Quando me mudei para o interior de SP eu não estava com nenhuma expectativa sobre a minha nova vizinhança. Confesso que por mais que Fortaleza seja perigosa e barulhenta, ainda assim foi onde eu nasci, criei-me e fiz diversos amigos, e só de pensar que iria deixar tantas pessoas e histórias para trás em tão pouco tempo eu sentia um nó no estômago. Porém, a decisão já estava tomada, em suma por causa do novo emprego do meu pai, então, com minha aceitação ou não, iriamos nos mudar para o nosso novo endereço. Quando chegamos aqui em Santa Bárbara do Oeste, ou d’Oeste, ainda não sei como escrever esse nome direito, eu meio que já esperava o que encontrar. Uma cidade interiorana e possivelmente religiosa, e foi isso que eu encontrei. Minha realidade mudou completamente. Em Fortaleza haviam lugares para beber, divertir-se e até usar algumas coisas a mais, mas aqui, além do fato de eu não conhecer absolutamente ninguém ainda, eu não conhecia nenhum lugar para fazer as 3 coisas que eu havia dito antes, vale lembrar que pesquisas no Google e Maps foram coisas que não faltaram. Faltava pouco mais de 1 mês para que as aulas começassem quando estreamos nossa casa nova, esse 1 mês antes tinha sido idealizado propositalmente pela minha mãe para que no decorrer desse tempo eu pudesse “socializar” e conhecer a cidade antes do inferno letivo começar, mas eu fiz a coisa mais certa a se fazer durante esse tempo: Dormi, joguei League Of Legends, bati muitas punhetas e fumei alguns maços de cigarro. Para o primeiro dia de aula eu teria que ir a caráter, por isso peguei uma blusa da banda Witchcraft, que por sinal é uma das minhas bandas preferidas, uma calça jeans desbotada qualquer e parti para a guilhotina que me esperava. Eu não esperava fazer muitos amigos. Até mesmo na minha antiga escola, que eu tinha uma certa popularidade, eu não era uma pessoa de muitos amigos, principalmente pelo fato de que meu estilo para lá de andrógino e obscuro assustava e assusta ainda muitas pessoas. Assim que saí do carro da minha mãe e olhei para a escola e a escola e todos os seus alunos olharam para mim com um certo olhar estranho, eu vi que seria mais complicado do que eu imaginava. Mas, eu resolvi seguir o baile e entrei naquele prédio na esperança de que eu pudesse encontrar alguém tão estranho quanto eu. Quando entrei na minha sala de aula só havia um garoto nela e pelo fato de ele estar com a cabeça deitada sobre a mesa não dava para ter uma noção sobre o paradeiro de estranheza e normaleza (?) dele. (Sim, essa palavra eu acabei de criar, eu acho) Por mais que eu soubesse que seria difícil de encontrar alguém com meu estilo naquele lugar, eu sabia que devia fazer amigos e foi o que eu fiz quando resolvi sentar uma cadeira ao lado do garoto cabisbaixo. Olhei para ele e por mais que estivesse do seu lado ainda não conseguia definir nenhum traço do seu rosto. Desviei meu olhar para baixo, e não, não olhei para as partes baixas dele, e pude ver pela sua mochila, que estava aberta, que haviam diversas carteiras de cigarro dentro dela, e quando digo muitas carteiras eram muitas mesmo. Fiquei tão abismado com a quantidade de carteiras que vi, que não percebi que o garoto tinha levantado a cabeça e naquele momento olhava diretamente para mim. “Perdeu algo aí?” Foram com essas palavras que eu percebi que acabava de ter sido pego no flagra bisbilhotando as coisas de um desconhecido logo no primeiro dia de aula. Eu tentei explicar a situação para ele e para a minha surpresa ele foi bem compreensivo até. O nome dele era Saulo. Com um pouco mais de conversa eu percebi que se eu tinha que fazer amizade com alguém naquele lugar, ele era a pessoa certa. O rosto de Saulo é bem bonito. Sua sobrancelha grossa e sua barba foram as coisas que mais me chamaram a atenção, e seu corpo magro quase esquelético é do jeito que eu gosto, sim, tenho gostos estranhos. Com minha meia hora de conversa com Saulo eu descobri muitas coisas. Descobri que ele tinha uma irmã, que fumava 2 maços de cigarro por dia, que ele tinha 17 anos, que era bissexual, a melhor das descobertas foi essa, e que ele gostava de Witchcraft também. Depois disso, criamos uma amizade quase que instantânea. Começamos a falar quase que todos os dias, íamos na casa um do outro constantemente, parecia que eu conhecia ele a tanto tempo, nossa amizade a cada dia que passava parecia só ficar mais forte a cada dia que passava.
Um certo dia, quando estávamos deitados na cama dele, fumando, assistindo a saga de Jogos Mortais e comendo porcaria, começamos a falar de coisas mais sérias. Saulo tinha sérios problemas de ansiedade e depressão, eu já suspeitava disso, mas mesmo assim fiquei um pouco chocado com tudo. Ele simplesmente não conseguia dormir à noite, e o refúgio dele eram seus cigarros, por isso as 2 carteiras por dia. Eu queria ajudar ele de alguma forma, mas eu não sabia como. Quando acabamos de ver os 7 filmes da saga veio a parte mais dolorosa. Ele não conseguia dormir e eu não queria deixar ele sozinho acordado tendo que lidar com a sua própria sanidade mental. Estávamos deitados na mesma cama, em um breu quase que completo se não fosse pela brasa acessa de mais um cigarro que ele fumava. Estávamos em uma posição de quase ying-yang, com a cabeça dele ao lado dos meus pés, e eu consequentemente com seus pés ao lado da minha cabeça. Eu passei a me importar tanto com ele, mas em um sentido fraternal, não amoroso, que me doía muito ver ele daquele jeito. Saí da posição que eu estava e fui em direção a brasa que me guiou para que eu pudesse me sentar ao lado dele. E ficamos lá, ele deitado e eu sentado ao seu lado, olhando a escuridão, acho que até mesmo deixando ela fluir entre a gente. Até que tive uma ideia. Perguntei se ele não gostaria de dormir comigo. Mas acalmem suas mentes pervertidas, não no sentido de transar, apenas de dormir juntos mesmo. Eu sempre me acalmava quando dormia junto de alguém, acho que o toque dos corpos, o entrelaço entre um braço e um abdômen fazem com que possamos nos sentir mais relaxados e até mesmo seguros. Ele não tinha recebido tanto carinho dos seus pais, nem durante a sua infância, e talvez era justamente disso que ele precisava, carinho. Eu não pude ver sua expressão, mas pelo tom de sua voz acho que ele deve ter pensado em coisas a mais, mas logo eu expliquei tudo a ele, que talvez isso não adiantasse de nada, mas não custava nada tentar. Ele apagou o cigarro, e mesmo pelo tom de ironia que ele disse que aceitava fazer aquilo, eu estava com esperanças de que talvez aquilo adiantasse de algo. Nos deitamos, eu tentei passar meu braço por cima do corpo dele, mas ele não deixou, se era para dormir daquele jeito era ele que iria me “segurar”, foram essas as palavras dele. Ficamos naquela posição por um bom tempo. Eu estava adorando. Ter o contato dele era tão bom. Em nenhum momento eu pensei que poderia rolar algo entre nós, até porque minha atração por ele foi quase que deixada de lado por causa da nossa amizade. Além disso, eu me tornei um conselheiro amoroso para ele, já que sempre que ele se metia em alguma furada, quase sempre porque não gostava de alguém, mas mesmo assim dava a entender que sim para a outra pessoa, eu sempre fazia ele pensar melhor sobre o que ele estava fazendo com o sentimental do outro. Juntando tudo isso, todos os fatos só me fizeram crer que não valeria a pena perder nossa amizade em um affair que talvez nem daria certo. Eu já estava cochilando quando senti que ele se aproximou mais de mim. Era fácil de sentir também que ele me puxava para mais perto do corpo dele pressionando meu abdômen com seus braços. Eu não tinha noção do que estava acontecendo. Não sabia se ele tinha conseguido pegar no sono ou se aquilo era proposital, até que ele encostou seu corpo tão próximo ao meu que senti seu pau, que estava duro pra caralho, roçar em mim. Eu ainda estava sem reação, eu não sabia o que fazer, eu não esperava aquilo, mas eu senti meu pau ficar duro em menos de 10 segundos. Meu medo da reação dele era tanta que eu simplesmente continuei parado e deixei ele continuar a fazer o que ele estava fazendo. A mão, que estava a pouco tempo no meu abdômen, foi direto para dentro do meu short, e eu sentia ele pôr o seu indicador bem no meu cuzinho. Estava indo a loucura com aquilo, queria mais, bem mais, mas mesmo assim continuei imóvel, apenas deixando ele tocar meu corpo como se não tivesse dono, naquela hora eu deixei meu corpo para o deleite que ele quisesse ter. Ele tirou a mão do meu short e pude escutar ele cuspir nela, logo depois ele voltou ao local que a mão estava a pouco e senti a saliva dele banhar meu cuzinho. A sensação era alucinante, eu tremia de tesão, mas eu não queria demonstrar absolutamente nada, a situação em que eu estava de total submissão fazia eu me excitar ainda mais. Depois de deixar o local bem molhado ele colocou bem devagar um de seus dedos, naquele momento eu já estava tão excitado que não queria que ele colocasse dedos em mim, queria que ele metesse seu pau em mim sem o mínimo de pudor. Senti dois dedos dele dentro de mim, e a cada metida que ele dava em mim com seus dedos meu pau latejava cada vez mais. Enquanto ele fazia isso com uma de suas mãos, o cacete dele parecia que ficava mais duro a cada segundo, ele já esfregava seu pau em mim sem nenhum decoro, e eu podia sentir o pau dele quase que querendo perfurar minha pele. Ele tirou meu short, tirou minha cueca, e cuspindo mais uma vez na sua mão e molhando ainda mais meu cuzinho, colocou seu cacete bem na entrada. Ele procurava entrada, mas por mais que eu já estivesse bem relaxado, a situação ainda era complicada. Se eu não estivesse na posição de submissão total eu iria pedir para ele meter de uma vez só, nem que ele me machucasse, eu queria sentir ele dentro de mim. Mas como era ele que controlava a situação ele foi aos poucos, até que senti seu pau entrar dentro de mim e eu me senti completamente realizado. A dor que eu estava sentido era enorme, mas o tesão que eu sentia na dor conseguia fazer eu aguentar ela e até desejava por mais daquela sensação. Ele metia aos poucos, lentamente, mas a cada estocada meu pau pulsava mais fortemente, até que depois de algumas estocadas eu não aguentei e gozei, e foi um dos gozos mais intensos que eu pude sentir. Ele continuava, e depois que sentiu meu corpo se contorcer por causa da minha ejaculação, aquilo funcionou quase como que um sinal para ele, que soltou um gemido abafado e depois de mais algumas estocadas encheu meu cuzinho de porra. Ele arfava com tudo aquilo. Seu pau, que mesmo dando sinais de amolecer, continuava dentro de mim e eu desejava que não saísse mais de lá nunca. Não sei quanto tempo passou, mas em seguida ele tirou seu pau de mim e foi em direção ao banheiro do seu quarto. Escutei o chuveiro ser ligado e comecei a pensar sobre tudo isso o que aconteceu. Meu pau que estava mole até pouco tempo atrás, já dava mais uma vez sinais de vida, mas meu foco não era apenas naquela situação, pensei no futuro, se ainda teríamos uma amizade, se eu seria apenas mais uma transa para ele, se ele sentia algo por mim, se ele iria apenas me riscar da sua lista de amigos. Eram tantos pensamentos que bombardeavam meu cérebro que comecei a sentir meu rosto se enrubescer. O chuveiro foi desligado e o clima de tensão e tesão voltou ao ar do quarto. Ele saiu do banheiro e voltou a cama, ele não se deitou, apenas ficou sentado, não sei se olhando para mim ou olhando para qualquer outro lado. Vi a luz do fogo se acender e pude sentir o cheiro de cigarro surgir, mas logo ele o apagou, não entendi o porquê. Percebi que ele começou a se deitar na cama e logo em seguida ele passou seu braço sobre mim. Dessa vez ele se encostou em mim subitamente, seu corpo frio devido ao banho, seu pau não estava duro. Eu decidi que não valia mais a pena ficar na submissão total e me virei. Não dava para ver nada, mas eu podia ouvir a respiração dele e até mesmo acho que poderia ouvir seus batimentos cardíacos, e sabia que ele olhava para mim, eu sentia isso. Eu o abracei e encostei minha cabeça sobre seu tórax. Logo eu cai no sono. Quando eu acordei, um pouco desorientado ainda, não sabia se tudo aquilo havia sido real ou tudo um sonho, mas quando percebi que eu estava sobre o tórax dele vi que um sonho, por mais que reprimido, havia sido realizado. Olhei para ele e vi que ele estava dormindo, um sono realmente profundo. No final das contas eu consegui deixar o seu mundo e a sua ansiedade de lado, e sentir o cheiro do seu corpo, sem qualquer resquício de cigarro, foi reconfortante.
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