Oi! Como vocês estão? Então, como eu havia dito, essa parte continua exatamente onde a outra parou, essa parte vai compensar o marasmo que ficou a parte anterior a essa. Sem mais delongas, vamos voltar logo pra história.
Levantei da cama quase que saltando, quando eu soube que tinha alguém me esperando, não quis levantar, pois pensei que era Alice, pensei que ela pudesse ter voltado pra me pedir mais umas de suas desculpas esfarrapadas, mas, não era. (Ainda bem que não era!)
Quando Dona Ana me viu sair da cama falou:
- Por que tanta energia? Achei que você não quisesse ver ninguém.
Pude sentir um certo tom sarcasmo naquelas palavras, mesmo que de modo sutil. Pensei até em responder no mesmo nível, mas, eu tinha coisas mais importantes para me concentrar.
- Dona Ana, autorize a entrada dela, por favor, e depois, mande que arrumem meu quarto e mande, principalmente, trocar os lençóis da minha cama.
- Como quiser. – Ela respondeu enquanto se retirava.
Meu quarto estava uma bagunça, minha aparência estava uma bagunça, tudo estava uma bagunça. Parecia que tinha passado um furacão ali e esse furacão tinha nome, ele se chamava: “Furacão Alice.” Não só isso, como o cheiro dela estava impregnado na minha cama, e eu não queria lembrar a existência daquela louca, tão pouco eu queria que a Jade sentisse aquele cheiro.
Fiz questão de me arrumar o mais rápido que pude, não queria deixa-la esperando mais do que ela já estava. Terminei e desci até a sala, onde fiquei sentada esperando.
Até que a campainha tocou...
Quando ouvi aquele som, meu coração bateu forte, levantei e fui abrir a porta, respirei fundo e quando abri, ela estava lá parada.
De cabelos soltos ela estava muito bem vestida, supus que ela escolheu as roupas a dedo, afinal, Jade era uma garota extremamente vaidosa.
Com um sorriso de orelha a orelha ela falou com toda simpatia que ela poderia ter naquele momento:
- Oi!
- Oi. – Eu respondi completamente travada. – Vem, entra...
Quando ela entrou e eu fechei a porta, Dona Ana reapareceu de maneira misteriosa.
- O seu quarto já está pronto como você me pediu. – Ela falou.
- Ótimo. – Respondi. – Dona Ana, gostaria de apresentar a senhora, Jade, uma amiga de escola.
Quando falei isso, percebi que ela ficou me encarando, fiquei sem entender.
- Prazer em conhecê-la, e nossa! Como o seu cabelo é ruivo! É tão vermelho... Tão vermelho quanto o fogo. - Dona Ana falou enquanto olhava a Jade de cima a baixo. Ela estava completamente fascinada pelo que estava vendo.
Ao ouvir aquilo, Jade ficou com o rosto um pouco avermelhado de vergonha.
- O prazer é todo meu. – Ela respondeu.
- Bem Dona Ana... - Eu falei para que não ficasse um silêncio constrangedor. – Nós duas vamos lá pra cima.
Dona Ana não falou mais nada, apenas fez um sinal de aprovação com a cabeça.
Ela ficou a nos observar enquanto eu e Jade andávamos até as escadas, e me veio aquela maldita sensação de estar sendo observada. Se tinha uma coisa que eu detestava era a tal da formalidade, ainda mais somada com o fato de eu me sentir julgada, me deu uma certa irritação que me deixou completamente desconfortável.
O silêncio constrangedor no qual eu me referia, inevitavelmente apareceu. Era interessante, pois quando eu estava sozinha, conseguia pensar em inúmeros assuntos, mas, na hora que era pra eu falar oque eu havia planejado, minha cabeça ficava completamente vazia. Eu acabava me sentindo a pessoa mais imbecil do mundo. Aquilo me frustrava.
Abri a porta do meu quarto com as mãos um pouco trêmulas e percebi que estava com um cheiro forte de produtos de limpeza, respirei de alívio, pois, o cheiro da louca da Alice com certeza havia sido “exterminado”.
Quando ela entrou no quarto, instantaneamente foi em direção a alguns desenhos e alguns pôsters que eu havia recolado na parede, pude ver que ela olhava fixamente pra cada um deles.
- Esse pôster aqui – ela falou enquanto apontava pra um pôster preto. – Essa não é a capa daquele disco “Violator” do “Depeche Mode” ?
- É a capa dele sim, inclusive, tem um ainda maior atrás da porta, não sei se você viu.
- Acho que não preciso perguntar se você gosta deles.
Nós duas rimos, e ela seguiu observando os outros.
- Ah esses daqui são ainda melhores. – Ela falou enquanto passava a mão nos desenhos. – Essa garota aqui, era pra ser eu ?
- Era ? Não me lembro... – Respondi fingindo inocência, e repousei minha cabeça na parede enquanto observava aqueles lindos olhos azuis.
- Mas e esse daqui. – Ela falava enquanto passava a mão em um desenho em que duas garotas idênticas se beijavam. – E se alguém visse esse daqui, e ela te perguntasse o porquê de você ter desenhado ele, oque você diria?
- Ah, provavelmente eu diria que é algum tipo de “Arte Abstrata que tem inúmeras interpretações”.
Ela riu, mas, rapidamente aquele sorriso desapareceu.
- Olha só... – Ela falou enquanto olhava pro chão. – Desculpa ter vindo sem te avisar, é que eu precisava te ver você não atendeu minhas ligações ontem, daí eu resolvi vir até aqui na sua casa.
- Não, não, não! – Eu falei nervosamente. Quem tem que te pedir desculpas sou eu, eu não atendi as suas ligações por que... – Respirei fundo antes de dizer aquilo. – Eu estava com a Alice ontem, nós duas ficamos de novo, mas não tem mais nada...
Antes que eu pudesse falar tudo que eu tinha pra falar, ela me surpreendeu, me beijou forte. Rapidamente eu retribuí o beijo, eu beijava o seu pescoço enquanto sentia o seu cheiro e o cheiro dos seus cabelos.
Era um cheiro doce, que só ela tinha, e me fixava de uma forma como eu nunca havia ficado antes. Era como se eu estivesse dentro daquele livro “O Perfume”.
- Shhhhhh! A senhorita fala demais! – Ela falou enquanto deslizava o dedo indicador sob os meus lábios.
– Você não sabe o quanto eu estava esperando por isso. – Ela admitiu.
- Eu também. – Respondi extremamente ofegante.
Nos beijando de novo, seguimos rodopiando até a minha cama enquanto nos despíamos já afobadas pelo desejo.
Ela apertava os meus seios, e já completamente desnudas, ela puxou os meus cabelos e foi beijando o meu queixo até o meu pescoço. Fiquei completamente arrepiada.
- Aí é golpe baixo. – Eu falei.
Ela não disse nada, pois, ela já estava me comendo com os olhos. Jogando-me na cama, rapidamente ela ficou por cima de mim e começou a dar alguns chupões no meu pescoço, e eu já estava ficando excitada.
- Duvido que você fique desse jeito com a Alice. – Ela sussurrou no meu ouvido.
Fiquei arrepiada de novo.
- Não, porque eu não sinto por ela oque sinto por você. – Respondi.
- Ah é? E oque é que você sente por mim? – Ela disse.
Consumida pelo desejo, ela começou a dar vários chupões nos meus seios, e quando ela saiu um pouco de cima de mim, eu agora excitada, respondi:
- Amor, paixão, tesão TUDO! TUDO!
Ali eu fiz a minha deixa, eu estava completamente excitada, ela deu um sorriso demonstrando a mais suja das malícias. Abrindo minhas pernas ela começou a me chupar, bem lá em baixo.
Ela me chupava sem parar, de cima a baixo, esquerda, direita, ela fazia movimentos circulares, ia alternando entre sua língua e seus três primeiros dedos, e eu fiquei completamente molhada, e ela encontrou meu ponto G e eu me contorcia e gemia de prazer.
- Sente mesmo? – Ela perguntou.
- Aaaaaaaaaah!!! Aaaaaaaaaah!! Sim! Sim! – Respondi entre gemidos.
- Vamos ver se você sente isso que você diz sentir!
Foi quando ela parou de me chupar e começou a me penetrar com seus dedos, hora devagar hora rápido, cada vez mais fundo, ia chupando meus seios, meu pescoço tudo isso de uma maneira selvagem. Ela fazia aquilo varias e varias vezes, sem parar, me ver daquele jeito a deixava ainda mais excitada.
- Eu vou gozar! – Eu falei por impulso.
- Então goza, goza pra mim! Vai! Eu quero ver você gozar! – Ela murmurou no meu ouvido de propósito.
Indo cada vez mais rápido, ela falava todo tipo de obscenidade, eu não conseguia falar mais nada, apenas me contorcia de prazer e gemia e quanto mais eu gemia, mais ela me penetrava. Até que, eu não resisti. Gozei, gozei como nunca havia gozado antes.
Ela ficou me observando, agora me comendo com os olhos. E eu rolava na cama já extasiada e ela respirava extremamente ofegante. E ela, literalmente, caiu do meu lado e começou a me beijar profundamente, ficamos talvez horas, trocando carícias, expondo nossas intimidades, conversando sobre qualquer coisa que viesse a nossa cabeça.
Levantei e fui pro banheiro tomar um banho, e quando voltei ela estava deitada na ponta da cama, com a cabeça apoiada na mão direita e com as pernas paralelas enquanto mexia no celular. Eu quando vi aquilo instantaneamente falei:
- Não, se mexe! Fica assim! Já volto.
- Oque?! – Ela me perguntou confusa. – Oque que você vai fazer?
- Só não se mexe!
- Tá...
Ela ficou sem entender.
Rapidamente, eu fui até o meu closet e procurei onde eu guardava um daqueles cavaletes de pintura, algumas folhas de tamanho “B3” e levei até onde ela estava pus na frente dela e ainda sem entender ela falou:
- Oque que você tá fazendo?
- Não só vou como já estou te desenhando. – Eu respondi com um sorriso no rosto.
- Como assim?! Desde quando isso daqui virou aquela cena do filme do Titanic ?
- Desde que você se tornou a minha musa. – Eu rebati.
Fui desenhando-a detalhadamente, rabiscando cada traço do seu rosto e cada traço do seu corpo, não só me atendo a ela, mas também, ao que tinha no ambiente, desenhei tudo que estava ao seu redor. Usei aquele grafite com uma precisão cirúrgica, uma precisão que eu nunca havia tido antes.
E uma coisa que eu descobri naquele dia, enquanto eu a desenhava, é que a Jade é uma pessoa MUITO ansiosa. Ela simplesmente não parava de perguntar sempre as mesmas coisas:
- Já acabou?
- Não! – Eu subi um pouco o tom de voz, já impaciente.
- Falta muito ainda? – Ela perguntou já agoniada.
- Não sei.
- Vai logo! Eu não aguento mais ficar nessa posição.
- Se você se mexer, vai demorar mais ainda.
Ela silvou o ar que expirava e revirou os olhos debochando da minha cara.
Até que depois de mais de uma hora, eu já com o pescoço dolorido e com os braços dormentes, finalmente eu havia terminado a minha criação.
- Tá pronto. – Eu falei aliviada.
- Cadê, eu quero ver! – Ela falou enquanto vinha até mim.
- Nossa! Ficou lindo! Eu não sei nem oque dizer...
- Com certeza esse é o meu “Magnum Opus”. Sabe... – Eu falei timidamente. – De todas as vezes que eu tentei te desenhar, nenhuma réplica de você ficou tão perfeita quanto essa daqui.
- Nem mesmo aquelas que estão ali na parede? – Ela me perguntou enquanto ria.
- Nem mesmo aqueles. Toma... – Eu falei com um tom de voz tênue. – É seu, fique com ele.
- Como assim meu? – Ela falou surpresa. – Mas foi você quem fez...
- Aceite. Aceite como um presente meu. – Eu insisti.
Ela começou a me beijar e entrelaçou seus dedos nos meus e esticou os nossos braços que ficaram paralelos aos nossos corpos e disse:
- Nós duas devemos ser um só, você agora é minha namorada, e assim como você, eu serei a sua.
- Sim. – Respondi enquanto olhava fixamente nos olhos dela.
- Eu te amo. – Ela falou.
- Eu também... – Respondi sem pensar duas vezes.
Continuaaaa!
Bem, ainda tem a continuação dessa parte, que é ainda mais interessante, mas, de novo, ficarei devendo ele pra vocês. Talvez, eu poste ele ainda hoje caso eu não esteja ocupada de noite, mas não vou prometer nada! Hahahahahaha. Esse capítulo é meio que o fim da “primeira fase”. É isso, espero que tenham gostado! Até a próxima!