A PIZZARIA 13
ATENÇÃO: ESSA É A PARTE 13. ANTES DE CONTINUAR, LEIA O PRIMEIRO CAPÍTULO. OBRIGADO.
A semana transcorria normalmente, com Denise atarefada cuidando da casa e do trabalho no hospital, e eu, com os afazeres do dia a dia.
Nem percebi como o tempo voa, pois só me dei conta de que já estávamos na quinta feira quando me lembrei da ultima vez em que estivera com Alessandra. E por estarmos na véspera da sexta feira, fiquei feliz pensando que a qualquer momento ela ou o seu marido poderiam nos ligar, para combinarmos algum esquema do dia seguinte.
Estando sem pressa, pois deixei o trabalho após o almoço para realizar algumas inspeções externas, e como havia terminado as visitas, decidi dar uma passada na casa deles, para fazer uma média com a Dona Cida e, claro, visitar Alessandra.
Cheguei, toquei a campainha, mas ao invés de ser atendido pela Silvana ou Alessandra, como sempre, uma moça de aproximados quarenta anos veio ao portão.
Era bonita e bem cuidada. Tinha pele clara, cabelos castanhos claros, na altura dos ombros, quadril largo, seios que aparentavam médios, talvez 1,60 ou 1,65 de altura, com peso proporcional, e um sorriso que vagamente lembrava Alessandra.
Trajava um short jeans, que mostrava parte das suas belas coxas, camiseta regata e tênis branco.
Ela foi perguntando:
–– Pois não. O que o senhor deseja?
— Eu gostaria de falar com o Magno. Ele está?
—Não está. Ele foi à loja de carros onde costuma ficar. Respondeu-me.
—E a Alessandra? Ela está?
—Também não. Ela foi ao curso de informática.
Era verdade. Só agora me lembrei que durante a semana, enquanto Silvana cuidava da sua tia, Alessandra fazia cursos de computação, culinária e inglês. Cada dia tinha uma atividade diferente. Dizia que era para afastar o tédio de ficar o dia todo em casa, sem ocupação.
Daí a moça me perguntou de novo:
—Mas o senhor quem é?
—Sou amigo deles. Respondi.
—Deles quem?
—Do Magno e da Alessandra. Estamos falando deles, não é?
—Sim, lógico. Respondeu-me com um leve sorriso, como se desculpando pelo esquecimento.
—E quem é você. Perguntei-lhe.
—Sou Giovana, irmã da Lê.
Lê eu já sabia quem era. E Giovana também, claro.
— Prazer Giovana, sou Edu.
E continuei:
—Gosto muito dos seus parentes.
—E como está a dona Cida?
Desconfiada, perguntou-me:
— Mas você conhece a tia Cida?
—Claro. Somos amigos. Respondi.
E completei:
—Sou o marido da Denise. Ela aplica injeções na sua tia, e também é amiga da Alessandra.
Daí ela foi falando:
—Nossa, que legal. Tia Cida falou muito bem da sua esposa.
—Não quer entrar?
— Estamos só eu, Silvana e ela.
Eu respondi:
—Obrigado moça. Não quero incomodar.
—Diga a eles que passei por aqui.
—Tá bom. Digo sim. Falou-me.
Depois repetiu:
—Mas qual é o seu nome mesmo?
—Edu. E o seu é Giovana. Respondi-lhe.
—Isso mesmo! Concordou sorrindo.
— Foi um prazer te conhecer Giovana.
—Obrigada, igualmente Edu. Venha nos ver.
Quase me derreto por ela. Tinha um sorrido lindo igual ao da Alessandra. Coxas grossas, corpo violão. Tudo de bom. Que moça encantadora, pensei.
Mais tarde, chegando em casa, comentei com Denise a conversa que eu tivera com a irmã da Alessandra, e que a impressão que eu tive dela, era que parecia ser boa pessoa, igual a irmã.
Denise ficou curiosa em conhecê-la, e mais do que depressa deu uma desculpa para visitar Dona Cida.
Passado um tempo, minha mulher voltou com novidades. Alessandra já tinha voltado do curso de computação, Magno estava em casa, e os três conversaram.
Disse-me que o motivo da vinda da Giovana se dera porque Magno e Alessandra teriam que ir até a Prefeitura de São Paulo, capital, para acertar alguns documentos da sua licença, que estavam irregulares.
Assuntos da burocracia, que permeia todos os órgãos públicos. Pensei.
Por isso, eles iriam para São Paulo no dia seguinte (sexta feira), pela manhã. Giovana ficaria com Dona Cida na sua ausência.
E a novidade maior, é que Dona Cida, por confiar e já estar acostumada com Denise, pediu lhe para auxiliar Giovana nessa tarefa, até a volta do casal de São Paulo.
Daí Magno reforçou o mesmo pedido à Denise, querendo confirmar se poderíamos fazer companhia à sua cunhada, e se possível, dormir na casa, durante esses dias da ausência dos dois.
Ele também disse à Denise, que se quiséssemos, poderíamos levar nossos meninos no sábado para ficar lá conosco, junto com a sua cunhada e a Dona Cida, pois a casa era grande, e eles não se importavam com visitas.
Comentei com minha esposa, que não haveria necessidade disso, porque nossos filhos são adultos, e passam pouco tempo conosco no sábado. O mais importante para eles seria Denise cuidar da sua roupa e comida. No mais, poderiam perfeitamente dormir sozinhos, na nossa casa mesmo.
Daí ficou acertado que Magno e Alessandra viajariam no dia seguinte, pela manhã. Ficariam por lá até meados da próxima semana, e minha esposa ajudaria Giovana a cuidar da idosa.
Como prevíamos, Giovana era mesmo uma pessoa agradável e que gostava de conversar. Ao que tudo indicava, as desavenças que tivera com a sua irmã, quando por aqui esteve da vez passada, eram simples desentendimentos familiares.
Conversando com Denise, Giovana lhe contou que a Dona Cida falava muito bem de nós, inclusive afirmando que a minha esposa lhe ajudava muito, e que éramos ótimos amigos deles.
Dona Cida também comentou que éramos pessoas alegres, e que fazíamos festas e churrascos na piscina, juntos com Magno e Alessandra. E ela adorava tudo isso, porque gostava de ver a casa cheia, animada e com música. “Sinal de vida”, como ela mesma gostava de afirmar.
Antes de eles viajar, Denise tranquilizou Alessandra lhe dizendo que passaria por lá no dia seguinte (sexta feira), na hora do almoço para fazer a injeção da Dona Cida. Com certeza, nessa hora, ela e o marido já estariam caminho de São Paulo, mas que ela não se preocupasse com isso, porque ajudaria as duas a zelar da sua tia.
Na sexta feira Denise foi convocada para “instrumentar” uma cirurgia de emergência logo pela manhã, e assim deixou o trabalho na hora do almoço. Só retornaria ao hospital na segunda feira, no horário de costume.
Conforme haviam combinado, após o almoço, Denise iria à casa da Dona Cida fazer-lhe a costumeira injeção. Estávamos na sexta feira, e eu com apenas uma inspeção a fazer no período tarde. Como eu poderia entregar o relatório da visita na segunda feira, decidi levar minha esposa de carro até a residência deles.
Fomos.
Silvana nos recebeu no portão. Após Denise aplicar a injeção, e sair do quarto da Dona Cida, Giovana, sempre de shortinho, nos ofereceu suco gelado de laranja.
Depois, conversando banalidades com Denise, ela perguntou:
—Denise querida. Vocês não topam fazermos um churrasco aqui em casa hoje?
—Seria bom. Mas o churrasqueiro que era o Má... opss Magno, viajou querida.
—Ah que isso! Churrasco não tem segredo para fazer amiga! Basta carne, sal grosso e carvão!
Depois disse:
—Eu preparo, e o seu marido me ajuda.
—Ajudo sim. Fui logo dizendo.
—Então o Edu vai me levar em casa para eu pegar meu biquíni, pois eu quero nadar. Disse Denise.
Daí Giovana foi falando:
—Pena que vim apressada e nem trouxe os meus biquínis.
—E os da minha irmã, além de feios, são pequenos para mim.
—Meu corpo é mais ou menos igual ao seu amiga.
Denise lhe respondeu:
—Se você quiser, te empresto um biquíni amiga. Já que os da Alessandra não te servem mesmo nè?
— Não servem querida. Como eu disse, meu corpo é mais parecido com o seu. Se você tiver algum sobrando, eu quero e agradeço.
E completou:
—Traga qualquer um amiga, mesmo que seja pequeno. Afinal estamos em casa...
—Tá bom. Pode deixar. Respondeu Denise.
Depois continuou:
—Eu e Edu vamos buscar as carnes e bebidas. Carvão já tem o bastante na dispensa e não precisa.
—Nossa! Vocês até sabem o quanto de carvão temos em casa hein? E riu.
—Sabemos.
—Estamos acostumados. Falou Denise rindo.
E completou:
—Vamos trazer cervejas amiga. Você toma outra coisa além da cerveja? Algum refrigerante ou suco?
— Suco nada amiga. Tomo caipirinha mesmo…..e de vodka. Vou lhes dar o dinheiro e vocês me tragam uma garrafa de vodka marcae limão.
—Não precisa dinheiro amiga. Nós pagamos no cartão.
—Obrigada então. Depois tia Cida acerta com vocês tá bom?
—Imagina. Pode deixar amiga.
Denise e eu fomos às compras.
Depois passamos em casa para pegarmos os pertences de sempre, e eu lembrei à minha mulher sobre os biquínis. Ela falou:
–– Quais biquínis você acha que eu devo levar Edu.
—Leve os que você quiser. Você só usa os curtinhos mesmo.
E emendei:
— Aquele fio dental amarelo é muito bonito amor.
–– Credo Edu! Essa moça parece ser meio espevitada, vai que ela inventa de vestir esse trem hein!
Daí eu pensei comigo: como dizem aqui em Minas, se ela vestir o fio dental “bão tamen”!
Lógico não disse nada a esse respeito. E continuei falando com a minha esposa:
—Acho que não amor, ela tem jeito de ser certinha e direita igual a Alessandra.
Desconfiada, Denise falou:
—Humm...sei... Você de bobo não tem nada né Edu!
E completou:
—E não se esqueça de que ela é irmã da Alessandra tá! O Má e a Alessandra confiam em nós!
—Claro amor. Respondi.
Em seguida, Denise pegou o fio dental amarelo, e mais dois outros biquínis.
E lá fomos nós, com as carnes e as bebidas. Afinal, era sexta feira, e a piscina nos esperava!
Continua no próximo conto...
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