AMADO POR MEU MACHO TRABALHADOR

Um conto erótico de Beedle, the bard
Categoria: Homossexual
Contém 7407 palavras
Data: 22/11/2017 00:22:25

AMADO POR MEU MACHO TRABALHADOR

A biblioteca estava silenciosa, eu folheava o livro esperando por ele. José entrou fazendo barulho, carregando um saco enorme nos braços, além da mochila nas costas. Procurou por mim e quando me viu abriu um sorriso e veio andando rápido na minha direção. Eu fiz sinal para ele não fazer barulho e ele fez aquela cara de menino grande quando faz bobagem, que me deixou todo derretido. Sorri de volta pra ele, tentando não deixar minha paixonite muito na cara.

— Oi, Alisson, eu trouxe isso aqui pra você — disse ele colocando o saco em cima da mesa. José morava num sítio na zona rural do município e geralmente trazia frutas, verduras, raízes e tubérculos de presente pra mim, já que eu o ajudava com os estudos. Ele tinha muita dificuldade com as matérias da escola, estava alguns anos atrasado e era mais velho do que a média da turma. Foi um professor de química que sugeriu a ele que pedisse a minha ajuda. Apesar de todos os professores gostarem muito de José não tinham como ajudar demais ele e, apesar dele estar um ano à minha frente, eu era o melhor aluno da escola e costumava estudar os assuntos adiantados. Então, toda semana nos encontrávamos na biblioteca e foi assim que ele tinha conseguido passar de ano.

José era um excelente rapaz, todos gostavam dele e ele sempre estava disposto a ajudar quem precisava. Era o mais forte da escola, devido ao trabalho da roça que fazia com sua família. Também era bem alto e eu o achava extremamente bonito. Era apaixonado por ele desde que entrei naquela escola. Isso fazia com que eu me empenhasse bastante em ajudar ele, mais do que o normal. Eu ficava horas na biblioteca estudando o assunto dele para depois poder ensiná-lo. A tarefa não era nada fácil, José tinha dificuldade com o básico e quase não compreendia as manobras matemáticas para responder as questões e esquecia rapidamente os fatos históricos que se interligavam. Mas ele era esforçado e persistente. Ninguém podia dizer que ele não tinha tentado.

Eu ficava mais e mais apaixonado cada vez que José passava a mão nos meus cabelos ou quando encostava seu braço no meu ou quando dizia coisas como “você é o melhor! O que eu faria se não tivesse você?”. Mas os melhores momentos eram aqueles em que ele ficava feliz por ter respondido corretamente alguma conta simples e me abraçava em celebração.

— Você sabe que não precisava, né? Mas obrigado, mesmo assim — agradeci envergonhado, olhando o que tinha dentro do saco: dessa vez eram batatas, cenouras e inhames. Estávamos no fim do ano, José tinha recebido o resultado final dele no dia anterior e estávamos ali para a festa de final de ano. Eu só tinha ido por insistência dele, que estava feliz demais por ter conseguido passar de ano e queria comemorar comigo. Quando descobriu que tinha sido aprovado ele veio correndo gritando o meu nome e me deu um abraço gigantesco, bem apertado. Acho até que ele cheirou o meu cabelo, mas não tenho certeza, talvez tenha apenas imaginado isso.

— A gente pode dar uma volta no parquinho? Acho que a festa ainda vai demorar um pouco a começar — sugeriu ele e eu aceitei. Eu parecia ainda menor ao seu lado, uma vez que José era todo grandão, mesmo eu não sendo muito magro, nem muito baixinho.

O parquinho ficava pertinho da escola. Tinha uma praça com vários bancos e brinquedos para as crianças e tinha também uma área verde um pouco fechada, com árvores grandes. José estava animado e andava rápido. Passamos pela praça e pelos brinquedos, onde eu achava que sentaríamos, mas ele continuou em direção às árvores e eu o acompanhei.

— Antes eu me me odiava por ser meio burro, não conseguir acompanhar as aulas, sempre tirar nota baixa e tal — começou a falar. Eu permaneci em silêncio, ele não olhava pra mim, ficava arrancando galhos das árvores e brincando com eles — Mas agora eu acho que ser meio burro foi a melhor coisa que me aconteceu. Por que eu ganhei você.

José olhou pra mim e eu sorri. Ele estava sério, parecia até meio nervoso.

— Eu não sei explicar muito bem, não sou bom de falar essas coisas, mas eu sinto muitas coisas, Alisson. Coisas que me deixam confuso, coisas que eu acho que eu não deveria sentir, não sei…

— Se o sentimento for bom, não há motivo para que você deva não sentí-los…

— É, eu sei. Eu só não sei falar bem igual a você…

— Fala do teu jeito então, você tem que ser você, somente.

— É que, de uns tempos pra cá, eu venho sentindo coisas, sabe, coisas… por você...

Meu coração acelerou. Aquilo era real? Ou minha mente estava me enganando? Eu escutara bem ou apenas delirava?

— Você sabe a Camila, aquela menina do 2ºB? Eu gostava dela e sonhava com ela, mas agora… agora eu penso somente em você, e também tenho sonhado muito contigo. — José ficou extremamente vermelho.

Minha respiração foi ficando pesada, meus olhos arregalaram e minhas pernas tremiam.

— José, isso que você está me dizendo, é sério? — questionei com a voz trêmula.

— Sim, é muito sério. Você não sai da minha cabeça. Quando eu vou dormir eu penso em você e quero chegar na escola pra te ver. Quando a gente estuda junto eu percebo como você me olha e eu sempre quero te… — ele apertou os dentes e respirou fundo. Eu fiquei envergonhado e baixei a cabeça, mas José deu um passo a frente e segurou o meu queixo, fazendo-me olhar para ele: — Eu tô louco por ti, Alisson.

José me beijou, dando um bonito início a nossa história.

***

O ano seguinte foi o último de José na escola e não foi nada fácil. Continuamos a estudar juntos, mas agora era mais difícil nos concentrarmos. Na verdade eu conseguia me concentrar bem, mas José não. Ele olhava para minha boca e dizia safadezas no meu ouvido. Eu o repreendia, mas não conseguia resistir por muito tempo e ele me arrastava para o parque para nos beijarmos.

Desde aquele primeiro beijo começamos um namoro, que precisava ser escondido. José trazia presentes da roça para mim quase semanalmente e meu pai começou a implicar com isso. Ele dizia não ver motivo para que ele me presentear daquela forma, mesmo eu argumentando que eu o ensinava e esta era a maneira que ele encontrava de me recompensar. Então ele começou a reclamar do fato de eu me dedicar a ajudar José, mas eu logo o convenci de que eu me beneficiava muito, uma vez que ensinando estava aprendendo ainda mais a matéria.

Era muito difícil eu e José termos tempo e lugar para namorar. Meus pais controlavam demais minhas saídas e o parque perto da escola nem sempre estava vazio. Além disso, José queria mais do que apenas beijos e dizia estar cada vez mais difícil aguentar.

— Eu vou ter que bater outra punheta pensando em você, quando eu chegar em casa — disse ele no pé do meu ouvido um dia quando estávamos na biblioteca. Eu fiquei vermelho e olhei em volta, com medo de alguém ter escutado.

— Shhhhhhh. Não fala isso aqui, José — sussurei, tentando reprimir um sorriso de orgulho.

— Pô, Alisson, tô louco pra te comer, não vejo a hora…

A oportunidade chegou pra gente quando a escola promoveu uma viagem para o litoral de outro estado e por eu ter tido as melhores notas do primeiro semestre eu ganhei a viagem de graça. Apenas por isso os meus pais permitiram que eu fosse, mas ainda tive que passar uma semana convencendo-os. Eu fiquei super animado, pois passaríamos uma semana na praia e descobri que os quartos seriam compartilhados por duas pessoas, o que seria perfeito pra mim e José. Pra minha decepção, José não pareceu tão entusiasmado.

— Alisson, você ganhou a viagem, foi muito merecido, mas você já viu o preço? Eu acho que não vou ter o dinheiro pra fazer essa viagem, não — disse ele triste.

— Eu tenho um dinheiro que venho guardando em…

— Não! Nada disso! Eu sei que esse dinheiro que você guarda é para os seus estudos, não vai gastar comigo não!

— Mas José…

— Eu vou tentar dar um jeito, ok? Vou tentar arrumar alguns serviços nos sítios lá perto de casa, eu faço alguma coisa pra ganhar o dinheiro.

Mas no fim, o tempo foi curto e o dinheiro que o José conseguiu com os trabalhos pesados que fez não foram nem de longe suficientes. Eu viajei sozinho e dividi o quarto com um moleque chato. Não aproveitei a viagem como deveria, fiquei o tempo inteiro pensando no meu namorado que não pôde ir comigo.

Mesmo não conseguindo juntar o dinheiro necessário, depois da minha viagem o José continuou fazendo os bicos e juntando o dinheiro que ganhava. Quando perguntei a ele pra quê ele juntava, disse que era segredo e eu não insisti. Perto do final do ano ele começou a trabalhar de ajudante de pedreiro maneira fixa com um tio e os nossos encontros para estudar diminuíram. Não fiquei muito feliz com isso, mas ele me tranquilizou.

— Eu já estou quase me formando e é bom que eu tenha começado a trabalhar agora. Ano que vem meu pai disse que vou começar a plantar e vender por conta própria e em breve ele vai me dar um pedaço do sítio. Estou me esforçando. Você tem um futuro brilhante, vai estudar e tal. Eu quero merecer você.

— Você já me merece, eu já sou seu. E o futuro brilhante eu quero ter com você comigo.

José abriu aquele sorriso bobo e me beijou com sofreguidão.

— Minha vontade é de te arrancar a roupa e te comer aqui mesmo, agora — disse ele, com a testa encostada na minha.

— A gente tem que resolver isso logo, né…

Eu estava jantando com meus pais em casa, algumas semanas depois, e minha mãe contava alguma história sobre uma vizinha, mas eu não estava realmente prestando atenção. Estava relembrando o momento mais cedo quando me encontrei com o José no banheiro e fiz um boquete rápido nele. Sentir o pau dele na minha boca era uma das melhores sensações e vê-lo gemer baixinho, apertando os olhos e mordendo os lábios e depois elogiando minha chupada era algo que me deixava excitadíssimo. Voltei à sala de jantar com minha mãe chamando a minha atenção.

— Filho, você vai querer ir para o retiro esse ano?

Meus pais participavam de um retiro da igreja todos os anos e já fazia uns dois anos que eu não os acompanhava. Tratei logo de mais uma vez negar.

— Não, mãe. Minhas provas estão chegando, quero me dedicar mais a estudar.

— Agora que não está mais perdendo tempo com aquele rapaz, é bom que se dedique a estudar mesmo — disse meu pai, com a eterna implicância dele com José.

— Então eu vou falar com a tia Verinha, pra você ficar com ela — minha mãe sempre me deixava com essa tia dela quando precisava.

— Não tem necessidade, mãe — protestei. Já tinha planos em mente para ficar sozinho em casa e finalmente ter a primeira vez com o José. Me surpreendi quando meu pai me apoiou:

— Verdade, Alisson já está um homem. Não vamos incomodar a sua tia Vera, que já está velha.

— Ah, eu não sei não… — ela me olhou com desconfiança, coisa de mãe que não quer aceitar que o filho cresceu. — E como você vai se alimentar?

— Mãe, eu sei muito bem me virar. Eu pego quentinha na dona Rita.

No final do jantar minha mãe tinha aceitado e já fazia mil recomendações. Antes de dormir eu liguei para José para dar a notícia a ele. Sempre que nos falávamos por telefone eu ligava o som no meu quarto e falava baixinho com ele, com medo de ser ouvido.

— Melhor notícia do ano! — comemorou ele.

— Não vai ter problema pra dormir aqui? — questionei, mesmo sabendo que os pais dele não eram como os meus.

— Não, não mesmo. Tô felizão. Não vejo a hora. Vou te fuder tanto...

— Calma, ainda faltam duas semanas.

— Vou ficar essas duas semanas sem bater punheta, pra gozar bem muito pra tu.

As duas semanas se arrastaram preguiçosamente. Mal vi o José, que trabalhou todas as tardes. A sexta feira da viagem dos meus pais amanheceu nublada e uma chuva torrencial começou a cair a partir do meio dia. Fiquei com medo que eles fossem desistir, mas quando cheguei em casa dei de cara com meu pai colocando umas malas pequenas no carro, e saíram pouco depois.

José chegou na minha casa por volta das 18h30, estava com uma pequena mochila nas costas, de banho tomado, todo cheiroso. Assim que fechei a porta, José me puxou para si, me beijando.

— Já estava achando que esse dia nunca ia chegar — disse beijando o meu pescoço e apalpando a minha bunda.

— Vem, vamos pro meu quarto.

Subimos as escadas com pressa. Meu coração estava a mil. A minha experiência sexual se resumia a punhetas e aos boquetes que havia pago para o José, nada além disso. Aquela seria minha absoluta primeira transa anal e eu tinha me preparado como havia lido, mas estava nervoso.

José tirou a camisa assim que entrou no quarto e eu fiz o mesmo. Ele tinha o peito peludo, além do corpo desenvolvido. Beijei o seu peitoral enquanto ele puxava para baixo minha bermuda junto com a minha cueca. Minha bunda ficou à mostra e José encheu a mão com ela. Passou o dedo no meu cu virgem e estapeou a minha bunda.

— Caralho! Tô doido pra meter minha rola nesse cuzinho — disse beijando e alisando o meu corpo inteiro.

— Deixa eu te chupar, José — pedi com vergonha.

— Agora mesmo. Eu amo a tua boca, tu sabe né?

Ele abaixou a calça e seu pau duro saltou da cueca. Era uma rola grande, em comparação com a minha, que enchia minhas mãos. Era reta, rodeada de pentelhos fartos. Abocanhei-a e comecei a sugar com força. Ele segurou a minha cabeça, fazendo carinho em mim. Eu lambia da cabeça até a base, chupava suas bolas e voltava à cabeça, deixando ela na boca e passando a minha língua em volta. José olhava pra mim apertando os olhos e lambia os lábios entre gemidos. Tirava o seu pau da minha boca e batia com a rola na minha cara, depois voltava com ela para dentro e começava a meter, me liberando em seguida para continuar me divertindo com o seu caralho.

— Pára, senão eu gozo — pediu ele, depois de longos minutos de boquete. — Fica aqui de quatro e empina essa bunda pra mim.

Eu fiz o que ele disse com medo, achando que ele já iria meter em mim, mas quando suas mãos abriram minha bunda eu senti sua língua tocar meu buraquinho. Um arrepio percorreu todo o meu corpo, uma sensação incrível que jamais havia experimentado. Gemi de prazer, o que o agradou.

— Ai, José, que gostoso.

Eu tinha sonhado com uma primeira vez calma e romântica, mas a realidade estava sendo diferente. José não era homem de certos romantismos. Além disso, éramos ambos inexperientes, ele um pouco menos, e estávamos com muito tesão. Mesmo não sendo como imaginava, eu estava adorando aquilo tudo, ainda mais por ser com o meu José. Ele lambia meu cuzinho, mordia minha bunda, passava a sua barba, se deliciava com aquela parte do meu corpo. Começou a me dedar com cuidado e carinho, me preparando para o que vinha a seguir. Colocava o dedo na minha boca para eu enchê-lo de saliva e então enfiava-o em mim devagar.

— Fica assim de quatro e relaxa, tá? Eu vou meter a pica agora — disse ele no meu ouvido, me enchendo de beijos.

Eu senti uma dor profunda quando ele começou a enfiar seu pau grosso em mim. Quase gritei, mas José tentava me acalmar. Quis fugir e ele me segurou. Jurou que a dor passaria e não parou de enfiar. Ele beijava minhas coisas e massageava meu quadril, me dizendo palavras carinhosas. Fui aguentando cada centímetro, com os seus incentivos.

— Entrou tudinho — anunciou ele.

José então iniciou um vai e vem lento e ritmado, gemendo no meu ouvido. A dor continuava, embora menos intensa, mas eu a suportei. Sentir o prazer do meu namorado e saber que era eu quem proporcionava aquilo fez eu ir me soltando e deixar a dor de lado. José pôs as mãos sobre as minhas e eu as beijei com afeto.

— Te amo, Alisson, te amo tanto — eu quase chorei quando ouvi ele dizer aquilo. Foi tão inesperado, tão espontâneo e tão sincero.

— Eu te amo José, com todo o meu coração — respondi e ele tirou o pau de dentro de mim de uma vez, virou-me de frente pra ele com um movimento rápido e tomou a minha boca com a sua. Eu deitei na cama, de barriga para cima e ele voltou a meter em mim. Eu estava com as pernas apoiadas em seus ombros, minhas mãos seguravam os seus braços que, flexionados, pareciam ainda mais cheios de músculos. A dor já não incomodava e metidas de José me causavam uma sensação de preenchimento, de que nós completávamos um ao outro.

Ele metia cada vez mais fundo, chocando o seu corpo contra o meu e fazendo a cama balançar. Em certo momento ele meteu tão fundo que eu cravei as minhas unhas em seus bíceps, machucando-o. Então ele me beijou e me beijou e me beijou. Ficou parado me beijando, em tirar a rola de dentro de mim. Quando o fez, ele deitou atrás de mim, encaixando novamente seu pau no meu cu e bombou lentamente, abraçado a mim. Aquele foi o melhor momento, em que senti mais protegido, mais dele. Eu conseguia virar a cabeça e beijá-lo, ele passava a mão no meu corpo e acariciava meu pau, que estava duro. Levantou a minha perna e meteu com força novamente, feroz e carinho ao mesmo tempo, como ele conseguia ser.

José gozou em mim pouco depois, com gemidos guturais e mordendo o meu ombro. Descansei a cabeça no seu abraço e suspirei fundo, cansado.

— Ei, você ainda não gozou — disse ele, mexendo-se e de repente abocanhou meu pau, me surpreendendo mais uma vez. Eu gozei em pouco tempo e José me beijou.

— Eu quero ficar dentro de você pra sempre — e lá fomos nós de novo, dois jovens cheios de energia, transar loucamente a noite inteira.

***

O meu último ano de escola foi difícil de aguentar. Primeiro por que José não estava mais lá e, além disso, estava trabalhando muito. Ele fazia serviços de pedreiro, agora sozinho, sem o tio. Ele havia aprendido rápido e o tio passava pra ele os serviços que apareciam e ele não podia assumir. Era uma parceria entre os dois e José tinha um ajudante. Além disso ele também plantava e todas as manhãs ele fazia entrega dos seus produtos para as pequenas vendas da região. Mal nos víamos durante a semana e alguns finais de semana eu não conseguia sair para encontrar com ele. Nos falávamos muito por telefone. O segundo motivo era que havia uma enorme pressão sobre mim chamada vestibular. Eu estava estudando feito um louco e muito se esperava de mim e eu não queria decepcionar ninguém.

Num dos finais de semana em que pude sair de casa, José me levou ao sítio onde morava. Conheci os pais dele, que eram pessoas simples, mas muito simpáticos e agradáveis. José me mostrou as plantações que eles tinham e os animais que criavam. Havia uma área com uma cerca nova e ele encheu o peito pra me mostrar a plantação dele.

— Essa parte é minha, eu que cuido. Na verdade o meu pai me ajuda, enquanto eu tô trabalhando fora.

— Valeu a pena ser um bom filho e ajudar ele quando precisou, não é mesmo?

José sorriu. Era verdade.

— Eu quero te mostrar uma coisa. Daquele lado lá — José apontou e eu avistei atrás de uma plantação de bananas uma casinha sendo construída. Só tinha uma parte das paredes, os tijolos ainda à mostra.

Fomos até lá e meu coração acelerou à medida que nos aproximávamos da construção. Imaginava o que ele diria e fui tomado por uma felicidade extrema. Entramos na casa, que ainda não tinha piso, nem telhado.

— Eu comecei a contruir essa casinha. Trabalho aqui todas as noites e nos fins de semana. Por isso tenho andado tão ocupado. Meu pai me ajuda aqui também. Será a nossa casa, Alisson — disse olhando pra mim, esperando a minha reação. Meus olhos estavam marejados e abri um sorriso enorme.

— É linda, José, maravilhosa — o abracei emocionado. Me orgulhava profundamente de tê-lo como namorado e o esforço dele me deu ânimo ainda maior para estudar e orgulhá-lo também. — Eu te amo. Te amo, muito. Mas, José… e os seus pais?

— Eu já contei tudo para eles e não viram nenhum problema nisso. Eles sabem por que e pra quê estou construindo esta casa mesmo antes de começá-la. Como disse, meu pai me ajuda. Eles estão conosco, não se preocupe quanto a isso.

Ele me mostrou cada detalhe e explicou como ficaria. Eu mal podia conter a emoção. Me perdi imaginando tudo o que ele ia dizendo. A sala era ampla, imaginei onde ficaria o sofá, a TV, a mesa de jantar. A cozinha era espaçosa, como sempre sonhei. Eram dois quartos, dois banheiros, uma varanda. Me debrucei sobre uma janela e José me abraçou por trás. Pus suas mãos sobre as minhas.

— Minhas mãos estão grossas e cheias de calos, me desculpe — disse ele, envergonhado, pois suas mãos ásperas tinham me arranhado um pouco. Eu beijei as palmas de suas mãos.

— Eu seria o pior dos homens, o mais ingrato de todos se reclamasse dos seus calos. Eles são motivo de orgulho. Para cada um deles eu te amarei uma vida inteira, por todas as vidas, pela a eternidade.

Nos amamos de pé, pela primeira vez na nossa casa, ainda em construção.

Sempre que podia eu ajudava José na construção, nos finais de semana. No começo ele não quis deixar, disse que eu perderia horas de estudo, mas bati o pé e ele não mais reclamou. O fim do ano chegou rápido e o vestibular foi mais tranquilo do que imaginava, pois sabia que José estava lá fora esperando por mim.

Janeiro veio trazendo alegrias. Foi na última semana do mês, quatro dias depois do meu aniversário, que saiu o resultado do vestibular. Eu estava uma pilha de nervos, mas meus pais estavam ainda mais nervosos.

— Olha novamente! — insistiu meu pai. Eu estava sentado na frente do computador e os dois estavam de pé atrás de mim. Abri novamente o website e lá estava.

— Ai meu Deus, saiu! — exclamei com medo. Procurei a lista onde estava escrito “Engenharia Civil” e meu coração quase saia pela boca. Lá estava:

Alisson Moreira Lopes – Nota: 89,35 – APROVADO

Dei um grito. Meus pais pularam de alegria. Abracei-os e eles foram rapidamente para a sala ligar para um monte de gente para dar a boa notícia. Eu tranquei meu quarto e liguei para José. Após o primeiro toque ele atendeu:

— E aí, passou? — questionou ele com urgência.

— Passei! Passei! — respondei eufórico. Ele deu um grito de comemoração do outro lado.

— Eu sabia, eu sabia. Você é demais!

— Eu nem acredito, José, eu passei! Eu passei em engenharia! — eu pulava no meu quarto animado. Minha mãe bateu na porta do quarto.

— Tenho que desligar, a gente se encontra mais tarde, né?

Ele confirmou e nos despedimos. Abri a porta e minha mãe me chamou para falar com a minha avó por telefone, pois ela queria me parabenizar. Foi a manhã inteira sendo congratulado por familiares e amigos. Depois do almoço eu anunciei que sairia e meus pais nem questionaram para onde iria, de tão felizes que estavam pelas notícias da manhã.

Encontrei meu namorado no sítio. A nossa casa estava quase pronta, já tinha piso e telhado, as paredes já tinham reboco, as portas e janelas já tinham sido instaladas, além de lâmpadas, torneira, chuveiro. A única coisa que faltava era a pintura, o que faríamos no final de semana. José me abraçou com força e me encheu de beijos, me tirando do chão. Enrosquei minhas pernas em sua cintura e ele me girou pela sala vazia.

Quando eu voltei ao chão, um pouquinho tonto, vi José se ajoelhar e meu coração quase parou.

— Eu só estava esperando terminar a construção da casa e você passar no vestibular para te pedir isso. Alisson, eu te amo, você quer casar comigo? — José disse com os olhos cheios de lágrimas, extremamente fofo, o mais romântico que ele conseguia ser. Embora ele estivesse de joelhos, não tinha nenhuma aliança, apenas segurava a minha mão.

— Eu te amo, José. Sou seu há muito tempo. É claro que eu quero casar contigo! — eu me abaixei e o beijei. A casa estava repleta de felicidade.

Nós fomos realmente morar juntos apenas seis meses depois daquele dia. Passamos esse tempo juntando dinheiro para comprar os móveis e as outras coisas necessárias para o funcionamento de uma casa. Eu tinha algum dinheiro guardado e ganhei um pouco de dinheiro como presente dos meus familiares também, quando passei no vestibular. O primeiro semestre da universidade foi tranquilo, fiz amigos e não tive dificuldade com as disciplinas. Passei a dar aulas particulares no meu tempo livre e consegui juntar algum dinheiro com isso também. José continuava trabalhando e cobrava a nossa mudança. Ele dizia que uma cama, uma geladeira e um fogão era tudo o que precisávamos. Mas foi só quando montamos completamente a nossa casa que passamos a morar juntos.

Eu só tive coragem de falar com meus pais sobre o que estava prestes a fazer no dia anterior à minha mudança. Foi uma conversa difícil, meu pai ficou revoltado, quis me bater, quis me levar à igreja e me exorcizar; minha mãe chorou muito, dizia não entender como aquilo era possível, quis encontrar um culpado. Discutimos, conversamos e discutimos. No fim, eles não estavam muito dispostos a perder seu único filho e mesmo que não tivessem aceitado, nem estivessem contentes, me abraçaram e desejaram que eu fosse feliz. Saí de lá, no dia seguinte, com a certeza que com o tempo eles me entenderiam por completo.

José veio me buscar numa caminhonete velha. Ele mal podia esconder a sua felicidade. Eu estava muitíssimo feliz também. O momento em que entramos na nossa casa nos abraçamos e choramos. Era a realização de um sonho, um sonho construído com muito esforço e suor, principalmente de José.

Os dias se seguiram tranquilos. Vivíamos bem juntos. José trabalhava muito, tanto com seus serviços de pedreiro quanto nas nossas pequenas plantações. Eu continuava estudando e dando aula particulares, para ter também algum dinheiro e não deixar José bancar tudo sozinho. Éramos felizes, principalmente por que a nossa casa vivia cheia de amor.

***

Já era meu último ano de faculdade, tinha poucas aulas e me dedicava a um estágio numa construtora, sob a supervisão de um professor, a quem eu submetia relatórios regularmente. Tinha conquistado a simpatia de todos com quem trabalhava e meu chefe já tinha perguntado umas duas vezes quando eu me formaria e dava a entender que me contrataria após a formatura. Ele costumava elogiar o meu trabalho e me apresentava a pessoas importantes.

Era o fim do dia de trabalho de uma sexta-feira e José tinha me ligado dizendo que estava por perto e me buscaria. Tínhamos comprado um carro de segunda mão, uma Saveiro pequena, mas que servia bem para nós dois e para o trabalho do meu marido. Eu estava na entrada da empresa, perto do estacionamento, esperando o meu amor chegar.

— Quer carona, Alisson? — perguntou-me Ítalo, um colega exibido que trabalhava comigo, parando ao meu lado. Era extremamente arrogante por ser afilhado do dono da empresa.

— Não, não, meu marido vem me buscar. Estou esperando ele, obrigado — respondi. Ítalo girou a chave do carro na mão e me olhou com certo desdém.

— Tá bem então, vou pegar o meu carro no estacionamento. Até amanhã.

Ele nem tinha se afastado muito quando José parou com a Saveiro na minha frente. Sorri pra ele e entrei. Demos um beijo rápido.

— Como foi o dia hoje? — ele me perguntou, dando a partida no carro.

— Bem cheio, mas foi bom. E o seu?

— Tranquilo. Que tal a gente pegar uma pizza pra comermos em casa? — sugeriu, sabendo que eu adorava pizza de frango com catupiry. Eu sorri e agarrei o seu braço, beijando o ombro dele.

Nós pegamos a pizza e fomos para nossa casinha. A rua do sítio era escura e só havia a iluminação da casa dos pais de José. José tinha construído uma garagem na frente de casa e feito algumas melhorias na nossa casa nesses anos. Assim que chegamos fomos recebidos pelo nosso cachorro, o Pão Doce, que tínhamos adotado no ano anterior. Ele latia contente e abanava o rabo na nossa direção. Corria e pulava a nossa volta.

— Quieto, Pão Doce! — pedi, carregando a pizza enquanto José abria a porta.

Comemos nossa pizza assistindo filme abraçados no sofá, com Pão Doce deitado aos nossos pés, como gostava de ficar. Uma vez ou outra José jogava um pedaço de pizza para ele, tentando fazer com que eu não visse, pois sabia que eu não gostava daquilo, mas eu fingia não ver e nada dizia. A noite estava fria e logo estávamos enrolados num cobertor, esquentando um ao outro. No filme aparecia um casal, cuidando de um bebê com muito esforço.

— Imagina, meu amor, quando for a gente, hein — comentou ele, me apertando em seu abraço.

— Não vai ser igual a esses dois aí não, por que eu sei cuidar de criança.

— É mesmo? Eu tenho uma criança acordando aqui pra você cuidar — disse ele, safado como só ele sabia ser.

— Dessa criança eu cuido depois — respondi, apertando o pau dele sob o calção folgado.

— Mas falando sério, eu vou ser um paizão. Primeira coisa que vou fazer é construir um parquinho aqui do lado pro meu filho brincar.

— Sim, você vai ser um paizão, daqueles que brincam e deixam a criança fazer tudo, né? E eu que vou ter que dar bronca e mandar fazer os deveres da escola. Já tô vendo! — reclamei e ele me apertou de novo, colando nossos rostos.

— Você vai ser o melhor pai do mundo.

— É, mas nós só vamos ser os melhores pais do mundo quando eu me formar e tiver com um emprego de verdade, ok?

— Claro, você quem manda.

— Até parece.

Nós fomos para o quarto antes do final do filme, pois José permaneceu excitado desde o momento em que peguei no pau dele e começou a me atormentar para fazermos amor. Não sabia como meu marido conseguia ter tanto fogo, já que trabalhava muito e deveria estar cansado com mais frequência. Mas acontecia justamente o contrário e ele estava sempre disposto.

— É por que eu tenho a sorte de ter o marido mais delicioso do mundo, tenho que comparecer, né? — disse ele quando eu questionei, após uma sessão de sexo ardente. Eu o beijei, bobo com o que ele me dizia.

— Se tem uma pessoa sortuda aqui sou eu — subi em cima dele e ele já se excitou de novo. Fomos então nos amar mais e mais.

A segunda-feira seguinte estava enfadonha, sem tanta coisa para fazer. Tanto que Ítalo veio até a minha área de trabalho para ficar conversando.

— O que o seu marido faz mesmo? Não lembro de você ter dito — perguntou ele, indo para uma conversa mais pessoal.

— Ele é pedreiro e um pouquinho de agricultor também. Eu já tinha dito sim — respondi o encarando, seu olhar arrogante quando ouviu a profissão do meu marido não me agradou.

— E vocês se conheceram na escola, não foi?

— Isso mesmo. Ele fazia uma série a frente da minha, mas estudávamos juntos sempre, foi o que nos aproximou.

— E ele foi o seu único namorado?

— Sim.

— Isso é um pouco difícil de acreditar, você é tão bonito e tão simpático, Alisson. Sério mesmo que nunca namorou antes?

— Sério, antes de mudar de escola eu nem pensava nisso e depois me apaixonei pelo José, então não olhava para ninguém além dele.

— Nunca olhou para ninguém, nem mesmo depois de entrar na universidade? — ele que estava sentado na minha mesa, se levantou e pôs as mãos nos bolsos, andando atrás de mim. — É que… como disse, você é bonito e tenho certeza que chamou a atenção de vários caras, como posso dizer? Caras com um nível mais compatível com o seu, né?

— Não entendi. O que seria um nível mais compatível com o meu? — fechei a cara.

— Ah… É que você é estudante de engenharia né, daqui a pouco será engenheiro. E o seu marido… o seu marido é apenas um pedreiro, não é lá muito compatível.

— Pois para mim é muito compatível, sim! — iniciei irritado, mas mantendo a calma — José é um homem trabalhador e honesto, cuida de mim e eu dele, nos amamos muito. Não vejo falta de compatibilidade nenhuma.

— Pois eu vejo! Vejo uma diferença enorme. Não entendo mesmo como você fica com esse pé-rapado e não dá bola pra gente como eu! — vociferou ele, também irritado.

— E por que eu deveria dar bola pra você? — questionei com ironia.

— Olha aqui pra mim, todos os carinhas feito você ficam loucos me querendo. Eu sou bonito, sou rico e sou estudante de engenharia — ele abriu os braços como que para mostrar tudo o que eu estava perdendo.

— Ah, claro, isso tudo só tem haver com o seu enorme ego. Como pode eu nunca ter dado bola pra você, estudante de engenharia, rico, enquanto estou com um pedreiro! Meu Deus, que coisa horrível, eu devo estar cego, ou devo estar louco! — eu não ia deixar aquele cara desfazer do meu marido de forma alguma.

— Deve estar mesmo. Quando te conheci te achei inteligente, agora não acho mais, só sendo burro mesmo pra trocar por um pedreiro — ele riu, debochando. — Um pedreiro!

— Me poupe viu. José esteve comigo em todos os momentos. Ele é um homem de verdade. Eu não estou trocando você por ele, por que você nunca teve nem a mínima chance comigo. Até parece que eu trocaria o meu homem por um moleque-filhinho-de-papai-de-balada feito você.

Ele saiu batendo o pé, furioso e eu continuei o meu trabalho, zangado.

Quando cheguei em casa José já estava lá, lavando os pratos. Pão Doce fez um estardalhaço quando entrei em casa, o que avisou o José da minha chegada. Ele veio ao meu encontro e o abracei.

— Eu te amo, José, te amo demais, não te trocaria nunca, por ninguém.

— Eu te amo demais, você é o meu maior presente e me esforço todos os dias pra ser digno de te ter.

Nos beijamos e nos amamos.

***

10 ANOS DEPOIS

Acordei, me espreguicei e olhei para o lado. José dormia profundamente. Me levantei, fui ao banheiro fazer minha higiene matinal tentando fazer o mínimo de barulho possível para não acordar o meu homem. Era o aniversário dele e queria fazer uma surpresinha. Saí do quarto e desci as escadas em direção à cozinha. Pequei uma bandeja e comecei a enchê-la com as coisas que ele gostava de comer no café da manhã e retornei ao quarto, trancando a porta.

Deixei a bandeja no criado mudo dele, ao lado da cama, e levantei com cuidado o cobertor. Como eu imaginei, seu pau estava duro feito pedra, aquele tesão matinal característico. Subi na cama, me ajeitei ao seu lado e lambi a rola dele, começando da base e indo até a cabeça e depois fazendo o caminho inverso. Segurei aquela rola, anos depois e ainda me impressionava com sua robustez. Comecei a chupar, forte, da maneira como ele gostava. José se mexeu. Abriu os olhos e sorriu.

— Feliz aniversário — eu disse, mas como eu estava de boca cheia, ele não entendeu.

— O que? — perguntou ele, alisando minha cabeça e se espreguiçando.

— Feliz aniversário, amor — disse tirando o pau da boca, mas ele rapidamente forçou a minha cabeça de volta.

— Continua.

Eu voltei a chupar. Ele mordia os lábios e contorcia os dedos dos pés. Eu estava caprichando, era um dos presentes de 35 anos que eu tinha para ele. Ele suspirava fundo e me incentivava.

— Porra, amor, sua chupada é maravilhosa. Assim eu gozo — disse quando eu passava a língua em volta da sua glande, mantendo-a dentro da minha boca.

Mas antes que ele gozasse nos assustamos com batidas na porta do nosso quarto.

— Papai! Papai! — era a voz de Marcos, o nosso mais velho de 6 anos, provavelmente era ele quem socava a porta com aquela força toda.

— Abre papai! — disse João, o caçula, de 3 anos.

— Parabéns pra você… — começou a cantar André, de 5 anos, todo desentoado, pouco antes de eu abrir a porta. Os três entraram correndo e pularam na cama, abraçando o papai aniversariante.

Os últimos 10 anos tinham sido de muitas conquistas para nós dois. Depois que me formei, realmente fui contratado pela construtora onde trabalhava e passei a juntar algum dinheiro, já que ganhava muito bem e José e eu não éramos de gastar demais. Investimos em uma pequena construtora, que no início eu tocava em paralelo ao meu trabalho. José, como pedreiro, liderava os serviços da nossa construtora e fomos crescendo aos poucos. Agora, tínhamos uma vida tranquila. Claro que não éramos milionários, nem nossa construtora era gigantesca ainda, mas vivíamos muitíssimo bem, numa casa nova, bem maior que a anterior e costumávamos viajar bastante.

Fomos almoçar com a família do José, no sítio. A antiga casa dos pais de José não existia mais, tínhamos derrubado-a e construído uma melhor no lugar. A nossa primeira casa continuava lá, foi onde os pais de José ficaram enquanto a nova casa deles era feita.

Os meninos adoravam ir ao sítio dos avós. Marcos ficava seguindo o pai do José onde quer que ele fosse, pedindo explicações de tudo o que ele estava fazendo. O meu sogro adorava e gastava horas e horas mostrando tudo ao menino, que ficava maravilhado. Os dois mais novos gostavam de ver os bichos que tinham no sítio: galinhas, patos e gansos, porcos, vacas e cabras. Se encantaram com os três coelhos que a minha sogra estava criando há uma semana e viam pela primeira vez. André chorou quando eu não deixei ele subir no cavalo e ficou um tempão emburrado. Garoto genioso, mesmo com apenas 5 anos.

— Galinha, papai! — repetia o caçula no colo de José, apontando para as galinhas que ciscavam de um lado para o outro.

Saímos do sítio antes do pôr-do-sol e passamos na casa dos meus pais para deixar os meninos lá. José e eu iríamos para comemorar sozinhos, à noite e meus pais se ofereceram para ficar com as crianças. Meu pai, em especial, era um babão dos netos, fazia todos os gostos dos meninos, se jogava em todas as brincadeiras que os meninos inventavam e voltava a ser criança junto com eles. Minha mãe provavelmente queria ser lembrada como a avó que melhor cozinhava no mundo, pois fazia as mais variadas delícias para agradá-los.

— Tchau pai, até amanhã — me abraçou o mais velho, dando um beijo na minha bochecha. — Te amo — completou.

— Te amo, filho, se cuida tá? Cuida dos seus irmãos, não deixa eles fazerem bobagem na casa da vovó — eu pedi, abaixado para ficar à sua altura.

— Tá certo, prometo — ele me abraçou mais uma vez e correu, pulando em cima do meu pai.

José e eu tivemos um jantar românico no nosso restaurante favorito, numa mesa reservada no terraço, longe de olhares alheios. Lembramos de histórias da nossa vida, sorrimos e comemos uma boa comida. Entreguei-lhe presentes. Voltamos para casa perto das 11h da noite. O nosso quarto estava gelado, ele tinha deixado o ar-condicionado ligado o dia inteiro.

José deitou na cama e eu fiquei em pé na frente dele. Comecei a tirar minha roupa devagar, de maneira sensual. Seus olhos demonstravam puro desejo. Agradeci aos céus por ainda despertar esse sentimento nele, depois de tantos anos. Ele começou a abrir os botões da camisa e tirou o cinto. Eu fiquei totalmente pelado e fui em direção a ele. José segurou em meu quadril, quando cheguei perto, trazendo-me junto a si, e me beijou com volúpia.

— Eu tenho que terminar o que comecei de manhã — disse eu em seu ouvido, beijando seu pescoço.

— Tô de pau duro desde aquela hora — respondeu ele.

Abri a calça dele e mordi a sua rola por cima da cueca. Beijei o abdômen dele e José baixou a cueca, deixando o pau saltar de surpresa no meu rosto. Chupei aquele cacete com ainda mais vontade do que fazia pela manhã. Olhava em seus olhos e lambia a cabeça sensualmente. José me pegou de um jeito, me girando e colocando minha bunda à sua disposição, sem que eu precisasse tirar seu pau da boca. Às vezes esquecia como meu homem era forte. Eu chupava o seu pau, lambia suas bolas. José lambia a minha rola, chupava meu cu, dava tapas na minha bunda.

— Mete em mim, vai José — pedi eu, pondo algum dengo na voz, quando ele começou a enfiar o dedo no meu cu.

— Pedindo assim… — ele me colocou na beira da cama, com os pés no chão e o corpo inclinado e meteu o pau devagar, mas de uma só vez, sem parar. — Caralho, Alisson, você continua apertado — disse ele, empurrando o caralho que entrava em mim rasgando.

Eu gemia e gemia e gemia, enquanto José bombava no meu cu com ferocidade. Ele mantinha uma perna no chão e a outra apoiada na cama. Suas mãos faziam peso nas minhas costas e ele se inclinava para me beijar de tempos em tempos.

— Me deixa sentar na tua rola, meu amor — pedi.

— Claro, esse caralho é todo teu, vem sentar nele, vem — ele deitou na cama, apoiando as costas na cabeceira, meio sentado e eu subi em cima dele, de frente. Eu quicava e rebolava naquele pau, José segurando minha bunda, passando a mão pelo meu corpo. Ele jogava a cabeça para trás fechando os olhos, quando eu sentava fundo e rebolava. Ele levantava o quadril da cama e começava a meter também. Ficamos um tempão metendo desse jeito, olhando um ao outro nos olhos, com nossas testas coladas.

— Sou teu, José, para sempre.

José meteu ainda mais quando eu disse aquilo, me beijou com força, mordeu meus lábios e cravou as mãos nos meus flancos, me apertando e gemendo daquela maneira gutural. José gozou dentro de mim, mas não parou de meter. Levantou-se me segurando no ar. Subi e desci em seus braços, por alguns minutos, depois ele me deitou na cama, com as pernas bem abertas e continuou bombando em mim. Eu arranhava suas costas, gemia alto e me entregava por completo. Gozei fartamente em cima de mim mesmo. José pegou um pouco da minha porra e pôs na minha boca, me beijando logo em seguida.

Eu estava mole, sem forças. José tirou o pau de dentro de mim. Continuava duro. Eu disse, não sabia onde meu marido arrumava tanto fogo, mas eu adorava isso. Deitou por cima de mim e eu fiz carinho em seus braços. Estávamos ambos ofegantes.

— Caralho! — exclamou. Estava muito suado, seu cabelo colado à testa. Passei a mão na sua cabeça e encaixei o rosto em seu ombro.

Ficamos ali, paradinhos, nos recuperando por alguns minutos. Depois eu o chamei para um banho e José aceitou de pronto. Seu pau não tinha baixado ainda e fomos para a banheira. Nos divertimos lá mais um pouco. Ele deitou atrás de mim e me comeu dentro d’água por um tempinho, mas a posição era incômoda e fomos transar embaixo do chuveiro. Eu apoiei as mãos na parede e José me segurava pelo quadril e metia com a água caindo sobre nós dois.

Era bom estarmos sozinhos em casa, fazia tempo que não ficávamos assim. Andamos pelados pela casa, fomos até a cozinha fazer um lanche e ficamos na sala assintindo filme agarradinhos, sob um cobertor grande.

José e eu havíamos construído uma história e uma família juntos e naquele momento, olhando para ele abraçado a mim, assistindo TV, só pude pensar que eu era o homem mais abençoado do mundo.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 5 estrelas.
Incentive Beedle the Bard a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Relacionamento dos sonhos de qualquer um, seja homossexual ou heterossexual. Isso acontece porque nele está refletido o AMOR e não apenas o sexo. Um abraço carinhoso para ti.

0 0
Foto de perfil genérica

Que história bonita. Sonho de consumo de relação da humanidade. Meus mais sinceros parabéns. Lindo de ler.

0 0
Foto de perfil genérica

A casa dks contos esta precisando de um conto assim,cheio de amor e cumplicidade. Amei

0 0
Foto de perfil genérica

Conto maravilhoso. Fazia tempos que não lia algo parecido, pena que foi capítulo único... Abraços man.

0 0
Foto de perfil genérica

SENSACIONAL. SE TODOS OS RELACIONAMENTOS FOSSEM ASSIM QUE MARAVILHA SERIA.

0 0

Listas em que este conto está presente