Era uma baladinha para menores de 11 a 17 anos regada a sucos refrigerantes e sorvetes, porém o proibido é mais gostoso e sempre tem uma turminha do mal que consegue entrar com bebidas mais fortes e alguns outros baratos que ligam. Foi nessa balada que eu conheci o Albert, um fotógrafo gringo que fazia trabalhos para uma grife famosa de roupas voltadas ao público jovem. Ele se infiltrou naquela discoteca para adolescentes a pedido do seu chefe. O homem o incumbiu de encontrar talentos anônimos e a preferência era para meninas bonitas, desinibidas e cheias de energia. As interessadas teriam que participar de um teste de seleção para poderem ingressar na nova equipe de modelos da agência.
Fiquei super animada com a possibilidade de conseguir o meu primeiro emprego em uma área que eu amava. Combinamos de eu ir até o estúdio fazer um teste fotográfico que aconteceria no dia seguinte (sábado), próximo dali, em São Caetano mesmo.
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Por detrás de sua câmera ele me observava. Acenou positivamente com a cabeça quando segurei e puxei de maneira bem delicada a tira da tanga do biquíni. Continuou dando cliques contínuos e registrando cada movimento do meu corpo. Voltei meu olhar para a lente como se quisesse seduzi-la oferecendo meus lábios molhados e levemente separados. Senti-me incrivelmente sensual.
Depois de uma infinidade de cliques ele sorriu parecendo estar satisfeito. Fiquei feliz, minha performance foi do seu agrado, conclui.
— Maravilha Kamila, perfeita — você entendeu direitinho qual era a pegada — enalteceu o fotógrafo.
Entre mais alguns elogios ele mostrou-me as fotos em seu notebook.
Estava finalizado o meu teste fotográfico, aguardei junto com outras duas meninas que estavam na baladinha e assim como eu foram convidadas a fazerem o teste.
Nós três fomos aprovadas e seríamos modelos de uma linha de trajes de banho para a coleção do próximo verão.
Fomos convidadas a conhecer a mansão e o dono da confecção (nosso futuro patrão) naquela mesma tarde. Foi exigido que tudo ficasse em segredo até nossos pais assinarem o contrato que receberíamos no final do dia.
O casarão era um luxo só, além das bebidas liberadas também para menores, ainda tinha uns estimulantes a mais para enlouquecer. O chefe era um cinquentão bem charmoso e havia mais dois coroas no local que eram o sócio e o advogado, segundo eles.
Os negócios foram deixados para o final, o chefe queria ver se nós, o trio de meninas, era animado, pois a coleção de verão exigia alegria.
Depois de um bocado de diversão com música, bebidas e alucinantes, começou uma sessão de fotos e vídeos para descontrair.
A descontração foi além da conta devido a tudo que nós ingerimos (ou que nos fizeram engolir). Não lembro de ter concordado que o coroa me despisse, nem que tocassem o meu corpo em dois e até três de uma única vez. Mas recordo de ter curtido as bocas e línguas agitadas em minhas partes íntimas enquanto estava esparramada em um dos sofás daquela sala enorme. Lembro também do riso histérico misturado com choro das outras meninas transando com os outros dois coroas pervertidos.
Eu apaguei e acordei em minha cama na manhã seguinte. Não sei como cheguei em casa, pois ainda estava chapadona, morrendo de enjoo e dor de cabeça.
Na segunda feira, quando voltamos à agência para o nosso primeiro dia de trabalho, não existia mais nada no local, eram salas vazias com placa de aluga-se. Os números de telefone também não atendiam. Voltamos ao casarão… Estava vazio e ninguém morava lá há meses segundo o corretor da imobiliária. Havia uma placa de vende-se que com certeza não estava lá no sábado. Tudo não passou de um golpe.
No dia seguinte ficamos devastadas ao recebermos por e-mail as nossas fotos e vídeos com imagens de nudez e sexo explícito que já circulavam em um site pornográfico. A cena em que eu estava deitada de costas no braço do sofá, com as pernas abertas e levantadas e aquele tiozinho escroto bombando na minha bunda, doeu mais em mim ao assistir do que no real momento da transa, uma vez que eu nem me lembrava dessa parte. Eu teria que rezar muito para que aquelas imagens não chegassem até pessoas próximas a mim, ou então eu estaria realmente fodida, pois não parecia um abuso e, sim, uma suruba consentida.
Fim