O Meu Amor Pelo Fogo cap.11

Um conto erótico de Reed
Categoria: Homossexual
Contém 2432 palavras
Data: 06/06/2017 22:59:57

Oi voltei! A demora foi longa, porém estou de volta. Tive que passar por esta espécie de hiato antes de poder voltar a escrever aqui de novo. É, parece que a minha tentativa de “irritar” algumas de vocês funcionou hahaha.

Antes de começar, queria esclarecer algumas coisas:

Primeiro: Sim, naquela época a minha “carne” era fraca e admito isso, quis passar essa sensação pra quem está lendo. Eu e Alice eramos exatamente como gasolina e fogo, uma relação bem complicada, era uma coisa de “amor e ódio” mesmo.

Segundo: Entendo a “raiva” de algumas de vocês, até porque, não dá pra se ter uma noção exata do espaço-tempo da história, por isso, cria-se a sensação de que a Alice fazia oque queria comigo com frequência, mas, não era desse jeito. Tenho que confessar que quando li os comentários, achei oque vocês falaram um tanto quanto engraçado.

Terceiro: Além desses fatos, eu só estou contando 30 ou 40% do que aconteceu de verdade, já que, o resto se perdeu na minha memória. Tudo isso com uma dose de exagero é claro. E a ordem dos acontecimentos não segue a linha original do que realmente aconteceu. Obviamente, eu estou tentando por um pouco de sentido nessa desordem, mas, isso é uma coisa um tanto quanto perigosa de se fazer.

Bom, eu já falei demais aqui, voltemos a história.

Com o celular na mão, levantei da cama extremamente nervosa, havia várias ligações não atendidas da Jade. Tentei ligar pra ela, sem resposta. Diante do meu nervosismo, pensei que ela não estava atendendo de propósito. Andando de um lado pro outro tentando fazer ligações, Alice falou:

- Você tá ligando pra quem?

- Tô ligando pra Jade. – Respondi sem pensar duas vezes. Errei feio.

- Ah não! Como é que é?! – Ela falou enquanto levantava da cama e vinha até mim.

Ela segurou o meu pulso com força, querendo pegar o meu celular.

- Alice me solta! Me solta agora! Você não pode fazer isso tá me machucando.

- Para de ligar pra ela! Para com isso! – Ela apertou o meu pulso ainda mais forte.

- Sua doente! Meretriz! Me solta AGORA!

Com minha outra mão arranquei a mão dela do meu pulso esquerdo e dei um empurrão que a jogou pra trás.

– Você não vê que é extremamente possessiva, agressiva e inconveniente?! – Eu exclamei.

Quando terminei de falar, ela me surpreendeu, deu um tapa bem no meu rosto. Ah não, tapa não, já não bastava ter sido arranhada na noite anterior, tomar um tapa fez o meu orgulho ficar ferido. Aquilo foi a mais pura demonstração de insânia e falta de respeito.

Fechei os meus olhos por alguns segundos enquanto eu respirava fundo, quando abri os olhos de novo, impulsivamente soquei-a bem no rosto com minha mão direita. E ela graças ao impacto, caiu no chão.

Trêmula, eu apontei pra ela e falei já consumida pela raiva:

- Você vai tomar um banho e vai ir embora da minha casa e nunca mais vai voltar aqui sem a minha permissão, ENTENDEU?! Aliás, você nunca mais vai voltar aqui!

Ela não falou nada, apenas se levantou e foi em direção ao banheiro do meu quarto.

- Tem toalhas limpas pra você usar, se quiser. – Eu falei um pouco mais calma.

Quando ela já estava no banheiro eu saí do meu quarto e fiquei encostada na porta respirando fundo, tentando processar oque acabara de acontecer. Rapidamente desci as escadas à procura de Dona Ana, foi só pensar nela que a vi caminhando pela sala indo em direção a cozinha e ao me ver ela falou:

- Gabriela, ouvi um barulho vindo de seu quarto, aconteceu alguma coisa?

- Nada, Dona Ana, não foi nada. – Minha garganta doía graças a raiva que eu estava sentindo, tentei parecer ao máximo que estava calma.

- Ah sim... – Ela me olhou tentando detectar alguma mentira no que eu disse.

Dona Ana estava completamente desconfiada, notava-se pela expressão em seu rosto, mas, graças aos seus quase vinte e quatro anos trabalhando na minha casa, e o título de governanta, ela controlou o extinto materno, pois, sabia que não era da conta dela saber oque acontecia na vida particular dos que moravam naquela casa.

De aparência, Dona Ana assemelha-se com a Fernanda Montenegro. Possuía cabelos castanhos que batiam nos ombros, andava sempre bem vestida. Mas, seu rosto já demonstrava sua idade avançada e também demonstrava que na juventude, fora um dia muito bonita.

- Sim, sim. – Eu respondi e rapidamente mudei de assunto. - Por acaso a senhora saberia dizer se o Álvaro já chegou?

- Já, ele já chegou, mas não está, foi levar o seu irmão no aeroporto.

- Avise-o que ele levará Alice até a casa dela. E... – Hesitei em pedir aquilo pois eu não queria receber algumas centenas de perguntas. Dona Ana, posso pedir outra coisa?

- Pode, é claro que pode minha querida. – Ela abriu um sorriso no rosto.

- A senhora poderia avisar que não é pra se deixar que ninguém venha me visitar quando não estou. Não quero que venham a minha procura quando não estou em casa.

- Claro. Mas... Porque você está me pedindo pra fazer isso? Aconteceu alguma coisa entre você e Alice? – Ela voltou me olhar desconfiada.

- Não, não, não aconteceu nada entre nós duas é que ela veio aqui sem me avisar e não gosto quando isso acontece.

- Entendo, mas não se preocupe isso não vai voltar a acontecer.

- Obrigada Dona Ana, a senhora é a melhor!

Eu já estava virando para voltar ao meu quarto e Dona Ana me fez a pergunta fatal:

- Gabriela minha querida, porque o seu rosto está avermelhado? Parece que você levou uma tapa.

“Tapa” Aquilo ecoou na minha cabeça. “Tapa... Tapa... Tapa...”

Ela havia me pegado, não consegui pensar em nada, apenas virei e falei com toda inocência do mundo:

- Vermelho? Não sabia que meu rosto estava assim, acredito que eu passei muito tempo dormindo com esse lado do rosto... (Que desculpa horrível a minha.)

Com toda cordialidade do mundo ela me respondeu:

- Releve oque eu disse, devo estar me preocupando a toa.

Voltei ao meu quarto a passos largos, com medo de que Alice poderia ter aprontado alguma coisa enquanto eu estive fora. Quando entrei, ela estava saindo do banheiro com cabelos molhados e o rosto já estava começando a inchar.

- A senhorita já está pronta? – Eu perguntei com ironia.

- Já. – Ela respondeu em um tom seco.

- Que ótimo, mandei meu motorista levar você até a sua casa.

Enquanto eu falava isso, pude ver da janela do meu quarto Álvaro chegando de carro e voltei a falar:

- E por falar nisso, parece que ele já chegou. Podemos ir?

Ela não me respondeu, apenas foi até lá em baixo em silêncio. Quando chegamos, estavam Álvaro e dona Ana conversando sobre alguma coisa, e ao notarem a nossa presença Álvaro nos faulou:

- Bom dia, senhoritas.

- Bom dia, Álvaro, essa daqui é Alice, você vai levará até em casa como foi lhe dito. – Eu falei.

Álvaro era um homem velho, um pouco corcunda e assustava os outros graças a sua altura, mas, era extremamente educado e bem-humorado, graças a isso eu o apelidei de “Gentle Giant”. De aparência ele se assemelha ao Alfred, mordomo do Batman.

Alice continuou sem falar nada, apenas sorriu, e Álvaro retribuiu com outro sorriso. Dona Ana ficou estudando nós duas com um olhar ainda desconfiado e ao mesmo tempo severo. Eu e ela ficamos da porta observando eles dois irem até o carro.

Quando ela ia entrar no carro, eu sorri e deu um “tchauzinho”. Puro deboche da minha parte, e, com certeza aquilo deixou ela irritada. Doentiamente, Alice não demonstrou feição no rosto, estava completamente inerte.

Enfim aquilo havia terminado, fiz de tudo para parecer que nada estava fora da normalidade. E minha cabeça só estava pensando na Jade, tinha que pedir desculpas por não ter atendido as ligações dela, na verdade, eu precisava pedir desculpas por tudo. Expulsar de uma aquele demônio em forma de culpa.

No meu quarto de novo, tentei ligar mais uma vez pra ela, sem sucesso... Fui ligar pra uma pessoa diferente e liguei pro Fernando.

- Oi Fê, onde você tá?

- Eu estava DORMINDO UM SONO PERFEITO! – Ele falou extremamente mal humorado. – Desculpa, desculpa é que eu detesto quando me acordam cedo em um sábado de manhã, mas e aí, por que você me liga tão cedo?

- Você não vai acreditar, Alice veio aqui ontem e resumindo a história toda, nós duas ficamos de novo e hoje de manhã nós duas brigamos.

- Alice oque?! Como assim? Deixa eu ver se entendi, ela foi na sua casa, vocês ficaram de novo e hoje de manhã vocês brigaram, foi isso que aconteceu?

- Sim, foi briga física, ela me deu um tapa bem no meu rosto.

- Olha só, eu tô confuso, de tarde eu posso ir na sua casa pra você me contar essa história melhor?

- Pode, pode sim.

- Ok, duas tarde eu vou aí, por agora vou tentar dormir, tchau destruidora de sono.

- Até mais. – Respondi.

A tarde havia chegado, Fernando me ligou dizendo que já estava a caminho, eu avisei a dona Ana para que autorizassem a entrada dele, fiquei sentada na sala esperando, até que ele chegou e quando me viu falou:

- Olha só, se não é a destruidora dos sonhos alheios.

- Olha só, se não é a cópia do Morrissey. – Eu retruquei.

- Eu? Jamais... – Ele falou enquanto ria, envergonhado.

Fernando não era o tipo de cara que ligava pra aparência, ele estava vestido de um jeito simples, mas ele não precisava estar bem vestido, era inegável o fato dele ser bonito, e extremamente cavalheiro, não era a toa que as meninas da escolas eram loucas por ele.

- A gente pode subir pro meu quarto, é que lá a gente pode ter mais privacidade.

- Se isso te faz se sentir melhor, sim. – Ele respondeu.

No meu quarto, ele analisou o meu quarto detalhadamente, mexeu na minha coleção de vinil e sentou-se na cadeira que eu usava pra usar o meu computador.

- O seu quarto é muito grande.

- Todo mundo quem vem aqui fala isso. – Falei enquanto sentava na minha cama.

- Então, - ele falou mudando de assunto. – quer dizer que Alice veio aqui vocês ficaram e hoje de manhã vocês brigaram?

- É, resumindo a história, foi isso, ela veio até aqui em casa, nós duas transamos, dormimos juntas e hoje de manhã eu estava ligando pra Jade ela me deu um tapa bem no meu rosto.

- Ela te deu um tapa? – Ele falou surpreso. – Você reagiu, não reagiu?

- Sim, eu dei um soco bem no rosto dela, ela caiu no chão bem perto de onde você está sentado.

- Estilo a capa do "Vulgar Display Of Power" ?

- Exatamente como a capa do "Vulgar Display Of Power".

- Ha ha ha ha ha! Caralho, deve ter sido brutal! Mas... Você fez certo. Vou te dar um conselho, você precisa reagir sempre! Tem parar de ser submissa! Ela pode fazer isso sempre ou quem sabe, coisa muito pior. Digo isso por experiência própria.

Eu não gostava de receber qualquer tipo de reclamação,mas, eu tinha que admitir que ele estava certo.

- Tem razão, deixei avisado que ninguém entra nessa casa enquanto eu não for avisada, mas ela é louca e está ficando ainda mais obsessiva. Se ela fosse um personagem de “D&D” a tendência dela seria “Neutral Evil”.

- Nossa, eu não sabia que você se interessava por dados, lápis e masmorras. – Ele falou enquanto girava com a cadeira de um lado pro outro.

- Meu irmão tinha vários livros jogos, eu roubava pra desenhar os monstros.

- Que coisa feia... – Ele ironizou. - Mas, voltando ao assunto, você nunca sentiu nada passional pela Alice?

Percebi um tom sacana naquelas palavras, deduzi que ele estava querendo me provocar ou algo desse tipo.

- Não, digamos que oque eu sentia por ela era algo fisiológico, passional mesmo só a Jade.

Decidi entrar naquela brincadeira também, e pra “provocar” eu perguntei:

- Mas e você, nunca sentiu nada forte pelo Vinícius não?

- O Vini? Não... Foi só uma vez, ele agora tem namorada esqueceu? - O olhar dele parecia estar distante.

- Ah sim... – Troquei de assunto estrategicamente. – Oque te fez namorar a Alice?

Percebi que talvez ele estivesse ficando nervoso.

- O mais óbvio, ela é bonita. E quando nós começamos a namorar ela não estava tão perturbada assim.

- Interessante, mas ontem ela estava mais perturbada do que nunca, até me arranhou bem nas costas, sangrou e tudo mais.

- Ah, você não foi a única. - Ele disse enquanto mostrava duas marcas de arranhões paralelas nas costas.

- Nossa! – Eu falei surpresa. – Porque ela te arranhou desse jeito?

- Ué e quem você acha que desvirginou aquela indecente?

Ele começou a girar a cadeira cada vez mais rápido, aquilo já estava começando a me incomodar.

- Tarado. – Falei.

- Eu posso até ser, mas, quem anda transando com o Wolverine é você.

A língua dele estava afiada... Tentei deixar ele retraído, foi uma tentativa pífia.

- Já pensou se as unhas da Alice fossem feitas de Adamantium ?

- Nem queira pensar nisso... Mas e você e a Jade - ele falou aparentando estar interessado. - Vocês já pensaram em ter algo sério ?

Enquanto ele falava, deitei na minha cama comecei a olhar pro teto suspirei profundamente e o respondi:

- Passei a manhã tentando ligar pra ela, mas, sem sucesso.

- Putz! Que chato... Olha só, eu tenho que ir. - Ele falou enquanto abria a porta do meu quarto. - Não precisa me levar até a porta eu sei onde ela fica.

Ele foi embora, e eu fiquei refletindo sobre oque tinha acontecido até ali. Sem perceber, dormi o resto da tarde inteira. Até que fui acordada por dona Ana que entrou no meu quarto falando:

- Gabriela, tem uma garota aqui que diz ser sua amiga e quer falar com você.

- Ah Dona Ana, diz que eu estou dormindo ou sei lá, que eu saí.

- Mas ela insiste em falar com você.

- Ah que saco. – Eu falei enquanto me remexia na cama. – E essa menina que se diz minha “amiga” disse o nome dela pra senhora?

- Disse sim, o nome dela é Jade.

- Jade?! – Falei enquanto levantava da minha cama sem hesitar.

Dona Ana se assustou ao ver a minha "surpresa", e meu coração começou a bater mais forte.

Continua!

Então, vocês se lembram que eu disse que eu tinha algumas pendências pra resolver? Elas voltaram, mas já se foram resolvidas em definitivo, mais uma vez desculpas mela minha ausência, ela teve que ser necessária. Esse capítulo foi beeeem parado e bem longo por isso eu dividi, o outro vai estar bem mais interessante do que esse, mas vou ficar devendo ele hoje. Espero que tenham gostado! Até a próxima!

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Comentários

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Adorei seu comentário no inicio do conto,juro que nem me toquei que era vc a principal do conto rsrs mais mais meu comentário anterior não muda rsrs amando cont logooooooooooo

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Nãoooooooooooooooooooooooooooooooo para...... isso se chama muita maldade no coração

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Comecei a ler hoje seus contos e para falar a verdade li todos hoje, então espero que você poste logo outros estou ansiosa sobre o desfecho das suas histórias.

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