Uma semana se passou, foi o escândalo para nossa família. Já tinha sido por eu ter começado a namora um menino, agora era por ele que nossa famílias estava nos tabloide do jornal.
- Como ele pode? Estava a tanto tempo na nossa família. - disse minha mãe.
- Foi um aproveitador. - dizia Magno.
- Eu trabalhei com ele. Não acho, não, quero dizer, não foi ele. Ele não faria isso. Eu ainda acredito na inocência de Richard. - meu irmão era o único que ainda acreditava nele.
Meu coração tinha se partido quando vi ele tirando o Caleb do túmulo.
- Vou ver como está o Caleb. - ao tocar no nome dele, meu pai sai da sala e vai direto para seu escritório.
Minha mãe escondeu isso de nós anos e Caleb teve que seguir em frente como se não fosse digno de ser chamado um Sollath.
- Vou junto com você. - disse Judas pegando as chaves de seu carro.
Pegamos o elevador e em seu trajeto não falamos uma só palavra. Seu carro estava no estacionamento, agora ele usava um Uno vermelho. Meu irmão ligou o carro e sairmos debaixo de chuva.
- Você deveria ir lá. - Judas disse isso como se lesse meus pensamentos.
A dias estava pensando em ir ver Richard. Saber do porque disso.
- Não posso. Ele fez isso com a mamãe e fez isso com Caleb.
Judas respirou fundo e estacionou na frente de um prédio.
- Primeiro, mamãe procurou isso, deixando Caleb não fazer parte da família. Ela mentiu para nós e fez ele mentir para nós também. Ela procurou isso.
- Mas...
- Mas nada Murilo. Você sempre quis um irmão melhor do que eu. E tem agora o Caleb. Se essa pessoa que vocês acreditam ser o Richard fez isso. Fez um favor para gente.
Judas era conhecido por ser o mais inteligente da família. Mais agora falava muito asneira.
- Um favor? Chantagem agora é favor?
- Sim. Porque mostrou que vivemos numa mentira esse tempo todo. Não tenho pena da mamãe. Ela escondeu esse segredo de todos nós. Tenho pena do Richard, levando a culpa é preso num centro psiquiatra, sendo inocente.
Eu fiquei com raiva e sai daquele carro.
- Volte aqui Murilo. Ainda não acabei de falar. - Judas gritou chamado a atenção nos só a minha como de pessoas que passavam.
- Acabou sim. Não vou vira as costas para minha mãe.
- E quem disse que estou virando? Só quero justiça. Você sabe muito bem que Richard não fez isso é outra. Como vai ficar o Victor? Já parou para pensar nele ao invés de você mesmo?
- Cala a boca, Judas.
- Admita que ainda ama ele. Que vai lutar por ele. Você o abandonou naquele lugar. O fazendo acreditar que ele é culpado.
- Você viu o que ele fez.
- Eu sei quem ele é. E vi ele salvando alguém da família. - Rebateu Judas.
As pessoas estavam paradas olhando para a gente brigando na rua, a chuva estava ficando mais grossa. Eu agora tinha que gritar mais alto para ser resolvido.
- Vamos. Você deixou ele lá. Você o abandonou. Você chama isso de amor? Você é apenas um garotinho assustado. Um menino mimando. Você apenas o usou essa é a sua verdade.
Dei um soco na boca de Judas. Estava pronto para dar outro, mais ele me abraçou. Quando ia bater nele novamente. Começo a chora. Derrubando a barreira que criei naqueles dias.
- Veja como ele está e lute por ele.
Judas me levou para ver o Victor. Ele estava isolado do mundo e quando me viu abriu um sorriso.
- Victor. Tio Murilo tem um pedido a você. O que acha de eu ser seu tutor legal? De você realmente me chamar agora não de tio mais de pai?
Victor riu e aceitou.
Agora só faltava a coragem para ver ele.
Tomei coragem como se fosse Whisky. Virei o copo e ele foi rasgando meu corpo de dentro para fora.
A entrada do hospício estava caindo as pedaços de mal cuidado. Dei 209 passos até chegar no quarto dele. Quando aquela porta abriu eu não consegui ver ele daquele jeito jogado.
A conversa fluiu da forma como esperava. Mais eu tinha que ver duas coisas. A primeira, ver como ele estava e a segunda, acredita que não foi ele que fez isso.
Quando ele falou sobre o Caleb saber e o casaco vermelho fiquei com uma pegada atrás das orelhas.
Quando ele surtou, eu fiz uma promessa silenciosa, você vai sair daqui e vou provar sua inocência.
Não consegui dormir naquela noite, pensando em tudo em que ele tinha me dito, rolava de um lado para o outro.
Quando o sol nasceu fui correndo para o hospital onde estava Caleb, ele estava na UTI, se ferimento foi grave o deixando em coma. Já fazia tempo, que não via meu irmão.
Tinha deixando Bruno responsável na empresa pelos dias que não fui, desde do acidente não colocava os pés naquele lugar.
Olhar para aquele lugar e ver seu amigo que por tanto tempo te ajudou, ver ele naquele estado era de deixa qualquer um para baixo.
Caleb estava ainda em coma. Não sabia ao certo, se ele ia acordar. Visitar ele era uma tortura. Mais para minha família estava quase tudo resolvido. Só faltava o julgamento de Richard sair. Sim, eles foram tão escrotos que fizeram com que ele fosse a julgamento. Eles queriam pena de morte, o único que ainda ficou do lado dele foi Judas que ia testemunha contra minha família. Faltava alguns dias para as audiências e precisava o quanto antes de resposta. Sentei do lado dele, ele estava dormindo. Sua aparência era de está em sonho bom. Pelo menos isso.
- Caleb.
Disse o nome dele, soou mais alto que um sussurro e menos que uma pessoa conversando.
- Irmão. Eu estou aqui. Eu, você sabe, sempre fomos amigos e isso não era o que eu queria. Sempre te considerei um irmão, eu estou feliz por você. Ser realmente o meu irmão. Então Caleb volta.
Caleb me ouviu. Suas mãos mexeram. Quando ia comemora, alguma coisa deu errado. Ele agarrou meu pulso e acordou gritando.
- Você vai voltar para onde eu e Murilo te colocamos.
Os médicos chegaram assustados. Tranquilizando ele. Caleb olhou para mim e gritou novamente. Acho que acorda assim não foi uma boa ideia. Os médicos prenderam ele para não se machucar.
Por um lado estava feliz. Meu irmão acordou. Por outro fiquei pensando no que ele disse.
Há muito tempo alguém foi louco o bastante para me perseguir. Só que eu e ele tínhamos colocado ele numa camisa de força e prenderam no Bethelem. Mais fiquei sabendo que ele tinha morrido. Mais se Caleb disse isso, a única pessoa que conheço deveria está morta. Mas...
- Se for quem eu tô pensando...
Corro para o Bethelem. Desculpas Caleb. Mais acho que sei quem é o casaco vermelho.
Quando cheguei lá. Vi alguém de casaco vermelho saindo do quarto de Richard, estava ensaguentado, eu não podia deixar que ele me visse. Poderia ser loucura de minha mente.
Fizeram um curativo nele e quando saio, pegou sua moto. Eu segui ele. Mesmo ferido ele não tinha mudado nada. Gostava de moto rápida, segui-lo foi difícil.
Acho que em uma parte do trajeto, ele deve ter percebido que estavam o seguindo. O casaco vermelho dele voava com o vento. Aquela vaca vai se arrepender de tudo. Quando ele se virou, eu vi o rosto dele, seus olhos azuis brilhavam de ódio, seu rosto estava mais pálido que antes. Os cabelos loiros voava ao vento.
Os carros corriam em alta velocidade. Ele tirou uma arma de seu casaco e atirou.
As balas acertaram parte do vidro e outras acertaram o pneu. Perdi o controle do carro. E capotei barranco a baixo. O barranco não era tão grande. Assim que recobro a visão. Ouço uma mensagem no meu celular.
"Murilo meu gato, estou cuidado de tudo e todos que estão em nossa volta. Eu vou voltar para você. Agora isso foi um presente para você, um aviso, de que se colocar de novo em meu caminho e fazer alguma coisa que me desagrade. Vou matar você."
Eu senti cheiro de gasolina. Corro contra o tempo. Até que o carro explode e tudo fica escuro.