Continuando...
Nos dia seguinte era próximo do meio-dia quando o telefone toca.
Eu: Alô!
Thiago: Oi, meu amor!! Estou indo agora. Chego amanhã de madrugada aí. Estou louco para te ver!
Eu: Eu também!! Vou providenciar alguém para te buscar na rodoviária. Eu já sei a hora que tu chega. É o mesmo ônibus com que voltei para casa.
Thiago: Te amo!! Muito obrigado por estar fazendo isso por mim.
Eu: Também te amo. Te espero aqui. Boa viagem. Se cuida. Estou com saudades.
Na madrugada seguinte eu fui para a rodoviária com um amigo buscar o Thiago. Ele mal desceu do ônibus ele se encolheu todo. Não estava acostumado com o frio aqui do sul no inverno. Nos encontramos e eu dei um abraço apertado nele. Não podíamos nos beijar ali para não causar nenhum inconveniente para nós. Embarcamos as coisas dele no carro e fomos para minha casa. O acomodei e fui dormir também. Quando acordei minha mãe já tinha saído.
Eu fui até o quarto em que ele estava. Ele estava dormindo. Fiquei parado na porta o admirando dormindo. Fiquei um tempo ali parado quando de repente meu gato entrou no quarto e subiu na cama acordando o Thiago. Ele olha para mim parado na porta.
Thiago: Bom dia! Está fazendo o que aí parado?
Eu: Estava admirando meu amor dormindo. Ainda parece que estou sonhando que tu está aqui!
Thiago: Que fofo! Cadê sua mãe?
Eu: Ela foi trabalhar. Estamos sozinho em casa.
Thiago: Muito querida ela. Amei ela!!
Eu: Pois é!
Thiago: Vem aqui! Deita comigo! Estou morrendo de saudades de ti!
Eu: Não precisa dizer duas vezes.
Deitei na cama com ele. Ele me beija. Ficamos na cama nos beijando um tempo. Eu vou descendo a mão pelo seu corpo. Chego no seu pau. Ele tira minha mão.
Thiago: Tu está muito apressado. Vai com calma! Agora temos muito tempo!
Eu: É a saudades! Hehehe...
Ficamos deitados nos acariciando. Levantei e fiz um café para nós e depois o almoço. À tarde levei ele conhecer a cidade. Quando chegou à noite, minha mãe chegou em casa. Conversou um pouco com nós e fez o Thiago ligar para casa. Ele avisou aos pais onde estava e minha mãe falou com eles. Não fiquei acompanhando a ligação, mas deu para perceber que a conversou no início estava um tanto tensa. Minha mãe estava cobrando eles por eles terem agido daquela forma dizendo que o Thiago precisava enfrentar as consequências de suas escolhas. Ela disse que entendia o que eles estavam fazendo, mas não era o momento certo para isso. Que eles tinham de acolher o filho. Depois a conversa ficou mais amena. Minha mãe fez eles prometerem que a situação seria resolvida logo. Eles se comprometeram a ajudar a resolver.
Depois de umas duas semanas eu arranjei um emprego. Eu trabalhava à noite, chegava em casa de manhã quando minha mãe já tinha saído. Muitas vezes ao ir para minha cama o Thiago estava deitado nela. Eu deitava com ele. Ele me abraçava e ficávamos dormindo de conchinha. Algumas vezes ele me acordava e transávamos. Essa situação ainda durou alguns meses. Os pais dele não tinham feito muito para ajudar ele. Minha mãe falou mais algumas vezes com eles para que eles ajudassem de alguma forma.
Um dia acordei e fui buscar as cartas na caixa de correios. Vi uma carta diferente no meio das cartas. Estava destinada a mim e ao Thiago. Olhei o remetente e era do diretor da casa em que estivemos. Abri a carta com o Thiago. Lemos a carta e nos olhamos felizes. Na carta estava escrito que a decisão da casa geral em roma era que o reitor estava afastado de suas funções, seria transferido para uma casa onde não teria contato com nenhum jovem, a função dele seria cuidar dos padres idosos e doentes. Pelo período de 20 anos seria esse o trabalho dele (hoje ele continua ainda nesse trabalho). Como o Joel alegou que foi induzido e assediado pelo reitor a casa geral deixou que ele decidisse fazer o que ele quisesse, sair ou ficar na formação. Ele decidiu continuar. O diretor também havia sido punido por ter demorado a acionar a casa geral e havia sido afastado de seu cargo. Mas ele dizia não estar magoado com isso e pediu desculpas por ter permitido que eu sofresse da forma como sofri.
Passou mais dois meses e finalmente os pais do Thiago enviaram dinheiro para ele ir para a casa de um tio no RJ. Ele foi para a casa do tio. Eu sofri um pouco com a saída dele. Mas de certa forma eu fiquei feliz pois ele estaria com a família dele, e nesse momento ele precisava de alguém da família com ele.
Sobre o Joel ainda, depois de um ano e meio o encontrei na minha cidade em uma casa para retiros. Ele continuava na formação. Eu fiz questão de ir cumprimentá-lo, mostrar que eu ainda lembrava dele e de tudo o que ele me fez. Mas ao chegar perto dele, ele saiu. Passou mais 2 meses e fui novamente na casa de retiros para uma segunda etapa de um retiro. Procurei para ver se ele estava por lá. Um dos colegas dele me disse que o Joel havia sido expulso. Tinham pego ele em flagrante transando com um colega.
Com o tempo perdi contato com o Thiago. Mas essa semana retomei o contato com ele. Nova história poderá vir a ocorrer.
Obrigado a quem acompanhou minha história. Volto a informar que a história é verdadeira. Apenas os diálogos não são integrais e totalmente verdadeiros pois isso ocorreu há muitos anos. Os nomes são fictícios, nenhum deles é real.
Beijos...