Diários de um garoto:Descobrindo o amor nos braços de um ex valentão. (Capítulo 1)

Um conto erótico de Contador de histórias
Categoria: Homossexual
Contém 1003 palavras
Data: 28/09/2017 00:16:20

Eu poderia passar séculos,mas não encontraria nenhuma palavra,que fosse capaz de resumir tudo que havia vivido naquela semana.

Porém,assim como os raios do sol chegam para por fim a noite mais escura,aquela tarde senti a pressão e os tremores presentes em meu peito diminuirem,dando lugar a uma espécie de alívio.

No fundo eu sabia que não deveria comemorar,pois entre um ataque de pânico e outro,aqueles momentos de tranquilidade sempre ocorriam.Só que isso não significavam que eles não fossem acontecer novamente.Era apenas questão de tempo,para que qualquer coisa desencadeasse novas crises.

Mas eu não estava disposto a pensar nisso,e assim me forcei a ficar em pé e apanhar uma toalha,saindo logo em seguida para o banheiro,aonde tomei um longo banho.Dessa vez tudo tinha ocorrido bem,e eu não surtei com o espelho ou desentupidor de pia,o que parecia ser um bom sinal.

De volta ao meu quarto,vesti uma cueca boxer cinza,que estava um pouco frouxa devido a quantidade de vezes em que fora usada.E então coloquei um short e uma camisa de flanela,ambos em tom azul.E surpreendendo a mim mesmo,caminhei em direção ao espelho enorme que havia no quarto,e puxei o lençol branco que o cobria.

Observando meu reflexo,percebi o quanto eu não me considerava bonito,fato que na verdade não me importava muito.Porém minha altura era algo de que gostava,afinal um metro e setenta nem significava baixo demais,nem alto demais,apenas a medida certa.E meu peso também não era algo alarmante,pois com setenta e quatro quilos,eu era um magro fofinho.Já meu cabelo era algo que definitivamente,me irritava.Ele era em tom preto e liso,mas não aquele liso que você viu no Justin Bieber adolescente,e sim um cabelo rebelde,cujas mechas ficavam para todo lado e mesmo penteado,se mostrava bagunçado.Minha boca média possuía lábios também médios,nada muito exagerado.Meu nariz tinha o tamanho e aparência normal adequado para meu rosto,e por fim meus olhos,que eram verdes como os da minha avó paterna,mas isso era algo que poucas pessoas conseguiam notar,pois o óculos fundo de garrafa que eu usava em tempo integral,meio que escondia isso.

Interrompendo aquela profunda análise sobre minha aparência,uma forte batida soou na porta.Mas ao invés de convidar seja lá quem fosse para entrar,girei no mesmo lugar e observei meu reflexo de costas.

-Felipe sou eu,o tio Ale.Pode abrir por favor?-Uma voz disse em tom moderado,chegando abafada aos meus ouvidos.

Ao ouvir aquilo,parei e me virei,encarando a porta pensativo.Alessandro era o irmão mais novo do meu pai,e todos o chamavam de Ale.Entre ele e minha tia Adriana,eu me dava melhor com ele,pois era o único parente do meu pai,que não me tratava como se eu fosse um louco psicótico.

Dividido entre a vontade de não ver ninguém,e o desejo de conversar com ele,acabei optando pela segunda opção e então fui até lá e abri a porta,dando de cara com um homem da minha altura,de pele morena clara e longos cabelos pretos amarrados em um coque.Suspirando,dei passagem a ele e então fechei a porta e a tranquei com chave.

-Nossa,demorou bastante pra me deixar entrar.-Ele reclamou,fazendo biquinho.

-Não tô com muita vontade de ver alguém,tio!-Respondi com sinceridade,enquanto me sentava na cama.

-Eh...Como estão as coisas?-Ele perguntou desconcertado,se sentando ao meu lado.

-Meus pais não te contaram sobre a sessão com a psicóloga,antes de ontem?-Respondi,agora olhando para ele e encontrando seus olhos pretos e profundos.

-Não!-Ele respondeu,sem desviar o olhar.

-Bem,ela disse que talvez fosse uma boa idéia,eu me internar numa clínica.-Disse,tentando parecer normal,mas acabei deixando transparecer alguns sentimentos.

-Felipe,olha...-Ele tentou falar,colocando a mão em meu ombro.

-Está mudando tio,antes eu tinha as crises de pânico quando lembrava de alguma coisa daquela época,agora qualquer coisa me afeta.Ontem mesmo,um pedaço de vidro,me fez encolher no chão da cozinha...Sabe,eu acho que não sou normal e talvez nunca vá ser.-Interrompi em um desabafo,lançando meu olhar ao chão para que ele não notasse meus olhos cheios d'água.

-Eu já falei isso uma vez,e vou repetir de novo.Você vive muito tempo dentro desse quarto,Felipe.Deveria sair mais,conhecer pessoas,fazer atividades pra gente da sua idade,quem sabe assim,esse problema não acabe melhorando?-Ele perguntou,sua voz transbordando de preocupação.

-Claro,eu deveria sair mais,quem sabe até surtar no meio da rua,e convencer as pessoas de que sou realmente louco.-Respondi irritado por ele sempre repetir aquilo,me colocando de pé.

-Felipe assim fica difícil te ajudar,quando nem você tenta.-Ele disse,parecendo cansado.

A princípio minha intenção era discutir com ele,mas ao abrir a boca,aquilo me pareceu inútil e desisti.E então em uma meia volta,fui até a janela e encostei a cabeça no vidro,olhando sem interesse para a rua lá fora.

Não sei quanto tempo se passou, até que senti dois braços fortes em volta da minha cintura,fazendo com que eu olhasse para trás,a tempo de ver Ale abrir um sorriso enquanto colava o corpo ao meu.

Como aquele era um ato comum dele,não me incomodei e até girei meu corpo para poder abraça-lo e depositar minha cabeça em seu ombro.

Senti então seus braços me apertarem mais forte,e em um ato surpreendente,ele aproximou os lábios delicadamente de minha testa e beijou.

-Não têm idéia do quanto me dói,te ver tão infeliz!-Ele disse em sussuro próximo ao meu ouvido,deixando transparecer uma profunda tristeza.

Continua$$$$$$$$Bem pessoal...

Demorei bastante para iniciar.

Mas está ai,espero que tenha ficado bom.

Até a próxima...

Boa noite!

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Estou gostando, mas ainda está curto e demorado demais a ser postado...

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