Ruptura

Um conto erótico de Yaya
Categoria: Heterossexual
Contém 856 palavras
Data: 15/10/2017 22:59:34
Assuntos: Heterossexual

Já me disseram uma vez que em cada perda, crescemos um pouco.

Eu simplesmente não conseguia entender porque crescer teria que doer tanto. Olhava para cada rachadura que aparecia nas calçadas e parecia que minha mente tinha sido transportada para um vácuo, e eu só tentava entender porque o asfalto era tão diferente cada vez que eu me movimentava mais pra frente, em frente... e não para algum lugar.

Meu coração simplesmente não batia, eu já não sentia chuva... Nem percebia que estava molhada. A vida me fora tirada!

Algo em mim sente cheiro de café e me enfio na primeira cafeteria que aparece, pedindo um copo bem grande de realidade, quer dizer café.

Quando o morninho do café invade meu corpo descongelando, eu aos poucos vou voltando a ter sensibilidade e a respirar em pequenos solavancos.

Pequenos flashes invadem minha mente e eu tenho apagar com um meneio de cabeça, e de repente desejo algo mais forte que um café.

Verifico meu celular em busca de alguma esperança. Nada. Recosto no vidro e fecho meus olhos.

Sei de forma inconsciente que é um sonho, porque de que maneira eu estaria ouvindo o ronronar dele pertinho de mim.

Sinto braços fortes me envolverem e a sensação de casa é tão forte que um gemido escapa de mim. O cheiro, calor e sensações são familiares. Seguro suas mãos fortes e fecho os olhos tentando guardar cada sensação. Recebo um beijo na nuca e uma flecha de eletricidade é mandada direto para o meio das minhas pernas.

Ele encosta seu membro rijo no meu traseiro e eu já esqueci meu nome, e onde estou. Começa a rebolar com aquele gingado de leopardo que só ele possui e me leva como maré perigosa para onde ele bem entender. É como um jogo de W.O eu simplesmente não quero lutar.

Sem pedir, me coloca de bruços e por cima de mim me beija toda, ronronando e me falando segredos pecaminosos no ouvido. Me contando o que vai fazer comigo, como e porque eu mereço. Gemendo baixinho e mordendo a boca pouco a pouco vou me perdendo para me encontrar.

De repente estamos fazer amor devagar, e eu estou completamente preenchida, ele me segurando pelos ombros, e eu me empinando de forma involuntária querendo tudo...

-Está gostando?

Com um pulo, acordo batendo a cabeça no vidro. Em um nanosegundo entendo que estava sonhando e meu vazio volta como uma pedra sendo rolada para selar um buraco. Pago o café e saiu para as ruas novamente. Abraçando a mim mesma tentando juntar os pedaços. Vou caminhando me lembrando do sonho que é mais um dejavu de tudo o que já vivemos.

Minhas forças acabam no banco de uma pracinha e ali me sento. Olhando para o céu percebo que a noite está quase chegando... e eu continuo sozinha e sem ligação.

-Você tem que me prometer que ele será meu pra sempre...

-Claro que sim, só você vai te-lo. Não importa o que aconteça.

Ele me beija e me abraça todo convencido. Me encosto nele, ouvindo ele fazer suas piadas inteligentes e gargalhando de vez em quando.

Respiro fundo, feliz...

Levanto do banco e começa a caminhar na direção do meu apartamento.

O porteiro nem tenta me cumprimentar desta vez, já faz algum tempo que eu sou um zumbi.

Coloco a chave na porta e quando giro percebo que já estava aberta, tento buscas na minha memória se deixei aberta ou não.

Dando de ombros entro e tranco logo em seguida. Tirando a blusa molhada vou caminhando para o meu quarto, deixo as roupas molhadas no banheiro e de lingerie vou até meu quarto e sentado na minha cama está ele.

Me encosto na porta, perdendo um pouco das forças que ainda tenho. Vou descendo devagar, me perdendo na escuridão dos seus olhos. Ficando pequena e carente. Molhada e sensível. De repente completa e cheia de esperança. São tantas as sensações que eu não consigo dizer nada. Só me ajoelhar de maneira nada elegante na porta, só olhando para ele e deixando as lágrimas descerem.

Ele fecha a cara e automaticamente eu acabo com o choro. Ele assobia. E meu corpo treme, eu não consigo não sorrir.

Como ainda estou travada ele assobia novamente:

-Vem cá, cadelinha.

A voz dele, me faz sair do transe e sorrindo vou engatinhando até ele.

Ficando ajoelhada entre suas pernas. Ele se inclina para beijar o auto da minha cabeça e me impede quando tento beija-lo.

Entendo e não me sinto ofendida.

Abrindo o zíper da sua calça, chupo olhando nos olhos dele.

-Você tem sido uma cadelinha muito má.

Dando tapas no meu rosto ele me corrige, e eu aceito tudo de bom grado.

Ele come meu cuzinho me dizendo para não esquecer que tem dono... vou me entregando, enchendo meu peito de esperança.

De que ele vá ficar, de que irá dar certo...

Dormimos juntos depois do fim, não há beijo, abraço ou qualquer tipo de carinho. E pra mim é como se tivesse recebido o melhor presente no Natal.

Adormeço e acordo só pra perceber que está chovendo, e ele se foi.

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Comentários

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Muito bom, bem relatado do jeito que gosto. Tenho notado que nas experiências liberais, é sempre o marido que na maioria dos casos toma a iniciativa.

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