Acordei logo cedo e percebi que seria hoje o grande dia! Seria hoje o dia que contaria para minha mãe e meu pai que sou gay. Sim, você deve estar pensando que é a coisa mais natural do mundo, muitas pessoas já passaram por isso, realmente você está certo! Entretanto não é costumeiro um adolescente filho de pastores de uma igreja evangélica no auge dos seus 12 anos de idade assumir para seus pais que namora o filho do diácono da igreja à seis meses.
Sei que estou literalmente encrencado mas meu amor pelo Daniel é maior de qualquer desavença que possa ter com meus familiares, e para viver esse amor estarei eu disposto a qualquer coisa, mesmo não ter a mesma relação com meus pais como tenho hoje em dia!
Deixe eu me apresentar, me chamo Rafael, sou branco, tenho uma estatura mediana, ou seja, o normal para um garoto de um garoto de 12 anos, cabelo loiro e olhos esverdeados, puxei minha avó! Da família só eu tenho os olhos verdes que lembra bastante a paisagem de uma campina, com o corpo ainda em desenvolvimento, posso dizer que sou um garoto bonito, mas nas se compara com Daniel ele é um garoto de parar o trânsito! Logo falarei como ele é.
Levantei meio desengonçado devido a sonolência fui direto no banheiro, o banheiro de casa é comunitário, somos uma família simples! Vivemos bem, mas com simplicidade, gostei sempre de acordar cedo! Assim podia usar o banheiro primeiro, afinal, sou o caçula de quatro irmãos! Fiz minha higiene pessoal arrumei e penteei o cabelo, sai do banheiro, o banheiro de casa é pequeno, cabe apenas uma pia, vaso e o chuveiro, mas como nunca tive luxo, é o necessário para o nosso dia a dia. Sai do banheiro e fui direto para cozinha, de todos os cômodos da casa é a mais arrumada, não pode ter nada fora do lugar! Se não dona Marli ficaria uma fera! Tem o básico do básico! Uma pequena geladeira branca, um armário marrom que falta alguns puxadores é uma mesinha no canto com quatro cadeiras, realmente a cinzinha está longe de ser igual as das novelas globais, mas é bem aconchegante! Fui preparar o café! Estava disposto a agradar a todos! Na verdade queria prepará-los para o que estava por vir!
Eu estava terminando de coar o café quando vejo surgir pela porta da cozinha uma senhora de meia idade com olhos carregados de olheira devido a vigília que teve a noite na igreja, com uma saia que passava do joelho, cabelos grandes e encaracolados, meio grisalhos e despenteados, uma mulher judiada pela vida humilde que teve, o nome dela é Marli, porém a chamo de outra forma! Simplesmente de mãe!
Rafael: Bom dia mãe... sorri para ela.
Marli: Bom dia meu filho! - quase nem olhou nos meus olhos.
Ela já chegou e sentou admirada com a mesa repleta de comida do café da manhã! Uma coisa tenho que compartilhar com vocês! Todo crente é bom de boca! Adorava fazer uma visita nas casas dos irmãos! Principalmente na hora do almoço!
Rafael: dormiu bem? - queria já preparar o terreno, ver como estava o ânimo dela.
Marli: dormi meu filho, só estou um pouco cansada, mas o que aconteceu com você que preparou tudo isso? É aniversário? De alguém e eu esqueci? - já me olhando de canto de olho.
Rafael: não mãe, simplesmente quero agradar a mulher mais importante de minha vida! Afinal eu te adoro!
Marli: já te falei um milhão de vezes Rafael! Não se pode adorar a ninguém mais a não ser somente a Deus! - me falou com um tom autoritário, não gosto quando fala assim comigo.
Rafael: desculpe mãe! É só maneira de falar! Eu quis dizer que te amo! - tentei contornar a situação.
Marli: também te amo meu filho! Mas não faça mais isso! - falou me repreendendo.
Rafael: o que mãe? Falar que te amo? - falei com cautela.
Marli: não! Fazer o café da manhã! Isso quem faz são mulheres! Você é homem! Tem que fazer coisas de homem! - novamente me repreendendo.
Rafael: tudo bem mãe, se a senhora não quer que eu faça, eu não farei mais! - nesse momento sabia que quando contasse para ela sobre minha sexualidade, não teríamos uma relação de mãe e filho nunca mais.
Fiquei triste com aquela frase de minha mãe! Justo hoje que estava disposto a contar para ela que eu gosto de menino e não de menina e ela me solta uma pérola dessa? Depois que como simplesmente deixei minha louça na pia! Em casa homem não lava louça e fui para escola, sempre saia cedo de casa, meus irmãos estudavam junto comigo, mas não tínhamos uma relação de amizade! Cada um tinha seu grupo de amigos voltei no meu quarto! Onde tinha dois beliches, em um beliche fica minhas duas irmãs e no outro eu e meu irmão é um guarda roupa bem grande, esse era dividido por joia quatro! Peguei minha mochila e fiz o que sempre faço todos os dias! Acordei eles com um berro que estão atrasados e sai do quarto! Voltei na cozinha dei um beijo em minha mãe pedindo sua benção e fui em direção à porta de madeira estilo colonial com o dobro de minha idade! Já judiada pelo tempo! Antes de sair só ouvia a gritaria para usar o banheiro! Minhas duas irmãs tentando expulsar meu irmão do banheiro para usar também!
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Olá pessoas! Podem me chamar de Halloween, e este é meu primeiro conto! Por favor me digam se estão gostando e se devo continuar!
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PS: Não é uma história real! Pura ficção, mas feita com muito amor!
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