Me chamo Bernardo, tenho 23 anos e sou gay assumido desde os 15. 1,80 de altura, branco, cabelos pretos e lisos, olhos castanhos, pelos da mesma cor, espalhados pelas pernas. Peito e barriga depilados. Faço academia, mas sem fanatismos, o que me proporciona ter um corpo saudável, não muito definido, com um aspecto mais natural.
Sempre fui baladeiro e bem safado na cama, do tipo que curte uma troca de tapas na bunda e na cara, etc. Saí com uma infinidade de caras e tive alguns namoricos curtos ao longo da minha adolescência. Ao completar 21 anos, decidi que queria namorar sério. Modéstia à parte, surgiram vários pretendentes, mas só depois de um bom tempo conheci um cara que realmente me interessou como pessoa e, principalmente, na cama. Guilherme, 22 anos, olhos claros como Mônica, sua mãe, cabelo castanho claro, estilosinho, caindo pro lado. Ele sim malha forte, tem belos bíceps, peitoral liso, definido, mamilos deliciosos, coxas torneadas e uma bunda, mas uma bunda... grande, bonita, redonda e durinha. Enfim, ele é uma delícia!
Foi tesão à primeira vista quando nos conhecemos, o que aconteceu num barzinho LGBT da minha cidade, no qual sempre vou com meus amigos. O Guilherme tem um olhar penetrante, usa um brinquinho na orelha direita que, somados ao belo corpo, chamam a atenção por onde passa. Nos pegamos ali no bar e, sem mais delongas, ele me chamou para ir à casa dele. Perguntei se a família dele não se importaria e Guilherme disse que seus pais tinham a cabeça aberta. Como na minha casa, felizmente, é parecido, achei natural e topei de cara. Tivemos uma primeira noite de sexo muito bem feito, na qual fui somente ativo. Nosso entrosamento foi imediato. E estamos juntos até hoje.
Apesar de não ser assumido no trabalho (Guilherme é personal trainer, e considera seu trabalho e seu chefe ogros demais para isso), nem em redes sociais, toda a família do meu namorado soube da minha existência de primeira e me acolheram como a um filho. Logo, estávamos namorando, ele frequentando minha casa e eu a dele.
Claro que, para um cara puto como eu, não foi fácil acostumar com a vida de namoro. Menos baladas, mais responsabilidades e nada de variedade na minha cama. Sempre levei meu relacionamento com o Guilherme muito a sério e jamais o trairia. Para dar uma aliviada, o jeito era ver pornô na internet e falar de putaria em toda e qualquer oportunidade com meu melhor amigo do trabalho, o Diego, que é uma “bicha louquíssima”, como eu e nossos outros amigos costumamos nos referir a ele. Nós trabalhamos na área de T.I. e, sempre que ficamos sem ter o que fazer na empresa, trocamos fotos de macho, confidências e afins via aplicativos. E se não fosse por ele, talvez eu nunca tivesse vivendo a loucura que vou relatar a vocês.
Quando completei 22 anos, meus pais fizeram um churrasco, para o qual pude chamar amigos e a família do Guilherme. Foi bem gostosa a comemoração. O Diego bebeu umas, me chamou num canto um momento e começou a cochichar no meu ouvido:
- Migo, que delícia de macho é aquele ali?
Olhei para a direção que ele me apontava (não tão) discretamente e comecei a rir. Respondi:
- Cara, é o pai do Guilherme! Ele se chama César.
- Que homem! Um paizão saudável pra ninguém botar defeito, hein?
Eu também tinha tomado umas, e então comecei a observar meu sogro com mais atenção... Não que eu já não tivesse reparado no quanto ele era bonito. Inclusive foi o César quem incentivou o Guilherme a malhar desde cedo, o que resultou no corpão que ele tem agora. Mas digamos que, naquele momento, o Diego foi como diabinho falando no meu ouvido esquerdo.
- É... – falei - Até que ele dá um caldo.
- Um caldo? Esse homem dá o prato principal! Já entendi quem o Gui puxou no quesito gostosura.
Notei que César tinha mesmo seus atributos. Alto, branco, loiro grisalho e dono de bíceps não muito volumosos, mas atraentes, e antebraços compridos e veiudos. As mãos imensas, com dedos bem interessantes. Proprietário de uma loja de móveis rústicos, sempre acorda cedinho para ajudar a descarregar mais e mais mercadorias pesadas, e isso, além da academia que frequenta todos dias, junto ao Guilherme, lhe ajuda a manter o corpo saudável. Seu peitoral amplo, naquele instante, me pareceu tão evidente, dentro de sua camisa polo azul piscina. Seu cabelo, liso, curto e espetado, o rosto harmonioso, barba feita, sorriso simpático e olhos escuros nunca me pareceram tão charmosos. As coxas estavam agarradas na calça jeans e, como foi bem observado pelo Diego, o volume que ele tinha no meio delas, parecia bem generoso, pelo menos de longe. Quando fiquei sóbrio, ao final do churras, fiquei pensando: “Cara, que absurdo! Eu secando o pai do meu namorado, com meu amigo pervertido junto.” Ri sozinho e acabei esquecendo disso por um tempo.
Apesar de gostar cada vez mais do Guilherme e reconhecer que ele era muito bom de cama, com uns 6 meses de namoro, comecei a ter uma vontade absurda de fazer sexo com outros caras. Eu me sentia culpado! Eu devia ser sincero e me abrir com ele, mas não tinha coragem. Mal sabia eu que ele escondia algo muito maior, porém não nos adiantemos na história.
Sedento por sacanagem, comecei a frequentar uma sauna. Nunca fazia nada com ninguém, apesar de ter tido oportunidades, porém presenciava e apreciava a putaria alheia. Vários caras que, sem pudor algum, se pegavam, se chupavam e, praticamente, se comiam na frente dos demais. Pareciam sentir mais prazer ao saber que eram observados!
O mais louco é que essa vontade de, pelo menos, ver as pessoas transando, surgia em momentos muito inesperados, tipo, depois do horário de almoço do meu trabalho, ou depois do expediente, quando, habitualmente, eu encontrava com o Gui. O Diego se divertia com a minha desgraça:
- Ai, por isso que eu não namoro! Trepo com quantos quiser e quando quiser.
- Cara, comigo também era assim, mas eu gosto do Guilherme, curto muito namorar com ele.
- Por que você não propõe um namoro aberto ou ménage, então?
- Não sei se ele toparia.
- Aff!
Justo numa segunda-feira, o Guilherme tinha me dito que faria hora extra e que não nos veríamos, então foi mais uma oportunidade perfeita para ficar com um tesão insano em desconhecidos.
17h48 em ponto bati o meu cartão. Fui ao shopping mais próximo do meu trabalho, incentivado pelo Diego. Ele afirmou que ali os banheiros pegavam fogo a partir das 18h30, e que eu podia ao menos trocar um olhar com vários caras, principalmente tiozões, mesmo que não fizesse nada.
Após uns 15 minutos rondando o banheiro do piso térreo que, segundo meu amigo depravado era o que mais bombava, olho para uma das entradas do shopping e levo um belo susto: vejo o César, pai do meu namorado, surgindo no recinto. Fiquei desconsertado. Não sabia se fugia ou se o cumprimentava, correndo o risco dele grudar em mim – não no sentido que estão imaginando. Ele veio caminhando tranquilamente em minha direção e eu estático. Estávamos já muito próximos quando ele notou minha presença e me cumprimentou, parecendo estar um pouco surpreso:
- E aí, Bernardo? Passeando um pouco?
- Eh... Na verdade não! Só vim ao banco sacar uma grana e estou indo lá pra casa!
- Ah sim! Hoje você e o Gui não vão se ver?
Ele pareceu um pouco desconfiado perguntando isso. Tentei agir o mais naturalmente possível:
- Não, não. Ele vai fazer hora extra né?
- Ah... É verdade. Ele e os horários loucos da academia. – respondeu meu sogro, parecendo mais tranquilo.
- E você? – resolvi retribuir a curiosidade.
- Ah eu só vim visitar um fornecedor agora no final do expediente e passei aqui para ir ao banheiro. Depois vou para minha casa também.
- Ah sim. Então beleza! Amanhã vou lá.
- Ótimo! Te esperamos.
Nos despedimos cordialmente e, quando ele se afastou, respirei aliviado. César se dirigiu ao banheiro conforme havia dito e eu fiquei ali parado, por mais alguns minutos, olhando em direção a porta do banheiro.
Quando passou meu nervosismo e, aliás, meu tesão também, percebi o quanto meu sogro estava demorando. Olhei para o meu celular e tentei calcular aproximadamente quanto tempo fazia que ele tinha entrado e... “Será que ele também curte sacanagem entre machos?”, me perguntei, em pensamento. Resolvi dar uma volta, fingindo interesse pelas lojas próximas, mas sem tirar os olhos do banheiro. E 20 minutos se passaram sem ele sair dali! “Mas é claro que curte, Bernardo!”, concluí, estupefato. A não ser que meu sogro tivesse com uma dor de barriga daquelas, não havia outra razão para demorar tanto num banheiro de shopping, que não fosse a caça por putaria. “Talvez ele curta receber boquetes de estranhos”, foi uma das hipóteses que imaginei. Ainda não entrava na minha cabeça a possibilidade de César, aquele pai de família dedicado, ser gay enrustido.
Quis mandar mensagem para o Diego na hora relatando que, o homem por quem ele ficou molhadinho no meu niver curtia um banheirão, mas me segurei. Eu precisava antes presenciar o que aquele macho gostoso de meia idade ia aprontar ali. Confesso que estava de pau duro imaginando o que poderia ser.
Resolvi entrar no banheiro. Conforme eu ia me aproximando, começava a sentir arrepios e a notar no como havia pouca gente por ali. Era segunda-feira, não era o principal shopping da cidade e tudo conspirava a favor de quem buscava uma sacanagem em banheirão. E César, o pai do meu namorado, parecia estar bem consciente disso, não é mesmo? Bizarro.
Vi um menino com cara de nerd saindo do banheiro, usando fone e ouvindo rock alternativo no último volume. “Esse não deve ter nem notado nada, se é que tem algo rolando mesmo”. Quando entrei no local, constatei o que imaginava: vazio. Estava mais ou menos limpo e não se ouvia nada. Das cabines com privadas, havia apenas uma porta fechada. “Meu sogro está aí”, concluí.
Caminhei até a cabine ao lado e entrei, fechando a porta rapidamente. Respirei fundo e tentei fazer o máximo de silêncio que pude, tentando escutar o que estava acontecendo ali. Num primeiro momento, não ouvi nada e me senti um idiota neurótico. Porém, um minuto depois (não tirei os olhos do relógio do celular), ouvi um gemido... e depois outro. Eram os típicos gemidos de alguém se afogando em pica.
Fiquei num misto de êxtase e choque. Ao mesmo tempo que sentia inveja do sortudo que estava engolindo a pica do meu sogro, estava passado em confirmar que ele curtia mesmo putaria com outro cara. “Mas e se for um engano? E se o César saiu do banheiro e eu não vi?”, tentei inventar para mim mesmo. No entanto, o que ouvi na sequência, matou qualquer dúvida:
- Engole!
E era a voz do pai do meu namorado. Meu pinto queria pular pra fora da calça e eu facilitei o serviço, abaixando minhas roupas, enquanto ouvia outras frases curtas do gênero:
- Engole! / Isso... / Delícia! / Engole, filho da puta!
César dizia isso num tom de voz baixo, como se estivesse sedento por putaria. A punheta que eu toquei ouvindo aquilo foi insana e silenciosa, pois por nada no mundo eu queria ser descoberto. O Bernardo atônito deu lugar somente ao Bernardo pervertido, que desejava pagar um boquete para o próprio sogro!
- Engole até a raiz, viadinho!
Era o que dizia César, enquanto eu me imaginava no lugar do viadinho a quem ele se dirigia, que por sua vez, gemia grosso, parecendo estar engasgado e louco de desejo. Cheguei a lamber meus lábios, imaginando o gosto da pica, tamanho o meu desejo. Por um momento, os gemidos do cara que estava pagando o boquete me pareceram familiares. “Agora eu já estou viajando demais”, pensei.
Gozei fartamente, antes do meu sogro, mordendo os lábios, evitando fazer qualquer tipo de ruído. Quando voltei a mim, pensei no tamanho da loucura que eu estava cometendo! O choque, agora misturado com um sentimento de culpa em desejar o pai depravado do meu namorado, tomou conta de mim. Me limpei rapidamente, ergui minha calça, saí da cabine e fui até o lavatório do lugar. Com as mãos ainda molhadas, arranquei um bom pedaço de papel-toalha da máquina e saí dali, me secando. Olhei para trás, um pouco assustado, com medo que meu sogro saísse tão rápido quanto eu. Parte de mim queria ir embora logo, tanto para não ser descoberto, como numa vã tentativa de fugir daquela realidade insana. Mas parte de mim queria ficar por ali, ver como seria a saída do César do local e, principalmente, ver como era o cara que tinha chupado ele. Essa parte venceu, logicamente.
Para minha sorte, havia um café por ali. Me sentei, ainda mirando obcessivamente em direção ao banheiro, e pedi um cardápio, que por sinal era gigante, e perfeito para esconder minha cara, caso o meu sogro também olhasse para mim. Alguns minutos se passaram e nada. Pedi um expresso e solicitei gentilmente que não levassem o cardápio, caso eu quisesse pedir outra coisa depois. Bela desculpa. Mais alguns minutos e nada de sair ninguém do banheiro. “Será que o boquete virou meteção? Caramba! Se sim, o César é muito corajoso em transar com um desconhecido de banheiro”, pensei.
O lugar estava vazio, então logo o garçom apareceu, com meu expresso numa bandeja. Nisso, finalmente alguém saiu do banheiro. Meus olhos congelaram ao ver aquilo... Eu ouvia vários ruídos, o garçom dizendo algo que eu não entendia, mas minha atenção, era só para aquela cena. A pessoa que saiu do banheiro, enrolou um pouquinho, arrumou o cabelo e, em seguida, olhou sorridente para a porta, era Guilherme, o meu namorado. Depois, meu sogro saiu também, muito alegre, como se nada tivesse acontecido. Ambos seguiram caminhando, em direção à portaria do shopping, como pai e filho felizes.
Sim, a cena que eu tinha acabado de escutar e para qual havia tocado punheta igual um adolescente, tinha sido um boquete entre o meu namorado e o pai dele.
CONTINUA...