O GATO DO MEU CHEFE. 22

Um conto erótico de H.R.JACKSON
Categoria: Homossexual
Contém 2223 palavras
Data: 06/08/2017 22:02:15

Maurício Miller

- Maurício e Arthur?- pergunta.a enfermeira baixinha e roliça.

Ela deve ser nova, por não ter feito cara de espanto ao me ver, pelo menos não tentou dar encima de mim.

- Sim somos nós.- Respondo ao mesmo tempo em que levanto.

- Vocês são os próximos, me acompanhem.

Seguimos até a porta do quarto e ela para logo em seguida.

- Lembrem-se ele sofreu fraturas graves e esteve em coma então é importante manter a calma, tentem não fazê-lo passar situações emocionais ou estressantes.- ela diz com toda calma.- Ok?

- Tudo bem.- dizemos os dois em coro.

Entramos no quarto e ele está ali, nos olhando a cada passo dado.

- Arthur?- ele pergunta.

- Sim, sou eu.- vejo meu pequeno esboçar um sorriso.

- Eu pensei que você já tivesse desistido desse ranzinza aí.- Rick diz ao mesmo tempo em que esboça um sorriso.- Que bom que vieram.

- Nós jamais o deixaríamos meu amigo.- digo me aproximando da cama.

Ver ele ali, todo imobilizado acaba me dando uma agonia. Eu jamais pensei que algo desse tipo iria acontecer.

- E como vão as coisas? Soube que estão adotando uma criança.

- Ele se chama Miguel, na verdade não é bem uma adoção, nós não sabemos nada dele ainda e estamos de mãos atadas,- Arthur começa a dizer.- Sabemos poucas coisas sobre ele.

- Entendo, pelo visto terei que tomar conta do baby Miller agora. Não vejo a hora de sair dessa cama e voltar a ativa.- Rick fala com entusiasmo.

- Nem pense nisso, você tem que se recuperar.- Arthur diz com seu tom mandão.- O Dr. Jean disse que vai passar por uma série de exames e fisioterapia pra poder voltar a rotina de antes.

- Não se preocupe, os seguranças da mansão estão nos ajudando com a segurança.

- Assim espero.- ele diz sério.- Arthur poderia encher essa jarra com água no bebedouro no fim do corredor?

- Ah claro.- ele diz pegando a jarra.- Eu já volto.

- Obrigado.

Arthur sai do quarto e eu já sei que virá uma rápida seção de interrogatórios.

- Foi ele?

- Sim- respondo de cabeça baixa.

- Desgraçado, eu não acredito que depois de tudo ele ousa aparecer.

Passo a mão por meus cabelos, inconformado.

- O pior de tudo, é que agora não somos nós o alvo.- digo fitando a janela a minha frente.

- O que nós vamos fazer?

- Você? Nada. Mas eu tenho que resolver isso o mais rápido possível.

- Droga, eu devia ter acabado com isso quando eu tive chance, agora pode ser que minha filha esteja em perigo também.- Rick diz, e posso ver a fúria em seus olhos.

- Rick se acalma, nós já passamos por isso antes.

- Sim, mas agora a situação é outra.- ele diz.- Tenho quase certeza que o sumiço de Bruno tem algo a ver com isso, o Brock está arrasado.

Apenas escuto o que Rick tem a dizer, pode parecer cruel, mas estamos em uma situação crítica em que todos nós estamos envolvidos, eu, Rick, Brock, até mesmo Carlos.

- O Bruno foi o primeiro a sumir, deixando o Brock vulnerável, você sabe que ele é perigoso e qualquer um pode ser o próximo alvo, pode ser minha filha, Arthur, Miguel ou qualquer um de nós.- Rick fala me encarando

- Eu sei, eu sei, eu só penso nisso, 24 horas por dia. Ele já tentou me desestabilizar uma vez e conseguiu, esse desgraçado tirou a vida dele na nossa frente e eu não pude fazer nada, e agora está tentando tirar a vida de Arthur, e talvez já tirou a vida do Bruno.- digo ainda fitando a janela.

- Temos que agir com calma Maurício, esse atentado na boate é só uma demonstração do que ele pode fazer. Temos que pensar positivo, talvez ele não tenha tirado a vida do Bruno, você sabe que ele é envolvido com tráfico de pessoas, pode ser cruel pensar assim, mas pode ser uma alternativa, não sei se é pior do que a morte, mas também não podemos pensar que ele esteja morto.

Arthur Ribeiro.

- Talvez ele não esteja morto mesmo, talvez esteja sofrendo mais que a morte.- ouço Maurício dizer.

Eu sei que é errado escutar atrás da porta, mas a conversa dos dois acabou de agravar mais as dúvidas que tenho tido à alguns dias atrás. Quem é esse "ele" que tanto falam? Quem foi morte por "ele". Meu Deus, só de pensar que o namorado de Brock pode estar morto ou coisa pior me embrulha o estomago.

Descido que já está na hora de entrar. Bato na porta e vejo que eles param de falar. Entro sem dizer nada e finjo que nada aconteceu.

- Demorou.- Maurício diz.

- A água do fim do corredor estava quente, então fui procurar outro.- digo colocando a jarra com água na mesinha ao lado da cama.

- Obrigado Arthur.- Rick agradece.

- Não foi nada.

- O horário de visitas acabou.- A enfermeira entra anunciando.- Caso queiram voltar amanhã deixem avisado na recepção.

- Obrigado por virem.- Rick diz.

- Se cuida irmão.- Maurício pega em sua mão.- Voltamos assim que der.

- Melhoras Rick.- digo me aproximando da cama.- Obrigado por tudo.

Ele sorri.

Caminhamos até a porta e posso sentir o clima de tensão naquele quarto, não posso deixar que eles saibam que ouvi a conversa, e terei que descobrir por mim mesmo o que está acontecendo. Embora não saiba por onde começar.

Saímos do Hospital e nos estacionamento caminhamos até o carro.

- Maurício temos que ir até o hospital do câncer, o Dr. Carlos pediu que eu fosse, ele tem noticias da minha mãe.

- Claro, vamos ver minha sogra.

Ele abre a porta para que eu entre e assim o faço. Saímos em direção ao hospital e em pouco tempo estamos no estacionamento, naquele mesmo estacionamento em que Maurício me amparou a certo tempo.

Entramos no hospital e a secretária já estava avisada e nos conduziu até a sala do Dr.

- Que bom que pode vir Arthur.

- Não poderia deixar de vir.- digo apertando sua mão.

Sento na cadeira em frente a sua mesa e Maurício senta ao meu lado, ele segura minha mão e encara o Dr.

- Como sabe tenho boas notícias, sua mãe vem tratando o câncer a muito tempo e fizemos um transplante autólogo de medula óssea, onde retiramos a própria medula do paciente e a tratamos com quimioterapia e depois a injetamos novamente no paciente.- ele diz calmamente.

- E o que isso quer dizer Dr.?

- Sua mãe está curada Arthur, ela venceu o câncer.

- Você não está mentindo né?- sinto as lágrimas escorrerem por meu rosto.- É isso mesmo? Todo esse sofrimento acabou?

- É isso mesmo, sua mãe está curada.- ele sorri.

- E quando vamos vê-la?- pergunta Maurício.

- Ainda não será possível ter um contato direto com a paciente, ela ainda está em observação e ficará isolada por um tempo até termos a certeza que ela poderá voltar a ter contato com as outras pessoas.

- Então não vou poder vê-la?- pergunto.

- Sim, mas somente através do vidro, ela ainda está muito vulnerável a infecções que podem vir do meio externo e por isso o contato fica restrito somente a equipe médica.

- Entendo, mas só por saber que em breve eu vou poder abraça-la eu já me sinto melhor.

- E tem mais uma coisa.- vejo ele abrir uma gaveta.- Sua mãe deixou essa carta e pediu para que eu a entregasse pra vocês.

Pego a carta.

- Ela pediu para que abra quando estiver calmo e sozinho.

- Tudo bem.- digo.

- Bom agora vamos ver a Srª. Anelise.- o Dr. se levanta e nos levantamos também.

- Obrigado Carlos.- Ouço Maurício dizer.

Ele estende a mão, e ali vejo que há uma trégua, seja lá o que estiver causado a briga entre os dois.

- É só meu trabalho amigo.- ele aperta a mão de Maurício.

Seguimos por vários corredores até chegarmos na ala em que os pacientes que passaram pelo mesmo tratamento que minha mão estavam internados.

Carlos nos leva até uma janela/parede de vidro e ali a vejo. Vejo minha mãe sorrindo conversando com os outros pacientes, todos estão com a cabeça raspada e um pouco abaixo do peso, mas é possível ver a vida em cada olhar.

Me aproximo mais do espelho e começo a chorar, relembro todo o sofrimento que passamos juntos, as noites sem dormir e as dores que minha mãe sentia e eu apenas tentava acalmar, pois não poderia fazer nada, tudo, tudo se foi.

As lágrimas que derramo é o nosso sofrimento que acabou, sinto que agora tudo vai ficar bem.

- Não chore meu amor.- Sinto as mãos do Maurício me envolverem em um abraço consolador.- Agora tudo ficará bem, chega de sofrer. Agora sua mãe poderá conhecer Miguel, e nossa família vai ficar completa.

- Obrigado, por ficar do meu lado.- digo chorando.

- Não agradeça, somos um só agora. Temos que ser fortes, ela pode estar curada mas o tratamento ainda não acabou.

- Isso mesmo.- Carlos nos interrompe.- A doença se foi, mas ela deve receber acompanhamento uma vez por mês, para evitar que a doença volte.

- Tudo bem Dr. eu vou cuidar para que ela sempre faça o acompanhamento.- digo fitando o vidro.

Quando percebo, vejo que minha mãe também me olha, e com um sorriso em meio as lágrimas, ali nos conectamos e posso sentir o que ela sente.

Ficamos por um bom tempo nos comunicando apenas com o olhar até que somos obrigados a sair para a desinfecção da ala oncológica.

As duas semanas seguintes passaram mais rápido do que eu pensei, todos os dias nós íamos ver Rick no Hospital Miller e depois íamos para o hospital do Câncer visitar minha mãe.

Rick está evoluindo muito e já voltou a andar graças a fisioterapia, e Maurício tirou uma hora por dia durante a manhã para acompanha-lo durante a fase de recuperação.

Decidi abrir a carta hoje a noite, pedi que Maurício e Miguel me deixassem a sós e os dois decidiram juntamente com Steve que cresce a cada dia ir até a casa de meus sogros passar a noite.

Seja lá o que estiver escrito deve ser muito importante para ela dizer para ser lida em um momento de a sós e tranquilo.

Com muito cuidado abro o envelope em que ela está e vejo que ali consta duas cartas. Pego a primeira e começo a ler.

Meu querido filho, se está lendo esta carta é porque tudo acabou, e agora estamos bem.

Você não sabe o quanto fico feliz por poder revelar o que sempre quis que soubesse, mas por alguns motivos tive que omitir a verdade de você.

Antes de começar a ler a segunda carta é preciso que esteja em nossa casa. Quero que entre em meu quarto e retire uma caixinha dourada que está encima do meu guarda roupas. Lá você encontrará as respostas. Peço que me perdoe por ter omitido isso de você, e também por querer que não acompanhasse essa última fase do meu tratamento.

Beijos, mamãe te ama e nunca vai deixar de te amar independente de qualquer coisa que acontecer, você é meu bem mais precioso e espero que entenda meus motivos.

De imediato ligo pego meu celular e ligo para Adão, o segurança e motorista que Maurício deixou ao meu dispor.

- Adão, prepare o carro. Preciso que me leve a té minha antiga casa.

- Sim senhor, estou lhe esperando na porta do prédio.

Desligo a ligação e pego o necessário, uma blusa de moletom, a chave da casa, minha carteira e meu celular, entro no elevador e aperto o T.

Quando chego na portaria ele está la me esperando, abre a porta para que eu entre. Eu entro e ele fecha porta, depois que ele se senta no seu lugar me pede o endereço e seguimos em direção a minha casa.

A ansiedade aumenta a cada minuto, o que será que ela quis dizer quando escreveu que omitiu coisas de mim.

Cada minuto pareciam horas.

- Adão, vá mais rápido por favor.

- Lamento senhor, mas estamos no limite permitido.

Em pouco tempo chegamos em frente ao portão da casa, abro a porta antes mesmo de Adão descer do carro para abri-la para mim.

- Fique aqui.

- Sim senhor.

Abro o cadeado e em seguida o portão, ando o mais de pressa até a porta e a destranco. ligo a luz e vejo ali minha casa do mesmo jeito que a deixei, um pouco empoeirada mas tudo ali faz certas lembranças virem a tona, como minha infância, adolescência e algumas coisas ruins, e outras coisas boas como o primeiro beijo entre mim e Maurício.

Fico pouco tempo ali revivendo minhas memórias e vou direto para o quarto de minha mãe subo encima da cama e me apoio no guarda roupas, olho e vejo a pequena caixa dourada, tento alcançar mas está muito no fundo, vou até meu quarto que fica ao lado e pego a cadeira que fica perto da mesa de estudos.

Subo e finalmente pego a caixa, desço da cadeira e sento na cama. Pego a segunda carta em meu bolso e começo a ler.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive brunoromagna a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Cara.... vou desistir de ler os contos aqui..... Meu Deus.... quando está ficando bom, os autores ficam um mês sem postar, não aparecem mais, desistem das suas estórias. Pq isso? Se não vai dar continuidade, pra que fazer isso?

Realmente não consigo entender? Em vários contos isso aconteceu... Sem o menor motivo aparente.

Um abraço cara e se ler este comentário, pensa no que nós, que acompanhamos sua estória sentimos.....

0 0
Foto de perfil genérica

Poxa... Pq vc demora tanto a postar!!!?? O que está acontecendo? Curto demais seus contos"!!!

0 0
Foto de perfil genérica

SUSPENSE. O QUE MAURÍCIO E RICK ESCONDEM DE ARTHUR??? O QUE A MÃE DE ARTHUR TB OMITIU???

0 0
Foto de perfil genérica

Ameii comessei a lê o conto hoje e ja to aki contínua.

0 0
Foto de perfil genérica

O que seráá??? 😱😱😱

0 0
Foto de perfil genérica

Ai meu coração, não vai aguentar esperar o próximo capítulo, rsrs... Esse conto é maravilhoso desde o início até o presente momento, rsrs... Tá de parabéns! 10

0 0