-O que você está fazendo?! - Ela gritou
- Eu?! Mudando minha vida!
Primeiramente, preciso dizer que não sei o que estou fazendo. Mas mesmo assim, estou. Essa "louca" do outro lado da ponte é minha amiga, Cristina, e ela mal sabe diferenciar a cor do chão, mas sempre deseja saber do seu próprio coração. E sim, eu disse ponte. Estou prestes a pular de bungee jump.
-Você vai morrer, filho da puta!
-E-EU E-E-STOU R
E
N
A
S
C
E
N
D
O
20 segundos. São exatos 20 segundos de queda livre até que você é puxado de volta, que seu peito é recarregado por uma energia sem origem, apenas com um destino, sua vida.
Mas vamos dar uma volta em exatamente 1 semana atrás, é importante.
-Você está bem? - sinto a mão dela descendo pelo meu colo - Sim, estou. - Respondo fitando a última camada de sol do dia sob as nuvens - E você? - pergunto - Sim...mas acho que está blefando comigo. - Eu? - olho nos olhos dela e por um grande pequeno momento me sinto em casa - Eu preciso saber se você vai se cuidar quando eu partir... - Entrelacei nossos dedos, e deitei a cabeça no ombro dela - Claro. Vai ser como se você nem tivesse despertado esse meu lado morto. Eu vou ficar bem. - ficamos em silêncio contemplando o nascer da Lua, o inicio da brisa fria e o inicio de uma bela guerra.
Me levantei e fui acender a fogueira já armada, vamos passar a noite na beira da cachoeira, é a minha preferida de São Thomé das letras - MG. Nica pega meu violão e arranha uma antiga canção de Tom Jobim ( A vida tem sempre razão) meus olhos piscam, tirando fotos dela, da cachoeira, de tudo a minha volta. Eternizo cada segundo dentro de mim, meu novo eu. Acendi o fogo, uivei feito um lobo! -AAAUUU! AU AU AU AUUU!
-E COM VOCÊS, O LOBO SOLITÁRIO! - Nica soltou uma gargalhada, mas não uma simples gargalhada...é daquelas gargalhadas que te tiram todo mal, que lhe fazem desejar morrer de rir. - e eu disse - Não sou solitário mais...apesar de você ser uma raposa, fazemos um belo par. Diferente, mas somos. - Ela veio até mim, me abraçou e senti a vida me abraçando de novo. Ficamos em silêncio e antes de nos pronunciar, avistamos um carro se aproximar.
-Você conhece? - Perguntei - Ham... - senti ela hesitar - Acho que é o Pablo. - apertei ela contra mim - Se for ele, a gente até pode deixar ele dormir na nossa barraca. Podemos jogar fogo durante a madrugada, que acha? - Ela só me olhou, e nesse olhar vi um infinito de palavras e possibilidades, principalmente um dos piores sentimentos da vida : O medo.
O carro para, farol apaga, e de dentro dele sai um dos meus principais inimigos : Pablo.
Pablo saiu do carro com fogo nos olhos e eu sabia o que ele queria : Ter a sua Companheira de volta. Só não sabia como poderia ajuda-lo, pois eu também a queria.
[...]
.Notas do Autor : Gostaria de receber criticas construtivas, é bem crucial. Esse “capítulo” pode ter ficado bom, mas o próximo pode ser melhor ainda, não acham?
. Se vocês forem realmente ouvir o som citado acima, eu indico a versão gravada por uma banda chamada “Baleia”, é incrível.
. Dias e horários para a postagem? Olha, estou entre Segunda e sábado, e sempre depois das 22:00 da noite.
E até mais, em breve nos vemos!