Diários de um garoto:Descobrindo o amor nos braços de um ex valentão. (Capítulo 4/Parte 1)

Um conto erótico de Contador de histórias
Categoria: Homossexual
Contém 1271 palavras
Data: 05/10/2017 23:29:19
Última revisão: 21/10/2017 20:05:26

Oi galera,esse conto é o mesmo que estava sob o título escroto de "Bixa,gay,viado...descobrindo o real significado dessas palavras",que acabei decidindo trocar para este,que não é muito bom também. Kkkkkkkk

Segundo,alguns disseram que o conto é estranho,mais na verdade o personagem principal sofre com crises de pânico e ansiedade.No futuro revelo o porque disso.

Terceiro,me perdoem a demora é que um dos meus filhotes estava doente e tive que parar tudo para cuidar dele,agora está tudo bem e eu volto com tudo.

Agora boa leitura...

$$$$$$$$$&@&&#%@&@&@%@%@&&#&#&#&#&@%@%@%#&&

Continuando...

Antes que Helena pudesse oferecer qualquer explicação,fiz um gesto para que ela se calasse.E então me virei e rapidamente observei minha sala pequena e com poucos móveis.Como eu havia pensado,ali só tinha eu e Helena do lado de fora,porém eu tinha a sensação esquisita de estar sendo observado.Incomodado,acabei dando um passo para fora e com uma exagerada demonstração de delicadeza,fechei a porta atrás de mim.

-Melhor irmos pra o outro lado,sentar embaixo daquela árvore.-Disse ao notar o olhar intrigado de Helena,apontando para a calçada em frente.

-Vai me achar boba,mas pensei que ia me chamar pra entrar,me mostrar sua casa.-Ela disse,parecendo desconcertada.

-Outra hora faço isso,prometo!-Disse,em tôm de quem se desculpava por algo.

Como se houvesse perdido o dom da fala,ela apenas acenou em afirmativa,me lançando um olhar cheio de dúvidas.Ignorei e em passos rápidos,atravessamos a rua e logo estávamos sentados aonde eu havia indicado.Com as costas apoiada na madeira enrugada do tronco,e a bunda na terra dura,acabei chegando a conclusão de que aquele era um péssimo lugar para uma conversa,mas como não havia outra opção,decidi guardar minhas dúvidas apenas para mim.

-Como está sendo seus dias em casa?-Perguntei ao notar o pesado silêncio que havia se formado entre nós,enquanto me virava pra ficar mais fácil de ver seu rosto.

-Ainda não tenho muito pra falar,afinal só estou em casa a uma semana,né?...Mais estou gostando bastante,sabe?...Eu e a minha mãe estamos nós dando muito bem,a gente até está tendo longas conversas sobre tudo.Já os meus irmãos,eles me aceitaram como se eu tivesse acabado de chegar de uma viagem.São tão divertidos,e eles me fazem tão bem!-Ela respondeu,após alguns minutos pensativa.

-Parece que nem tudo vai bem!-Disse,enquanto passava a olhar a copa da árvore.

-É o meu padrasto,Felipe!...Ele é contra a idéia de que eu fique em casa,e não volte mais para a clínica.-Ela disse, sua voz saindo em volume baixo enquanto ela riscava o chão com os dedos.

-Por que?-Perguntei surpreso,voltando a olhar pra ela.

-Porque ele acha que sou louca,que sou incontrolável e vou acabar machucando um dos meus irmãos. Então ele disse pra minha mãe que entendia ela me querer por perto,mais tinha que pensar nos meninos e não valia a pena arriscar a segurança deles,mantendo eles perto de uma doente mental.-Ela respondeu,sua voz cada vez mais embargada a cada palavra.

-Isso não é verdade,você têm depressão e uma ou duas coisinhas.Mais nunca faria mal a ninguém!-Falei,sentindo meu peito se encher de indignação.

-Eu vivi tanto tempo presa naquela clínica,longe da minha mãe e da minha casa,Felipe!-Ela disse,agora em lágrimas.

-Eu sei!-Falei,me arrastando para mais perto dela,passei um braço em seu ombro e a puxei para mim.

-Eu não quero voltar mais pra aquele lugar,não quero,não quero,não quero e não quero.-Ela disse,após apoiar a cabeça em meu peito,permitindo que as lagrimas corressem livremente.

Enquanto ela soluçãva sobre mim,levei a mão aos seus cabelos fartos e lentamente lhe fiz um carinho.Os minutos foram se passando,e a intensidade de lagrimas dela começou a diminuir,até que restasse apenas um fungado.

-O que pensa em fazer, pra impedir teu padrasto de te mande de volta pra clínica?-Perguntei delicadamente,sem deixar de lhe acariciar.

-Conversei com a minha mãe,e ela disse que é normal que ele se sinta assim com meu histórico,mais que se eu mostrar que melhorei,talvez ele mude de ideia e me deixe ficar em casa.-Ela respondeu,depois de um longo tempo em silêncio,sua voz saindo arrastada.

-Tá bom,e o que pretendem fazer?-Perguntei,sem nenhuma curiosidade,apenas com o deseja de mante-la falando.

-Bem,minha mãe disse que basta eu agir como uma garota da minha idade,mostrar que apesar do meu problema,posso ter uma vida normal...E pra começar,ela foi hoje ao centro,fazer minha matrícula na escola.-Ela respondeu,parecendo um pouco mais animada.

-Legal!-Disse,tentando parecer animado.

Com a mão em meu peito,Helena se soltou e se afastou,ficando sobre as próprias pernas na minha frente.

-Por isso eu vim até aqui,porque preciso da sua ajuda.-Ela disse, enquanto seus olhos castanhos escuros encontravam os meus.

-O que é?-Perguntei,um pouco tenso.

-Faz dois anos desde que abandonei as aulas,por causa do meu problema.E eu tô com medo de voltar,por isso eu preciso de alguém da minha confiança,alguém que conheça minhas crises tão bem que não vá se importar.-Ela respondeu,demonstrando um pouco de nervosismo.

-Helena...-Tentei falar.

-Eu sei,conheço bem a sua história,mais é o único amigo que tenho,Felipe!...Por favor,eu não vou conseguir fazer isso sozinha e por isso preciso de você lá.Preciso que retorne as aulas comigo,que seja meu apoio nessa mudança e me deixe ser o seu!-Ela interrompeu,me olhando com súplica.

-Isso é loucura!-Falei sem pensar,me colocando de pé em um pulo.

-Não!É um grito de socorro,um pedido de ajuda de alguém que já fez tanto por você.-Ela disse,também se colocando de pé.

-Helena eu já tentei estudar,já tentei viver como alguém normal,mas não deu...As crises não permitem isso!-Falei,enquanto gesticulava bastante,deixando claro minha angústia em tocar naquele assunto.

-Não podemos mais deixar que essas doenças controlem a nossa vida,Felipe.-Ela disse,sua voz se alterando um pouco.

-Você não entende,eu...-Tentei falar.

-Meu deus,olha pra mim!...A depressão me deixou internada por anos naquela clínica,longe da minha mãe...E é isso o que suas crises de pânico vão fazer com você,elas vão te jogar lá e qualquer chance de ter uma vida diferente,serão esquecidas.-Ela interrompeu,seu olhar demonstrando todo o desespero que sentia.

-Me perdoa,eu não posso fazer isso.Não posso!-Falei,vendo imagens a muito guardadas retornarem a minha mente,causando uma espécie de avalanche em meu peito.

Por alguns minutos pareceu que ela ia falar mais alguma coisa,mais apenas se abraçou e deixou que as lagrimas voltassem a lavar seu delicado rosto.Eu compreendia seu desespero e a necessidade da minha presença,mais não podia fazer aquilo,não podia voltar ao colégio depois de tantas coisas ruins que havia vivido dentro de instituições iguais aquela.

Por outro lado,vê-la chorar,me partia o coração e machucava mais do que pensei que isso faria.Apesar de não sentir amor de homem por ela,eu a amava como irmã e desejava sua felicidade.

Sinceramente, não sabia o que fazer!

Sentia como se estivesse sendo testado e não tivesse a resposta certa.

Continua...

@%@&%@%@&@&&@&%@%@&@&#&&&@&#%@%%@%@%@%%

Obrigado a todos que comentaram e acompanham,valeu pelas notas e até a próxima!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive Escritor de sonhos a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível