma bosta de sempre, prova em cima de prova e muitos trabalhos para ser entregue tanto é que acabei esquecendo dos últimos episódios que ocorreram. Na quita à tarde enquanto revisava um projeto a pedido de um dos nossos clientes eu recebi a visita de Valmir e Carmem que emocionado me pediu desculpas de joelho fazendo me fazendo ficar constrangido e depois eu e dona Carmem chorar no calor do momento.

Valmir não se perdoava, mas na realidade eu já até tinha me esquecido, mas ele não. O peso da culpa pela morte de Adriano ainda era muito grande e foi nessa tarde que eu percebi que era bem mais que um simples afilhado para ele, não tinha como ficar magoado ou com raiva de Valmir, acho que ele não se perdoaria. Foi uma tarde interessante, dona Carmem fez pipoca e mate que tomamos na cuia de chimarrão, me senti da família de novo.

A semana ia acabando e nem sinal de João aparecer na faculdade o que para mim não era surpresa, nem novidade já que ele não passava de um covarde e quando um dos nossos amigos avisou que ele havia trancado o curso pois tinha sido transferido para o Pará minhas suspeitas se confirmaram, ele no mínimo pediu para ser transferido ou já tinha em mente que faria isso. Por alguns minutos pensei em tudo que tive com ele e então me dei conta, sábado teria sido a última vez que eu vi o João. Também não tinha visto Valentina em nenhum dos outros dias e começava a me preocupar com seu sumiço quando ela apareceu no laboratório de hidráulica onde seria aplicada a prova aquele dia.

- Desgraçado... – Valentina gritava ao celular com alguém quando entrou na sala – você não vale nada, não é homem nem para terminar comigo pessoalmente, seu filho de uma puta... – ela desligou o celular e o jogou no chão fazendo ele sé quebrar em 3. Ela chorava de maneira histérica, e a sorte dela é que só havia eu na sala e o Cauã e o professor Marques que preocupado foi buscar um copo com água para era ele.

- Valentina... – chamei a atenção dela.

- O que foi? - Perguntou ela.

- Vem comigo, aqui você está se expondo demais...Cauã avisa o professor que eu vou leva-la e já volto – a puxei pela mão e subi de elevador com ela até Pilotis da faculdade onde ficava a cantina e comprei uma água para ela e um café para mim.

- Nós vamos perder a prova Fabrício, você não precisa se sacrificar por mim, não se preocupe, eu vou ficar bem... – ele tentou argumentar.

- Não se preocupe, tem a segunda chamada, a gente faz ela no fim do semestre e ainda teremos mais tempo para estudar... – disse a ela que apenas me olhou e assentiu.

- Ele acabou comigo por telefone, aquele filho de uma mãe, não foi homem para me encarar no olho – ela engoliu o choro

Dei o tempo que Valentina precisava, ela apensa bebia sua água e olhava para o nada. Bebia meu café enquanto notava olhares curiosos de quem passava em frente a nossa mesa e olhava aquela bela moça com os olhos inchados de tanto chorar. Valentina não merecia sofrer desse jeito, o fato de ser noiva e eu amante não me fazia odiá-la, ela era tão vítima quanto eu.

- Ele acabou nosso noivado por telefone... – comentou ela sem me olhar – 8 meses e aquele maldito desgraçado terminou tudo pelo telefone... – ela rangia os dentes.

- Como? Por telefone? – Perguntei, queria saber mais dessa história.

- Sim – ela baixou a cabeça.

- Mas Valentina, vocês não estavam apaixonados, eu lembro que na semana passada vocês acabaram assumindo para todos o relacionamento de vocês – lembro bem de quarta da semana passada quando enfim eles assumiram para todos e eu quando descobri decidi que era hora de pular fora.

- Na sexta à noite João já estava estranho... – ela me encarou, segurou forte em minha mão e voltou a encarar o vazio – ele chegou preocupado, broxou comigo na cama, em todos esses meses que estávamos juntos isso nunca tinha acontecido, nunca... – ela parecia dizer a ela mesma – ele estava distante e podia jurar que ele havia chorado, parecia triste, mas João nunca se abria comigo, ele dizia que sentimentalismos era coisa de mulher então eu não lhe perturbava – ela começava a chorar de novo.

- Calma Valentina... – tentei conforta-la.

- João não ficou nem 40 minutos comigo, logo disse que teria que ir embora pois tinha que estudar e resolver uns assuntos pendentes que não era do meu interesse, estranhei, mas não comentei, como ele mesmo dizia não era do meu interesse – será que João tinha se arrependido, remorso, culpa, será? E ainda por cima broxar com ela na cama.

- Estranho... – Comentei tentando disfarçar.

- O que é estranho? – Perguntou com a voz anasalada.

- Tudo isso – disse a ela que concordou.

- Sábado quando me ligou ele estava tenso, encontrei ele que acabou não indo trabalhar e notei que ele estava distante, arredio...decidi ir para casa e então ontem ele me mandou uma mensagem terminando tudo comigo, dizendo que eu não era a pessoa que ele amava que ele tinha se precipitado, confundido as coisas e que não queria me fazer sofrer, o pior foi eu descobrir pela boca de uns dos amigos dele que aquele desgraçado já tinha pedido transferência há 3 meses atrás e eu não sabia, já estávamos juntos em segredo há 8 – ela disse inconformada - ele disse que ia embora mas que assim que ajeitasse a vida dele voltaria para buscar seu amor, mas que esse amor não era eu que nunca foi... – ela agora voltava a chorar – ele nunca gostou de mim, só me usou e pior que nem transávamos tanto assim... – ela confessou e eu não parava de pensar que porra que estava acontecendo.

- Então Valentina, ele nunca te amou? – Perguntei sem maldade, pois a atitude dele foi a pior possível.

- Não! – Ela exclamou desapontada – ele simplesmente me disse que o sentimento que ele tinha por mim era só amizade, que ele confundiu as coisas... – ela repetiu isso.

- Que canalha... – comentei sem me dar conta de onde estava, Valentina e eu estávamos marcados pelo mesmo homem, o mesmo babaca que conseguiu nos ferir.

- Sabe o que é pior Fabrício, eu estou pagando pela minha ambição – disse ele limpando o nariz com a mão.

- Não entendi – franzi a testa.

- Eu não amava ele, mas gostava de pensar que ele me daria uma boa vida – disse sem remorso nenhum – não me sinto culpada em trair ele com o Henrique... – estava chocado, olhei para Valentina que agora ria compulsivamente. Henrique era um dos melhores amigos de João, quer dizer, o que mais estava com ele na faculdade. Ele tinha 35 anos, era separado e morava com os pais, era uma cara gente boa, moreno, alto, olhos em um tom escuro muito bonito.

- Então para que esse escândalo todo Valentina, para que esse drama digno de levar o Oscar se nem mesmo você gostava dele? – Perguntei a ela que me olhava séria.

- Eu não mereço ser usada e jogada fora, você não acha Fabrício? E mais uma coisa, eu sabia que ele tinha outra, só que nunca fui atrás para descobrir, então não tem por que se fazer de ofendido – ela disse jogando o cabelo para trás – eu só acho que eu merecia mais consideração, não sou nenhuma puta para ser descartada por telefone...sou muito bonita para isso – disse em tom arrogante.

- Menos Valentina, você é bonita, mas gosto não se discute – ela me olhou e deu de ombros – agora que já perdemos a prova e a senhora ganhou o Oscar eu vou pegar minhas coisas e ir embora... – me levantei, me despedi dela e passei no laboratório só para pegar meu material.

A ida para casa foi rápida o suficiente para não perceber quando o UBER estacionou em frente a portaria. João planejou tudo, nós fomos meros objetos em suas mãos, Valentina não era tão santa, assim como eu ela procurou e achou, mas o que me revoltou não foi o que ela disse, quer dizer, até foi, mas vindo dela eu não sei por que me surpreendi, o que me deixou puto foi que ele fez tudo de caso pensado, foi aí que me dei conta, no sábado, o que ele realmente foi fazer lá? Nesse dia seria a última vez que veria ele.

Quando entrei no apartamento desabei no sofá, queria pegar o fim de The Walking Dead e relaxar um pouco tomando um caldo de milho com frango que havia pedido pelo celular enquanto subia para cá. Estava assistindo quando o meu celular toca, no visor número desconhecido. Resolvi atender, pode ser uma emergência.

- Alô – atendo prestando atenção no telefone.

- Meu amor... – a voz dele é pausada, gelo quando ouço a voz do outro lado da linha – eu vou voltar, me espere, eu te amo... – a ligação é finalizada me fazendo ficar em pânico e me questionar o porquê dessa ligação tão repentina de João...

Continua...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive William28 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Muito massa eu amo seus contos tá de parabéns

0 0
Foto de perfil genérica

O Fabrício é forte, mas ainda não está acostumado a ser assim. Creio que com o tempo isso irá acontecer. Agora, Will, onde, diabos você tirou a cidade de Bom Despacho-MG? aguardo o próximo capítulo ansioso.

0 0
Foto de perfil genérica

Oi Will! Depois de terminar de ler AÇÃO E REAÇÃO, que aliás, espero uma continuação ou um epílogo, até porque quando a história é boa, queremos mais, mais e mais, estou começando a acompanhar Coração Ferido, que começou muito bem abordando o relacionamento abusivo. Estou esperando ansioso a próxima atualização. Fica bem, tá? Beijão!

0 0
Foto de perfil genérica

Eu acho que o meu Martines não é espanhol, se fosse com z sim. Meus avós por parte de pai são paraguaios e índios, então acho que esse meu sobrenome é paraguaio! E porque tu não perguntou na época? kkkk Essa família do Luciano não dá pra entender, acho que essa segunda chance que o Fabrício deu pra família serve como atenção, pois se ocorrer algo do tipo novamente, acho melhor que ele se afaste. O Luciano é meio paranóico e como um leitor disse, ele acabou percebendo que sente algo pelo Fabrício assim que viu que pode perde-lo. O João eu sempre suspeitei que amava o Fabrício, mas tinha medo e vergonha de sofrer algum tipo de preconceito, não sei se ele virou um psicopata ou não, mas ele foi muito verdadeiro. O que eu tenho pra falar pro Fabrício é, Abra o olho com quem está ao seu redor e dê uns socos nesse Andre pau no cu!

0 0
Foto de perfil genérica

Huuum, acredito que o João realmente ame o Fabrício, mas, por preconceito e preocupação com o que as pessoas pensam, não ficou com ele corretamente. Quanto ao Luciano, não sei qual é a dele, nem a de Walmir. Um abraço carinhoso,

Plutão

0 0
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Bicha tô no chão .. já passei por isso só que com diferentecia de que eu sempre fui boca dura .KKK mas esse André merece umas porradas

0 0
Foto de perfil genérica

NOSSA, QUANTA TRAIÇÃO. TODO MUNDO FICOU COM TODO MUNDO DE TODO MUNDO. VIXE. ISSO É HORRÍVEL. QUANDO UM DESCOBRIR DO OUTRO NÃO VAI PRESTAR. MELHORES AMIGOS FICANDO COM NAMORADA DE MELHORES AMIGOS. QUE PUTARIA SEM FIM. AINDA NÃO ENTENDI QUAL É A DO VALMIR. PRIMEIRO DEFENDE FABRÍCIO, DEPOIS OFENDE ELE. QUE BABACA. IDIOTA VC DE TER PERDOADO ELE. EU MANDAVA SE FUDER.

0 0
Foto de perfil genérica

João é só mais do mesmo, tipo de gay homofóbico, que usa uma pose de machão pra não se sentir gay, mas é aquela coisa né, amor não se escolhe, acontece. O Luciano e João só se deram conta que realmente sentem algo a mais por Fabrício pq perceberam que podem o perder. Esse Fabrício tem um gênio forte né, sendo que ele era super submisso, talvez a submissão fosse só na cama. Valmir e Carmem, maravilhosos. Ahh e só o meu user é sssul, é um brincadeira com as letras do meu nome, mas eu sou do MA, capital. Nossa, ação e reação foi incrível, já está nos meus favoritos, queria mais um pouco dele. Já tinha um tempo que não lia todos os contos de um autor em um dia. Vlw pelo entretenimento. A gente sabe que os autores daqui do cdc fazem outras coisas da vida, entendemos, mas poxa, as vezes é uma demorada escrota pra postar mais capítulos, mas mesmo assim o seu vale a pena esperar. Beaj

0 0
Foto de perfil genérica

João é só mais do mesmo, tipo de gay homofóbico, que usa uma pose de machão pra não se sentir gay, mas é aquela coisa né, amor não se escolhe, acontece. O Luciano e João só se deram conta que realmente sentem algo a mais por Fabrício pq perceberam que podem o perder. Esse Fabrício tem um gênio forte né, sendo que ele era super submisso, talvez a submissão fosse só na cama. Valmir e Carmem, maravilhosos. Ahh e só o meu user é sssul, é um brincadeira com as letras do meu nome, mas eu sou do MA, capital. Nossa, ação e reação foi incrível, já está nos meus favoritos, queria mais um pouco dele. Já tinha um tempo que não lia todos os contos de um autor em um dia. Vlw pelo entretenimento. A gente sabe que os autores daqui do cdc fazem outras coisas da vida, entendemos, mas poxa, as vezes é uma demorada escrota pra postar mais capítulos, mas mesmo assim o seu vale a pena esperar. Beaj

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Tantas coisas que o Fabricio passou, chega de tanto sofrer.....

0 0