A PIZZARIA 38
ATENÇÃO: ESSA É A PARTE 38. ANTES DE CONTINUAR, LEIA O PRIMEIRO CAPÍTULO. OBRIGADO.
A PIZZARIA – PARTE 38
Mais uma segunda feira havia chegado e, assim como eu, certamente, o José Antônio estaria ansioso e na expectativa de que na noite de sexta feira, data em que o Rodrigo iria retornar a Campos dos Goytacazes, iriamos os quatro à pizzaria, conforme já havíamos combinado.
Já estávamos na quarta feira, e eu ainda não havia encontrado uma maneira convincente de justificar-me perante à Denise, acerca da minha ausência de casa, naquela data.
Pensei em pedir ao Leleco e à Giovana que fizessem um churrasco na residência da Dona Cida, e que convidassem a minha mulher para participar sozinha. Evidente que isso era uma má ideia pois sei que a Denise não aceitaria ir sem mim, ainda mais agora que tomei ciência do seu caso com a esposa do Lelis.
Imaginei que, se ela fosse sozinha na Dona Cida, obviamente, ela o faria por interesse na Giovana. Mas, estando lá, com certeza, o Leleco ou o Caio iriam querer fodê-la. Também avaliei que a fase sexual, digamos assim, em que a Denise atualmente se encontra não se lhe remete a querer homens, até porque, nesse aspecto, ela já tem a mim e ao Anselmo.
Em resumo, Denise não aceitaria trocar a bucetinha gostosa da Giovana pelos cacetes dos quatro machos, os quais ela já os conhece à exaustão, diga-se de passagem.
Dessa forma, seria mais fácil ela querer trazer novamente a Giovana na nossa casa , do que ir sozinha àquele covil.
Até então, eu estava evitando ao máximo que o Leleco ficasse sabendo desse nosso lance com a Kátia e a loirinha, porque, certamente, ele iria querer entrar de abelhudo nessa história pensando futuramente em tirar alguma casquinha das duas. Mas, na verdade, ele iria estragar tudo.
Porém, os dias passavam depressa, e a sexta feira estava chegando. Percebendo que eu não iria ter outra saída para esse impasse, após deixar o serviço, fui à casa da Dona Cida com a desculpa de querer saber algo sobre o emprego do Caio no supermercado, ou seja, se ele teve, ou não, sucesso com a sua colocação.
Chegando lá, estavam todos felizes porque o Caio seria contratado, e me agradeceram por eu ter lhe dado notícia sobre essa possibilidade de emprego.
Leleco veio me dizendo:
—Valeu, Edu!
—Você é gente boa!
— A Giovana e o Caio também estão muito contentes pelo trabalho que ele conseguiu.
Tive vontade de lhe dizer:
—Vou ver se dou um jeito de arranjar um trabalho pra você também, Leleco.
Evidentemente, jamais iria sugerir-lhe tamanho despautério.
Então, eu lhe respondi:
—Ora Leleco, que isso!
—Eu não fiz nada.
—É mérito dele –Caio -.
—Eu apenas pedi à sua mulher que lhe trouxesse o anúncio pra ele ler.
—O restante ele fez sozinho.
—Só isso. Concluí.
Entretanto, Leleco argumentou:
—Mas, mesmo assim, Edu.
—Se não fosse por você, ele nunca ficaria sabendo disso.
Então eu me lembrei que se não fosse pela Zilda, tem eu mesmo estaria sabendo desse emprego, pois fui àquele supermercado apenas por causa da loira rabuda, como já disse antes.
Lelis encerrou dizendo-me:
— Mas, se você precisar de alguma coisa, pode contar aqui com o seu velho amigo Leleco, Edu.
Então, eu lhe falei:
—Pior que eu preciso mesmo da sua ajuda, Lelis.
—Conte comigo, Edu.
—Do que você necessita? Perguntou-me.
Daí eu lhe expliquei, sem entrar em detalhes, que eu precisaria da sua opinião e auxílio para achar uma forma de tirar a Denise de casa na sexta feira, sem ela saber que eu estaria por trás disso, lógico.
Curioso, ele logo veio me perguntando:
—Você tá querendo se livrar da sua mulher na sexta feira de novo, Edu?
—Sim, Lelis.
—É mais ou menos isso aí. Respondi.
Ele já foi tirando suas conclusões:
—Hummm... Então tem mulher nova na parada, Edu?
—Não, Lelis.
—Ainda não tem nada acertado. Falei.
Mesmo diante da minha negativa, ele pareceu se entusiasmar, pois veio me dizendo:
—Que beleza, Edu!
—E você vai se lembrar do seu amigo Leleco nesse esquema, Edu?
—Não, Leleco.
—As gostosas não são mulheres pro seu bico...opss...as meninas são casadas, e não são mulheres desses lances, iguais as nossas curtem, entende?
—São reservadas e cautelosas.
— Nada de putaria. Completei.
Desconfiado, ele me perguntou:
—Mas se elas são casadas e tão certinhas, então porque estão acertando essas paradas?
Eu lhe respondi:
—Porque o marido de uma delas tá indo, Leleco.
—E o marido da outra não sabe de nada, entende?
—Huumm, Edu. Que massa!
—E o marido da mulher que tá indo, vai deixar você comer a mulher dele?
—Acho que sim, Lelis.
—Vamos ver.
—Porque ele está muito interessado em comer a outra gostosa......opss.....a outra mulher.
Respondi-lhe.
—Humm.......E as duas são gostosas, Edu?
Daí eu tive que mentir a ele:
—São nada, Leleco.
—Só mais ou menos.
—As nossas esposas são muito melhor que as duas. Falei.
Então, ele concluiu:
—Bom, Edu.
—Daí é você quem sabe.
—Eu não troco a minha gostosa por qualquer baranga não. Falou.
—Mas eu não estou trocando a minha mulher por outra, Leleco.
—Até porque a Denise nem está sabendo disso, e é por isso que eu preciso da sua ajuda.
Terminei.
Finalmente, ele veio com uma solução:
—Olha, Edu.
—Tem uma viagem que a coroa há muito tempo quer fazer, mas eu estou enrolando.
—Você diz a Dona Cida? Perguntei.
—Ela mesma. Respondeu-me.
—Aonde ela quer ir Leleco?
—Ela quer ir a Cachoeira Paulista, na igreja Canção Nova.
—Todo ano ela vai lá.
—E o que teria a Denise a ver com essa viagem, Leleco? Perguntei-lhe.
—Ora, se a sua mulher pudesse ir com a gente, ela ajudaria a Giovana a cuidar da velha.
—Teríamos que ficar em hotel, e a Giovana não dá conta de cuidar da coroa sozinha.
—E vocês não iriam gastar nada nessa viagem, claro.
—A tia banca tudo, Edu.
—Daí nós vamos sexta feira à tarde, e voltamos no domingo pela manhã. Falou.
—Nossa! A Denise iria adorar um passeio desses! Pensei.
Então, eu lhe pedi.
—Seria ótimo, Leleco.
—Converse com a Giovana para ela convidar a Denise, sem saber que eu e você falamos sobre isso.
—Aposto que a Giovana vai querer a companhia da Denise nessa viagem. Falei
—E s e a Denise topar, daí vocês vão. Finalizei.
Ficamos acertados quanto a isso, e eu já sabia de antemão que tudo daria certo, ainda mais agora que a Giovana está pegando a Denise. Com certeza ela iria querer ter uma bucetinha gostosa nessa viagem.
Mas, antes de eu sair, ele ainda me cobrou:
—Mas depois, não vá se esquecer do seu velho amigo Leleco nessa parada, hein, Edu.
—Eu também quero comer essas duas. Finalizou.
—Pode deixar, Leleco.
—Vou lembrar-me de você.
—E obrigado por tudo.
—E não se esqueça de pedir pra sua mulher ligar agora pra Denise. Repeti.
Depois que eu saí, fiquei abismado com o atrevimento do Lelis em querer pegar as duas, sem sequer saber quem elas seriam. Jamais eu o deixaria tocar na minha loirinha novamente. E quanto à Kátia, ela ainda era uma incógnita, e sequer sabíamos se o José Antônio teria ou não sucesso com ela. Mas eu torcia para que desse tudo certo entre os dois, e quem sabe eu poderia assumir meu namoro com a Rose, agora com o consentimento do seu marido.
Infelizmente, a nossa pedra no sapato continuaria a ser a Denise, ainda mais que a sua estimada sobrinha estava prestes a entrar nisso tudo, e talvez conhecer o que é uma verdadeira putaria. Certamente, o José Antônio não iria arredar pé de ter a Kátia, e de repente, até firmar namoro com ela, pouco lhe importando, se isso iria, ou não, contrariar a Denise.
Mas, como dizem: “Nem tudo são flores”. Teríamos que conviver sempre com esse problema, por amor às duas vagabund.....opss... princesas.
Quando cheguei em casa, Denise estava toda solícita: primeiro, perguntou-me como fora o meu dia, se estou bem, etc. e até fez elogio à Alessandra, sabendo que me agradaria com isso.
Mas, mal sabia ela que, a Alessandra, aos poucos, estaria ficando no passado.
Depois, veio me “cobrar” dizendo:
—Amor, você se lembra que eu deixei você passear em Belo Horizonte né?
—Claro, Denise, foi recente.
—Obrigado por ter me deixado ir. Respondi-lhe.
Então ela me disse:
—Agora é a minha vez, pois eu também queria te pedir algo, Edu.
E o assunto se tratava da viagem à Cachoeira Paulista, na companhia de Leleco, Giovana e Dona Cida, conforme eu e o Lelis havíamos planejado.
Para fazer-me de difícil, argumentei com ela:
—Nossa, Denise!
—Nem faz tanto tempo assim que o Lelis te comeu na garagem de casa, e você já está querendo passear com ele, e ficar dois dias fora de casa?
—Deixa de ser tonto e infantil, Edu.
—Você acha que se eu estivesse afim de dar para o Lelis iria inventar viagem só pra isso?
—Eu dou pra ele até na nossa cama, e você sabe muito bem disso. Lembrou-me.
—Desculpa, Denise.
—Pode ir sim. Falei.
—Mas, você olha os meninos? Questionou-me.
—Lógico que sim, Denise!
—Eu compro nossas refeições no restaurante.
—Não se preocupe com isso.
—Pode viajar sossegada. Finalizei.
Depois eu pensei comigo que se preciso fosse, eu até lavaria as roupas dos filhos, para livrar-me da Denise, por esses dias.
E, antes de encerrar, ela ainda me advertiu:
—Tá bom. Então eu vou.
—E nem pense em ir lá no sítio, viu!
—Claro que não, Denise.
—Já se esqueceu de que o José Antônio está sempre por lá? Encerrei.
Daí, toda feliz ela foi arrumar suas roupas para a viagem de sexta feira.
Depois, eu tive que reconhecer que o Leleco, apesar de intrometido e um pouco fofoqueiro, era realmente um bom amigo, com quem se pode contar nessas horas “buceteiras”, digamos assim.
Finalmente, a esperada sexta feira tinha chegado. Eram pouco mais de 16:00hrs quando o Ford Focus do Lelis encostou-se defronte à nossa casa, para pegar a Denise e sua bagagem. Giovana e Dona Cida já estavam a bordo.
Cumprimentamo-nos rapidamente, e logo eles se foram. Depois, fui tomar um banho e comer alguma coisa, já que mais tarde eu iria até a rodoviária buscar a sobrinha, que chegaria da cidade vizinha no ônibus das 20:15 hrs.
Havíamos combinado que a Rose e José Antônio estariam na minha casa por volta das 21:00hrs, e daí seguiríamos todos para a pizzaria.
Aflito, antes das 20:00hrs eu já estava com meu carro no estacionamento da rodoviária, à espera da menina.
Seu ônibus chegou mais cedo e quase caio de costas quando a vejo linda, num deslumbrante vestido preto, com frente única e busto apertado, bem acima dos joelhos. Partes das suas lindas coxas morenas estavam à mostra. Trazia consigo uma bolsa de couro e calçava sapatos de salto baixo, apropriados para dançar.
Meu pau endureceu quando ela veio toda sorridente me dar três beijinhos no rosto, tão logo me avistara.
Em seguida, ela me perguntou:
—Que horas eles vão chegar, tio?
—Daqui a pouco, Kátia.
—Marcamos as 21:00hrs. Respondi-lhe.
—E a tia Denise viajou mesmo?
—Sim querid.......opss sobrinha.
—Ela só volta no domingo. Respondi.
—Melhor assim, né tio?
—É sim Kátia.
Daí ela entrou no meu carro, e fomos para casa esperar os nossos amigos.
Estávamos na sala assistindo ao telejornal, quando por volta das 20:45hrs um carro buzinou na frente de casa, e constatei que era a Pick Up branca do José Antônio.
Minha loirinha, como sempre, estava linda, sentada ao lado do marido. Ansiosos, eles nem quiseram descer. Como o José Antônio ainda não conhecia o caminho fui à frente com a sobrinha, e os dois seguiram o nosso carro.
Chegando lá, ao entramos, o mesmo garçom que já me servira das vezes anteriores ao ver a beleza das duas, olhou para mim com ar de interrogação, talvez querendo saber qual o mistério de todas essas mulheres diferentes gostarem tanto de vinho e pizza.
Nem foi preciso eu lhe fazer o pedido. Bastou um sinal e ele já veio com as jarras e copos de vinhos, sabendo que iriamos esperar pela pizza.
Kátia nos disse que gostava da pizza marguerita, e para atendê-la, a pedido do José Antônio, fizemos essa opção.
Minha sobrinha elogiou a calça justa e a blusa decotada que a Rose usava, e lembrou-se de que ela as havia comprado no shopping Diamond Mall, quando estivemos em Belo Horizonte.
Depois, Kátia ainda disse à Rose que a sua tia Denise havia ficado muito satisfeita com o vestido e as sandálias verdes, que ela me ajudara a escolher para presenteá-la.
Animadas com o vinho, as duas continuaram a conversar sobre roupas, pulseiras e colares e brincos, enquanto José Antônio e eu, calados, apenas observávamos suas belezas e encantos.
Finalmente, a música de fundo que tocava nas caixas de som foi interrompida, e surgiram os primeiros acordes dos músicos afinando seus instrumentos.
Logo, as luzes fortes se apagaram e o salão adentrou na penumbra, com tênue iluminação colorida, e o destaque da luz negra.
Quando a orquestra começou a executar as costumeiras canções melosas, os casais foram deixando suas mesas, e logo a pista de dança se encheu.
Um sorriso de felicidade de Kátia, era o sinal de que ela queria dançar, e então eu falei ao José Antônio:
—Acho que a minha sobrinha quer dançar, Toninho.
—Você não irá convidá-la? Perguntei-lhe.
Nessa hora, Kátia deu um sorriso tímido e encantador, concordando com a minha sugestão.
Então, José Antônio tomou a iniciativa:
—Você quer dançar comigo, Kátia?
—Quero sim, Toninho.
—Eu posso, Rose?
—Claro. Fiquem à vontade. Rose respondeu.
Kátia lhe sugeriu:
—Então venha dançar com o tio também, Rose.
Eu mesmo lhe respondi:
—Sim, daqui a pouco nós iremos.
Eles se foram, e quando os perdemos de vista, Rose e eu sentamos lado a lado, e nos beijamos.
Ficamos a sós na mesa terminando nossas taças de vinho, até que passado algum tempo, decidimos dançar.
Fomos.
Continua no próximo capítulo...