Querido diário. Essa e a coisa mais estúpida que estou fazendo. Mais não sei com quem conversa, até Sei, mais se eu falar sobre Isso, vão apontar o meu erro e não me ajudar em nada.
Hoje a loucura me visitou, sim mais um vez ela estava aqui. Olhar para a porta e ver uma versão de você rindo de seu estado, era assim que ela vinha me visitar.
Ela me mostrava o meu estado, meus fracassos. Odiava a sua visita.
Me entupir de remédios, era uma solução agradável, só não era quando aqueles parasitas vinha me inpor a tomar, dizendo que era para minha melhora.
Ele estava ali. Como sempre, seus cabelos loiros bem arrumados, os olhos azuis brilhavam de felicidade, as bochechas doíam de tanto ri.
Usando sempre o casaco vermelho que ganhei de Murilo.
- Você realmente pensou que ia fugir de mim? - desdenhava.
- Cala a boca.
Era a única coisa que saia da minha boca, enquanto eu lutava para a imagem sair.
Ele andava de um lado para o outro, as vezes me observava e outras vezes conversava lembrando de coisas de quando eu era pequeno.
As vezes o casaco vermelho não vinha, outras vezes o capuz preto estava a me assombra. Ele se denoniNava de morte.
Os mesmos olhos azuis, só que dessa vez não brilhavam, agora eram frios e assustadores.
Esses eram meus dois amigos enquanto estava no Eduardo Ribeiro. Um me incentivava a ceder para ele, abraçar a loucura como uma velha amiga e deixar meus instintos seguirem o que ela mandar.
Já a morte me instigava a cometer algo insano enquanto ia tomar banho ou sair para o Jardim. Dizendo que todo aquele sofrimento poderia acabar, toda a amargura, todos os erros que cometi, poderia esta acabado. Poderia ser um recomeço se eu morresse.
As vezes se não estava chorando, com as vozes de Um, estava rindo esteticamente de outro.
Estava quase cedendo para os dois quando comecei a receber a visita de uma pessoa que fez meu dia brilhar.
O nome dele era Cristóvão Lestrange.
Nome apropriado, porque era o único médico que me fez quere ser uma pessoa melhor. Eu olhava para ele e em primeiro lugar me lembrou o Murilo. Mas as diferenças eram grandes.
Primeiro que o Cris era baixo, troncudo e Moreno, diferente de Murilo, que era pardo, alto e forte.
Cris tinha uma voz grave, ele mandava e todos obedeciam, seu espírito de liderança era estraordinario.
- Murilo?
Perguntei afoito em perceber que poderia ser ele.
A luz foi diminuindo la de fora e entrando na pequena luz da lâmpada a 4 metros de distância.
Ele chegou mais perto e fui vendo que não era ele. Seu sorriso metálico e suas mãos grossas eram suítes comigo.
- Não senhor Felipe. Me chamo doutor Cristóvão, serei seu médico a partir de hoje.
Sério e firme eram as duas palavras que podiam o definir. Ele saiu daquela sala me deixando um medo. Medo do que eu poderia fazer com ele.
Naquela noite fui visitado pelo Capuz preto e pelo casaco vermelho.
- Você acha que ele pode nos ajudar? - indagou o casaco vermelho preocupado.
Capuz preto riu debochado.
- Nós estamos nos fim da vida. Ele não é um santo milagreiro. - ele fez uma pausa dramática. - além do mais, olha como esta o estado dele.
Os dois olharam para mim. Eu estava sentado na cama, olhando fixamente para um canto oposto de onde estava.
- ELE finge que não nos ouve. - disse Casaco vermelho.
Capuz preto ignorou aquele comentário. Andou ate mim. Nenhum dos dois chegou tão perto, quanto aquela noite.
- Não finja que não pode nos ouvir. Somos personalidades suas. Além do mais somos o fruto da sua imaginação.
Soltei um grito que mais pareceu um rosnado.
- Quer dizer que agora ele tem voz? Jurava que o gato tinha comido sua língua. MiAu. - disse Casaco vermelho.
- Acho que ele esqueceu porque esta sofrendo aqui! Se ele não subestimasse aqueles garotos. Poderia esta livre e longe daqui.
- Tenho que concorda com você. - disse Casaco vermelho. - Aqueles quatros ainda tem que pagar.
Os dois olharam para mim.
- Você ainda tem dinheiro. A casa de bonecas ainda esta lá. Pode tortura-Los agora bem melhor. - disse Casaco vermelho.
- Que isso. Podemos colocar coisas novas, somos três. Além do mais, eu quero ver eles derramarem sangue até a morte.
- Murilo deveria ser meu. - disse entr um devaneio e outro.
- Claro. Sabe, fiquei sabendo que foi ele mesmo que te jogou aqui. Nossa, ele está feliz sem você. - disse o casaco vermelho.
- Você não deseja a morte dele? Se ele não está com você. Lógico que esta com Richard.
Só de ouvir aquele nome, meus nervos inflamam. Aquele viadinho roubou meu amor de mim. Ele vai pagar.
- Sabe o que pode fazer? - perguntou Capuz preto. - Pode fingir que esta bem para sair daqui vivo e consegui sua vingança.
Uma risada triunfante saiu da boca de casaco vermelho.
- Nós podemos usar esse médico como Alibe. Já que gostou dele.
As ideias começaram a surgir como uma nascente de água. Dormi com aquele plano na cabeça. Já sei como faria uma boa saída desse moquifo, relutantemente.
- Olá. Tio?
Alguém tinha aberto a porta, era um garoto alto, acho que chegou a ter uns 16 anos. De cabelos castanhos e pele branca, olhos da mesma cor que o cabelo. Seu rosto era perfeito, mais estava começando a nascer algumas espinhas pequenas. Usava uma camisa branca e uma calça jeans escura.
- Tio? - perguntou de volta olhando para ele.
- Sim. Tio Felipe. Não lembra de mim? Yan.
O nome me trouxe lembranças de quando fui visitar a tia Marília, ela tinha adotado uma criança. Que se parecia muito com minha irmã.
- Oi minha criança crescida. - disse para ele.
A sorte era, que para ele não precisava fingir que gostava dele. Eu realmente me identifiquei com ele.
- Cade sua mãe? - pergunto olhando para fora.
- Está vindo. Ela quer ver como esta indo seu progressos. - disse Yan dando uma piscada de olho.
Ele era esperto e sabia que a Mãe não gostava de mim. Tia Marília nunca foi muito com minha cara e tentou separa minha relação de família com seu filho.
Só que o que ela não sabia, era que eu sempre tinha um coringa na manga. Eu sabia que ele não era filho dela.
- Você está bem? - perguntou Yan sem medo de esta ali.
- Estou. Estou ficando curado. - disse para ele.
Yan com os olhos estuda o quarto. Ele não tinha mudado muito, ainda tinha uma cama de solteiro, uma escrivaninha, tinha meus livros, para passar o tempo.
- No que esta pensando em leãozinho?
Ele viu a janela com grossas barras de ferro, isso o frustrou.
- Quero tirá o senhor daqui tio. Preciso do senhor. Mamãe as vezes fala cada besteira do senhor e sei que não é verdade.
Aquele garoto me matava. Como um menino assim poderia ainda ver algo bom em mim?
Ele me abraçou e senti algo duro me encostando. Era o pai de Yan, para um garoto de 16 anos deveria ser pequena, mais bem grossinha. Ele percebeu e riu desconcertado.
- Como vai sobrinho? - perguntou tia Marília na porta.
Aquela velha não morria assim tão fácil. De cabelos curtos e vermelhos, os olhos castanhos e a pele parda, alta e de nariz empinado, fora que seus rosto redondo a deixava gorda.
- Como esta em Felipe? - perguntou Marília quase cuspindo quando pronunciou meu nome.
- Vou bem titia. Muito melhor agora com sua presença aqui. - respondo dando um sorriso falso.
- Soube que os remédios estão fazendo você ter alucinações. - cometeu pegando uma cadeira e sentando do lado da porta.
- Sabe tia. Eu vejo muitas coisas que as pessoas gostam de esconder. Vejo isso desse de pequeno. - a olho atravessado.
Ela se mexeu inquieta.
- Ainda bem que seu pai e sua mãe não estão mais aqui para ver você assim. Eles devem esta se remetendo de desgosto. - as palavras dela saiam como fardos venenosos.
- Ainda bem que eles não estão. Pois também iria ver muitas coisas ruins, que Eu mostrei, da família perfeita que eles tantos defendiam.
Marília se mexeu e engoliu um palavrão. Eu desconfiava de algo, mais tinha que ter certeza, o jeito que els respondia e me olhava sentando do lado de Yan, apenas aumentava a minha suspeita.
- Sabe Yan você me lembra muito minha irmã. O nome dele é Mariana. Você nunca mostrou ela para ele, me titia?
A pergunta a deixou com raiva. Eu tinha acertado a ferida. Então minha tia deu uma de Nazaré, pegando o filho de minha irma. Depois dizem que não sou inteligente.
- Vamos embora Yan.
- Mais acabamos de chegar. - protestou.
- Vamos. - disse áspera
- Vai. - ELE me olhou. - Sentirei sua falta.
Ele me abraça e novamente sinto seu pau ereto perto de mim.
- te amo. - disse Yan
Yan se virou e foi embora, me deixando ali sozinho.