2ª TEMP – AOS PÉS DE CAIO – CAP. 04: MEU RECOMEÇO

Um conto erótico de Carlos Ferx
Categoria: Homossexual
Contém 1054 palavras
Data: 16/11/2017 23:16:02

Confesso que não foi fácil superar o fim do meu relacionamento Caio, se é que posso chamar de relacionamento. Todos os dias, alguma coisa me fazia lembrar. Mas aos pontos, a rotina foi preenchendo minha vida. Voltei a freqüentar o escritório diariamente, voltei a me concentrar nas minhas turmas da faculdade e aos pontos, as dores da partida se tornaram doces lembranças, de coisas que aprendi e que descobri.

As vezes conversava com Cláudio, perguntava como Caio estava. Numa dessas conversas, descobri que estava bem na Austrália e que, desde sua partida, nunca mais tiveram nada.

Caio agora estava namorando um rapaz da sua idade. Por certo fazia com ele coisas parecida com aquelas que fizera comigo em um passado remoto. Estava bem, estava feliz e trabalhando.

Eu não vou mentir. Foi muito bom voltar a dormir na minha cama, não ter horário para chegar em casa e não ter que dar satisfação da minha vida, aquela situação toda me deixou muito confortável. Eu era eu outra vez.

Guardei todas as coisas que Caio me fez usar em um quarto dos fundos. A gaiola, as cordas, a coleira, as roupas de couro e os saltos altos. Junto com as calcinhas e todo o resto. Tudo em caixa, devidamente empacotado.

Cortei meus cabelos, voltei para a academia e me arrisquei em um novo curso de especialização, minha cabeça e minha vida estavam ocupadas novamente, também refiz minha vida.

Depois daquela carta que recebi de Marcio, nunca mais tive notícias dele também, ele não me escreveu mais, nem me procurou. Ainda faltava algum tempo para que ele saísse de penitenciária, então, pelo menor por hora, eu estava seguro.

Esse tempo sozinho me fez refletir sobre meus hábitos e sobre as coisas que gostava, saí com alguns caras, mas nada que se compare ao que havia vivido, sequer tocava nesses assuntos com eles.

Mas alguma coisa ainda me faltava, não achava graça nos caras fofos e românticos que encontrei, precisava de uma vida mais agitada. Precisava de um dono.

Dia desses, enquanto chegava no prédio em que ficava meu escritório, encontrei Henrique, um antigo colega de trabalho, talvez seja minha carência, mas nunca tinha reparado em como Henrique estava bonito... ele era alguns anos mais velho que eu, então, alguns pelos grisalhos já enfeitavam seu rosto, seu olhar era firme, e sue corpo alto ganhava um contorno especial pelas horas dedicadas à academia.

Henrique tinha se divorciado à pouco tempo, largado mulher e filhos após a descoberta de uma traição por sua parte, sempre teve um lado voltado para a galinhagem. Também pudera, um deus parrudo, um urso de causar inveja.

Entramos juntos no elevador. Henrique estava abrindo seu escritório no mesmo prédio que o meu, não chegava a ser um concorrente, ele era da área criminal, eu era da parte contratual. Sempre fomos grandes amigos com ideais diferentes.

__ Quanto tempo que eu não te vejo Carlos, como anda sua vida?

__ Ta tudo certo Henrique, corrida como sempre. Cheio de coisas para fazer e poucas horas livres no dia. E a sua?

__ Eu me divorciei tem pouco tempo,fui pego com a boca na botija. Minha mulher foi embora e levou as crianças.

__ Poxa cara, que merda. Eu também saí de um relacionamento tem pouco tempo.

__ Você tava casado também?

__ Digamos que sim. Era um rolo bem complicado.

__ Ah sim, você e seus rolos complicados. Toda vida assim né? Ainda não achou o cara certo?

__ Achei que tinha achado, mas foi bom enquanto durou. Agora é bola pra frente.

__ Vamos sair tomar uma cerveja no final da tarde, estou louco pra conversar com alguém, ando muito sozinho desde que Silvia foi embora, mudar pra cá foi uma forma de evitar a solidão, tenho vários amigos aqui.

__ Ahh.. É.... Vamos sim... Tem um bar legal aqui perto, ou podemos ir pra sua casa... ou pra minha.... enfim, você que escolhe.

__ Você sempre o mesmo né Carlos, não consegue decidir as coisa (risos).

__ É, algumas coisas não mudam nunca.

__ Não. Falei todo sem graça.

O dia seguiu na correria de sempre. Porém, aquela conversa de elevador mexeu comigo. Como o Henrique estava bonito. Meu deus! Que homem é aquele. Mas enfim... meus pensamentos foram se desanuviando, com a perspectiva de que ele era apenas um amigo de muito tempo, eu estava fantasiando e era melhor parar.

Fomos tomar nosso cerveja. A conversa fluiu normalmente. Henrique me contou de seus filhos, de suas aventuras amorosas, de como as coisas ficaram complicadas quando sua esposa saiu de casa e de como estava a vida de volta à cidade pequena. Conversamos por horas.

Ele perguntou sobre meu último relacionamento, não poderia falar que havia me tornado escravo de um cara, não saberia como ele lidaria com isso, apenas me limitei a falar que participei de um relacionamento abusivo, autoritário e que as coisas saíram um pouco do controle.

Tempos depois, conversa vai, conversa vem. Deu nossa hora. Fechamos o bar. Saímos de lá, cada um no seu carro, cada um pra sua casa. Fui tomar um banho e os pensamentos foram involuntários, me imaginei servindo Henrique assim como servia Caio.

Nos meus pensamentos, Henrique chegava em casa depois de um dia de trabalho, eu de joelhos ao lado do sofá tirava seus sapatos sociais, cheirava seus pés de meia, e, antes de retirá-las beijava e lambia cada pedaço daquele pé grande e largo.

Lhe servia uma bebida, ele acendia um charuto e ordenava que a massagem começasse. Retirava suas meias, massageava os pés daquele homem másculo e forte, beijando, chupando os dedos, lambendo entre cada dedo e me empenhando para fazer com que meu senhor relaxasse.

Já sem camisa, com a calça aberta, caio de boca naquele mastro grande e grosso. Minha boca e garganta invadidas pelo pau do meu novo dono, que me fodia sem dó. Ofegante, enche minha bica de porra, me da um tapa na cara e me faz agradecer.

“Obrigado senhor” Digo enquanto beijo seus pés. Em um gozo farto, sujo as paredes do banheiro. Era hora de dormir, o dia de amanhã seria longo, e eu precisava seguir em minha nova vida. Sem Caio. Sem Henrique. Sem Dono.

E agora? Quem vai ser o novo dono do Carlos? Quero ver a opinião de vocês.

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Comentários

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Sou alucinado nesse conto, parabéns, é excelente!

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Não gostei da ideia do Henrique. Queria ele sendo escravo de um novinho de novo, rs

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Henrique parece uma boa, e deve ser cruel e safado.

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