Meu sangue estava congelado nas veias, e um torpor tomou conta do meu corpo; o sujeito parado na minha frente, sacou a arma da cintura e apontou para mim! Minhas pernas ficaram bambas e minha garganta parecia uma lixa; eu estava prestes a ser alvejado por um homem que eu jamais vira em toda a minha vida. O sujeito, um negro alto e forte, empunhava a arma com firmeza; suas mãos não estavam trêmulas, mas, seu olhar expelia fúria incontida …, uma fúria dirigida a mim!
-Agora, safado, você vai morrer! – ele vociferou com voz ameaçadora.
-Mas, porque? – foi o que eu consegui balbuciar ante a dificuldade de soltar minha voz.
-Você sabe quem eu sou? – ele quis saber, com um sorriso de escárnio nos lábios.
-Claro que não! – respondi, tentando ver em suas feições algo familiar.
-Eu, seu puto, sou o marido da Berê! – ele respondeu rangendo os dentes.
“Berê?”; minha mente foi vasculhada em desespero …, até que eu me lembrei …, Berê era o apelido da Berenice …, e como em um filme, minha memória trouxe à superfície meu envolvimento com Berenice.
Ela era uma mulata da bunda grande e peitos generosos que eu encontrava todos os dias pela manhã quando eu retornava do Metrô, onde eu deixava minha filha para ir ao trabalho, para casa, onde eu me prepararia para o trabalho. E tudo começou apenas com uma troca sutil de olhares, que foram seguidos de sorrisos insinuantes, até o dia em que eu lhe ofereci carona, e ela, gentilmente, recusou, dizendo ser bem-casada.
Eu sorri e lhe respondi que também era casado, e que só uma carona não faria mal …, mesmo assim, Berenice recusou o convite, sem deixar, no entanto, de ser gentil e agradecer a oferta. E tudo poderia ter ficado por ai mesmo, não fosse o que aconteceu dias depois.
Era uma quinta-feira fria e cinzenta, com uma garoa fininha caindo sem parar; eu retornava para casa, como sempre, quando dei com Berenice fazendo seu caminho habitual; no entanto, quando aproximei meu carro, ela me olhou e vi que seus olhos estavam avermelhados e levemente inchados. Berenice tentou me evitar, mas já era tarde …, eu havia visto que ela chorara recentemente …, e chorara muito!
Imediatamente, parei o carro e desci me aproximando dela; Berenice estava tão sofrida que sequer fez qualquer menção de me evitar; seguindo meu instinto, envolvi-a com meus braços, oferecendo-lhe meu ombro. A mulher, então, desmoronou em mais um pranto copioso marcado por soluços quase incontroláveis.
Procurei consolá-la o melhor que pude, e fiquei ali, abraçado a ela, esperando que sua tristeza minimizasse o suficiente para que pudéssemos conversar. Depois de alguns minutos, convidei-a para tomarmos um café …, disse-lhe que conhecia uma loja de conveniência localizada em um posto de gasolina ali próximo onde poderíamos conversar discretamente.
Berenice estava tão arrasada que não ofereceu resistência, aceitando meu convite sem ressalvas. Já no posto, sentados em uma mesa de canto, sorvíamos dois capucinos que eu pedira logo na entrada; ela parecia um pouco mais calma e seus olhos não marejavam mais com a mesma intensidade de outrora. Puxei conversa sobre amenidades como o tempo e o trabalho; descobri que Berenice era cuidadora de idosos, mas também atuava como manicure em um salão pertencente a uma amiga.
Não sei quais as razões que se sucediam na mente dela, mas, em dado momento, ela decidiu romper o silêncio, confidenciando-me a razão de sua tristeza. “Meu marido está me chifrando!”, ela disse, tentando controlar o tom de voz furioso que explodia em suas palavras.
Sinceramente, meu primeiro ímpeto foi cair na gargalhada, já que tratava-se de notícia mais que comum; no entanto, percebendo a gravidade do momento, permaneci em estado de consternação, funcionando com um bom ouvinte para as lamúrias de uma mulher traída.
-Aquele filho da puta tem uma amante! – ela vociferou – E não é de hoje …, não senhor! Aquele safado está me chifrando há mais de ano!!!! Já imaginou? E a vagabunda é novinha! Como pode? Você pode me explicar isso? Pode?
-Fique calma, Berê! – eu tentei consolá-la do jeito que podia – Isso não é o fim do mundo!
-Pra mim é! – ela redarguiu irritadiça – Olha só pra mim …, não sou atraente? Não sou gostosa?
-Claro que é! – respondi enfático – Por isso mesmo você não pode ficar assim …
-Ah, mas se ele pensa que vai ficar barato, ah, não vai não! – ela cogitou quase falando consigo mesmo.
-Calma, não faça nada impensado! – ponderei, com a vontade de sugerir outra coisa.
-Você gosta de mim? – ela perguntou, mudando o tom da conversa e com um olhar enigmático – Diz a verdade, por favor?
-Claro que gosto, Berê! – respondi tentando criar um clima – Te acho um tesão de mulher, uma fêmea e tanto!
-Então, quero saber se isso é verdade – ela prosseguiu, chegando mais para perto de mim – O que você vai fazer hoje?
-Hoje? – questionei, um pouco atônito com a pergunta – Bem, agora pela manhã tenho que trabalhar e …
-E a tarde? – ela prosseguiu me questionando.
-O que você tem em mente, Berenice? – perguntei a queima-roupa.
-Quero me vingar! – ela respondeu de pronto – Quero foder com você …, não era isso que você queria?
-Ainda quero! – respondi me aproximando dela – Onde eu te pego e a que horas?
-Lá pelas três, o que você acha? – ela sugeriu com um sorriso – Pode ser aqui mesmo.
-Combinado então! – respondi – E quero te fazer a mulher mais desejada da terra …, isso eu prometo!
-Olha lá, hein? – ela provocou – Quero só ver …, você está com uma mulher traída e carente nas mãos …, veja bem o que vai fazer!
Terminamos nossas bebidas e eu deixei Berenice bem próximo do seu local de trabalho com a promessa de um reencontro naquela tarde. Corri para casa e com estava só, já que minha mulher fora mais cedo, apressei-me contando os minutos para as três da tarde.
Todavia, por um infortúnio absolutamente inesperado, tudo deu errado! Atrasei-me demais, atolei-me no trabalho, e quando dei por mim …, passava das três da tarde! Bem que eu tentei chegar ao ponto marcado para nosso encontro, mas até nisso não fui ajudado, pois o trânsito estava infernal. No final das contas, tomei um café na loja de conveniência, lamuriando a perda da oportunidade, e imaginando como a Berenice estaria me achando um crápula cagão!
E nos dias que se seguiram, eu fiz tudo ao meu alcance para reencontrar com Berenice; cheguei ao ponto de ficar por mais de meia hora estacionado no local por onde ela costumava passar, mas tudo foi um fiasco! Acabei desistindo, sentindo-me triste e frustrado.
Curiosamente, o destino decidiu dar-me mais uma chance; quase um mês e meio depois do evento, reencontrei Berenice do modo mais casual e imprevisível. Era um final de tarde, por volta das três horas e eu estava de folga, razão pela qual decidi tomar um café na loja de conveniência habitual.
Do outro lado da rua, vi Berenice descendo a rua com um caminhar gingado; um amálgama de pensamentos passou pela minha mente, inclusive a possibilidade de que ela e o marido pudessem ter reatado, deitando por terra qualquer chance de minha parte, mas, mesmo assim, decidi correr o risco. Saí da loja e corri até o outro lado da rua sem nem olhar para os lados, gritando o nome dela como um louco.
Berenice, assim que me viu, parou de caminhar, pôs as mãos na cintura e ficou com pose de reprovação. Não deixei que ela falasse, passando a expelir uma verborragia carregada de pedidos de desculpas, lamentações e arrependimento por minha falha. Ela permanecia quieta com as mãos na cintura, apenas olhando e ouvindo, até que, em dado momento, ela caiu na gargalhada, deixando-me totalmente confuso.
Quando se recobrou do acesso de riso, Berenice me explicou que eu não precisava me desculpar já que, naquele dia fatídico, ela também não pode comparecer ao nosso encontro, e que nos dias que se seguiram ela passou por momentos difíceis tentando conciliar problemas no trabalho com a sua relação conjugal eivada pela traição.
Convidei-a para um café, sugerindo que nós conversássemos com mais calma, pois eu estava curioso em saber o que havia acontecido com seu casamento. Berenice deu um sorriso largo e depois de um minuto de silêncio, fez uma sugestão avassaladora: “Você não prefere conversar em um lugar mais íntimo?”
Não me fiz de rogado, pois não podia imaginar a ideia de perder Berenice mais uma vez, acenei com a cabeça, enquanto tomava sua mão e a conduzia na direção do meu carro; rumei para um hotel que eu conheço nas imediações e que além de discreto era muito simpático. Durante o trajeto, senti que minha parceira estava cheia de amor para dar; pousou uma das mãos sobre a minha coxa desnuda (eu estava usando uma bermuda bem larga sem cuecas), apertando a carne e sentindo a textura.
Tal gesto não tardou em redundar em uma visível ereção que, literalmente, “armava a minha barraca!”. “Você sabia que, desde aquele dia, eu não parei de pensar em você?”, ela disse, enquanto roçava seu busto enorme no meu braço, deixando-me ainda mais excitado. E tudo aconteceu muito rápido: da recepção, passando pelo elevador e chegando até o quarto, eu não conseguia me controlar. Entramos no elevador e eu, imediatamente, agarrei Berenice e dei-lhe um beijo cheio de intenções, enquanto minhas mãos percorriam suas formas generosas.
Quando a porta do elevador se abriu, eu estava levantando o vestido dela, sentindo sua pele quente e macia. “Calma ai, tesudo! Vamos para o quarto logo!”, ela sussurrou em meu ouvido. Entramos no quarto e eu não perdi tempo, tirando a roupa de Berenice e jogando-a sobre a cama; fiz com que ela abrisse as pernas e mergulhei de boca na sua boceta de poucos pelos. Assim que comecei a chupá-la, Berenice gemeu e …, gozou!
Saboreei o gosto agridoce que vertia entre os grandes lábios, deixando tudo úmido, quente e excitante. Prossegui nas chupadas e lambidas, e minha parceira experimentou mais uma sequência de orgasmos, cada um comemorado com gritinhos e gemidos. Perdi a noção de tempo usufruindo da bocetinha de minha parceira, até mesmo porque eu adoro chupar uma boceta.
-Ai, tesão – Berenice balbuciou quase sem ar – Não aguento mais! Tira essa roupa e vem me foder! Agora!
Me despir foi algo rápido e simples …, assim que tirei a minha bermuda, exibi, orgulhoso, minha rola dura como pedra; os olhos de Berenice faiscaram denotando seu enorme tesão e vontade de foder. Não deixei que ela se levantasse, caindo sobre ela e mamando seus peitões de bicos duros e aureolas largas e convidativas.
Suguei aquelas mamas, fazendo minha parceira gemer, acariciando minha cabeça e segurando-a entre suas mãos; não precisei de nenhum esforço para penetrar aquela cadelinha no cio, pois meu pau escorregou para dentro dela, encaixando-se perfeitamente; Berenice gemeu alto ao sentir-se invadida por minha rola.
Comecei a sacar e enterrar a rola com movimentos vigorosos, alternando momentos em que eu tirava a rola para rocá-la de baixo para cima, esfregando o clítoris de minha parceira, que se deliciava com as sensações que eu lhe proporcionava. E, mais uma vez, ela gozou …, várias vezes. No fim, Berenice estava exausta, vencida pela surra de pica que eu havia lhe impingindo.
Decidi dar-lhe uma trégua, já que não tinha a intenção de gozar naquele momento; ficamos abraçadinhos e eu quis saber o que aconteceu com ela e seu marido.
-Não aconteceu nada! – ela respondeu com desdém – Não deixei mais ele me tocar …, mandei ele procurar aquela vagabundinha e foder com ela …, e depois disso fiquei na secura por um tempo …, pensando em você e na chance de sentir você me fodendo …, como agora …
-E foi bom? – quis eu saber, curioso – Você gostou?
-Nossa! Você é uma foda e tanto! – ela respondeu em tom elogioso – E pra ser perfeito só falta uma coisa!
-O que? – perguntei eu, exaltado e ansioso – O que está faltando?
-Falta você comer meu cu! – ela disse, me encarando com olhos faiscantes.
-Então, não seja por isso! – disse eu, aceitando o convite – Mas, antes você precisa lubrificar a rola para não te machucar …
Berenice não esperou eu terminar de falar, e serpenteou para baixo, até que suas mãos e sua boca dominassem meu pau, chupando com voracidade; sua destreza em manipular e chupar a rola eram insuperáveis, e eu podia sentir a rola latejando dentro de sua boca, pronta para o que viesse.
Berenice examinou a rola babada e depois de um sorriso, ficou de quatro sobre a cama, empinando sua bunda enorme para mim; ela balançou as nádegas fartas, me convocando para a batalha; fiquei na posição de cachorrinho e lambi seu buraquinho, enfiando minha língua em sua borda, até deixá-lo no ponto.
Segurei aquelas nádegas enormes, separando-as com força, e enterrando a rola com uma estocada vigorosa, pelo menos até a metade dela; Berenice soltou um gritinho, tremelicando como doida. “Nossa! Que delícia! Adoro ser enrabada …, agora, fode meu cu, seu gostoso!”, ela disse com dificuldade. E eu quedei-me obediente, enfiando a rola com movimentos curtos, até senti-la todinha dentro daquela fêmea exemplar.
Quando eu dei início às estocadas no traseiro da minha parceira, tive uma enorme sensação de completude, pressentindo meu corpo dentro do dela …, e foi algo fantástico, ao ponto de eu intensificar os movimentos, atingindo uma espiral crescente que não demorou em frutificar em gozos caudalosos de minha parceira que gemia, gritava, suspirava, esbravejava e choramingava, tudo ao mesmo tempo!
Depois de muito tempo, eu disse a ela que não tinha mais forças e que precisava ejacular. “E …, onde você quer …, digo …, onde você quer gozar?”, ela perguntou quase pronunciando as palavras, sílaba a sílaba. “Me dá a sua boca, cadelinha!”, eu exigi.
Berenice, mais uma vez, obedeceu ao meu pedido, e empurrando-me para trás com uma bundada, fez com que eu caísse sobre a cama; imediatamente, ela colocou-se ao meu lado, e segurando a rola com uma das mãos, fez com que sua boca escorregasse sobre ela, funcionando como uma boceta quente e macia.
Ejaculei com violência, sentindo os jatos projetarem para dentro da boca de Berenice, que esforçou-se em reter toda a carga que eu despejava com um furor quase adolescente. Quando tudo terminou …, ela olhou para mim, exibindo sua boca cheia de porra, e depois de um esboço de sorriso, engoliu a carga, mostrando o quanto aquilo lhe causava prazer.
Exaustos, e sem energia vital, descansamos um pouco, chegando mesmo a um breve cochilo. E foi Berenice que assoberbou-se, olhando para seu celular e dizendo que precisávamos ir embora. Obedeci, meio a contragosto, e, em poucos minutos, estávamos no posto de gasolina, em uma despedida melancólica e sem perspectivas. “Quem sabe, um dia …, um outro dia”, ela disse após um beijo de despedida.
-Ei! Acorda! O que você tem? – a voz parecia vir de longe, de dentro de um túnel – Acorda, porra! Estou preocupada!
Finalmente, abri os olhos e vi que o lance com o marido da Berenice não passara de um sonho …, ainda bem, pensei, já que a aventura com ela não fora um sonho. Olhei para minha mulher pensando em uma explicação …, preferi desconversar, dizendo que era stress do trabalho.
Naquela mesma tarde, passei pelo posto de gasolina e tomei um capucino na loja de conveniência, esperando …, torcendo para reencontrar minha Berenice …, mas, foi tudo em vão! Ela não apareceu …, nem o marido (que eu sequer conhecia), restando apenas a doce lembrança da aventura e o desconforto de um pesadelo que eu jamais quero que se torne realidade.
Ainda hoje espero por um reencontro …, mesmo sabedor do risco da infidelidade dela redundar em um enorme prejuízo para mim …, afinal, aquele corpo roliço de formas generosas sempre mereceria uma segunda chance …, e uma terceira …, e uma quarta!