Eu estava lendo outro dia um texto que falava das “lembranças de dias chuvosos”, recordando episódios guardados na memória e evocados pelo simples momento de contemplar a chuva tocando as janelas.
Fui contagiado pelo lirismo exalado, e minhas recordações correram para diversas cenas que eu pensava estarem perdidas para sempre num passado hoje distante e que jamais retornariam ao meu consciente, repleto de planilhas, cálculos e uns poucos sonhos.
Em especial voou para um acontecimento de quando eu tinha entre 14 e 15 anos e ainda me surpreendia com as mudanças de comportamento e as minhas preferências iam se definindo a partir das experiências que se sucediam em todos os níveis.
Eram férias de fim de ano e, como havia sido aprovado sem precisar prestar os exames finais, ganhei como prêmio a ida antecipada para o sítio de meus tios, no Interior. Os demais só iriam a partir da segunda semana de dezembro, o que me dava quase um mês longe da vigilância de meus pais.
Ainda que já tivesse experimentado o sexo, isso ainda não era uma prioridade para mim. Então, uma vez no sitio eu procurava mais me divertir e gozar as delícias do local. Durante uma semana inteira corri, joguei bola, subi em árvores, tomei banho de igarapé, comi das muitas frutas do pomar. Enfim, liberei a criança que ainda estava dentro de mim, sem qualquer outra preocupação além de aproveitar a liberdade, ao lado dos primos e outros meninos das redondezas.
Por volta de duas da tarde caía sempre uma forte chuva que se estendia até quase às cinco horas e era nesse horário, quando meus tios se recolhiam para descansar, que eu meus primos e colegas saíamos para desfrutar da água derramada do céu sobre nossos corpos, nos lavando de toda expectativa e eternizando aqueles momentos.
Isso até aquela sexta-feira em que meu tio precisou ir à cidade e meus primos foram com ele. Preferi ficar, pois tinha acertado um jogo para a hora da chuva e não pretendia desmarcar. Seria a revanche de uma outra partida que eu perdera e estava ansioso pela possibilidade de agora vencer.
Contudo, o destino quis que fosse diferente... Quando começou a chuva minha tia já estava no quarto. Desci para a sala e de lá saí para ir até o local marcado, próximo ao igarapé. Após o jogo iríamos nadar um pouco antes de voltarmos para casa.
Chegando ao campinho, vi-me sozinho. Nenhuma alma por perto. Esperei alguns minutos, mas ninguém chegou além de mim. A chuva caía agora torrencialmente e, sem companhia, decidi subir o pequeno morro e nadar no trecho mais afastado do igarapé. Atravessei diversas vezes de uma margem à outra, tirei o calção que usava e passei a nadar nu em pelo, até que desisti e saí da água, caminhando sem rumo, pelado sob a chuva.
Deitei então sobre a grama, às margens do igarapé e, com as gotas caindo sobre o corpo funcionando como se fosse massagem, acabei adormecendo. Sonhei então que estava ali mesmo, deitado nu sob a chuva, na grama, e um de meus primos, mais velhos que eu, me abria as pernas e as nádegas e me acariciava bem sobre meu anel. Era tão gostoso e que eu relaxava mais ainda e permitia que introduzisse um e até dois dedos naquele orifício que, embora não mais virgem, havia tempos que não era manuseado daquela forma, sequer por mim próprio.
Acordei num sobressalto e percebi que não era exatamente um sonho: sentia um hálito quente bem no anel, como havia sonhado há pouco. Tentei reagir, sair daquela posição, mas duas mãos fortes pressionaram minhas costas e me fizeram arriar outra vez sobre a grama.
Sem saber quem se aproveitava de mim e com medo do que pensariam os outros meninos do lugar, eu não consegui relaxar, ainda que estivesse gostando do que recebia – uma língua quente lambia o meu rego e procurava me invadir o ânus. Procurei fechar as pernas, mas meu dominador não permitia.
Quando escutei um sussurro me dizer: “Relaxa, vai...” reconheci o fio de voz: era o Marcelo, filho do empregado de meu tio. Deveria ter uns quinze para dezesseis anos, moreno forte, musculoso, cabelos sempre bem curtos; jamais brincava conosco, estava sempre ocupado com alguma tarefa do sítio.
Como não fazia parte da minha ‘turma’, nem me apercebi de que talvez estivesse nos observando, a mim em especial. O fato de ter ficado sozinho deve tê-lo encorajado a me abordar de maneira tão direta e evidente: eu devo ter dado a entender qual era minha preferência, para agora estar recebendo um ‘beijo grego’ tão entusiasmado, quase introduzindo toda aquela língua quente em mim.
Dando-se conta de que eu não tentaria fugir dele, as mãos fortes de Marcelo agora enchiam-se com minhas nádegas, que eram apertadas enquanto ele as separava, para ter acesso ao meu buraquinho que, piscando alucinadamente, recebia os movimentos ágeis de sua língua, lambuzando-o todo de saliva.
Entregue à adorável tortura, eu rebolava e chegava a empinar a bunda cada vez que sentia-o afastar-se, provavelmente para respirar, demonstrando o quanto estava apreciando o que recebia naquele momento.
Então, igualmente ágil, senti que Marcelo se atirou sobre mim, seu peso veio todo para as minhas costas. Uma de suas mãos abria minhas nádegas e a outra procurava direcionar o membro duro para a entrada do ânus já lubrificado pela saliva.
Senti uma fisgada lancinante quando a cabeça do pênis dilatou minhas pregas e começou a penetração, pois já se haviam passado meses desde a última vez em que fora enrabado. Por reflexo travei os músculos. Senti seu hálito quente em minha nuca, me arrepiando todo quando ele repetiu: “Relaxa, vai...”
Suas mãos agora passeavam pelas laterais do meu corpo sob o seu, suas unhas me arranhavam a pele e seu queixo roçavam minha nuca, me deixando enlouquecido de tesão. Fui relaxando devagar, cedendo ao peso de seu corpo e sentindo a tora negra avançando para dentro de mim, tomando posse de meu cuzinho apertado, mas bastante receptivo.
Agora suas mãos se concentravam em minhas nádegas, apertando-as com força e as separando, permitindo que a penetração levasse o pênis até mais fundo dentro de mim. Apesar do vigor de seus movimentos, cravando a pica sem piedade, dilatando minhas pregas, eu já não sentia dor, ardia de tesão recebendo aquele mastro em meu cuzinho que ia sendo arrombado por Marcelo, que parecia uma máquina me fudendo sem parar e me fazendo acompanhá-lo, rebolando debaixo dele.
O entra e sai de seu pau em meu cu nos levava à loucura. A chuva sobre nossos corpos não diminuía a intensidade com que nos entregávamos àquele momento e não tardamos a gozar. Eu por primeiro, sobre a grama e ele dentro de mim, sentindo sua tora ser pressionada pelos músculos do ânus.
Cansados, permanecemos deitados – ele ainda com o pau dentro de mim – até que o membro foi amolecendo e deixando meu buraquinho com a sensação de vazio depois do ato. Não trocamos palavra alguma. Por fim, Marcelo me pôs de pé, me tomou pelas mãos e me convidou para irmos ao igarapé. Lá nos banhamos e ele me revelou o que eu já desconfiava: vinha nos observando desde que chegamos e se sentiu atraído por mim, ao perceber meu jeito mais ‘delicado’ que os demais meninos. E que só agira depois de ver que nenhum dos outros garotos estaria por perto. E falou também que meu destino estava traçado: se eu não facilitasse, ele teria me estuprado.
Em silêncio agradeci por não precisar do ‘plano B’ de Marcelo...
Nadamos mais um pouco e, voltando para a margem, Marcelo se deitou de costas sobre a areia macia. Como estávamos ambos nus, eu me aproximei e tomei seu membro ainda flácido com ambas as mãos e comecei a punhetar de leve, até que começou uma nova ereção. Caí de boca, engolindo aquela serpente negra que minutos atrás me comera a bunda bem gostoso e caprichei num boquete que arrancava suspiros de meu moreno.
Eu lambia o tronco e, chegando à cabeça, abocanhava-a e com a língua massageava o freio e o orifício, recebendo as primeiras gotas de seu fluido. Com as mãos ia massageando suas bolas e depois voltava ao tronco para prosseguir na punheta. Mesmo tendo gozado menos de meia hora antes, Marcelo voltou a gozar, agora em minha boca. E eu bebi todo o leite farto saído daquela tora morena, deixando Marcelo extasiado e satisfeito sob a chuva que ainda não cessara.
No sítio havia um galpão onde ficava o material de trabalho que o pai de Marcelo usava. Combinamos de ser ali o local onde nos encontraríamos sempre que fosse possível, para repetir o que fizemos sob a chuva daquela sexta-feira. E assim se deu, mesmo depois que meus pais e meus irmãos chegaram. Foi quase um mês inteiro em que, depois da chuva, eu ganhava leitinho do meu moreno. Primeiro na boca e depois no cuzinho.
Infelizmente as férias acabaram e nossa festa foi interrompida...