Diários de um garoto:Descobrindo o amor nos braços de um ex valentão. (Capítulo 3)

Um conto erótico de Contador de histórias
Categoria: Homossexual
Contém 1186 palavras
Data: 02/10/2017 02:00:28

Continuando...

Falhando na tentativa de encontrar sentido nos meus sentimentos,acabei por me sentar e então arrastei a bandeja para mais perto.Numa tigela branca,havia um liquido de cor verde doentia,ao qual despertou em mim várias sensações,menos fome.

Indeciso sobre se deveria comer ou não aquilo,apanhei a colher e de um jeito distraído,passei a mexer o liquido,fazendo com que os pedacinhos de alguma coisa aparecessem.Meu estômago embrulhou diante daquela cena,e após largar o talher,empurrei a bandeja para longe.

Reprimindo um bocejo,retirei meus óculos e os coloquei em um pequeno móvel ao lado da cama.E então me estirei sobre o colchão, rolando preguiçosamente até o meio,onde apanhei um travesseiro e o abracei.Direcionei meu olhar para o teto,mas não conseguia ver as telhas,apenas uma imagem borrada em vermelho.E assim fiquei por um longo tempo,até que lentamente o sono foi tomando conta de mim e adormeci.

Engana-se quem pensou que tive uma noite de sono tranquila,pois algumas horas depois,acordei suado e gritando,sentindo meu peito ser tomado por uma intensa angústia.Naquele momento,vi meus pais entrarem pela porta e logo estavam próximos a mim,me cobrindo de atenção e cuidados.

A medida que o tempo foi passando,a angústia cedeu lugar para a ansiedade,me deixando inquieto e também bastante nervoso.Não demorou muito e comecei a sentir náuseas,uma onda de calor intenso que eu não sabia de onde vinha e por fim tremores bastante intensos.

Naquele momento só havia um desejo;fugir.Sair dali o mais rápido possível,mas como se tivesse sido paralisado ou talvez porque estava fraco demais,não consegui e por algum tempo vivi algo pior que os pesadelos.Demorou mais alguns minutos até que a pressão em meu peito começasse a diminuir e os tremores acabassem,porém assim que isso aconteceu,o outros sintomas também foram embora e eu consegui me sentir dono de mim novamente,apesar de estar banhado em suor.

Minha mãe,que não havia saido do meu lado em nenhum instante, me puxou com delicadeza e me fez deitar a cabeça em seu colo,acariciando lentamente meus cabelos.

-Passou meu amor,agora está tudo bem.-Ela disse em um sussurro.

Não,não estava tudo bem e eu sabia que nunca ia estar,não enquanto não houvesse um meio para curar aquilo.Porém estava cansado demais para discordar e apenas me permiti aproveitar dos seus carinhos,enquanto sentia o sono voltar lentamente.

-São quatro da manhã,não acha melhor darmos um dos seus remédios para que ele durma,e assim descanse melhor?-Meu pai perguntou,sua voz forte ressoando nas paredes.

-Não Raul,o Felipe já faz uso de vários medicamentos e um sedativo, pode acabar causando algum problema.-Minha mãe respondeu,usando seu tom tranquilo de sempre.

-Angelica,o Felipe me preocupa!Ele têm tido cada vez mais pesadelos e mais dessas crises de pânico...-Meu pai disse por fim,após algum tempo em silêncio.

-Raul sei aonde quer chegar,mais já te falei uma vez e repito...Eu não vou internar meu filho,não importa o que esses médicos prometam,o meu filho vai ficar aqui,perto de mim.-Minha mãe disse com firmeza.

Antes que meu pai falasse mais alguma coisa,o sono finalmente tomou conta do meu corpo e eu acabei adormecendo profundamente sem saber o que ele ia dizer.

Horas depois fui despertado por uma forte e sonora pancada,que me deixou um pouco atordoado,a ponto de abrir os olhos e me desesperar por ver imagens embaçadas.E quando já pensava em gritar,acabei me lembrando que eu usava óculos e então após apanha-los no móvel ao lado,os coloquei e me espreguicei.

Sem nenhum ânimo,me coloquei de pé e quase me arrastando,sai do quarto em direção ao banheiro, onde fiz minhas necessidades,lavei o rosto e escovei os dentes.Quando me preparava para voltar a minha cama,minha mãe surgiu e sem permitir que eu falasse alguma coisa,me arrastou até a cozinha.

-Senta ai,que vou te servir um café e pão.-Ela disse meiga,mas autoritária.

-Mãe to sem fome,deixa pra mais tarde.-Disse,enquanto me sentava numa cadeira a pequena mesa.

Ignorando o que eu havia dito,ela apanhou dois pães numa sacola e os cortou e colocou algo dentro,e então pôs em um prato que ali havia e trouxe até mim.Ainda em silêncio,ela apanhou uma xícara e encheu de café,depositando ao lado do prato.

-Agora coma tudo,porque eu sei que não jantou ontem e só vai sair daqui,quando deixar o prato limpo.-Ela disse séria,enquanto passava as mãos no meu cabelo.

Sob o olhar vigilante dela,puxei o prato e lentamente devorei os pães,tomando toda a xícara de café logo em seguida.Com um sorriso de aprovação,ela acariciou meus cabelos novamente e recolheu a louça.Sem mais nada a fazer ali,me levantei e sai em direção a sala,aonde encontrei uma mulher de pele branca e cabelos cacheados pretos,um pouco mais baixa do que eu gorda.Aquela era minha irmã mais velha,Ana,e ela trabalhava como enfermeira no plantão da noite de algum hospital,essa era sempre a hora que ela chegava.

-Oi Felipe!-Ela disse,ao notar minha presença.

-Oi!-Disse,me sentando no sofá.

-Como você está?-Ela perguntou automaticamente,revirando a bolsa em busca de algo.

-Bem!-Respondi.

Nossa conversa se encerrou ai e ao encontrar o que procurava,Ana se levantou e saiu,me deixando sozinho.Apesar de sermos irmãos e vivermos sob o mesmo teto,não tínhamos intimidade nem nenhuma cumplicidade.As vezes pareciamos estranhos e não filhos dos mesmos pais.

Interrompendo meus pensamentos,uma batida insistente na porta soou pela sala.Esperei alguns minutos para ver se surgia alguém,mas minha irmã e mãe deveriam estar muito ocupadas ou não estavam ouvindo.De qualquer modo me levantei e sem aprovar aquele ato,caminhei até lá e abri a porta.

Para minha total surpresa,uma garota de baixa estatura,magra e de cabelos ondulados castanhos escuros se encontrava ali parada.Seu nome era Helena e eu a tinha conhecido a um ano,na clinica que eu frequentava para tratamento psicólogico.Nós viramos amigos e depois namorados,mas quatro meses de relacionamento e colocamos um ponto final.Eu ainda a encontrava pela clinica,conversavamos,mas jamais esperava que ela viesse a minha casa,ato que me surpreendeu e emudeceu qualquer palavra que eu tinha em mente.

-Vai ficar só me olhando,sem falar nada?-Ela perguntou,visivelmente incomodada com meu silêncio.

-Eu...eh...O que faz aqui?-Perguntei de um modo um pouco brusco.

Helena sorriu e como sempre fazia,apanhou uma mecha do cabelo e começou a torcer,analisando a melhor forma de me responder.

Continua...

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Boa madrugada pessoal...

ValterSó o título é ruim mesmo,por isso apartir do próximo capítulo irei mudar para Diários de um garoto de dezenove anos.

Martines,VeriPassiva,Edu19>Edu15 obrigado pelos comentários e notas,é importante pra mim.

Até a próxima galerinha...um abraço!

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QUE IRMÃ ESTRANHA. QUE IRMÃO ESTRANHO. QUE FAMÍLIA ESTRANHA.

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