A alguns anos atrás.
Eu sempre fui realmente besta logo de cara, minha mãe era rigorosa o que me deixava ainda mais triste era que eu queria ser o que era, porem minha mãe ficou deprimida com a saída de meu pai de casa, e ficou ainda mais pirada depois que entrou na igreja e disseram que obra de macumbaria que separou os dois.
Alison era o garoto que todos queriam, eu era amigo dele, sim éramos amigos, grandes amigos. Sim, eu e ele andávamos para cima e para baixo, eramos tão próximo que dormi algumas vezes na sua casa.
Porem eu e ele depois de um tempo começamos a nos separa, não sei quando começou, porem sei que me machucou muito.
Se você acha que o ensino médio era inofensivo, você não sabe o que passei. Depois dele realmente ter se afastado e toda vez que se encontrávamos eram faísca que saiam de nos dois. Eu percebi que la no fundo, no obscuro do meu coração eu guardava um chama fraca de amor por meu amigo.
Era um amor platônico, platônico ate demais, ele me consumia, porem não daria o braço a torce para ele.
Ele fazia muito Bullyng comigo, ou quando os outros faziam comigo ele apenas me encarava, e ria junto com os idiotas que andava com ele.
Andava apressado para chegar o quanto antes na sala de aula, tinha que passar pelo pátio da escola, a droga do celular não despertou, hoje era um mal dia. Corria com minha mochila pesada, porque tinha prova hoje e não tinha estudado direito. Não vi o que me parou, porem fui pego muito rápido, apenas senti quando estava no chão e minha cabeça bateu contra o piso fazendo meus ouvidos estalarem de dor.
- Mais que porra...
- Olha a boca suja. – denis me avisou, ele era um dos meninos ricos e feios da escola, que pensava, so pensava que dominava a escola. – Fiquei sabendo que voce agora esta dando para geral, é isso?
- Suas fontes estão erradas, porque se desse mesmo para geral como fala. Eu estaria com dinheiro.
- Olha, ousado o garoto.
- Diz logo o que você quer, e me deixa em paz. Vamos que tenho prova.
Denis se agachou, seu fedor matinal me deixou mais tonto que a própria batida, passei a mão na cabeça e rezei a Deus que não tivesse sangrado. Olhando minha mao respirei fundo e agradeci.
- Anda logo. Fala o que voce quer.
- VOCE.
Meu rosto ficou tão pálido que quase me derreti de medo naquela.
- Voce da para geral e acha que não vou comer também?
- Para com isso seu idiota, além do mais não daria para voce.
- Voce é um ômega e tem que fazer tudo que um alfa mandar.
- Nem que me obriguem. – dei um tapa na cara de Denis
Seus olhos emanavam ódio.
- Vai fazer o que eu quiser. Vocês peguem ele.
Dentre os meninos Alison estava ali nos observando calado.
- Olha ai Alison, deixa eu te mostra como conquista um ômega.
Ele me pegaram com força, tentei correr, porem recebi um chute na costa e cai tomando meu ar. Ele me levaram para trás da escola, me amarrando meus pulsos e tirando minha calça.
- Hoje vou te mostra como se faz com ômegas abusados.
Não chorei, apenas me preparei para hora certa.
A calça dele ficou até os joelhos e os dois meninos que estavam com ele observava tudo com olhos de luxuria. Quando ele chegou perto de mim, eu consegui chuta bem em suas partes, ele caio gemendo, os outros dois tentaram me pegar, porem desviei de um e chutei o rosto dele, o terceiro tento me da um rasteira, apenas pulei e chutei seu peito. Olhei para o Alison que não fez nada. Quando eu ia correr. O que levou um chute na cara pegou meu braço, tentei chuta-lo, mais dessa vez ele foi mais rápido, pegou minha perna, parou ela e chutou a outra onde me apoiava. Denis acordou de seus gemidos e outro se recuperou. Ele me golpeavam e não paravam nem de perto. Eu gritava e pedi ajuda, tentava para-los a todo custo, o que me salvou naquele dia foi Alexandre que estava andando por ali perto e viu tudo.
Quebrei duas costelas e fiquei todo ralado. Mesmo eu desmaiando e indo para enfermaria, Alison nunca foi me visitar, o que me deixou com mais raiva do garoto. Alexandre foi uma das minhas testemunhas, denunciei os 4, porem o caso foi abafado pelo valor que cada um dos pais pagaram para aquilo não virasse um escanda-lo. E eu fiquei conhecido como mentiroso da escola. Porque Alison se mostrou um bom sociopata.
Depois de alguns meses.
Respirei fundo e entrei na sala de aula, apenas para ser empurrado por um idiota.
- Não olha para onde anda? – encarei o garoto na minha frente.
- Você que deveria olhar por onde anda, seu via...
- Epâ não fale com ele assim!
O garoto que esbarrou em mim, era um menino que não gostava mesmo de mim e o sentimento era reciproco. Seus dentes amarelos e seu rosto cheio de espinha era o caos onde não queria nem esta perto. Seus olhos verdes eram desperdiçados naquele rosto de ogro, não que eu ligue para aparência, porem ele agia como um, e odiava realmente gente assim.
O garoto que estava me defendendo era loiro, um loiro tão branco que era alvo. Seus belos olhos azuis eram tão redondos que me deixaram confusos, ele era mais alto que eu, um poste, sua voz grossa e sua postura elegante, fazia jus ao que diziam sobre ele. De ser da nobreza.
- Não preciso que me defenda Alison. – rosnei em resposta ao garoto modelo de rico.
- Ei, some. – Denis saiu dali bufando e resmungando. – Olha aqui Daniel, só estou te defendendo porque gosto de você.
- Gosta Alison? – a pergunta foi mais para mim do que para ele.
Mesmo eu tendo 16 anos e Alison na época tendo um ano mais velho que eu, estudávamos numa escola boa, eu por ser bolsista tinha que ser um crânio, ele por ser rico tinha poder. Era musculoso, as meninas o amavam e se jogaria na ponte por ele, os meninos o respeitava como rei. E eu? Eu não sabia ao certo o que sentia por ele, já que meus sentimentos eram confusos, tão confusos quanto eu era.
- Olha aqui Alison, não é só porque você é um tremendo Cretino e Sociopata que conquista todos com esse seu sorriso e seu rosto perfeito, que caio no seu papo.
- Cretino ate aceito, mas sociopata? Serio?
- Sim, manipulando tudo e a todos para beneficio próprio. – rebati para ele.
- Não faço isso. – ele protestou cruzando os braços.
- Faz sim.
- Não faço.
Reviro os olhos em protesto sabendo onde isso ia dar, então viro de costa e saio andando para dentro da sala de aula. Ele vem logo em seguida olhando para mim.
- Vamos, sai, agora! – ele gritava com o menino que sentava do meu lado.
Pegou a cadeira e colocou de frente para minha e sentou, pegando meu caderno.
- Mas que inferno, Alison, o que você quer?
- Quero que converse comigo, quero ser seu amigo, sei o que aconteceu com você, e não gostaria que meu pai me deixa-se ou mãe me fizesse eu teria tido um ataque.
- Se for para falar isso, já deu o assunto.
Alison e eu eramos como cão e gato, agua e óleo, o caos e a paz. Ele era a o caos que assolava meu dia, não sabia como foi para nos dois se falarmos e até não sabia como a implicância aconteceu de ambas as partes. Alison era perfeito, tinha dinheiro, beleza e o mundo aos seus pés, já que o pai era um cirurgião renomado e a mãe modelo e atriz. Ele era modelo e também cantava, era bom em desenhos e também gostava de biologia e matemática. Um prodígio em tudo.
Eu? O que eu gostava. Escrita. Porem precisava de dinheiro e tinha que arranjar uma faculdade que prestasse por isso estava em duvida se fazia medicina ou direitos. Minha mãe era dona de restaurante o que me deixava mais aliviado, porem ela não me via mais como um filho.
Para dizer a verdade nem sabia o que era amor de Mãe.
O encarei e ele chegou mais perto, mais perto, bem mais perto e quando percebi, já tinha selado nossos lábios, eu por impulso respondi ao seu beijo, deixando meu corpo tremer com o contato. Sua língua pedi para entra em minha boca, e explora-la. Acho que o beijo não deu nem dois minutos, a sala que antes estava aos gritos, ficou em um silencio absurdo.
- Eca. Eu não acredito que você esta beijando ele, ainda mais um garoto. – Julia estava sentada e disparou seu veneno.
- Tem algum problema com isso? – retrucou Alison olhando furioso para ela.
- Voces dois são homens, não deveria...
- Cala a boca, sua ruiva fajuta. Eu descido por quem eu quero beija, por quem eu quero ficar, não me venha com esse discurso ultrapassado que todo mundo fala, que já virou novela repetida do sbt.
- Não precisa me defender, Ali...
- Não estou fazendo isso por você, estou fazendo por mim.
Eu e Alison, quando estávamos juntos numa mesma sala, pode ter certeza que era briga, sim, algo chamava nos dois para a porrada, eu só não queria dizer que era sobre eu lá no fundo gostar de alguma forma daquele loiro britânico idiota. Eu não conseguia sentir ódio por ele.
Eu conhecia sua mãe, porém seu pai sempre estava viajando, então não conhecia.
Alison era o príncipe encantado de qualquer um, o que me deixava com medo de realmente gostar dele, para falar a verdade eu tinha medo de gostar demais e ele brincar, o fato era que Alison era um território perigoso, era uma área pior que a 51, mais tenebroso que qualquer triangulo das bermudas!
O fato era que se apaixonar por Alison Black era uma ida sem volta de sua sanidade mental. E eu me pergunto se apostaria isso, se jogaria o jogo do Black.
Seu cheiro de alfa me fazia tremer, ele sim era um alfa de respeito, seu cheiro era tão forte que qualquer ômega ou beta se apaixonaria perdidamente, fazendo até mesmo alguns alfas o olharem.
Alison me encarou com seus olhos azuis e pegou minha mão me tirando da sala de aula.
- Onde esta me levando, poste? – pergunto sendo arrastado para o banheiro da escola.
- Poste? Não sou o único aqui que é grande, vara pau.
- Ousa mesmo falar isso de novo?
- Vara pau.
Dei um soco em seu braço.
- Isso doeu.
- Eu sei, queria isso mesmo.
- Idiota.
- Um idiota que esta tentando entender uma pessoa que ele gosta demais, que o receber com patadas, que desde do começo do ano eramos amigos, porem depois de dois meses começamos a nos Alfineta, idiota? Sim e muito.
Mesmo tremendo e tentando não vacilar, meus olhos encontraram os dele, ele antes de continuar o que queria dizer, bateu em todas as portas se certificando que não tinha mais ninguém no banheiro.
Ele se virou para mim, pegou minhas mão e levou diretamente ao seu coração, como se eu certificasse que ele ainda estava ali comigo, se aquilo não era um sonho.
- Eu te amo seu idiota, te amo mais tanto que te odeio por isso.
As palavras saíram tao rápido que fiquei ate impressionado comigo mesmo com minha audácia. Ele sorriu, um sorriso que me deixou tao idiota o encarando que so me toquei quando ele me beijou e me segredou que sentia a mesma coisa por mim.
- Eu mudei Daniel. Eu sei o que fiz, minha mãe não esta falando comigo desde de então e meu pai quer ver minha caveira desde do acontecido. Porem eu sempre gostei de voce. So não sabia o quanto.
- E teve a coragem de me ver quase sendo molestado e não fez nada.
A raiva rugia em meus ouvidos, mesmo eu sentido algo por ele, aquilo não ia simplesmente sumir.
- Eu estava apavorado.
- Eu também fiquei e nem ao menos me ver foi.
- Eu fui, so que o Alexandre não deixou com que eu ficasse no mesmo ambiente.
Não consegui mais dizer nada, se eu disse-se algo eu bateria nele. Bateria tao forte que o mataria.
- Me de uma oportunidade que te mostra que mudei, me de uma oportunidade de fazer voce me amar e eu te amar como deveria ter sido. – eu ia começar a falar porem ele me interrompeu. – Eu te amo, sei que é loucura, mas quero repara tudo, me da essa oportunidade, me da essa chance de ser o garoto que vai te fazer feliz. Eu sei que sou um mostro, sou diabolicamente perfeito, porem sou mais errado que você e ainda pago por isso desde de então. Me de uma chance, seja nossa ultima chance.
Eu respirei fundo.
- Me beija.
- Isso quer dizer um sim?
- Isso quer dizer que eu e voce temos muito o que conversa.
Ele sorriu e meu coração se derreteu.
Eu naquele dia decretei que era louco, que perdi minha sanidade, que acreditei em uma ilusão desvairada, que fui pego pelo furação Alison.