Um Coração Confuso cap 4

Um conto erótico de Stardust
Categoria: Homossexual
Contém 1520 palavras
Data: 08/07/2017 22:56:57
Última revisão: 08/07/2017 23:57:48

Olá gente boa. Voltei como tinha dito, sei que tá um pouquinho tarde, mas ainda é sábado, ou seja, cumpri minha palavra. Sobre esse capítulo, foi um dos mais dolorosos que já fiz, porém, tem uma trilha nele que adoraria que ao lerem, colocassem a música. Vai acontecer no meio da briga, eu lembrei dela, porque é uma coisa bem forte e linda ao mesmo tempo, sem mais delongas. Bora pro conto?

Continuando...

Fui até sua sala e bati na porta, entrei e comecei falando com ela.

- Aqui estão os documentos que pediu e sua passagem pra Austrália.

- Obrigada Priscila. – Ela me olhou seriamente quando falei das passagens.

- Você está viajando a passeio ou está fugindo de mim?

- Minha vida agora é importante pra você?

- E desde quando não foi?

- Não sei, eu te ensinei a ser uma mulher segura e ter certeza dos seus atos, mas agora você parece mais confusa do que criança em prova de matemática. – Dizia ela lendo os relatórios.

- Eu as vezes tenho medo entende? Medo de voltar a ser aquela Priscila de antes que todos a faziam de idiota.

- Medos todos temos, mas se enfrentarmos é pior. O que você quer então? Que sempre esteja contigo pra te ajudar a enfrentar o que você sozinha não consegue?

- Só queria seu perdão... – Ela me interrompe.

- Meu perdão você já tem, mas vai ficar me pedindo sempre como forma de se sentir melhor? Ou vai pra enfrentar seus medos?

- E você vai viajar por minha causa?

- Não Priscila, não por você, mas por mim mesma, porque eu preciso.

- Pra se afastar de mim...

- O que você quer então? Que eu finja que tá tudo bem? Não está! Eu errei contigo, errei e assumo isso, foi muita estupidez não confiar em ti, mas e se isso não tivesse acontecido, quem me garante que você não me trairia, assim que reencontrasse a Cristina?

- Mas e se...

- E se nada Priscila! Eu me entreguei pra você poxa, me entreguei de verdade – Falou ela se levantando e andando pela sala conversando comigo e se expressando. – Eu deixei acontecer algo que nunca esperei, o amor. Eu não te ensinei a ser a forte porque queria uma parceira no amor, eu te ensinei a ser forte porque eu acreditava em você, achava que estaria fazendo o bem por alguém, mas as coisas foram acontecendo e eu me APAIXONEI e no final eu fiquei como? Sozinha e sem a pessoa que eu mais confiei.

- Mas eu... – Ela me interrompe.

- Lembra de quando conversamos no Brasil sobre você estar iludindo a Cristina e agir como patética? Pelo visto o jogo inverteu né? Eu que fui a patética dessa história. Parabéns Priscila, a minha característica mais difícil você conseguiu fazer... Não se importar com as pessoas que você se relaciona apenas por sexo...

- Mas eu ainda estou aqui não estou? Eu me importo sim... – Ela me interrompe de novo

- Não Priscila, não está, não se importa! Você pensa que está porque acha que pode consertar suas besteiras comigo, mas acho que você estava tão ocupada comendo a Cristina que esqueceu como e quem sou. Chega! Se você queria o meu perdão, certo, já tem. Mas não ache que estamos bem, que temos alguma chance se é isso, ACABOU!

“Nessa parte, eu gostaria de pedir pra vocês darem uma pausa e escutarem essa música: If One Day You Have The Courage ( https://www.letras.mus.br/budokan/”.

Após ela dizer isso, ela saiu da sala e me deixou lá sem palavras, realmente, eu mereço, mereço mesmo. Perdi a confiança de umas das pessoas mais queridas pra mim e tudo porque eu não soube como agir direito ou ser franca desde o início da briga.

Eu estava sem cabeça para continuar atendendo, mas mesmo assim, fiquei trabalhando, pra ocupar a mente.

Os dias passaram, e Charlote apenas me tratava como colega de trabalho, nada mais. Poucas trocas de palavras, poucos olhares, um clima terrível.

Cris e eu ainda continuávamos saindo, era bom, mas a culpa sempre bate, como ela decidiu ficar mais uma semana, tivemos tempo para conversar sobre tudo. Eu não via Charlote há dias, então decidi ligar pra Olívia, como só estava dando caixa postal eu fui trabalhar.

Engraçado que ao chegar, não me deparei com Charlote e sim o Dr. Albert Campbell, nosso sócio e grande psicanalista.

- Dr. Albert, bom dia, como vai? – Falei cumprimentando.

- Senhorita Priscila, há quanto tempo em, vou bem e você? – Falava ele retribuindo o cumprimento.

- O que devemos a sua ilustre visita?

- Bem, eu vim te confiar uma grande responsabilidade, sei que está preparada pra isso, desde já os parabéns pela promoção.

- Muito obrigada, mas eu estou sem entender kk. – Sorri surpresa.

- Ora, a Charlote não te contou? Achei que ela seria a primeira pessoa a te contar, afinal vocês sempre foram muito próximas.

- Tivemos uma pequena discussão há algumas semanas e o clima estava meio pesado, assim dizendo.

- Então minha querida, esse clima passou.

- Não entendi.

- Bem, a Charlote abdicou do cargo que dei a ela, tanto aqui, quanto em Oxford, então, ela me indicou uma pessoa de confiança que foi você. Claro que eu a convenci a continuar na universidade, afinal, ela é uma das nossas principais colaboradoras. Mas pra esse consultório, ela pediu que fosse você, então meus parabéns Priscila, você agora é a psicóloga “chefe” assim dizendo.

- Nossa eu agradeço muito, não sei o que dizer direito, mas se ela vai continuar em Oxford, porque não poderia continuar a administrar esse consultório?

- Minha querida, então pelo visto o clima estava ruim mesmo entre vocês. Ela vai cuidar da universidade à distância mesmo, opção dela. Mas como eu sei que ela é muito competente vai se sair bem.

- Austrália... – Falei pensando baixo.

- Isso, Austrália. Ela disse que precisava de um tempo pra ela, eu compreendo, espero que ela se divirta com cangurus kkkk. Bem, deixa eu ir que tenho o dia cheio, parabéns mais uma vez Priscila. – Falou ele me cumprimentando novamente.

Eu sai em direção a casa dela, não acreditava nisso, ao chegar lá, Olivia me recebeu.

- Oi Pri.

- Oi Olivia, cadê sua mãe? Quero saber porque ela tá desistindo de tudo por minha causa.

- Desculpa Pri, mas ela não está.

- Eu espero.

- Você não entendeu, ela não está do verbo, ela viajou há alguns dias.

- Como assim? E por que não me disse nada?

- Por que ela pediu e isso eu tinha fazer por ela. Pri, você sabe que te adoro, somos amigas e nada mudou, mas você magoou minha mãe e sinceramente eu respeito a decisão dela. Sei que não estavam juntas, mas poxa, podia ter sido sincera né?

- Olivia eu sei que errei, mas eu queria ter me desculpado melhor com sua mãe, ela é a pessoa que mais merece minhas desculpas. – Comecei a chorar.

- Vem aqui vem – Falou Olivia me abraçando pra chorar. – Pri minha mãe deixou isso aqui pra você, eu não abri, é do seu respeito. – Ela me entregou um envelope lacrado com uma insígnia de nobre.

- O que é isso?

- Não sei ué, abre logo, tô curiosa.

Eu abri o envelope que continha um chaveiro escrito “siga em frente” e uma carta:

“Minha doce Priscila, nessa carta eu te deixo meu último amor. Não estranhe o jeito que falo, como eu disse eu já te perdoei. Pensei muito desde a nossa última conversa, e vi que preciso de um tempo pra mim, mas acima de tudo quero que seja feliz, de coração eu quero. Esse chaveiro ai é pra você sempre olhar enquanto estiver pilotando e ver que a vida tem muitas retas e muitas curvas. Não sei se você pretende continuar com a Cristina ou não, mas quero que siga em frente, que viva, se descubra, perca seus medos e enfrente seus desafios e claro, se ame. Obrigada por me dar o sentimento mais puro que já senti, obrigada por salvar de um maluco psicopata e muito obrigada por me aceitar e conseguir me amar com esse meu jeito duro e complicado (mesmo que tenha sido temporariamente). Obrigada por ter invertido os papéis, a aluna ensinou a mestre. Beijos, Charlote a Leoa.

PS: Cuida da Olívia até ela se formar e por favor ensine-a direito a pilotar uma moto, se ela se machucar, já sabe, minha “adorável” mãe te pega ou mesma volto e bato em você kkkkkk. Ah e o mais importante, nada de beijar ou transar com minha filha. É sério! ”

Depois de chorar mais com essa carta pensei:

“ E agora, qual será meu destino? Cristina? Charlote? Ou esperar o tempo me dizer a resposta?”

CONTINUAAAA...

Espero que tenham ouvido a música junto a discussão entre a Priscila e a Charlote. Agora como eu já disse, fiz dois finais, não sei o que vai rolar neles, mas... Veremos em breve certo? Semana que vem postarei, qualquer coisa podem falar comigo no e-mail ou insta. A torcida tá pronta, #TeamCristina ou #TeamCharlote? Aguardando discussões kkkk, um beijo pra vocês meninas e também pra vocês meninos, não achem que sou sexista, toda presença é bem vinda é claro, vocês tem uma critica também, obrigada por lerem.

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Comentários

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Sou #teamcharlotte

Elas são lindas e a Cristina é só uma criança.

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S.Veneno meu e-mail é "stardustwriter@hotmail.com". Gostaria de dizer também que eu estou ficando triste porque vai acabar, mas lembrem-se, ativem as notificações do blogue, ficarei la postando outro, não agora de primeira, mas fiquem ligadinhas. Eu também colocarei no Instagram "stardustwriter_01" me seguem lá também. Por ser perfil privado, mandem mensagem pra eu saber que são vocês leitoras. BJS

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Ps:amo a música e a tradução perfeita para seu conto..... P.favor mande seu email de novo 😘

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Amei o seu capítulo estou ansiosa para ler os dois finais...... Já me sinto abandonada por saber que esta acabando ;( bjos da vinha 😍

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Um recadinho, escutem a música junto a tradução pra entenderem melhor cada passo da discussão. Gaby, beijo pra você

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