Coisas que sabemos! Pelo visto eu não sei de nada. Eu me apaixonei por um garoto de outro mundo, minha família nunca ia se acostumar com essa situação.
O destino brinca com cada uma pessoa, como se fosse seu teatro particular.
Nós dois nunca, nunca deveríamos ter nos falado nem ao menos trocado olhares.
Olá, me chamo Daniel Marinho Saints Clair, sou filho de um trabalhador do distrito da cidade, não se engane pelo nome bonito, só isso que temos na família.
Existe apenas eu e meu pai em casa, ele no mínimo ganha um salário mínimo, acho que 860,00.
Perdi minha mãe para um cara milionário que nos abandonou quando criança. Devido a isso nutri um ódio por ela. Deus que me perdoe, mais nunca que quero ver ela.
- Filho, você vai se atrasar.
Meu pai lá de baixo gritava, morávamos num apartamento com dois quartos, uma sala e cozinha. Tínhamos poucas coisas, mais mesmo assim nunca tive que rouba para ter algo. Sempre fui muito responsável e tive que trabalhar cedo para ajudar meu pai.
O senhor Rey Marinho Saints Clair, um cara forte, dos pelos pretos pelo corpo, usava uma barba por fazer e seus olhos castanhos. Mesmo com seu rosto destruído por cansaço, carregava um sorriso que me ajudava a crescer.
Eu tinha herdado quase tudo do meu pai, os olhos e cabelos castanhos, a pele parda e os músculos de trabalhador, minhas mãos eram grossas e ásperas. É quase tínhamos a mesma altura, 1,83. A única diferença era que meu pai era forte e eu magricela.
Daqui a alguns dias era meu aniversário de 18 anos e meu pai estava contando com a primeira parcela do décimo para fazer iam festa. O salário que ele ganhava dava apenas para pagar a luz e o aluguel, quase não dava para nós mantermos. Por isso tinha que trabalha como garçom a noite.
Mesmo eu escondendo um segredo do meu pai, ele sempre me amou. Ele não sabia que eu era gay.
- Vamos filho. Você vai se atrasar. - Gritou mais uma vez da cozinha.
Me levantei e fui tomar banho. Odiava acordar cedo devido ao trabalho noturno. Ganhava por noites trabalhadas, uma diária de quase 50 reais, mais as gorjetas que tirava por fora.
Chamava atenção pelo meu lado durão de ser e isso me fez atrair vários olhares de homens, que prometeram céus e terras.
Me arrumei e peguei minha mochila e desci. Olhei meu pai sem ele perceber. Ele estava vendo a geladeira quase vazia.
- Oi pai. - disse tomando coragem e fingindo não ver aquela cena.
- Oi filhão. Como foi a noite de sono? - perguntou ele revirando os olhos para não chora.
- Foi bem. Vou comer rápido e ir embora. Preciso chegar cedo na escola. - Respondi.
Meu pai tinha um grande coração, tinha uma meta na vida, ia deixa ele orgulhoso. Não importa o que houve.
A escola era uma publica, fui de bicicleta, dava pelo menos um km e meio. Então colocava meus fones de ouvido e ia embora.
Acordei com um presentimento que algo iria acontecer. E ia mesmo. Logo mais cedo tinha caído uma chuva e o céu estava nublado naquele dia.
Andava de bike ouvindo uma musica lenta, era Nova História - Malta
Faltando um quarteirão para a escola, eu não vi a grande poça de lama, o dia já ia começar com uma surpresa.
Uma Ferrari passou correndo e me banhando de lama.
- Filho da puta. - gritei em resposta.
Ele parou a Ferrari e pedalei até lá. Olhei pelo retrovisor, o garoto usava um óculos escuro e seus cabelos loiros estava num estilo degradê. Seu rosto era branco e sem espinha alguma. Ele riu debochado e arrancou com o carro.
Cheguei na escola pingando a lama, todos os me olhavam perguntando entre si o que tinha acontecido. Recebo logo uma mensagem do meu melhor amigo.
"Vem para o vestiário, agora."
A fofoca corria solta no colégio de que cheguei cheio de lama. Victor estava me aguardando dentro do banheiro.
- O que aconteceu com você? - perguntou ele vendo meu estado.
- Um idiota com uma Ferrari passou numa poça de lama e me banhou todo. - respondi.
Victor veio transferido para cá a poucos dias. Ele era irmão de um cara rico. Chamava ele pelo sobrenome devido a irrita-lo. Ele era diferente dos outros meninos, mesmo com a família rica, não se deixava subir pela cabeça.
- Não pergunte mais nada Victor Drummond Sollath.
Ele troceu o nariz e revirou os olhos em protesto. Sabia bem pouco sobre a história, só que o irmão casou com seu chefe e eles estão juntos.
- Vai tomar banho. Sua sorte é que usamos o mesmo número é sempre trago roupas extras. - disse ele me dando sua mochila.
Me lavei bem e vesti as roupas, ainda bem que usávamos o mesmo número. Tive que andar com um sapato novo que Victor me dera, até minha mochila estava ensopada e meus trabalhos e tudo que estava lá tinham indo para o lixo.
- Não se preocupar Dan, vamos nos shopping mais tarde e compro para...
Olhei de uma forma dura, ele se retraio, não gostava de ver pessoas pagando coisas para mim.
- Há vai. Sou seu amigo, você é o único que sabe que sou rico e não me maltratou quando cheguei aqui. - respondeu Victor com os olhos esperançoso.
- Com uma condição. - ele se animou. - Vou devolver seu dinheiro.
- Tá fechado então.
Eu sabia que ele ia esquecer. Esse era o único modo de eu aceitar.
Saí dali com ele feliz.
- Esqueci de te contar. - disse Victor.
Paramos na frente da sala com vários alunos gritando. A maioria eram meninas.
- Depois me conta. Queria senta. Meu dia não pode piora. - respondi Victor empurrando uma menina.
Entrando na sala um grupo de alunos estavam rodeando alguém. Não prestei atenção, vi que Victor estava sentando logo atrás de mim colocando um grande livro na cara.
Tirei da cara dele. Victor era branco e quando estava com vergonha ficava vermelho e nunca encarava alguém.
- O que está acontecendo Victor? - perguntei
- Nada. E. Nada...
- Olha quem está aqui. - a voz vinha do grupo dos meninos.
Dei uma encarada para o grupinho. Não ia deixa bater ou fazer uma maldade com meu amigo.
- Victor Drummond Sollath. Mais conhecido como meu primo.
O garoto saiu da roda que o escondia. Consegui ver seu rosto agora perfeitamente. Seus lábios eram carnudos e grandes, agora sem óculos escuros seus belos olhos azuis se mostravam como piscinas grandes e limpas, seu corpo era malhado devido a academia, seu rosto era afinado e suas mãos pareciam macias. Ele era um Filho de papai.
Olhei para Victor que ficou em pé com todos olhando para ele.
- Oi primo. - respondeu ele sem interesse algum.
- Vem cá. Não se meta com o povinho do gueto. - respondeu ele olhando atravesado para mim.
Ele era o menino que me jogou água. Foi ele.
- Você que me deu banho de lama. Seu vagabundo. Me parece desculpas. - Disse enquanto chegava perto dele.
- Você estava precisando mesmo de um banho de lama, para melhorar esse seu rosto. - a provocado foi longe demais.
Corri para cima dele e acertei logo um soco, mais ele me defendeu com seu braço esquerdo. A roda se desfez.
Desferiu outro soco agora para o estômago, mais ele bloqueou com o outro braço. Ele desferiu agora um chute que defendi com minha perna.
- Parem os dois. - Gritou Victor. Entrando na briga.
A sala gritava para que nós não parassemo.
- Ele que começou. - disse o garoto para Víctor.
- Cala a boca Arthur. Não era para esta aqui. Tio Jordan deveria ter te colocado num internato. Isso é bem coisa do tio Magno.
- Mais primo.
- Calado. Você passou com sua Ferrari numa poça de la na frente do meu amigo. - Victor estava se auterando, se ele não se controlar- se a asma ia atacar. - Não gosto de você. Apenas o aturo.
- Vamos sentar? - o professor de matemática chegou colocando ordem na sala. - E senhor Arthur direto para diretoria. Não aceito meninos assim na sala de aula.
Arthur me lançou um olhar com a simples mensagem. Estou morto.
Estava no meu terceiro ano é só faltava mais esse ano para entra na faculdade. Não ia deixa um Playboy desses tira meu foco.
Ele sentou na fileira do lado da minha. Tentei ignora ele pelo dia todo. Victor me disse que as famílias estavam ligadas.
Arthur Black era um mentido a badboy que fez raiva para seu pai, sendo expulso da última escola em que ele estudou e agora como castigo estava numa escala pública.
O sinal tocou, Victor ia me levar direto para o shopping, mais não ia dar tempo. Eu teria que ir correndo para o trabalho.
Servi mesas sempre foi um trabalho honesto e nunca escondi de alguém isso, assim que chego e me troco, vou atrás de servi alguém, tinha um grupo de meninos reunidos lá trás do restaurante.
- Daniel. A última mesa. - meu chefe está me monitorando. Ele ia demitir alguém por aqueles dias.
Notei um dos meninos falando e percebi que eram do colégio. E era o Arthur.
- Posso servi outra mesa...
- Eu disse aquela mesa. - a resposta foi seca e curta.
Cheguei na mesa e meus olhos foram direto para o garoto. Ele ria com os meninos e ao me olhar lançou um olhar de quem iria aprontar.
- Boa tarde. O que desejam? - perguntei forçado.
- Olha quem trabalha aqui. O menino que me fez ir para diretoria hoje. - disse ele colocando só cotuvelos na mesa - Quero uma roda de de comida para mim e meus amigos.
Voltei e fiz o pedido. Meu cérebro dizia para mim sair dali correndo ou mentir dizendo que deu dor de barriga. Eles iam aprontar comigo. Dito e certo.
Trouxe os pedidos dos meninos e quando sirvo o Arthur, um dos meninos bate na bandeja fazendo com que o prato que ele pediu, caise na roupa de Arthur.
- Olha o que você fez garoto. Seu idiota. - gritou Arthur.
- Fala baixo. Foi apenas um acidente causado pelo seu amigo. - respondi.
Fica calado, fica calado.
- há então a incompetência é sua e coloca toda num cliente. - ele aumentava sua voz o restaurante era apenas para pessoas que tinham dinheiro entoa o vexame ia ser certeiro. - Cadê o gerente?
Os outros funcionários o chamaram.
- Não faca isso. - disse para Arthur.
Meu gerente chegou rápido, para conter o escândalo.
- Em que posso ajudar? - perguntou o gerente.
- Seu funcionário despejou de propósito a comida em mim e culpa meu amigo, fora que ele disse que se falasse algo iria me bater. - disse Arthur com um falso medo na voz. - Sou um Black posso fechar esse estabelecimento caso não tome uma providência.
- Eu... Eu... Tomarei. - gaguejou o gerente.
- Eu quero que ele seja despedido. - disse sem ao menos pensar no caso. - Ou faz isso ou fecho esse local.
Vacaaaaaaaaaaaa.
- o senhor não pode fazer isso. Eu preciso. - disse para meu gerente quase implorando.
- Pensasse nisso antes de jogar o prato. - respondeu Arthur vitorioso.
Meu gerente pegou meu uniforme e pagou meu dia. Eu oficialmente estava sem trabalho.
A volta para casa foi difícil. Estava tentando ver como falaria para meu pai que estava sem emprego. Tudo graças aquele filho da puta.
Cheguei em casa e vi meu pai dormindo no sofá. Ele estava fazendo os cálculos para o mês. Pelo visto ia ficar com extras absurdas para Ganhar 30 reais cada.
Vi meu pai dormindo e não tive coragem de contar.
Aquele filho da puta vai se arrepender de ter mexido com um inocente.