Pessoal, boa noite. Me desculpem pelo atraso em postar. Eu ia deixar para falar disso no último capítulo, mas tenho que justificar a minha ausência e daí vocês conseguirão entender. Eu estou estudando, estou no terceiro ano da faculdade de Administração e só essa semana é que entrei de férias. Estive ocupado com as matérias, relatório de estágio e entrega de trabalhos. Por isso, não consegui postar.
Sei que muitos abandonaram a leitura e é culpa minha. Mas aos que lêem, saibam que sou muito grato. Aos que comentam, não sabem o tamanho do meu carinho. Aproveitem a leitura :*
Foram muitas emoções em uma só noite, afinal, meus pais acabaram confessando que haviam conversado com o propósito de reatar o casamento. Eu fiquei feliz, pois enxergava a mudança no meu pai e também porque era uma coisa que minha mãe queria, caso contrário, não estaríamos todos reunidos na mesma mesa. Conseguimos voltar a capital ainda no mesmo dia, chegando em São Paulo por volta das 00:30. Deixamos os meus pais em casa, a mãe do Renato continuaria por mais uns dias na casa do seu irmão mais novo e então ele ficou livre pra dormir aquela noite comigo. Mal chegamos no apartamento e ele logo me agarrou, beijava o meu pescoço e mordia a minha orelha, ele sabia que é um dos meus pontos fracos.
- Você vai ser meu – ele falou.
- Mas eu já sou seu e você é meu há muito tempo – falei.
- Oficialmente, diante do juiz – ele riu – Que você é meu há muito tempo, isso eu já sabia.
Ele falava e me provocava, roçava o seu volume na minha bunda e eu sentia que estava muito duro.
- Essa calça está apertando – ele falou – Não quer me ajudar a ficar livre?
Eu ri da bobagem que ele tinha falado, puxei o Renato pelo cós da calça e o levei até o meu quarto. Tirei a minha roupa e o tênis, o despi também. Ele deitou de costas na cama e eu fui massageando as suas pernas a seco mesmo, lembrei que tinha um creme de massagem no quarto da minha mãe e fui até lá buscar, ouvindo de longe o Renato me perguntando o que eu estava fazendo.
- Fica quieto – eu falei – Só fui pegar isso aqui.
Mostrei o creme pra ele e ele riu, colocou os braços atrás da cabeça e fechou os olhos. Eu esparramei o creme em suas duas pernas, muito creme por sinal, e fui massageando a panturrilha e as suas coxas. Seu pau pulsava e babava, mas e não o toquei e continuei a trabalhar em suas pernas.
- Passa creme no meu pau também – ele pediu.
- Ainda não – falei.
Ele não reclamou e eu continuei a provoca-lo com as minhas mãos. Por fim, acabei sentei em cima do seu volume e deixei alinhado no meio da minha bunda, massageando o seu peitoral e alisando o seu cacete com a minha bunda. Passei um pouco de creme e começou a deslizar muito mais fácil, provocando o seu cacete enquanto eu rebolava devagar. Ele dava alguns espasmos de tesão, eu até ri daquilo, nunca tinha visto ele ficar tão afoito. Lambuzei o seu pau com aquele creme e deixei apontado bem na porta do meu cú, fui sentando e sentindo aquele cacete grosso me invadir.
- Ai caralho, você mal começou e eu já estou querendo gozar – ele falou.
- Se for gozar agora me avisa que eu paro – falei.
- Não, amor. Eu quero te foder a noite toda, mas você me deixou com muito tesão. Ficou me provocando.
Eu não falei nada, terminei de sentar no seu pau e senti as suas bolas pressionando as minhas nádegas. Fiquei quietinho e sentia o pau grosso do Renato pulsar dentro de mim, rebolei devagar e ele suspirou forte, senti que ele estava com muito tesão e então continuei o que estava fazendo. Sentia o seu pau me invadir por completo, deslizava pra dentro sem dificuldade alguma e o meu pau babava de tanto tesão.
- Me dá sua mão e apoia aqui – ele falou.
Ele me deu a sua mão e me ajudou a levantar um pouco, me fazendo ficar em uma posição que eu realmente iria quicar no seu pau. Ele segurava a minha mão forte e eu comecei a sentar gostoso naquela rola grossa, algumas vezes escapou e ele gemia de tesão. Eu estava no controle da velocidade e intensidade que a rola me fodia, mas estava perdendo o controle sobre o meu próprio membro, pois quase gozei umas duas vezes e tive que me esforçar para segurar e não gozar. O Renato estava suando, eu estava suando e o creme fazia uma lama branca em seu corpo.
- Você já judiou muito de mim – ele falou – Minha vez.
Ele me levantou e escapou da posição em que estava, pegou um travesseiro e pediu para eu deitar de bruços sobre ele. Fiquei ali deitado e a bunda empinada, senti quando ele se posicionou atrás de mim e começou a meter forte, me puxando pelo ombro e sua pica entrando como se fosse me empalar.
- Ai que tesão – ele falou – Vou te foder a noite toda.
- Me fode – falei com tesão – Mete essa rola em mim.
- Vou meter até você me implorar pra eu tirar de você – ele falou.
- Então vai meter em mim até morrer, porque eu quero ficar assim com você pra sempre – falei.
O Renato gozou dentro de mim após longos minutos de estocada no meu rabo, eu estava suado e cansado. Mas ele ainda estava deitado sobre mim e fomos para a segunda rodada. Essa foi mais demorada, já estava sentindo uma leve ardência e só terminamos quando ele gozou pela terceira vez direto na minha boca. Ficamos ali agarrados e namorando em baixo do edredom.
- Você é muito safado – eu falei.
- Eu? Você que me provocou com suas mãos – ele falou – Você que me tira do controle.
- Sou tarado em você – falei.
- E eu em você, Fe – ele acariciou o meu rosto – Sou o cara mais feliz do mundo por ter você.
- E seremos apenas um – o lembrei – Para sempre.
- Sim, apenas um – ele beijou a minha testa.
Ficamos ali abraçados até dormir. Acordei com o Renato roncando levemente ao meu lado, mas não levantei e continuei deitado em seus braços. Acabei pegando no sono novamente e acordei com o Renato roçando o seu pau duro na minha bunda e apertando o meu mamilo.
- E depois eu quem sou danado – falei com voz de sono.
- Olha quem acordou – ele beijou minha nuca e puxava meu corpo como se eu estivesse tentando fugir – Quero mais de você.
Ele continuou beijando minha nuca e mordendo minha orelha, transamos mais uma vez e depois fomos tomar banho juntos. Como fazia uns dias que minha mãe não estava em casa e geralmente acabávamos pedindo algo para comer, não tinha muita coisa para tomarmos café da manhã e então resolvemos ir comer pastel na feira do meu bairro. Nos trocamos e fomos até a feira caminhando mesmo. Havia duas barraquinhas e julgando pela diferença do tamanho da fila, a primeira que havíamos visto com certeza era melhor. O Renato pediu pastel de costela e eu acabei pedindo um pastel de pizza mesmo. Ficamos aguardando uns minutos e logo chamaram pelo número do nosso pedido. O Renato levantou para buscar e logo voltou com os pastéis e as bebidas.
- Quando definitivamente estivermos morando juntos, esse vai ser o nosso programa de sábado de manhã – ele falou – Mas iremos a diversas feiras diferentes, eu amo pastel de feira.
- Eu também amo pastel de feira – falei enquanto mordia um pedaço do pastel.
- Vou querer experimentar o seu – ele falou.
- Isso eu já sabia- falei e ri.
Ficamos ali sossegados, o Renato acabou comendo três pasteis e metade de um outro que pedi e não aguentei comer. Voltamos para casa e ficamos assistindo filme durante a tarde, nem almoçamos e eu acabei pegando no sono. Acordei já era umas 18:40 e ele estava passando a mão no meu cabelo.
- Dorminhoco – ele falou – Pensei que ia ter que dar um beijo na bela adormecida.
- Idiota – falei.
- Estou brincando – ele riu – Mas me aproveitei de você enquanto estava dormindo.
- Que abusado – falei – Um pobre inocente como eu.
- Seu pau não estava tão inocente assim – ele falou – Ficou durinho na minha mão.
- Que safado – falei e dei um tapa no seu ombro.
- Estou brincando, amor – ele riu – Viu, preciso ir no meu apartamento pegar umas coisas. Vamos comigo?
- Vou – falei – Depois preciso passar no meu pai e ver como estão as coisas por lá.
- Pode ser – o Renato falou – Ele não teve consulta comigo hoje, aproveito e vejo se está tudo ok.
- Vamos então – falei.
Peguei uma jaqueta, troca de roupa e fomos até o apartamento do Renato. Estava tudo arrumadinho, nada fora do lugar.
- Quem dera o meu fosse tão arrumado assim – falei.
- Mas é – ele riu enquanto eu o encarei – Quando sua mãe está lá.
- Mas não sou o único que bagunça – retruquei.
- Eu também tenho parcela de culpa – ele me beijou.
Pegamos algumas coisas do Renato e seguimos em direção a casa dos meus pais. Eles ficaram felizes de nos ver por ali, o meu pai ficou conversando com o Renato e falando o que estava ou não sentindo. Minha mãe falou que iria fazer uma sopa e insistiu que não sairíamos sem comer. Eu ria daquilo tudo, nem acreditava que estava tudo tão em paz.
- Está tudo bem, meu filho? – ela quis saber.
- Está – falei – Não parece que está tudo bem?
- Não é por isso – ela disse – Digo em relação de eu estar reatando com o seu pai.
- Mãe, se você me apoiou com o Renato desde o início, como posso eu ficar contra a sua decisão? – falei – E mais, o pai mudou muito.
- Muito – ela enfatizou – Nunca pensei que o veria assim.
- Nem eu – falei.
- E está ansioso com o casamento? – ela quis saber – Falta pouco tempo, quem está organizando?
- Estou, mas o Renato não combinou nada comigo ainda sobre como vai ser a cerimônia – acabei falando mais pra mim do que pra ela – E eu acabei esquecendo de perguntar, porque já conversamos outras vezes sobre isso, mas nunca fui certeza.
- Estavam tão ocupados assim? – ela riu – Eu vou me oferecer para tomar conta de tudo.
- Mãe, não precisa se preocupar – falei.
- Eu faço questão – ela falou –Já havia até comentado com a mãe do Renato, vamos fazer uma festa marcante.
- Mãe, que seja algo simples – falei – Não iremos convidar tantas pessoas assim.
- Eu sei, eu sei – ela falou – Mas não deixará de ser marcante.
O Renato veio até a cozinha com o meu pai e então a discussão sobre o casamento começou. Era tão surreal que chegava a ser engraçado, minha mãe nos intimou a aceitar a sua ajuda e da mãe do Renato e não teve nem argumentos para fazê-la mudar de ideia. Ficamos tomando sopa e assistindo um filme de suspense, começou a chover forte e não dava uma trégua. Minha mãe avisou que não iria nos deixar voltar para casa naquele temporal e meu pai concordou. Então o jeito foi dormir por lá mesmo, ficamos assistindo filme até tarde e acabei tendo que acordar o Renato para ir até o quarto comigo. Ele deitou ao meu lado na cama e dormiu que nem uma pena. No dia seguinte, acordamos e fomos tomar café com os meus pais. A minha mãe já tinha falado com a mãe do Renato e as duas oficialmente estavam a frente do nosso casamento, não havia o que discutir. Passamos o dia quase todo na casa da minha mãe e a noite voltamos para o apartamento do Renato.
- Vem ficar de preguiça aqui comigo – ele chamou.
- Não posso demorar muito, tenho que dormir em casa – falei.
- Fica comigo, te empresto uma roupa – ele falou.
- Você sabe que não serve – falei – E tenho algumas coisas pra pegar lá também, amanhã eu durmo com você.
- Poxa, vou ficar aqui abandonado – ele choramingou.
- Para de exagero, amanhã eu venho pra cá e durmo com você – falei.
- Amanhã poderia ser uma outra vez, somando a essa – ele falou.
Ele ficou nessa até eu insistir que realmente precisava ir pra casa. Acabei pegando trânsito e demorando mais do que devia pra chegar em casa. Chovia forte e não dava pra correr também, já tinha acidente de mais por onde eu havia passado. Cheguei no apartamento e dei graças a Deus por ter escapado da chuva que caiu aquela noite em São Paulo. Acordei cedo pra trabalhar no outro dia e ainda estava chovendo, cheguei no trabalho e fui receber alguns pedidos que eu havia feito na semana passada. O Valter chegou e fez a reunião semanal com o pessoal, não deixou de dar algumas advertências também. Eu estava saindo da sala e ele me chamou.
- Felipe – ele fez sinal para que eu fechasse a porta – Consegue resolver essa papelada pra mim?
Ele me entregou uma papelada que eu deveria levar até o escritório de contabilidade, eu peguei a pilha de papel e falei que não demoraria em voltar. Ele me questionou o porquê eu estava diferente, estava alegre e sorridente. Acabei contando a ele sobre o pedido de casamento, já que não era segredo que eu e o Renato estávamos juntos. O Valter ficou muito contente, até insinuou que eu não deveria deixa-lo de lado nos momentos dos convites e eu afirmei que não deixaria. Conversamos mais um pouco e então o informei que iria até o escritório. Assim eu fiz, fui até o escritório e resolvi o que o Valter tinha pedido.
Voltei ao posto um pouco antes do almoço e fiquei numa correria só. Quase na hora de ir embora, eu e o Valter estávamos repassando algumas informações e então fomos surpreendidos por dois caras armados. Anunciaram o assalto e logo nos amarraram próximos a mesa, avisaram que havia mais dois caras do lado de fora e que não deveríamos fazer nada suspeito.
- Onde fica o cofre? – um dos caras perguntou ao Valter.
- Não temos cofre – o Valter falou – Eu faço a retirada durante o dia, não deixo nada guardado aqui.
O bandido deu uma coronhada no Valter.
- Não vem com essa, mané – o bandido falou – Eu sei que você tem um cofre e que guarda dinheiro aqui.
- Eu não...
O Valter tentou falar e foi agredido com socos e chutes, pedi que parassem e não me ouviram, acabei levando uns murros também. Insistiram até que o Valter cedeu e falou do cofre. Nem mesmo eu sabia da existência desse cofre, era muito bem escondido ali naquela sala. Os bandidos pegaram uma boa quantia de dinheiro, alguns pertences de valor e logo fugiram. Mas nos deixaram amarrados, um pouco tempo depois um dos funcionários veio nos soltar e já haviam chamado a polícia.
- Você está bem? – perguntei ao Valter.
- Estou, com um pouco de dor – ele falou pensativo – Eu não acredito em uma coisa dessas.
- Valter, estamos sujeitos a assaltos. – falei – A polícia está a caminho.
- Não é só isso, Felipe – ele falou alterado – Esse cofre só três pessoas sabem dele: Eu, a minha filha e o canalha do André. E acredite, eu não estou pensando na minha filha como cúmplice desse assalto.
- Que filho da puta! – eu falei – Valter, você tem certeza disso? Isso é muito sério.
- Lógico que tenho, Felipe – ele falou bravo – Aquele canalha sabia do cofre e não confio nem um pouco dele.
A polícia chegou e começou o interrogatório, foi feito o registro do boletim de ocorrência e até ser liberado, cheguei em casa muito tarde. Tinha diversas ligações perdidas, retornei a ligação do Renato e contei a ele o que havia acontecido. Ele insistiu para vir até o apartamento, mas eu insisti também para que ele não viesse, já era realmente tarde. No dia seguinte fui cedo para o posto, o Valter comentou que estavam analisando as filmagens das câmeras de segurança e que não era pra comentar nada que o André era suspeito do caso. O dia foi normal, muita correria e cheio daquela tensão pós-assalto. No fim do dia, o Valter me chamou e falou que um dos suspeitos havia sido identificado, era um velho conhecido da polícia e morava na região de São Matheus, a polícia já estava procurando por ele. O Renato foi me encontrar no trabalho e me seguiu com o seu carro até em casa.
- Meu amor, que correria – ele falou – Que loucura. Está tudo bem?
- Estou bem – falei e o beijei – Preciso de um banho. Vem, por favor.
Eu nem precisei insistir, o Renato veio comigo. A água quente e a massagem que o Renato fez em mim foi o suficiente para relaxar um pouco mais. Transamos e conversamos durante o banho, contei a ele sobre a suspeita do Valter quanto ao André.
- Aquele filho de uma puta – o Renato falou – Tomara que provem e joguem esse maldito na cadeia.
- Estão atrás de um suspeito, quem sabe ele o entregue – falei esperançoso.
- Quem sabe. – ele concordou.
Saímos do banho e ficamos assistindo um filme no quarto. O Renato me contou um dos diversos planos que sua mãe havia comentado sobre o nosso casamento, da comida, do bolo, da decoração e tantas outras coisas que ela e minha mãe estavam planejando. Ele estava contente com isso e eu também, nossa vida estava muito corrida para corrermos atrás de tudo. Eu acabei não conseguindo assistir o filme todo, havia dormido pouco no dia anterior e quase perdi hora para trabalhar, o Renato iria entrar mais tarde e acabou esquecendo de me acordar também. Fui correndo para o trabalho e quando cheguei o Valter me avisou que tinha que ir à delegacia, eu falei para ele não se preocupar que eu cuidaria de tudo, como sempre. O Valter só voltou no fim do dia e com a notícia de que haviam prendido o André, haviam entregado ele como mandante do assalto e que ele estava indo para casa consolar a filha que estava abalada com a situação. Liguei para o Renato e contei a ele o que havia acontecido, ele não escondeu a sua felicidade. Fomos até a casa dos meus pais aquela noite, minha mãe ficou brava porque eu estava escondendo sobre o assalto, mas logo ela se empolgou com os assuntos do casamento.
Um bom tempo se passou e a vida continuava uma correria. O André foi preso e aguardava julgamento, o Valter estava aliviado por finalmente ver a filha separada do ex-genro bandido, os meus pais haviam reatado, minha mãe e a mãe do Renato estavam com tudo pronto para o nosso casamento. E o nosso casamento? Era no dia seguinte. Eu e o Renato estávamos no meu apartamento, pela última noite que passaríamos ali, já que o apartamento era alugado e após a lua de mel iriamos morar no apartamento do Renato.
- Nem acredito que já é amanhã – eu falei.
- E nem eu. Ainda dá tempo de se arrepender, quer desistir? – ele me cutucou.
Eu o abracei forte.
- É lógico que não quero desistir. Você quer? – perguntei.
- Pensando bem, acho que quero sim – ele falou e eu o encarei com raiva – Estou brincando, eu jamais vou desistir de você.
- Bom saber – falei – Porque deve durar para vida toda.
- Pra uma eternidade – ele completou.
Era uma sexta-feira de clima fresco em São Paulo, casaríamos no dia seguinte e então aproveitamos para nos despedir daquele apartamento cheio de histórias. Nos amamos, transamos, bagunçamos a cozinha e ficamos assistindo até tarde. Eu até iria sentir falta, já estava acostumado a morar ali. No dia seguinte, no dia do nosso casamento, me despedi do Renato pela manhã e fui par casa, cada um sairia de um lugar diferente para ir até a chácara onde iriamos casar. Cheguei em casa e minha mãe começou os sermões de que eu estava atrasado.
- Tudo bem, mãe – eu falei – O casamento é as 19:00, eu só vou para este salão, que você tanto insistiu, para tomar banho, arrumar a barba, vestir um terno e já estarei pronto para casar.
- Meu filho, você leva tudo na brincadeira – ela falou.
E assim eu fiz, fomos até o salão que minha mãe tanto quis e cheguei lá foi engraçado ver a surpresa das pessoas quando eu falava que iria casar com um homem. Fizeram massagem, tomei banho, cortaram o meu cabelo, arrumaram a minha barba e até passaram um pouco de maquiagem para que eu pudesse ir até o casamento. Vesti o terno preto, que vestiu muito bem e segui até o carro que levaria eu e minha mãe até a chácara. Era um pouco distante e a ansiedade fez o meu coração disparar, me dando até ânsia, minha mãe ficava me tranquilizando e falava que estávamos chegando. Quando o carro estacionou, fui para a sala que reservaram pra mim, já que ninguém seria entregue no altar. Nossas mães combinaram de que nos encontraríamos, acompanhados de nossa família, e seguiríamos juntos até a frente do salão, onde seria feita a cerimonia. Minha mãe estava linda com aquele vestido azul e o meu pai vestia um terno cinza, anunciaram que deveríamos ir ao encontro do meu futuro marido. Meu pai pegou a minha mão e me puxou para um abraço.
- Eu te amo, meu filho – ele falou.
Minha mãe também me abraçou.
- Vamos – ela disse – Se não, vai acabar acontecendo a espera que vocês tanto falaram que não queria que acontecesse.
Meus pais se posicionaram ao meu lado e fomos caminhando até a porta da sala onde estávamos.
- Quando abrir essa porta, será uma nova vida – minha mãe falou – Vocês vão se encontrar e ir até o juiz, te encontramos lá.
Eu concordei e fiquei aguardando anunciar o momento. Parecia uma eternidade e então a moça avisou que deveríamos sair, mal cruzamos a porta e logo vi o Renato vestindo um terno lindo, uma gravata linda, um sorriso lindo e a barba mais linda que já vi no mundo. Sua mãe de um lado e seu irmão do outro, ele me viu e sorriu. Nossos pais nos levaram até o ponto inicial daquele grande tapete vermelho, ele me beijou e me deu a mão. Nos viramos e logo vi os convidados em pé, nos olhando com olhos curiosos, olhos de felicidade e meu coração disparou. Começamos a caminhar naquele tapete e meus pés pareciam que iriam me abandonar, o Renato apertou a minha mãe e olhei para ele.
- Eu estou com você – ele cochichou – Para sempre.
Eu sorri e então chegamos até o juiz de paz.
- Senhoras e Senhores, boa noite – ele iniciou – Estamos aqui esta noite para celebrarmos o casamento de Renato e Felipe.