Recentemente, quedei-me a pensar no passado …, mais especificamente, no meu passado; uma infância vivida em um tempo que esta metrópole mais parecia uma cidadezinha provinciana do interior, com chacareiros comercializando verduras e legumes de cultivo familiar, leiteiros entregando seus produtos de porta em porta, em garrafas de vidro com selos de alumínio, padeiros produzindo pão tipo “bengala”, e onde a inocência somente era substituída por uma deliciosa sacanagem onde moleques queriam parecer homens.
Nessa época, eu tinha por volta de dezesseis anos cursando final do ginásio e preparando-me para o colegial; residíamos em uma pequena casa com paredes de tijolos fixados com barro vermelho, telhas francesas, janelas de madeira e portas com ferrolhos internos, com árvores frutíferas no quintal (goiabeiras e amoreiras), e tudo parecia maravilhosamente simples e, ao mesmo tempo deliciosamente agradável.
Minha mãe exercia uma atividade, digamos, atípica para a época …, ela era uma vendedora ambulante, batendo de porta em porta, comercializando roupas íntimas femininas e demais apetrechos “úteis”. Eu disse “atípica”, porque, para os padrões da época, esse tipo de atividade era marginalizada, e mulheres como minha mãe eram vistas mais como prostitutas do que profissionais de vendas. E eu narrei tudo isso para justificar as razões desse texto.
Ao longo do tempo, minha mãe desenvolveu sua atividade ao ponto de ter uma equipe de vendedoras domiciliares; entre elas, destacava-se uma que, desde o início, chamou muito minha atenção; seu nome era Neusa, e ela era uma mulher madura e linda. Tinha cabelos loiros tingidos, cortados à altura dos ombros, olhos verdes brilhantes e um corpo escultural.
Neusa era o que chamávamos na época de “mulher de parar o trânsito”; embora com formas um pouco proeminentes (nada exagerado), ela tinha formas voluptuosas e seus lábios carnudos sempre entreabertos eram um eterno convite à luxúria.
Neusa morava conosco, já que saíra da casa de seu marido, no interior, vindo para a capital tentar a sorte, e não tinha onde viver; de vez em quando, eu ouvia minha mãe comentar com minha avó que Neusa passara por maus bocados ao chegar à cidade. Inexperiente, e sem maldade, ela acabou caindo na lábia de homens inescrupulosos, chegando mesmo a praticar o “trottoir”, que era a prostituição de calçada, muito comum em alguns lugares do centro, onde as garotas andavam pelas ruas, para baixo e para cima, esperando por um cliente.
Verdade seja dita que, convivendo conosco, Neusa encontrou um pouco de paz de espírito, sossego e uma rotina que ela mesma não apreciava muito, mas, por outro lado, não desgostava de todo. Ela se relacionava com um motorista de táxi, de nome Valadão, que também era conhecido de meu pai, já que antes de tornar-se taxista, fora motorista de ônibus, e era um sujeito boa-praça, muito embora tivesse uma aparência de “leão de chácara”.
Como adolescente que honra as calças que veste, eu nutria um tesão oculto por Neusa, mas que limitava-se a olhares indiretos e algumas punhetas em sua homenagem; nada demais para aquela época, e que surtia um efeito consolador para um rapaz como eu que, dia e noite, só pensava em sexo e mais sexo!
Num sábado qualquer, eu aproveitei a oportunidade quando minha mãe e minha avó saíram para fazer compras, e fui ao encalço de flagrar uma visão mais privilegiada de Neusa …, e não é que dei sorte!
O único banheiro da casa ficava em um anexo externo, que fora construído para receber o sistema de água encanada que, naquela época, era uma inovação, já que, até então, nos servíamos de água de poço, e nesse banheiro, que era rústico ao extremo, a janela era um recorte na parede oposta sem qualquer proteção. E abaixo dela, havia um pequeno tanque de lavar roupas, posicionado sobre a segunda torneira da casa e que tinha funções diversas.
Aguardei até que Neusa entrasse no banheiro, pois, normalmente aos sábados ela se preparava para curtir a noite com seu parceiro Valadão; cuidadosamente, eu subi sobre o tanque e esperei até que ela estivesse sobre o chuveiro deliciando-se com a água morna que dele escorria; esperei alguns minutos, e assim que achei oportuno, fiquei em pé sobre o tanque, tendo uma visão do interior do banheiro através do pequeno recorte que servia de janela.
Assim que vi Neusa se banhando, nua, exibindo suas formas exuberantes, senti meu pau ficar duro como pedra (Ah! Que saudade dessa época!), latejando dentro do calção largo; enquanto apreciava aquela visão do paraíso, enfiei a mão dentro do calção e passei a me masturbar com violência.
Neusa era uma fêmea deliciosamente insinuante, com seios médios de bicos pontudos e aureolas largas; tinha nádegas em formato de coração invertido que delineavam coxas grossas e pernas de patelas largas; eu fiquei tão excitado com o que via, que sequer prestei atenção quando minha mãe e minha avó retornaram das compras, chegando com seu habitual modo espalhafatoso de anunciar-se.
Encontrando-me em uma situação deveras alarmante, optei por continuar correndo riscos, olhando Neusa no banho e masturbando-me com fúria. E foi nesse momento que ela voltou-se em direção ao recorte da parede e notou minha presença nada oculta. “O que é isso, menino!”, ela disse, porém sem alterar o tom de voz, e abrindo um sorriso safado no rosto. Entre aterrorizado e empolgado, olhei para ela e sorri de volta, incapaz de dizer qualquer palavra.
Depois de um intervalo de tempo sem gestos ou palavras, pressenti a aproximação de minha mãe, provavelmente, à minha procura. Tomado de uma agilidade que desconhecia, pulei o muro paralelo ao tanque e que dava para uma outra casa geminada que, naquela época, estava desocupada, e que eu costumava frequentar com amigos para diversões ocasionais, e corri pelo longo corredor lateral, saindo para a rua e tornando a entrar em casa pelo portão da frente, agindo como se nada tivesse acontecido.
Quando cheguei próximo do banheiro, vi minha mãe e Neusa conversando despreocupadamente; elas olharam para mim, e por um momento, tive a nítida impressão que elas sabiam da minha traquinice, e estavam prontas para me passar um sabão.
Todavia, não foi isso que aconteceu; minha mãe quis saber onde eu estava, e eu respondi que estava conversando com uns amigos das redondezas; Neusa, por sua vez, olhou-me de soslaio e me pareceu que ela deu um risinho maroto. E tudo ficou pelo que estava, sem denúncias ou reclamações. Mais tarde, quando Neusa já estava toda produzida para sair com Valadão, ela surgiu na sala de estar, onde eu me encontrava absorto assistindo séries em preto e branco na velha televisão marca INVICTA.
Senti sua presença, e olhei por cima do encosto alto da velha poltrona revestida de imitação de couro e encarei aqueles lindos olhos verdes cintilantes; de início, Neusa fez de conta que não me notou, parecendo prestar atenção exclusiva ao que a televisão mostrava, mas, depois de alguns minutos, ela aproximou-se da poltrona, sentando-se no largo braço lateral.
Meu sangue congelou nas veias e meu coração pareceu pular dentro do peito; afinal, a razão das minhas punhetas estava ao meu lado! Por um momento, ficamos em silêncio, ela porque queria e eu porque não conseguia pronunciar uma sílaba sequer. “Gostou do que viu, moleque?” ela perguntou sem olhar para mim. Ainda incapaz de pronunciar uma palavra sequer, limitei-me a acenar afirmativamente com a cabeça.
Neusa, então, olhou para mim e eu pude sentir seu olhar por sobre minha cabeça; e quando ela afagou meus cabelos com suas mãos de dedos grossos e pele quente, eu realmente tive a pobre certeza de que morreria naquele dia, apenas com a lembrança de sua nudez em minha memória. “Ainda bem que gostou, menino”, ela sussurrou para mim; “Mas, não pense que eu vou dar mole, hein …, afinal, eu moro aqui”, ela completou, enquanto se levantava para sair da sala.
Bem que eu tive vontade de dizer alguma coisa, mas não consegui, respirando aliviado quando pressenti que ela não estava mais naquele ambiente. Até hoje não sei se a intenção de Neusa era apenas me provocar, ou se ela queria mesmo saborear a constatação de que um adolescente com menos da metade de sua idade sentia tesão ao vê-la pelada.
Nos dias e semanas que se seguiram, a coisa ficou morna, resumindo-se a olhares oportunos, sorrisos indiretos e um clima de tesão no ar (bem, pelo menos da minha parte!). E tudo poderia passar em branco, comigo esgotando minhas energias em punhetas sem fim, não fosse um breve sorriso da sorte …, aliás, dois sorrisos!
O primeiro aconteceu em uma noite de sexta-feira; como disse morávamos em uma casa pequena, razão pela qual meu pai construiu uma pequena edificação no fundo do terreno; era algo bem simples, composto por um quarto amplo com banheiro interno, e uma edícula onde ele colocou suas ferramentas (meu pai, além de motorista, era também mecânico), alojando uma pequena cama de solteiro, um guarda-roupa de porta simples e uma velha penteadeira com um enorme espelho velho.
E era nessa edícula que Neusa vivia com seus parcos pertences pessoais e onde dormia todas as noites; na sexta-feira em questão, todos estavam muito cansados foram deitar-se muito cedo, inclusive, e para minha surpresa Neusa também decidira ficar em casa e descansar, dispensando uma balada com Valadão. Como de hábito eu optei por ficar só, assistindo televisão até tarde (se bem que tarde, naquela época, limitava-se até a meia-noite).
Verdade é que, eu estava com muito tesão naquela noite de outono com temperatura um pouco abaixo do normal, e precisava esperar todos dormirem para que eu pudesse me divertir com uma sessão de sexo solitário. E lá estava eu, na sala, sentado na velha poltrona, pelado e de pau duro, batendo uma bronha bem gostosa e olhando um velho catecismo do Carlos Zéfiro, quando o ranger da porta da cozinha alertou-me de que alguém estava vindo dos fundos da casa.
Todavia, antes que eu pudesse me recompor, já que minhas roupas estavam jogadas pelo chão da sala, vi um vulto aproximando-se por trás da poltrona …, e ao ver quem era, eu quase desmaiei de susto …, era Neusa!
Intimidado pela presença dela e com receio do que poderia acontecer, eu me encolhi na poltrona e esperei pelo que estava por vir. Neusa colocou-se ao lado da poltrona, esperando que eu olhasse para ela, e quando o fiz, tive outro susto, só que desta vez, muito diferente do anterior. Neusa estava usando uma camisola vermelha curtíssima, cuja transparência mais oferecia que ocultava; além dela, apenas uma minúscula calcinha rendada completava o conjunto que era tão excitante que deixava meu pau ainda mais duro.
“Fazendo safadeza, né garoto?”, ela perguntou enquanto dava uma baforada no cigarro que tinha entre os dedos; eu não consegui responder, já que minha voz estava presa na garganta que de tão seca chegava a doer; a única coisa que eu conseguia fazer era me embasbacar com aquela mulher de corpo lindíssimo, seminua ao meu lado.
“Hum, tá de pau duro, né?”, ela comentou com tom cheio de ironia e também de safadeza, enquanto eu apreciava seus mamilos duros apontados para frente, provocantes e cheio de intenções, cobertos pelo fino tecido da camisola. “Se você quiser, posso te ajudar”, ela prosseguiu, olhando-me fixamente. Finalmente, criei coragem apenas para acenar afirmativamente com a cabeça.
Neusa afastou-se em direção ao sofá maior que ficava no canto da sala e sentou-se em uma das pontas, acenando para que eu fosse até ela; com as pernas bambas, eu me levantei e caminhei com passos inseguros até ela; assim que eu fiquei próximo dela, Neusa pegou minha mão, fazendo com que eu me sentasse ao seu lado.
O toque macio, mas firme de sua mão, fez um arrepio percorrer minha pele, enquanto minha rola ficava ainda mas dura! Neusa, então, colou seu corpo ao meu, permitindo que eu sentisse a maciez de sua pele quente; ela roçou sua coxa na minha, enquanto sua mão acariciava meu peito.
Repentinamente, ela beliscou meu mamilo, causando-me uma dorzinha gostosa e excitante, ao mesmo tempo em que me fitava com aqueles olhos verdes cujo brilho parecia penetrar em meu interior, buscando algo que eu mesmo não sabia o que era. Novamente, ela beliscou o mamilo, passando a fazê-lo de modo alternado com cada um deles, enquanto olhava para meu pau que respondia ao estímulo, pulsando com a glande inchada.
Neusa desceu sua mão até chegar na benga, envolvendo-a com os dedos e sentindo sua dimensão e rigidez; no momento seguinte, ela estava me masturbando com um movimento de sobe e desce bastante cadenciado e com uma destreza impressionante. Neusa encostou seu rosto ao lado do meu, e seus lábios começaram a roçar minha orelha, causando-me mais arrepios enlouquecedores.
-Tá gostando, né, moleque safado? – ela sussurrou em meu ouvido, levando-me à loucura – Tô vendo que está! Olha só! Esse cacete duro como pedra!
Sem perder o ritmo ou interromper seus movimentos manuais, Neusa deixou escorregar as finas alças da camisola, fazendo com que seus mamilos durinhos roçassem meu ombro, mostrando sua exuberância de fêmea perfeita.
-Quer dar uma mamada neles? – ela perguntou com tom cheio de malícia, exibindo os peitões para meu deleite – Pode mamar …, eu deixo …, e eu sei que você quer …
Sem perda de tempo caí de boca naquelas delícias, chupando cada um deles alternadamente, e mordiscando com carinho sob a professoral orientação de minha parceira de sacanagem. Envolto por aquele clima de puro êxtase, não demorou para que eu sentisse o orgasmo se aproximando; entre chupadas e lambidas nos peitos de Neusa, confidenciei-lhe que estava para ejacular.
Imediatamente, ela se ajoelhou no chão à minha frente, intensificando os movimentos da punheta, enquanto aproximava sua boca da minha glande. “Goza gostoso, menino gostoso!”, ela disse, fitando com seu olhar ensandecido. “Vai, goza! Enche minha boca de porra, que eu gosto …, e muito!”, ela prosseguiu me incentivando. E foi nesse clima que eu ejaculei violentamente.