Lalaph muito obrigada pelo comentário, fiquei muito feliz quando vi que você gostou. :3
Vou continuar com o conto exatamente no ponto onde parou.
Cap. 2
Desde que tinha pedido para ele sair de casa, ainda não havia encontrado com ele, por mais que ele tenha ligado várias vezes, no momento em que ele saiu do apartamento ela avisou aos porteiros que não deixassem mais ele subir, pois já havia levado todos seus pertences e não teria motivos para retornar ali. Mila começou a ficar apreensiva de como poderia ser o encontro, mas sabia também que em algum momento ele teria que acontecer, mas não queria incomodar a Mari com um problema banal, e resolveu não falar nada. Apenas deixar aquela apreensão para ela mesmo e tentar ao máximo aproveitar a noite com sua mais nova amiga. Ao entrarem no restaurante foi solicitado uma mesa para dois, era um restaurante muito lindo, mas Mila não conseguia aproveitar o ambiente, pois estava o tempo todo olhando para os lados tentando ver se encontrava o Rafael, enquanto ela e a Mari eram encaminhadas à mesa. Mari por sua vez estava admirando o ambiente o máximo que podia, reparando nas decorações, nas pessoas, no espaço como um todo, e nem percebeu que Mila não parava de olhar para os lados.
Finalmente chegaram à mesa delas, era uma mesa para dois, mais no canto do restaurante, com um som ambiente calmo e tranquilo, a iluminação era baixa, quase toda feita pelas velas sobre a mesa tornando o ambiente bem aconchegante e tranquilo.
M – Nossa nem acredito que demorei tanto tempo para vir aqui. Sempre quis conhecer esse lugar, só me faltava a oportunidade.
C – É realmente um bom restaurante. M – Você já o conhecia?
C – Um pouco. Mas o que te fez me escolher para vir com você aqui? – Mila queria mudar o rumo da conversa, pois ainda não se sentia bem para falar do Rafael.
M – Sempre quis vir aqui, mas sempre achei que fosse um ambiente para não vir sozinha, então aproveitei a oportunidade que você de livre e espontânea vontade resolveu vir comigo – disse isso rindo, pois sabia que havia colocado um pouco de pressão para acontecer.
C – Livre e espontânea pressão você quer dizer né?! – E começou a rir da situação.
M – Euuuuuuuu? Jamais faria isso, imagina.
C – Ahammmm. Sei.. Jamais né?!
M – Mas então? O que vamos pedir? Estou morrendo de fome, na correria nem almocei. – Falou ainda morrendo de rir.
C – Que tipo de comida você gosta? Já que não almoçou seria bom uma comida... Antes que pudesse concluir sua fala Mila foi interrompida por uma voz feminina.
?? – Não acredito que depois de todo aquele showzinho você fez com o Rafa, você resolveu aparecer aqui.
Mila e Mari olharam assustadas pois não havia mais ninguém próximo a elas, mas Mila sabia que era com ela, reconheceu aquela voz. Quando se virou, deu de cara com Jessica, prima do Rafael, prima essa que ela encontrou na cama com ele no sábado anterior. Mari continuou a olhar para ela e cada vez tendo mais certeza que não a conhecia, então desviou seu olhar pra Mila com a intenção de perguntar se ela conhecia, mas assim que olhou para ela pode ver Mila pálida, ela de imediato percebeu que as duas se conheciam e antes de poder perguntar algo foi interrompida.
J – Você se faz de santa, mas tenho certeza que veio aqui tentar voltar com o Rafa, já vou te dizendo logo, ele é meu agora!
Mila fica paralisada vendo aquela cena, não consegue ter qualquer reação, fica apenas olhando aquela pessoa que achava que era sua amiga tentando comprar uma briga por nada. Ela já não queria mais o Rafael em sua vida, só estava ali acompanhando uma amiga, e nem estava confortável com isso, mas para tentar não causar problemas preferiu não dizer nada e rezar para ele não está lá. Mari estava cada vez mais irritada pela situação, pois o clima agradável que havia se construído na mesa havia sido quebrado e o sorriso sumido do rosto de Mila, resolveu deixar de se segurar. Segurou a mão da Mila na tentativa de acalmar ela e começou a falar.
M – Mila, está tudo bem? Você quer algo?
J – Ninguém está falando com você, não se meta que esse assunto é entre mim e a Mila.
? – Jessica, que confusão toda é essa? – Disse uma voz masculina.
Nesse momento o que restava de cor no rosto de Mila sumiu por completo, Rafael quem tinha acabado de chegar, as últimas pessoas que ela queria ver estavam ali na sua frente. Ao se aproximar mais Rafael reconheceu Camila, e pode imaginar o que estava acontecendo, mas quando viu ela de mãos dadas com a Mari, foi sucumbido por um momento de ciúmes.
R – Por isso que você quis acabar comigo né? Você já tinha outra pessoa. E eu aqui achando que você só estava magoada.
J – Eu te disse Rafa, ela não vale nada. Você está muito melhor comigo agora.
Aquelas palavras machucaram muito Mila, pois ela quem havia sido traída, ela quem pegou os dois no flagra, além de ser traída pelo noivo, foi traída pela amiga, e acabou sozinha. Enquanto um tinha ao outro ela não tinha mais ninguém e nem mesmo pode desabafar com alguém sobre isso. Todo esse turbilhão de pensamentos, de sentimentos, fez com que a Mila começasse a chorar, sem nem perceber lagrimas começaram a cair de seus olhos. O que era normal, afinal era a primeira vez que ela chorava pelo ocorrido, pois desde o momento que havia visto aquele momento ela buscou não pensar, não se permitiu sentir a perda, pois aqueles dois não mereciam suas lagrimas, mas nesse momento não conseguiu mais se conter, e não teve mais o que fazer a não ser chorar. Ao ver aquela cena, Mari sentiu ódio, não sabia explicar o porquê, só não podia aceirar que fizessem a Mila chorar, nem queria mais saber o que estava acontecendo, só queria que acabasse.
M – Quem vocês dois pensam que são, para chegarem aqui e falarem assim com ela.
R e J – Quem você pensa que é?
M – Eu sou uma pessoa que se importa verdadeiramente com ela, e acho bom vocês prestarem atenção no que vou dizer. Caso eu veja qualquer um de vocês próximo dela de novo é comigo que vão se resolver! Espero ter sido bem clara. – Mari disse isso com muito ódio, e esse ódio podia ser visto facilmente em seus olhos ao perceberem isso Rafael e Jessica resolverem se afastar, e nesses mínimos segundo que eles recuaram Mari pegou Mila pela mão puxou ela e saíram do restaurante.
Ao saírem do restaurante Mila ainda chorava muito e Mari apenas a abraçada e não sabia o que fazer. Pensou em várias coisas para dizer, mas não conseguia dizer nada, então apenas ficou ali abraçada a ela. Quando finalmente se acalmou um pouco elas foram para o carro da Mari, mas ainda sem falarem nada. Mari segurava sua mão esperando que ela se sentisse confortável, queria sair logo dali, pois não queria ter que encontrar com aqueles dois de novo, principalmente não queria ver sua menina chorando novamente, e ao perceber que ela estava pensando realmente em Mila como sua menina aquilo foi meio assustador, pois a muito tempo que não se permitia envolver com ninguém, desde que tinha acabado com sua ex, que havia sido uma separação muito difícil para ela e desde então ela não se permitiu que mais ninguém se aproximasse verdadeiramente dela, pois ainda estava muito machucada com o fim de sua relação. Enquanto estava ali tentando acalmar a Mila e tentando se acalmar Mari escuta uma voz muito conhecida, pois jamais esqueceria da voz de Erica, sua ex.
Gente, se gostaram do conto coloquem nos comentários, pretendo botar um novo capítulo toda quinta-feira. Muito obrigada por lerem. Beijos e até quinta. <3
P.s. Muito obrigada a uma joia, que está me dando apoio para continuar a escrever.