Eu não sei o que aconteceu comigo naquela noite. Aquilo não era certo, meu desespero por atenção me levou ao fundo do poço.
Meu nome é Julia Machado e o fundo do poço começou, quando fui estuprada.
Aconteceu certa noite, estava sozinha em casa pra variar. Meu marido Ricardo, estava ocupado em um jantar de negócios. Não havia empregados, filhos ou um cachorro para me fazer companhia.
Morávamos em um bairro de classe média. Não havia muitos acontecimentos por ali. Todos eram esnobes e tinham narizes empinados. Mas foi o lugar aonde Ricardo nasceu, era natural que eu me adaptasse aquilo. Mas não me adaptei.
As pessoas pareciam contar meus passos minuciosamente. Sabiam a hora que eu saía, a hora que eu chegava. Alguém fazia meu relatório diário para meu marido, porque ele costumava perguntar, como foi meu dia, nos primeiros meses de casamento e de repente mudou a frase para “aonde foi essa tarde?”
Como eu disse, não havia nada por ali. Até que uma onda de assaltos começou a ameaçar a paz do lugar. Em dois meses, cinco casas haviam sido assaltadas.
E naquela noite, foi à vez da nossa. Não ouvi barulho. Como disse, Ricardo estava em um jantar de negócios. E eu, como sempre sozinha, liguei o rádio do banheiro, coloquei a banheira para encher, peguei uma taça de vinho e fui tomar um banho quente, com bastante espuma.
Enquanto tomava meu vinho e ouvia música popular brasileira, não ouvi quando entraram na casa pela porta da cozinha. Continuei meu banho tranqüila. Até que ouvi um murmúrio.
-Que gata.
Pensei ter vindo da música e fechei os olhos, recostei a cabeça na borda da banheira, não fazia nem cinco minutos que estava ali, abri os olhos à procura da taça. Quando me dei conta, havia um homem enorme na porta do banheiro e uma arma apontada para minha cabeça.
-Se gritar, já sabe.
Entrei em pânico. Não sabia o que fazer, ou como reagir. Ele indicou que eu me levantasse, eu estava nua, claro que não ia me levantar. Ele destravou a arma, me levantei devagar, sem fazer movimentos bruscos. O olhar dele sobre meu corpo me deixou quente. Há tanto tempo não era admirada daquele jeito.
Ele jogou uma toalha pra mim, me enrolei nela e saí da banheira.
-Me mostra tudo de valor que tem na casa. E anda rápido.
-Não há nada de valor.-Ergui a mão e mostrei a aliança.-Só isso.
-Vamos ver então. Onde fica o cofre?
-Acha que essa porcaria de casa tem um cofre? Nem quadros pra escondê-lo, quanto mais cofre.
-Olha dona, to ficando impaciente com você.
-Só porque sou pobre?
-Onde fica o quarto?
-Na primeira porta.
Ele me empurrou porta a dentro e me jogou sobre a cama. Vasculhou tudo e como não encontrou nada mais que bijuteria, começou a ficar nervoso.
-Já que não tem nada que valha aqui, vai você mesmo.
-O que?-Eu não sabia ao certo o que ele queria dizer.
Ele tirou a touca que cobria o rosto e fiquei sem ar. Era um homem bonito. Moreno, careca, tinha um rosto perfeito, lábios desenhados. Ele então tirou a camisa, fiquei com as pernas bambas quando vi o peito dele. Havia uma tatuagem de tigre no braço e uma no peito, não vi direito, porque estava escuro. Ele veio até mim, percebi as intenções dele naquele momento. Fiquei apavorada. Mas não apavorada com o que ele iria fazer e sim, com meu corpo. A forma que estava reagindo. Fiquei com a respiração pesada e meu corpo inteiro se esquentava, esperando pelo que eu não tinha há tempos.
-Você é bem gostosa sabia? Cadê seu marido? Por que não ta aqui trepando com você?
-Está em reunião.
-Isso é ótimo.-Ele subiu na cama ficando muito perto de mim.-Enquanto ele está trepando com outra, eu vou te dar um trato.
-Não.-Empurrei ele pra longe, quando a realidade me estapeou.-Pode levar o que quiser, mas me deixa em paz.
-Cala a boca.-Ele me puxou pelo braço.-Escuta aqui moça, seja boazinha e saio daqui sem te machucar. Agora, se quiser que as coisas aconteçam de outro jeito...
Ele puxou a toalha. Dessa vez não havia espuma pra esconder meu corpo. Estava tudo ali a mostra. Meus mamilos rosados, minhas coxas salientes. Fechei as pernas quando os olhos dele pousaram na trilha de pelinhos entre elas.
Ele baixou a cabeça e começou a sugar meus seios. Repreendi um gemido, meus olhos ficaram cheios. A mão dele forçava passagem pro meio das minhas pernas. Quando ele tocou lá, não consegui me segurar e gemi. Ele começou a acariciar e deslizava pela lagoa que estava se formando ali.
-Você tá querendo safada.-Ele parou no meio do caminho e abriu a calça.-Vem aqui, chupa meu pau. To doido pra sentir essa boca me chupando gostoso.
Ele me segurou pelos cabelos e me puxou de encontro ao pau dele. Quando vi, fiquei louca. Um pau tamanho família, suficiente para alimentar as mulheres famintas da “Etiópia do casamento”. Abri a boca e não conseguia enfiá-lo inteiro. Ele forçava e era muito grande pra mim. Cheguei a engasgar, mas ele controlava. E eu estava gostando.
Ele me puxou pelos cabelos, me fez ajoelhar com ele na cama e me beijou. Amoleci nos braços dele, enquanto o pau dele sarrava entre minhas pernas. Tombamos na cama, ele se pôs a roçar e eu estava ficando louca. Ele prometia entrar e saía. Fechei os olhos e não sei de onde veio àquela voz que dizia:
-Para de enrolar e me fode de uma vez!
Ele meteu a cabeça do pau na entrada e forçou. Só então lembrei do tamanho. Ele entrou de uma vez. Eu gritei de dor, mas ele tapou minha boca e continuou. Entrou e entrou até só restar o saco batendo ali na portinha.
O cara parecia alucinado. Levantou minhas pernas, as abraçou e começou a meter cada vez mai forte. Eu gritava, fiquei louca quando ele deitou sobre meu corpo e começou a bombar mais forte.
Ele parou, me tirou daquela posição, me pôs de quatro e voltou a se enfiar em meu corpo. Naquela posição doía. Coloquei uma perna mais a frente, na tentativa de não deixá-lo entrar mias fundo. Ele continuou a foder feito um animal. Eu gritava cada vez mais alto. Quem quer que esteja passando meu relatório para meu marido, iria ter o que falar naquela noite.
Deitei de bruços na cama, minhas pernas estavam fechadas, ele fodia sem pena. Eu gozava feito louca, nem me lembro a ultima vez que tive orgasmos múltiplos.
Ele me puxou pelos cabelos, me fez levantar e me levou até a cômoda. Voltou a meter entre minhas pernas. Fiquei anestesiada sentindo-o entrando fundo e com pressão e olhando-o pelo espelho, vendo que ele também estava me desejando.
-Você gosta de ser fudida, né sua putinha?
-Gosto.-Falei e não me reconheci naquele momento.-Me fode com força. Mete tudo em mim.
Ele me segurava pela cintura e metia rápido e com força. Eu não conseguia mais ficar em pé. Minha garganta doía, não fazia idéia de quanto tempo havia passado. E quando ele saiu de dentro de mim e me puxou pelos cabelos, ajoelhei no chão e bebi aquela porra toda com gosto. Era o mínimo que podia fazer, depois de ter gozado tanto.
Fiquei ali, ajoelhada no chão, enquanto ele se vestia de novo. Quando me levantei, ele se virou pra mim e riu.
-Seu marido deve ser bem ruim.-Ele fechava o cinto enquanto falava.-Pra você ficar tão excitada com um homem que está prestes a estourar seus miolos.
-O perigo me excita.
-O perigo, ou a falta de sexo?-Ele começou a ser cruel ali, naquele ponto ele parecia um ladrão estuprador.-Diz pra mim, há quanto tempo ele não te come?
-Isso não é da sua conta.
-Olhando pra você eu diria, que trepam uma vez por semana.-Ele se aproximou,me puxou pela cintura e levou minha mão até a frente do meu rosto.-Vou deixar ficar com ela. Mas toma uma atitude. Da próxima vez, grita, esperneia. Não mostra que ta necessitada. Isso é digno de pena.
Ele pegou pesado. Meus olhos ficaram molhados, baixei a cabeça engolindo um nó. Ele saiu cobrindo a cabeça.
Foi aí que percebi que estava no fundo do poço. Necessitada de atenção.
Continua...
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