Entre amigos

Um conto erótico de kithy
Categoria: Heterossexual
Contém 1865 palavras
Data: 05/06/2017 05:09:07

A chegada à faculdade é sempre repleta de expectativas. Novas amizades, experiências e amores pra uma noite só, e tudo merece ser intensamente vivido.

Dentro do meu grupo inseparável de amigos, a sintonia entre mim e Rafa era super bacana. Nos conhecemos no dia do famoso trote e não nos separamos mais. Enquanto caminhávamos pela rua perdendo toda nossa dignidade atrás de uns trocados pra choppada de calouros, Rafa abusou do estilo brutamontes e apelou para seu corpanzil sarado. QUE COLÍRIO! Sem camisa, ele distribuía sorrisos para as mulheres em nosso caminho e acabou enchendo o copinho de moedas primeiro que todo mundo. Dedilhava um violão como ninguém. Charmoso e inteligente. QUE HOMÃO! Nos pegamos algumas vezes, mas eram sempre situações de puro fogo na raba, nada que nos comprometesse.

No meio do curso, ele pediu transferência para uma universidade em sua cidade natal. A distância não era problema. Problema mesmo era a menina que ele começou a namorar. Ela era bastante ciumenta e ele acabava sempre se afastando da nossa turma. Mas, era só brigarem que Rafa reaparecia.

Numa tarde dessas, fazia alguns meses que não trocávamos uma palavra sequer, recebi uma mensagem dele. “Saudadeeeeee, hermana! Como vc está?!”. Eu estava mega puta da vida com o sumiço, com a situação toda, então resolvi bancar a grosseirona.

- Cara, para de me mandar mensagem. Nada a ver. Só fala comigo quando tá brigado com a menina? Isso não amizade. Fica bem.

Ele começou um áudio enorme se desculpando, falando sobre o ciúme da menina e sobre como se sentia mal por agir assim. Fiquei lembrando aquele cara maravilhoso que andava comigo, super seguro de si, independente, e não o encontrei naquelas desculpas. Mas, a voz dele ainda causava o mesmo efeito de antigamente. Seu timbre, aquela fala firme, a voz grossa que cantava Red Hot nas horas vagas... Foi total culpa dele o lado groupie que nasceu em mim!

Conversamos por toda a madrugada, sobre família, relacionamento, emprego, piadas... Foi ele quem começou a falar sobre nossa “relação”.

- Como é que a gente nunca namorou? A gente é tão igual! Te achava muito gata, mas você não era tão afim, né?

- Você é um espetáculo, Rafa! Sempre foi! E nunca me pediu em namoro, não me culpa! Mas acho que somos melhores como amigos mesmo hahaha

- Quero te ver. Bora tomar um café um dia desses?

Pensei bem antes de enviar um “sim”. Encontrá-lo depois de tanto tempo e depois desse papo torto... Não me parecia um café inocente. Mas eu queria demais passar com um tempo com ele. Por que desperdiçar a oportunidade?

Uns 15 dias depois, ele veio pra cidade e marcamos na própria faculdade, já que eu estava presa com o grupo de pesquisa O que mais tinha por lá era lugar pra um café e o ambiente nos manteria controlados (só que não).

- Tô subindo, te espero lá no hall. – alertou o Whatsapp.

Dei um pulo da mesa e corri para o banheiro, pra dar uma tapeada na cara de cansada. Chegando lá, aquele cara maravilhosamente esculpido num monte de músculos já deixou meu corpo em alerta. Aceleramos juntos para um abraço. Rafa me envolveu e, com uma das mãos, aninhou meu pescoço como se apoiasse a cabeça de um bebê, me puxando para o mais perto possível.

Com o rosto colado nele, senti seu perfume. Fechei os olhos e não tentei me soltar, passeando com os dedos delicadamente em seus braços. Pensei que estava passando vergonha com aquele “assédio”, mas ele não se soltou também. Pelo contrario, deu um beijo demorado no meu rosto, bem no pé do ouvido, me arrepiando.

- Huuuum, parece que você ainda me ama! – rimos juntos e, enfim, nos separamos.

Nos sentamos na lanchonete e ele acomodou sua mochila na cadeira ao lado. Não parecia ter muita coisa, então não pude evitar a pergunta.

- Não vai ficar por aqui?

- Na verdade, não vai dar. Se eu dormir fora, você fica sem amigo pra sempre. Vai rolar um homicídio bem sangrento.

Claro, ele tinha que me lembrar desse infeliz detalhe. A tal da ciumenta.

Conversa vai e vem, Rafa começou a falar de sua crise com a menina.

- Eu tô meio cansado dessa vida. Isso já aconteceu contigo? Você não tem vontade de ficar com outras pessoas? Tipo, a gente já namora há tanto tempo e tal... Não te enjoa?

- Claro que dá, sou humana, ué! Mas não é porque desejo que vou por em prática. – tentei lançar um charminho para finalizar a frase.

- Sem exceções?

- Tem uma exceção, pra ser sincera.

- Eu conheço o cara? – ele perguntou, entre um sorriso sacana e uma piscadinha debochada.

- Sim! Até parece bastante com ele, sabia?!

Eu não queria ser ainda mais direta pra não gerar constrangimento e o tiro sair pela culatra, mas nem precisei me preocupar. Ele também estava afim, ou nem teria puxado o assunto. Rafael levantou, deu a volta e me ofereceu o braço, me convidando pra dar uma volta pelo campus.

Caminhando, relembramos nossos tempos de calouros, das farras com nosso grupo e sobre o que a vida de adulto trouxe. Rafa passou o braço pelo meu ombro e passamos a caminhar abraçados. Ele zombou de mim pelas aulas em que eu mais dormia do que assistia e fiz uma careta em sua direção, roçando a ponta do nariz em sua bochecha, como num carinho sutil. Ele virou o rosto e me beijou de leve, num selinho rápido. Seguimos andando, agora em silêncio.

Ele quebrou aquela quietude com uma gargalhada alta, me fazendo encará-lo sem entender o motivo da graça.

- Topa um clichê?

- Que? – eu não imaginava do que se tratava.

- Dizem que a biblioteca do 10º andar tá sempre vazia...

Ele soltou a ideia enquanto mirava a paisagem. Virou-se pra mim e me fitou bem sério. Antes que eu desse qualquer resposta, me puxou pela ponta da camisa e me beijou com um carinho sobrenatural, como se estivesse estudando minha reação.

Retribuí o beijo, deixando-o mais intenso. Ele tinha um jeito meio bruto de beijar, como se fosse engolir a pessoa com aquela bocarra. Sua barba cheia, roçando na minha pele, me deixava a cada segundo mais excitada...

- Vem cá.

Ele me levou pela mão em direção ao espaço dos elevadores e, pelo medo de sermos pegos por algum conhecido, aguardamos afastados, tentando disfarçar a fantasia universitária que planejávamos.

Chegando no 10º andar, seguimos para a biblioteca. Deixamos as mochilas no armário de volumes e acessamos uma das salas de estudos. Como um minúsculo escritório, a sala tinha porta com tranca, tudo em PVC, e uma única parede de vidro, tipo um janelão, virada pra rua. A vista, de frente para um morro de mata fechada, não nos denunciaria.

Trancando a porta, Rafa se virou e me encarou. Encostei-me à mesa, tirando minha camiseta, sem desviar nossos olhares. Ele também despiu a camisa e caminhou em minha direção. O recebi com um beijo faminto, puxando-o para junto do meu corpo. Rafa abriu o zíper da minha calça e seguiu com a boca para meu pescoço. Descendo a boca pelos meus ombros, partiu para os meus seios com beijos molhados. Sem tirar meu sutiã, usou as mãos para acaricia-los, alcançando meus mamilos... Ele sabia bem do que eu gostava!

Puxei-o pelo cinto, abrindo-o, e revelando sua cueca. Com as mãos por dentro dela, apertei sua bunda durinha que deixava muita garota com inveja. Alcancei seu pênis, duro e pulsante, e comecei a masturba-lo devagar. Ele beijava minha boca quando comecei a descer os lábios, passeando pelo seu corpo, até chegar ao meu destino final.

Lambuzei todo seu membro, abocanhando o que conseguia. Com a língua, passeava pela glande e o masturbava simultaneamente. Durou pouco, já que ele me ergueu e voltou a me beijar. EU ADOOORO BEIJAR, E BEIJAR MUUUUITO, até a boca doer de tanto beijo! E ele lembrava esse detalhe, fazendo nossos beijos durarem e assumirem intensidades diferentes a cada novo movimento de línguas...

Ele desceu minha calça num puxão, com certo esforço por ser justa, e me virou de costas, fazendo da mesa meu apoio. Deu uns chupões e apertões nas minhas nádegas, até voltar a minha nuca. Com a respiração ofegante, mas mantendo o silêncio pra não sermos descobertos, Rafa passeou com a cabeça do pau, pincelando tudo o que encontrava, até alcançar a fenda que piscava pra ele, convidando-o a entrar e ficar à vontade. Lambuzada e melada até o início das coxas pelo mel que escorria, eu recebia suas estocadas... Ele não era agressivo nem veloz demais. Era no ritmo certo, como quem quer aproveitar cada movimento. Até num momento daqueles, Rafa era um gentleman. Até demais...

- É assim que você gosta, né? – ele cochichou esbaforido em meu ouvido.

- Aham... mas eu quero mais... muito mais...

Um segundo depois, Rafa empurrou minhas costas, arqueando meu corpo. Abri os braços sobre a mesa, prevendo a barulhada que poderíamos causar. Ele cravou os dedos na minha bunda, aumentando, finalmente, seu ritmo.

Abrindo meu sutiã, agarrou em meus seios enquanto me fodia cada vez mais intensamente. Eu mordia meus lábios, tentando segurar os gemidos. Acabamos trocando umas risadas quando a mesa sacudiu e arrastou no chão da sala, arrancando um “shiiiiiiiiii” que veio do lado de fora, provavelmente da bibliotecária ou da recepcionista. Só não suspeitaram de nada antes graças ao ar condicionado sucateado que fazia tanto barulho quanto uma turbina de avião.

De súbito, Rafael se agachou e, me deixando ainda de costas pra ele, me deu um verdadeiro banho de gato. Sugou meus lábios, lambeu meu clitóris, com o rosto todo encaixado entre minhas pernas... Se levantou novamente e, em vez de voltar a me foder, acariciou-me com a ponta dos dedos e introduziu dois deles, num vai e vem delicado e excitante... Com a outra mão, se masturbava freneticamente, enquanto observava meu corpo se contorcendo em espasmos pelo prazer que ele me proporcionava. Sujando o chão e parte da mesa com seus jatos de porra, Rafa gozou e me fez gozar.

Sentou-se em uma das cadeiras, relaxando, enquanto eu catava minhas roupas que ficaram pelo chão. Ele me puxou para si, sentando-me em seu colo. Trocamos outros beijos, que percorreram a boca e o rosto.

- Melhor a gente fugir antes que respondamos por ato obsceno em público... – brinquei, tentado, na verdade, evitar qualquer constrangimento.

- Hermana, hermana... a gente vai queimar no mármore do inferno!

E entre risadas e respirações ofegantes, demos aquele beijo que a gente sabe que é de despedida. Rafa usou umas folhas de rascunho que estavam na mesa pra amenizar a lambança que fizemos. Um de cada vez, saímos da sala e da biblioteca. No corredor que levava aos elevadores, ele me beijou na testa, enquanto fazia um carinhoso cafuné, bagunçando meus cachos.

- Eu te adoro, sabia?

- Claro, sou sua hermana, somos todos adoráveis hahahah

Nos abraçamos e, dessa vez, demoramos um pouco para nos separarmos.

Conversamos mais um pouco durante a caminhada de volta para o térreo, acompanhando-o até a saída. Ele pegou o ônibus para a rodoviária e, em poucas horas, estaria longe de novo. Mesmo com os intervalos irregulares em nosso contato, essa é uma amizade que não quero perder de jeito nenhum!

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Comentários

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Querida, estou para dar nota e comentar nesse conto desde quando foi publicado. Excelente, lindo! Adorei a sua narrativa e descrição de cena. Se puder, dá uma lida no meu relato recém publicado. Beijo grande!

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