Vingança adolescente! V

Um conto erótico de Little Boy
Categoria: Homossexual
Contém 2971 palavras
Data: 14/11/2017 20:24:30

Estava deitado em minha cama imaginando o que fazer com Igor, imaginando o que o deixaria no chão. Pensava e pensava mas não tinha uma idéia tão boa, confesso quis até desistir e em um lapso de memória lembrei de Henrique me dizendo que talvez eu deve-se expo-lo também, afinal ele fez o mesmo ou quase comigo. Me desprendi dos meus pensamentos quando ouvi do andar de baixo a voz de minha mãe me mandando descer para jantar.

Rapidamente desci e fui para a cozinha, ver meu pai lá foi uma surpresa agradável, geralmente ele chega depois do jantar. Meu pai não é de longe uma má pessoa, ele é presente e faz de um tudo por nós mas, ele so é meio introspectivo, aliás se chama Lorenzo.

-Oie mãe, que cheirinho bom. Disse assim que cheguei na cozinha. Ela sorriu contente falando:

-Eu fiz o meu personalizado yakisoba.

-Hum, deve estar um delícia. À respondi, sentei-me a mesa e olhei surpreso para o meu pai e o saudei: - Oi pai, tudo bem? Que milagre o senhor em casa essa hora.

-Oi filho. Tirando algumas coisas do trabalho, estou bem sim, e você? Como está esse novo ano de escola? Não sentamos ainda para conversar né? Disse ele naquele pequeno interrogatório com uma feição de culpa.

-Ah, pai está bom. Novas pessoas, novos lugares, e sim, não sentamos para conversar por que você não quer né. Disse rapidamente trazendo sua atenção toda para mim quando disse aquilo, vendo que sua feição de culpa se intensificou ainda mais, reformulei o que tinha dito. -Ou por não ter tido muito tempo...

-É, eu sei que estou em falta mas prometo ter mais tempo pra você e sua mãe ok? Disse ele apertando minha mão e sorrindo.

Quando ia o responder minha mãe tomou a frente e disse:

-Assim espero Lorenzo. Disse ela com um leve sorriso, rindo finalmente o respondi:

-Tá certo pai!

Comemos trocando amenidades à mesa, aquele jantar estava sendo muito bom, me peguei pensando em que as metades do meu dia tinham sido totalmente opostas, pela manhã tinha sido horrível e pela tarde até à noite estava sendo maravilhosa, terminei de comer e me despedi dos meus pais seguindo para o meu quarto querendo terminar o que comecei, pensei e pensei e acabei bolando dois planos: um como tinha proposto, sem público sem exposição e o outro ao contrário, bem expositório, assumo que o segundo plano era bem mais divertido mas, iria decidir amanhã quando falasse com Henrique. E assim que pensei nisso lembrei de tudo o que tinha acontecido naquela tarde, um calor tomou meu corpo e acelerou meu coração, nosso encontro tinha sido tão bom, lembrei-me também de ter o prometido que nos falaríamos via msn e fui correndo para meu computador ver se ele estava online.

Assim que tinha acabado de logar uma conversa abriu em minha frente, era Igor.

Igor: Oi Caio, tudo bem? Estava aqui pensando por que hoje você cabulou as aulas e saiu com Henrique, ninguém entendeu nada, você nem se despediu.

Assim que li aquilo uma raiva tão grande tomou conta da minha mente, que eu queria poder digitar em caps lock o quanto imbecil, criança, vagabundo, idiota, palhaço, ridículo... ele era. Mas apenas respondi:

Caio: Eu não estava muito bem e sai, Henrique apenas me ajudou, só isso!Amanhã me entendo com o pessoal.

Igor: Ta certo então. :D

Desculpa ser insistente mas queria saber novamente sobre nós, não temos realmente nada né? Queria tanto que rolasse aquilo entre a gente novamente.

Caio: Eu pensei que tinha sido claro com você.

Igor: Nossa, calma menino, só quis realmente saber.

Caio: Pois então já sabe :)

Igor: Beleza, so não reclama depois quando quiser algo e eu não estiver afim. ;)

Caio: Hahaha, olha querido não estou muito bem então para de bobagem, já disse que seremos amigos ok?!

Eu digitei amigos, mas na verdade queria mesmo era digitar tudo o que estava entalado, aquele cinismo me matava mas, eu respirei, inspirei e não pirei, afinal, precisava dele perto de mim.

Igor: Ok!

Caio: Ok.

Igor: Tchau.

Caio: Tchau.

Depois disso eu procurei ver se Henrique estava on, aquela conversa com Igor tinha me tirado um pouco do sério, queria poder por pra fora mas ele não estava, entediado e levemente irritado desliguei o pc e me deitei na cama tentando relaxar para dormir, assim que dou um longo suspiro meu celular vibra indicando ter chegado um sms, quando olhei para a tela o nome de Henrique estava escrito, logo a abri com um sorriso nos lábios.

Henrique: Boa noite garoto especial. Entrei na net agora e você não estava on, imagino que já deva estar na cama né?

Caio: Oi Rick, já estou na cama sim! Entrei quase agora e você não estava on então sai, aliás, quando estava on, Igor veio falar comigo. :@

O respondi e assim que vi a confirmação de quê o sms tinha chegado no celular dele fiquei encarando o meu para ver sua resposta. Depois de alguns minutinhos sinto meu celular vibrar.

Henrique: Sério? Oque ele te falou?

Caio: Nada de mais, perguntou porque tinha cabulado as aulas e porque tinha saído acompanhado por você.

Henrique: E o que vc respondeu?

Caio: Disse que não estava bem e que vc me ajudou a sair do colégio. Ahhh já pensei no que fazer, amanhã te falo. Me sinto um pouco diabólico. Kkkkk.

Henrique: Hahaha, ele merece sua diabolice.

Caio: Diabolice? Essa palavra existe? Kkkkkk.

Henrique: Não sei, mas agora existe. :p

Caio: Então tá né. Tô indo dormir Rick, boa noite. Ah, gostei de te ter hoje comigo.

Respondi aquele sms com um pouco de vergonha, mas louco de curiosidade para saber o que ele me responderia. E parece ser um karma, quando você está ansioso para receber uma resposta a pessoa do outro lado resolve demorar a responder. “Que saco Henrique, olha a bosta do celular e me responde porra” pensava com raiva. Me ajeitei na cama e assim que meu celular vibrou o peguei logo para ver o que ele tinha dito.

Henrique: Eu sabia que você tinha gamado em mim hehe. ;)

Caio: Retiro o que disse!

Digitei logo em seguida e enviei. Estava rindo de como ele estava convencido.

Henrique: Ah retira nada. Mas olha, eu também adorei passar o dia com você garoto especial. :D <3

Caio: Depois eu sou o gamado né? Haha

Henrique: Ao contrário de você, eu falo o que eu realmente sinto. ;)

Caio: Como é? Está me chamando de falso?

Henrique: Não necessariamente, mas sim, você não diz em palavras o que realmente seu coração quer dizer. ;)

Caio: Garoto você mal me conhece e acha que já sabe do meu coração?

Henrique: Eu posso não te conhecer a muito tempo, mas sei bem como reconhecer as pessoas, sou muito observador. Aliás, você devia saber que o corpo fala mais do que pensamos: eu vejo seus olhos e imagino o que se passa aí dentro de você.

Caio: Tá, agora você me deu medo! Hahah. Você fala como se fosse um vidente e soubesse dos meus segredos mais obscuros.

Henrique: Hahah. Digamos que você é uma pessoa muito interessante.

Caio: Hum gostei, e você é legal. :)

Henrique: Se com "legal" você quer dizer que sou: lindo, gostoso e charmoso, sim, eu sou legal. Kkkkkkk.

Caio: Não, pensando melhor você é idiota kkkkk.

Henrique: Talvez! :D

Caio: Agora vou dormir mesmo, boa noite Rick, durma bem e até amanhã.

Henrique: Boa noite, durma bem, e sonhe comigo. :D

Caio: Eu quero ter uma noite tranquila, nada de pesadelos. Hahah

Henrique: :@

Caio: kkkkkkk, vai dormir, vai.

Henrique: Até amanhã garoto especial. <3

Caio: Até amanhã Rick. <3

Fui dormir rindo, Henrique me deixava alegre, não sei explicar mas era bom falar com ele, depois me peguei pensando no que ele disse sobre mim, sobre não dizer o que realmente sinto, achei aquilo meio perturbador, afinal aquilo para mim era apenas um método de defesa.

Acordei naquela manhã disposto, tomei meu banho, desci tomei meu café e fui pro ponto pegar meu ônibus, coloquei meus fones e fui o caminho todo ouvindo minha playlist.

Cheguei na escola e antes de entrar na minha sala notei uma certa multidão acumulada em frente à mesma, com certa dificuldade passei por aquelas pessoas e chegando mais perto ouvia alguns barulhos e pessoas gritando, assim que entrei de fato vi aquilo e era uma cena horrível, Henrique estava em cima de Igor o esmurrando como se fosse uma massa de pão, fiquei paralisado por alguns instantes, era de uma selvageria tremenda, fiquei chocado quando ainda em choque olhava ao redor e via que algumas pessoas incentivavam a briga, porém, as meninas e os meninos do nosso grupo tentavam separar os dois mesmo sendo difícil pois eles estavam grudados se surrando.

Eu corri de encontro a eles e gritei. Gritei alto:

Eu: O que é isso? Parem agora!

Todos ficaram em silêncio, e os dois aos poucos pararam de se bater e olharam para mim, vendo a oportunidade eu continuei: - Oque vocês estão fazendo? Vocês estão loucos? E se alguém chega aqui e levam vocês pra diretoria? É no mínimo uma suspensão. Qual o problema de vocês? Perguntava com meu rosto travado. Não cria no que estava vendo.

Igor me olhou com uma feição de raiva que exalava de cada poro de seu corpo, e cuspindo as palavras ele falou:

-A culpa é sua, PUTINHA.

Assim que ouvi aquilo senti meu corpo estremecer, fiquei imóvel, todos me olhavam eu não sabia o que fazer.

Ele sorriu vendo que o ele tinha dito tinha me atingido e continuou:

-Parece que agora você tem um segurança, deu pra ele também? Deixou ele te foder como a putinha que você é?

Ele tinha uma cara desprezivel e cuspia as palavras como se não tivesse mais nada a perder, ele demostrava prazer em falar aquilo, em me humilhar na frente de todo mundo. Eu parado estava e parado continuei, Henrique estava incrédulo com oque ele tinha dito e apenas o deixou mais irado o fazendo querer sair dos braços de nossos amigos que o seguravam.

-Cala essa boca seu idiota. Eu vou lhe quebrar na porrada seu cuzão. Disse Henrique furioso.

-Vem, tô esperando seu merda. Desafiava Igor.

Eu sentia vergonha, me sentia estranho e todos me olhavam.

Alguns riam, outros balançavam a cabeça negativamente para mim e no fim, todos estavam me julgando sem saber, sem terem me ouvido.

Eu tentei, juro que tentei mas, não consegui e uma lágrima caiu de meus olhos, depois outra, mais uma e assim sucessivamente, sai dali correndo, queria ficar em um lugar sozinho, queria respirar um ar limpo.

Fui correndo para onde Henrique tinha me levado orando para que o lugar estivesse vazio, de longe ouvia Henrique gritando meu nome me mandando o esperar mas naquele momento não queria mais ninguem além de mim mesmo, minha vergonha e meu choro.

Porque as pessoas insistem em julgar? Porque essa banalização do sexo? Eu não sou puta porque transei. Porque essa hipocrisia idiota? E porque Igor estava fazendo isso? Quando cheguei me joguei encostando na árvore.

Henrique se aproximou logo depois e sem dizer nada me abraçou forte, tão forte que parecia querer juntar com aquele abraço todos os cacos de algo que tinha se quebrado.

Eu chorei, chorei tudo o que tinha guardado, tudo o quê estava sentindo, tudo o que tinha de ser chorado. Me afastei um pouco de seu colo e com minhas mãos sequei algumas lágrimas que ainda caiam e perguntei com a voz um pouco embargada:

-Porque vocês estavam brigando?

Ele me olhou por um segundo e logo respondeu:

-Por que aquele idiota tava falando que você era um safado, uma puta, que foi você quem ele tinha pego, e que depois você ainda queria mais com ele, mas ele te deu um fora porque ele não repete o "prato mais de uma vez". Ele disse forçando as aspas com os dedos e logo continuou: -Eu não aguentei ver ele falar aquilo de você, ver os meninos te zuando, eu não aguentei. Me desculpa.

Ele me olhava com um olhar sereno e preocupado e nem por um segundo ele tinha parado de me abraçar.

-Como eu me arrependo de ter feito isso. Como eu me arrependo senhor. Disse triste.

-Eu tô aqui não esquece. Tô do seu lado. Se acalma!

Ele disse aquilo e deu um leve beijo em meu cabelo.

-Não, eu não quero me acalmar, eu não vou me acalmar até ver Igor sentindo o mesmo que eu estou sentindo agora. Se prepare Henrique pois agora eu vou até o fim com isso.

-Pode contar comigo.

-Ótimo.

Ele me olhou mais seriamente e eu fiz o mesmo, notei seus cabelos loiros totalmente revoltos pela briga, suas bochechas estava vermelhas e tinham alguns leves arranhões. Para minha felicidade ele não tinha se machucado tanto.

-Obrigado por tudo. Disse o olhando com carinho. -Obrigado por me defender.

Ele deu um breve sorriso e me abraçou mais forte.

-Não me agradeça por isso, não fiz nada demais.

Ele beijou minha testa e depois deu um beijo calmo em minha boca.

-Fiz e faria tudo de novo se fosse preciso. Ele deu um pequeno suspiro e completou: -Eu gosto muito de você garoto especial.

Apesar de tudo, aqueles breves segundos me fizeram sorrir, dessa vez eu o abracei e com o rosto colado em seu peito confessei:

-Eu também gosto muito de você Rick.

Olhei de relance para cima e vi seu lindo sorriso, ele me olhava confiante. Dei um longo suspiro e me afastei de vez dele, precisávamos voltar para a realidade, eu precisava mostrar que aquilo não me abateria. O olhei mais sério e disse:

-Precisamos voltar pra sala, chega de ser a vítima, chega de chorar, chega disso tudo. Disse querendo dar um basta. -Eu sei bem quem eu sou e não vou deixar ninguém dizer mentiras sobre mim. Me levantei rapidamente e logo Henrique se pôs ao meu lado pegando em minha mão.

-Vamos sim, eu estarei do seu lado.

Seguimos para a sala em passos normais e quando entramos todos nos olharam, ouvia assobios, alguns meninos diziam "Caio delicia, depois vamos lá em casa fazer um trabalho também" e todos riam, e o que mais os deixaram surpresos era o fato de Henrique estar me acompanhando, olhei para ele e o mesmo nem se abalava o que me deixou mais confortável, Matheus e as meninas logo me chamaram para sentar, acho que agora só teria eles para me ajudar, assim que sentei vi Igor e ele estava com o olho avermelhado que ia intensificando, logo ficaria roxo, aquilo chegou a ser prazeroso pra mim naquele momento. Ele não contente disse alto:

-Olha gente, a safada voltou. E voltou acompanhado. Ui. Disse sarcasticamente.

Eu vi que Henrique ia partir para cima dele denovo, logo peguei em seu braço,olhei para ele e acenei negativamente. Chega de socos pensei. Num ato repentino de coragem me levantei e fui a frente da sala, me posicionei atrás da mesa dos professores e por um segundo olhei todo mundo e todos me olhavam de volta. Até então não sabia o que falaria, apenas olhei pra cima e soltei tudo o que estava em mim:

-Olha aqui seus hipocritas, eu quero deixar bem claro que eu não sou puta, nem safada, e muito menos dou o direito de vocês me julgarem sem nem terem me ouvido. Aliás, eu sou um garoto de quem eu me orgulho muito e não preciso provar isso para ninguém, pensem e diguem oque quiserem mas vocês não estão em minha pele, vocês não sabem do meu sentimento e muito menos sabem o que eu passei, se vocês se acham mesmo no direito de me julgar então pelo menos calçem os sapatos da minha vida e passem por tudo o que eu passei, caiam onde cai, se levantem como eu me levantei, chorem minhas dores e riam minhas risadas, passem pelas lutas que eu passei e saim vitoriosos como eu fiz, e depois, só depois, talvez, vocês possam me julgar, porque apontar e condenar é sempre mais fácil, rir e zombar é mais divertido mas, que atire a primeira pedra quem nunca fez besteiras na vida. Eu pelo menos tenho coragem de assumir as coisas que faço, algo que muita gente aqui não faria. Eu tenho a minha mente limpa e sem culpas e no fim, é isso que importa.

Eu olhava para todos e eles atentamente me ouviam e pareciam ter empatia, assim que olhei Igor com sua cara ainda de raiva o mirei bem e disse como se quisesse corta-lo com minhas palavras:

-E você Igor, só me provou que te chutar da minha vida foi a melhor escolha que eu fiz. Porque você não merece nem se quer respirar o ar em que eu respiro, me livrar de você, ao contrário do quê você disse, foi como tirar da minha vida um saco enorme de lixo que estava prestes a estourar e que me sujaria inteiro.

Após de ter dito tudo aquilo eu saí calmamente da frente da sala e segui até minha mesa me sentando.Todos ainda olhavam serios para mim e por hora estava um pouco aliviado mas, eu iria até o fim e me vingaria de Igor, logo após alguns minutos ja se ouvia alguns poucos cochichos mas que foram interrompidos quando o sinal tocou. Olhei pra Henrique e ele me olhava orgulhoso. Só ele para naquele momento ainda me fazer dar alguns poucos sorrisos.

-Rick, no intervalo falarei meu plano para você, ok?!

-Ok, espero ancioso. Ele me respondeu.

Continua...

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Olá leitores, está ai mais um cap. Espero que tenham gostado. Comentem e votem, e até o próximo.

Beijos,

Little Boy.

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