Entre a Lei e o Tesão: Acesso de raiva.

Um conto erótico de Rei de copas.
Categoria:
Contém 1479 palavras
Data: 19/09/2017 21:34:18

Manaus – Coroado.

Se essa rua, se essa rua fosse minha.

Eu mandava, Eu manda ladrilhar.

Com pedrinha, com pedrinhas de brilhante. Só para o meu, só para o meu amor passar.

Dona Rosa cantava essa música toda vez antes de Daniel ir dormi, a noite naquele dia estava escura e chuvosa, o frio batia na porta e entrava sem ser chamado, a simples e humilde casa dos Chaves eram pequena, contendo apenas dois quartos, uma sala e cozinha, o que para a mae do garoto – que seria garoto de programa – era muito, devido a suor que tinha custado a noites e mais noites trabalhando como serviços gerais no hospital perto de sua casa.

O menino queria depois da segunda vez que a mãe cantou já estava de olhos fechados e fingindo dormi. Sua mãe deu um beijo doce e molhado nos cabelos de seu filho e fechou a aporta indo direto para seu quarto. Ela se olhou no espelho e deu um sorriso para si próprio, tendo lhe animar, a mae do garoto tinha descoberto que estava com câncer em estado terminal. Ela sabia que não iria dura muito.

Olhou para em cima de sua cabeceira de perfumes e viu escondido entre eles seus remédios. Ela suspirou e sentou na cadeira, colocando seus cotovelos em cima da mesa e as mãos cobrindo seu rosto. O câncer adquirido devido ao trabalho com uma coleta errada na empresa onde trabalhava, a causou o acesso a doença, ela passou a mão em seus cabelos sedosos que segurava alguns bolos de cabelo emaranhados.

Novamente se pos a chora, agora ela estava em um processo contra a empresa, juntando todas as provas que conseguia para poder jogar ela na justiça e pagar por todo o tratamento. Ela pegou seus remédios e tomou a seco, rasgando sua garganta. O gosto amargo dos remidos ficou em sua boca e mesmo que escovasse três vezes seus dentes, ele continuava ali, como um lembrete que morreria logo

- O que vou fazer? – perguntou para si mesmo olhando o vidro de remédio em sua mão.

Ela não tinha parente que os ajuda-se sua mãe, vô do garoto estava morta e a família a culpa por tudo, por ter saído de casa cedo e ido seguir a vida. Se não fosse por isso sua vida teria um futuro diferente.

O garoto apenas tinha 7 para oito anos e se ela morre com quem ficaria? Os medos trasbordavam em sua mente e suas emoções confundiam seus pensamentos. Ela era corajosa, mais se perguntava onde estava a coragem, que antes ela esbanjava em ter. Ela a deixou por sua própria sorte, que nesse momento a levaria para debaixo de sete palmos.

Ela se levantou enxugou sua lagrimas e deu um tapa em seu rosto e olhou para o espelho. A doença de dona Rosa a fez criar uma outra versão dela mesma, o lado que tira o suspiro de todos que a conheciam. Uma mulher que não aparentava ter câncer e muito mesmo ter 35 anos de idade. Ela se auto denominava de Mona

Mona era uma mulher linda, não parecia ter ou ser uma mulher de câncer e ter 35 anos de idade, do Rosa com o tempo sofreu de Transtorno de personalidade, o que fazia seu filho as vezes ter medo dela, por que ela passava de uma mulher bondosa e amorosa para uma louca e sociopata.

Mona era a versão louca de sua mãe, o que ela controlava na frente do filho, ou tentava. O que ela não sabia era que o filho não gostava dessa personalidade e acabava ter muito medo dela.

- Como eu sou linda. – dizia ela se olhando para o espelho. – Como a Rosa é fútil e idiota, ela fica se lamentando dessa doença enquanto eu posso livra ela de muitas coisas.

Ela começou a se arrumar, a chuva não estava forte, ela estava ficando fina. Mona a noite era um mulher poderosa, onde saia com alguns cara que conhecia. Acho que foi uma saída para ela sobreviver e ajudar seu filho.

Daniel estava atrás da porta, ele não estava dormindo como de costume, seus corpo ficou tenso quando ele pela fresta via Mona se arrumando.

- Saia dai garoto, eu sei que esta ai. – disse ela com repulsa em sua voz.

A personalidade não gostava do menino, mas por causa de Rosa a ajudava o que ela não gostava e muito.

- Mae? – perguntou num sussurro.

- Claro que não. – disse com um rosnado. – Não sou sua mae, e não me chame assim, me chamo Mona.

- Onde esta indo Mona?

Ela se virou, já estava com um vestido preto e seus olhos emanavam uma escuridão, seus olhos pareciam como um poço fundo, onde se caísse, não voltava mais.

- Já não esta na hora de demônios estarem na cama? – ela passava um batom vermelho em seus lábios em forma de coração.

- Eu não estou com sono. – ele se encolheu. – Eu so...

Ela bufou indignada, odiava ter aquela conversa com ele. As rugas que sua mae tinha, sumiram, era sempre assim. Pelo menos duas vezes ou três vezes na semana essa personalidade saia com os seus ficantes e voltava pela manhã cheias de notas e com um sorriso no bolso.

- Acorda, Baozi, acorda.

Daniel piscou varias vezes, ele estava no seu quarto, a luz do sol entrava em seu quarto como uma intrusa. Ele se sentou na beira da cama e focou seu olhar para a porta.

- Caralho, seu filho da puta. Vai assusta a mãe.

O garoto loiro, dos olhos azuis e com algumas sardas no rosto o encrava e ria, ele estava encostado na porta apoiando-se, era o seu melhor amigo, Bernardo. O garoto mauricinho que se meteu em drogas, não sabendo do porque, ele era um traficante com os pais sendo advogados. Coisa irônica, ele mantinha uma vida dupla.

- Sabe que odeio, que me chame de Pao em chinês.

Bernardo deu de ombros, ele era um garoto inteligente e amava seu amigo como um irmão, logico que os dois se conheceram de um modo não tão convencional. A lembrança fez Daniel ri, Bernardo foi um dos primeiros clientes de Daniel, eles eram ligados, porem o sexo era intenso e louco. Depois de um tempo o sexo não era tão importante e passavam as vezes horas dentro do quarto de prostibulo conversando e trocando segredos e sonhos.

- Não tenho culpa se tem cara de pão e que sou fluente em seis línguas.

Os pais de Bernardo eram advogados, claro o pai, porque a mãe era concursada federal, o que ganhava bem, então o menino não tinha do que reclamar, apenas de sua pacata, o que virou tudo mais eletrizante depois de entra na máfia, antigamente era apenas consumidor, agora era um dos cabeça da máfia na cidade.

- Calado, vamos, nos temos escola, tome um bom banho. – ordenou Bernardo – Esse quarto fede a pecado, Baozi.

- Já disse que odeio que me chame assim. – repreendeu o garoto de programa se levantando da cama. – E não mande em mim.

- O café já esta pronto, não demore. Baozi!

Daniel resmunga novamente e vai tomar banho e se arrumar.

- Me lembra de roubar a sua chave. Odeio quando vem me acordar, assim.

Bernardo tomava seu café e revirava seus olhos, olhando para seu amigo. Enquando Bernardo observava fixamente sua xicara de café, Daniel comia seus paes.

- Não demora Bernardo. - Daniel comia seu terceiro pão. - Hoje o professor vai passar o trabalho. Nao podemos perder.

- Ja te falaram que você é muito chato?

- Já, você no primeiro encontro.

- Não lembra. - Bernardo fechava a cara ao tocarem no assunto.

O apartamento de Daniel era perto da faculdade. Porém o loirinho andava sempre de moto. Algumas pessoas sabiam dos segredos dos dois. Alguns alunos compravam drogas com o loirinho enquanto alguns visitavam o apartamento de Daniel, sendo que até professores iam lhe ver.

A sala era lotada e naquele dia os únicos lugares que faltava era os deles. Os últimos da sala. Mesmo com toda a vida dupela dos dois, eram os melhores da sala. O que era irônico.

A vida nunca foi fácil para o garoto de programa, porém ele tinha um sonho. E estava correndo atrás.

Enquanto o professor explicava sobre o assunto da apresentação. A porta se abre e o coração de Daniel bateu mais forte quando viu quem era que estava na porta.

- Oi professor, posso entra? - perguntou o garoto baixinho, de cabelos ruivos e olhos azuis, carregava a tira colo na mão e sorria para o professor sendo educado.

- Quem é você mesmo? - a pergunta fez a classe se falar. E todos prestaram atenção no garoto na porta.

- Baozi, Baozi, você está bem? - nem mesmo o apelido idota que irritava o amigo, o fez muito menos se irritar. - Baozi!

- Eu me Chamo Guilherme, Guilherme Ferreira. Seu novo aluno.

- É ele Bernardo, o garoto que me deixou com uma cicatriz.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive Rei de copas a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários