Questão de Ética - Parte I

Um conto erótico de Thiago Toke
Categoria: Homossexual
Contém 1606 palavras
Data: 24/10/2017 19:13:00

Três anos trabalhando na mesma empresa tentando mascarar um relacionamento com o chefe parecia demais para mim. Não tanto pela questão ética, mas sim por ter que esconder por tanto tempo sentimentos confusos que, por fim, pareciam existir apenas na minha cabeça/coração. Certo de que não mais poderia postergar tal situação, decidi encerrar os agridoces encontros casuais que só prorrogavam meu sofrimento e reacendiam a chama da esperança, mesmo que isso significasse abrir mão do meu emprego.

A história que vou relatar a seguir é verdadeira, exceto pelos nomes próprios que alterarei em respeito à privacidade minha e dos indivíduos e empresas citadas abaixo.

Meu nome é Thiago, tenho 29 anos, sou formado em administração e direito, 1,80m de altura, moreno, barbudo, 78 quilos bem distribuídos, corpo com certa definição graças à academia que é a única atividade física que aturo fazer. Sempre fui o clássico nerd, mais amigo da literatura, música, das atividades intelectuais do que daquelas que exigiam algum esforço físico no geral, o que, por consequência, sempre gerou um afastamento natural entre mim e os outros indivíduos. Ainda assim, nunca me considerei uma pessoa solitária, meus poucos amigos eram bem fiéis e inseparáveis, por assim dizer. Só passei a notar que meu conjunto de características nada convencionais poderia ser visto como sinônimo de beleza após meus vinte e cinco anos de idade, quando um perfil falso usando minha foto fazia certo sucesso no Tinder e até me gerou alguma dor de cabeça.

Nessa altura eu acabava de ser contratado para meu primeiro emprego formal em uma empresa de telefonia sob o cargo de auxiliar administrativo, embora executasse mais funções do que o título do cargo pudesse supor. Minha força de vontade e responsabilidade, em muito menos de um ano, me levou ao cargo ocupado por meu superior imediato que deixou o quadro de funcionários atraído por uma melhor oferta de trabalho em empresa concorrente. Logo, passei a ter uma atuação mais direta com Reinaldo, dono da empresa, quem já era um empreendedor de sucesso com seus poucos trinta e dois anos.

Reinaldo era uma pessoa incrivelmente sedutora, inteligente e cativante, poderia lhe vender qualquer coisa que quisesse, era impossível não se deslumbrar com seu linguajar rebuscado e sua inegável cultura geral e sua postura comercial. Além disso, era encantadoramente bonito: branco, magro, barba por fazer, 75kg, 1,85m, cabelos negros que pareciam possuir sua própria personalidade e olhos tão escuros e profundos quanto o céu noturno, um volume e uma bunda de dar inveja e água na boca.

Destarte, não demorou muito para que nos aproximássemos não só como empregador e empregado, como também construímos uma amizade inesperada. Saíamos juntos, bebíamos, conversávamos sobre vários assuntos e até ideias de possíveis parcerias profissionais surgiam em nossos encontros que ficavam cada vez mais frequentes. Embora tivéssemos intimidade para tocar em qualquer assunto, nunca falamos de relacionamento ou mesmo “mulheres”, como se espera na amizade de dois caras. Eu gostava daquilo e a empresa passava por sua melhor fase.

Tudo seguia muito bem até que aludido perfil falso do Tinder acendeu boatos da minha sexualidade no ambiente de trabalho e fez com que algumas pessoas, inclusive, mudassem sua forma de tratamento para comigo. “Do que adianta ele ser gostoso, ele é viado!” – ouvi certa vez e, em meio a diversos comentários ruins, me senti bonito pela primeira vez em muitos anos. Preferi não judicializar a questão, acreditei que quanto mais mexesse no assunto pior seria. Afinal, não queria prejudicar minha posição na empresa, muito menos minha amizade com Reinaldo que, por sua vez, afastou-se sutilmente de mim, não respondia minhas mensagens e mostrava-se sempre ocupado em viagens e reuniões com fornecedores e parceiros. Resolvi deixar a poeira abaixar e foquei apenas no trabalho, além do quê, sempre tive bem certo de ser gay e, embora meus familiares já tivessem aceitado, segui sendo discreto em meus relacionamentos por receio dos problemas que teria que enfrentar em decorrência disso.

Por um bom tempo minha vida social se resumira em dois subordinados meus que não ousariam tocar em qualquer assunto que pudesse colocar seu emprego em risco. Não demorou para que perfis falsos de outros funcionários da empresa surgissem e boatos a meu respeito também caíssem em descrédito. O engraçadinho que os criou nunca fora descoberto para que eu pudesse agradecê-lo pessoalmente por isso.

Aos poucos fui retomando o respeito e prestígio que tinha junto aos demais colaboradores e não me faltavam convites para a festa de fim de ano da empresa que se aproximava em velocidade alarmante, embora não estivesse nem um pouco animado em sair de casa e participar da “puxação de saco” que era o amigo secreto, decidi que seria uma boa oportunidade de conhecer melhor outros colegas de trabalho e suprir a falta que a amizade do Reinaldo fazia em minha vida.

Bebi muito, ri demais, dancei com um grupo de jovens do operacional, além de outras coisas que a etiqueta não me permitia e a fugaz memória corrompida pelo álcool não se recorda ao certo. Foi uma boa festa, precisava extravasar, senti-me querido e embora possa ter passado um pouco dos limites para alguém de minha posição, não fizera nada que pudesse ser considerado escandaloso aos olhos dos demais. Estava feliz e lá pelas três da manhã deixei a festa à francesa, tomando meu caminho de casa a pé, na expectativa de que uma boa caminhada me livrasse dos efeitos negativos do álcool em meu corpo. Acendi um cigarro, olhei para aquele céu incomparável e caminhei tranquilamente por duas ou três quadras da festa até que percebi a presença de um veículo me seguindo lentamente e bem próximo ao meio-fio e, em uma reação mista de medo e embriaguez, sem nem mesmo olhar para o automóvel, iniciei uma corrida frenética por mais umas duas quadras quando, ao tentar atravessar a rua, veículo rapidamente corta a avenida e bloqueia meu caminho.

- Quer dizer que você está fugindo do seu chefe agora?!

- Filho da p***! Se quer me matar faça do jeito certo!

Acho que corei instantaneamente ao perceber que tinha xingado Reinaldo, meu chefe, e ele, percebendo isso, ria como nunca vira antes.

- Eu achei que esse era o jeito certo de te oferecer uma carona! Nunca vi ninguém tão assustado!

- Achei que ia ser assaltado ou pior! – Grunhi, ainda em tom de xingamento.

- Entra logo aqui no carro antes que alguém chame a polícia para nós!

- Nós?! Não fui eu que saí dando “cavalinho de pau” nas ruas do centro da cidade pela madrugada!

Ao entrar no carro, o silêncio se refez, recordando-me da imensa distância que se formou entre nós dois desde o incidente do Tinder. Embora o trajeto daquele ponto até meu apartamento não fosse longo, seguimos calados naqueles poucos minutos que pareceram uma eternidade até que ele quebrou o silêncio:

- Então, seu beberrão, te vejo na segunda?

- Se meu coração foi forte o suficiente pra aguentar o susto que você me deu, não espero nada de diferente do meu fígado!

- Senti falta do seu bom humor! – Complementou, rindo.

- Reinaldo, queria pedir desculpas se os boatos envolvendo meu nome te prejudicaram de alguma forma...

Reinaldo interrompeu minha frase com um beijo.

Senti sua língua desbravar minha boca e em seguida coloquei a minha a dançar com a outra. Minha excitação foi instantânea. Nem mesmo a distância entre os bancos parecia conter aquela atração inevitável. Senti sua mão por cima da minha calça, pressionando meu pau já petrificado. Perdi minhas inibições e, protegido pelo fumê dos vidros, da escuridão e vazio da rua, acariciei o dele também que, por cima da tênue camada de roupa, pude perceber um membro grosso e imponente. Reinaldo se curvou, desabotoou minhas calças e libertou 19cm de puro tesão. Sua boca logo encontrou meu pênis e me chupava com determinação. Cheio de prazer, sem cerimônias, lancei-me a saborear o dele. Era um senhor instrumento, rosado, grosso, reto e pontudo, por volta dos 17cm com muitas veias. Mamei aquele mastro por um longo tempo, sentindo ficar cada vez mais inchado e rijo. Reinaldo gemia baixo, chamando-me de putinho, sem pudor. Senti que ele estava prestes a gozar, mas antes mesmo que atingisse o clímax, interrompeu-me com a pergunta:

- Não vai me convidar para entrar?

- Achei que não seria preciso. – respondi em um tom safado.

Como o prédio em que moro não tem porteiro, não foi difícil esgueirarmos por entre os corredores e elevador, entre beijos, com nossos membros fazendo volume sob a roupa sem que fôssemos observados por algum olhar curioso. Meu apartamento, uma quitinete, fica no quarto andar, e teve alguns objetos quebrados pela urgência e ímpeto de chegarmos logo à cama. Despi aquele homem com a ansiedade e curiosidade de uma criança que remove a embalagem de um presente na manhã de natal. Minha boca percorreu cada centímetro daquele corpo, passando pelo pescoço, ralos pelos de seu peito, mamilos, abdome e pau. Não demorou até que minha língua encontrasse aquele cuzinho rosado e apertadinho, o que o deixou louco. Enquanto se contorcia de prazer, eu o devorava com minha boca. Embora eu ainda estivesse vestido, vê-lo ali, na posição de “frango assado”, implorando para que eu o devorasse bastou para que me ajeitasse, o puxasse pelas pernas até a beirada da cama e começasse a roçar a cabeça do meu pau no seu cuzinho. Meti sem parar, o sexo foi forte, estávamos em transe entre suor e gemidos de prazer, por fim ele gozou, sem anunciar e nem mesmo estimular sem rijo membro, o tesão de ver aquilo me atingiu em cheio, gozei dentro, urrando, e a aquele era só o começo da noite.

CONTINUA...

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Comentários

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Delícia de relato, muito bem escrito e sem apelativos tolos, neviarei minha nota após ler a continuação !

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Valterso vc é cruel, deixa ele gozar.....

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Texto muito bem escrito, independentemente do conteúdo sexual.

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Delícia de conto: sem muito desperdício de tempo. Sexo farto é bom.

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MUITO ESTRANHO ESSE REINALDO, PRIMEIRO SE APROXIMA, DEPOIS SE AFASTA COM OS BOATOS E DE REPENTE VOLTA. IDIOTA VC DE ACEITAR.

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